domingo, 31 de julho de 2005

Andando em suas pisadas

"Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue tome a sua cruz e siga-me". Marcos 8.34.

A tradição evangélica-pentecostal não valoriza muito as orações escritas. Acredita-se que elas podem tornar a comunicação com Deus mecânica e artificial. Entretanto, a Bíblia contém várias preces e salmos que só sobreviveram ao tempo por terem sido escritas.

Contradizendo minha herança religiosa, aprendi há muitos anos, uma oração de entrega. Ela me marcou e ainda hoje me acompanha como lembrança do que significa andar nas pisadas de Jesus Cristo. Às vezes, meu coração e ego querem se ensoberbecer e minha vontade tornar-se rainha, então releio essa pequena prece e percebo outra realidade.

A espiritualidade do novo milênio acompanha as tendências do mundo. Ela é uma espiritualidade vazia de significado e que não consegue alimentar a alma. Muitos cultos evangélicos já não ajudam as pessoas a crescerem em intimidade com Deus e a busca da glória humana acontece abertamente.

Todos os que desejam parecer-se com Jesus e, seguindo os seus passos, querem crescer no amor de Deus, podem repetir a mesma oração:

"Em tuas mãos, ó Deus, eu me abandono. Vira e revira esta argila como o barro nas mãos do oleiro. Dá-lhe forma e depois a esmigalha como se esmigalhou a vida de João, meu irmão.

Manda, ordena. Que queres que eu faça?

Elogiado e humilhado, perseguido, incompreendido, caluniado, consolado, sofredor, inútil para tudo, não me resta senão dizer a exemplo de tua mãe: ‘Faça-se em mim, segundo a tua palavra’.

Dá-me o amor por excelência, o amor da cruz, não o da cruz heróica que poderia nutrir o amor próprio; mas o da cruz vulgar que carrego com repugnância, daquela que se encontra cada dia na contradição, no esquecimento, no insucesso, nos falsos juízos, na frieza, nas recusas e nos desprezos dos outros, no mal-estar e nos defeitos do corpo, nas trevas da mente e na aridez, no silêncio do coração. Então somente tu saberás que te amo, embora eu mesmo nada saiba. Mas isto me basta"

Soli Deo Gloria

Ricardo Gondim

segunda-feira, 25 de julho de 2005

Remédio para a Amargura

Remédio para a Amargura

"Longe de vós, toda amargura, cólera, e ira..." (Efésios 4. 31) Leia: Efésios 4.25-32

Durante o transcurso de nossa vida, vamos acumulando experiências, mas também sofrendo várias decepções que, se não tomarmos muito cuidado, podem nos transformar em pessoas amargas, desconfiadas e rancorosas. É verdade que sofremos todas às vezes que somos alvos de críticas injustas, traição, calúnias e desprezo. É natural até que sintamos raiva, no momento, da pessoa que nos prejudicou. Mas, o que não devemos permitir é que essa raiva perdure para sempre e que tais experiências negativas maculem o nosso caráter ou transformem a nossa personalidade. O melhor é entregar tudo ao Justo Juiz, que é Jesus. Ele sabe a hora certa de punir os culpados. Não façamos justiça com as nossas próprias mãos, pois a nossa justiça não tem a onisciência de Deus. O rancor nos cega para um desfecho conciliador e nem deixa o tempo nos ajudar, amainando nosso sentimento de raiva. Com o tempo podemos dar ao fato a real proporção de seu mal. Não percamos de vista a beleza da natureza, da comunhão com pessoas amigas, da nossa família, do amor. Desarmados pela graça e pelo amor de Cristo partimos para a reconciliação, remédio para nossas amarguras e nossos relacionamentos partidos.

Pense: Quem perda tem mais chance de ser feliz do que quem cultiva o rancor de ofensas passadas.

Ore: Senhor Deus! Dá-me forças para perdoar àqueles que me ofendem por promover a paz. Dá-me, também, ânimo para continuar amando o que o Senhor valoriza e preserva.

Em Cristo Jesus. Amem!

(Desconheço o Autor)

Jesus ou Ieshua"?

Jesus ou Ieshua"?

As explicações da Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da SBB sobre o nome "Jesus", tema que vem despertando dúvidas em vários leitores.

Pergunta:

Tem fundamento a afirmativa de que o nome de Jesus é de origem grega e não hebraica?

Resposta:

Não, não tem. Esse nome transliterado para o grego como Iesous, é hebraico e vem de Ieshua" (as aspas representam a letra hebraica ayin). A forma plena da palavra é Yehoshua", que, a partir do cativeiro, passou a dar lugar, à forma mais abreviada Ieshua".

Até o começo do segundo século d.C. Iesous (Ieshua") era um nome muito comum entre os judeus. Na Septuaginta, versão do Antigo Testamento que os judeus fizeram entre os anos 285 e 150 a.C., do hebraico para o grego, o nome Iesous aparece para referir-se tanto a Josué (quatro indivíduos) como aos oito Jesua mencionados em Esdras e Neemias.

Iesous não é nome de nenhum deus da mitologia grega, tanto que não aparece em nenhum clássico grego. Ver, por exemplo, o Dictionaire Grec-Français, de C. Alexandre, que, no apêndice de nomes históricos, mitológicos e geográficos, traz no verbete Iesous apenas o seguinte: "Jesus, nome hebraico".

Pergunta:

Como o nome Yehoshua" se tornou Jesus?

Resposta:

Já vimos que o vocábulo Jesus não se deriva diretamente de Yehoshua", mas da forma abreviada Ieshua", através do grego e do latim. A letra j inicial se explica da seguinte forma: os judeus da Dispersão, empenhados em traduzir as Escrituras do hebraico para o grego (a Septuaginta), não encontraram nessa língua uma consoante correspondente no hebraico. A solução, então, foi recorrer à vogal grega iota, que corresponde ao nosso i. Então escreveram Ieremias, começando com i, e assim por diante, inclusive Iesous.

Mas como foi que esse i se tornou j? Foi através do latim, que deu origem às línguas neolatinas, entre as quais está o português. No latim posterior à Idade Média, começou a aparecer na escrita a distinção que já existia na pronúncia entre i vogal e i consoante, o qual passou a ser grafado como j. Por isso, o Dicionário Latino-Português, de Santos Saraiva, traz verbetes como estes: Iesus ou Jesus; Ieremias ver Jeremias.

Agora a explicação para o s médio de Jesus. No vocábulo hebraico Ieshua" o grupo sh representa a consoante shin. Por não haver em grego som correspondente a essa consoante fricativa palatal (que soa como a letra x em "eixo"), os judeus a substituíram por sigma, também fricativa mas linguodental (que em grego, mesmo entre as vogais, soa como nosso ss). O ditongo grego ou soa u.

O aparecimento do s final do nome Jesus se explica pela necessidade de tornar esse nome declinável: os judeus substituíram a letra ayin final pela letra sigma (o s do grego) do caso nominativo. Nos outros casos a palavra se declina assim: Iesou (genitivo), Iesoi (dativo), Iesoun (acusativo) e Iesou (vocativo). Com isso, foram resolvidos dois problemas de uma só vez: o nome ficou declinável, e o ayin final, que não tem equivalente em grego, foi substituído por um sigma (letra s).

Fato semelhante se deu com Judas, que reflete a forma grega Ioudas, que em hebraico é Yehudah (Judá). Outros nomes hebraicos que terminam com a gutural "he" tem em grego, em latim e em português o som s: Isaías, Jeremias, Josias e Sofonias. Outro exemplo é o vocábulo Mashiac, que termina com a gutural sonora cheth (ch), a qual em grego, em latim e em português deu lugar ao som de s: Messias.

A evolução do termo de uma língua para outra é a seguinte: Ieshua" (hebraico) > Iesous (grego) > Jesus (latim) > Jesus (português).

(Artigo extraído da revista "A Bíblia no Brasil" edição de julho a dezembro de 1.995 - página 27.)

terça-feira, 19 de julho de 2005

O homem que não abriu mão de nada!

"[Outro valente foi] Sama, filho de Agé, o hararita, quando os filisteus se ajuntaram numa multidão, onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus. Este, pois, se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o Senhor operou um grande livramento" 2 Samuel 23:11-12.

Entre os valentes de Davi, arrolados em 2 Samuel 23, também está Sama. O seu grande feito foi firmar uma posição enquanto outros fugiram. Para ele, a opção óbvia teria sido seguir a maioria. Porém Sama ousou ficar - ainda que solitário!

Como os demais, Sama poderia ter considerado a questão uma causa perdida: "Afinal, o que um único israelita poderia fazer contra tantos filisteus?" Porém, na força que Deus supre ele firmou posição e alcançou uma grande vitória. Que exemplo e que estimulo para os crentes desencorajados de hoje! Aqui aprendemos o que Deus pode fazer mediante um indivíduo cujo coração lhe é integralmente consagrado. Se houver tão somente um indivíduo que não foge da questão, então Deus estará ao lado dele.

Sama venceu a batalha estabelecendo-se sobre o pouco que ainda restara das derrotas prévias. Somos freqüentemente recordados do fato que os crentes têm fracassado em render o seu testemunho coletivo para Deus em meio a este mundo. E sabemos, da Palavra de Deus, que este testemunho não poderá ser restabelecido ao estado original. Em virtude disto muitos nem estão mais dispostos a assumir posição por coisa alguma e correm em várias direções, seguindo após toda sorte de coisas. Ao final, no entanto, verifica-se que não perseveram em mais nada. Este, contudo, não é o caminho de Deus.

Não se deixe desencorajar pelo declínio entre o povo de Deus! Faça o que fez Sama: estabeleça-se com "ambas pernas" sobre aquilo que ainda restou após as derrotas - e você alcançará vitória! Nunca é tarde demais para se tomar posição em favor de Deus e Sua verdade.

Havendo um indivíduo tomando uma posição firme, este virá a ser um elemento referencial para agregar outros. Quando um cristão alcança uma vitória, outros serão encorajados por meio dela. Ao menos deveria ser assim, pois todos deveríamos nos alegrar pelos êxitos dos outros.

O que caracterizou Sama foi bem isto: por uma questão relativamente pequena - um campo de lentilhas - ele não se poupou de empenhar-se numa grande luta. Tratava-se, afinal, das lentilhas do povo de Deus; e o inimigo não deveria tomá-las.

O lema de Sama era: "não abrir mão de nada!". Iremos deparar com dificuldades justamente ali onde imaginamos estar estabelecidos. Os filisteus intentam roubar-nos, se possível, justamente aquelas bênçãos e recursos espirituais das quais temos maior necessidade. E então somente alcançaremos a vitória se nos dedicarmos à luta!

Não pensemos nunca que alguma porção da verdade seja de menor importância; pois, neste caso, uns abrirão mão desta, e outros daquela. Não. Cabe-nos defender toda a verdade, mesmo que, como Sama, estejamos inicialmente sós.

Fonte: Leituras Cristãs vol. 42 - nº 4 (do devocional alemão "Der Herr Ist Nahe" 2004)

segunda-feira, 18 de julho de 2005

Descobertos dois pergaminhos do século 2º perto do mar Morto

Dois pergaminhos que datam da última revolta judaica contra os romanos em Judéia, no ano 135 da era cristã, nos quais encontram-se fragmentos da Bíblia, foram descobertos perto do mar Morto.

Os dois pergaminhos, de 5 x 7 cm, em que figuram extratos do Levítico em hebraico, foram encontrados numa gruta de Nahal Arugot, perto das fontes de Ein Guedi, no deserto da Judéia, em Israel e Cisjordânia, anunciou nesta sexta-feira o Departamento Israelense de Antigüidades.

A descoberta é a primeira dos últimos 40 anos na região, e surpreendeu os arqueólogos, que estavam convencidos de que as grutas do deserto da Judéia já haviam revelado todos os segredos que escondiam desde a era romana.

"Tudo isso é simplesmente sensacional. Um antigo sonho que se realiza", comemorou Hanan Eshel, diretor do Departamento de Arqueologia da Universidade Bar Ilan, em Tel Aviv.

Eshel percorre há 20 anos o Deserto da Judéia, às margens do mar Morto, levantando pedra por pedra em busca de pergaminhos bíblicos, sua especialidade. Os últimos foram encontrados em 23 de agosto de 2004, por beduínos que buscavam peças de cerâmica antiga para vender.

Quando foram descobertos, no solo da gruta, os pergaminhos estavam cobertos por uma espessa camada de pó, que os protegeu por quase 2 mil anos. Eshel os adquiriu por US$ 3 mil, após negociar com os beduínos, que pediam US$ 20 mil.

"Graças a esta descoberta, sabemos um pouco mais sobre o conturbado período da revolta judaica contra os romanos", comentou o professor.

"Hoje sabemos que estes pergaminhos fazem parte de um rolo da Tora, que os judeus leram na primavera de 135, durante a Páscoa judaica, quando estavam prestes a se esconder nas grutas para escapar dos legionários romanos", disse Eshel.

Os historiadores estavam certos de que os judeus haviam conseguido esconder 14 rolos da Tora nas grutas da região, dos quais foram encontrados fragmentos entre 1952 e 1965.

"Com estes últimos pergaminhos, fica comprovado que havia um 15º rolo, e que ainda não concluímos as descobertas", afirmou o professor.

"Tudo indica que estes pergaminhos são autênticos", disse o porta-voz do Departamento de Antigüidades, Osnat Gouez, destacando sua importância.

Na mesma região das últimas descobertas, beduínos encontraram em 1947 os manuscritos do mar Morto, que datam de dois séculos antes, época dos essênios e de Jesus Cristo.

Fonte: Folha Online

 

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Centro Cultural da Bíblia

Exposição do Centro Cultural da Bíblia reúne porções bíblicas, fotografias e artesanatos típicos de povos indígenas

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) inaugurou, em abril, no Centro Cultural da Bíblia, no Rio de Janeiro, a mostra A Bíblia para os povos indígenas, que reúne porções bíblicas, fotografias e artesanato típico de povos indígenas. Na exposição, a SBB também exibe a publicação Mais que uma só língua, uma espécie de mapeamento do trabalho já realizado em 36 tribos brasileiras, com um breve histórico de cada uma delas e um texto bíblico escrito nas respectivas línguas. A obra inclui um CD, com exemplos do idioma falado.

O secretario de Comunicação da SBB, Erní Walter Seibert, explicou o objetivo da mostra. "A maioria das pessoas não sabe (sic) da existência do grande número de línguas indígenas no Brasil nem consegue (sic) imaginar o tamanho do trabalho de uma produção dessa magnitude. Existem cerca de 180 línguas indígenas faladas no Brasil, mas poucas tem parte da Bíblia traduzida. Algumas são faladas por grupos bem pequenos e isolados e seguirão uma tendência mundial de desaparecimento, se nada for feito para que sejam registradas de alguma forma e as pessoas passem a utilizá-las. Na exposição, podem ser observadas várias dessas traduções", assinala.

Trabalho difícil - Erní Seibert lembra que, na mostra, o visitante poderá ter também uma idéia de como é desenvolvido o difícil trabalho de tradução e da disseminação da Palavra entre os povos indígenas: "A tradução da Bíblia para línguas indígenas é um trabalho difícil e longo. É preciso entender a língua e a cultura para, então, fazer seu registro escrito. Depois, com o auxílio das comunidades indígenas, são traduzidos pequenos trechos das Escrituras. Na etapa seguinte é feita a tradução de toda a Bíblia".

Seibert informou que a exposição - a qual chega ao público um ano depois do lançamento da Bíblia em guarani mbyá, a primeira totalmente traduzida, editada e impressa no Brasil depois de quase meio século de trabalho - pode ser visitada até o fim de outubro. A mostra está aberta à visitação pública (com entrada gratuita) de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 18h, no Centro Cultural da Bíblia, que fica na Rua Buenos Aires, 135, no Centro do Rio de Janeiro. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: (0xx21) 2221-9883.

Autor: Marcelo Dutra

Fonte: Revista Graça Show da Fé ano 6, n.º 72

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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