sábado, 16 de dezembro de 2006

O Natal declara reconciliação

O Natal declara reconciliação
 
Perdão é o maior presente que podemos receber e oferecer

O pecado fez o homem morrer para Deus: No dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn. 2.17). É isto o que a traição faz, faz com que os grandes amigos morram um para o outro e vivam em inimizade. O pecado fez Deus romper com o homem, e este com Deus. Tornou-se impossível o relacionamento entre eles, distanciando-os e separando-os. Com isto, o homem foi expulso por Deus do "Paraíso" e, por sua vez, expulsou Deus da sua vida e do seu coração.

Com esta inimizade que passou a existir entre o homem e Deus - Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus (Rm. 8.7); Qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg. 4.4) -, os relacionamentos humanos também foram abalados e se tornaram doentios, passando a haver inimizade mútua, desavenças, ódio, traições, rompimentos.

Embora o amor divino desejasse reatar o relacionamento e perdoar, a justiça impedia exigindo julgamento e punição, afinal, o homem foi quem tomou a iniciativa de desobedecer a Deus, de ofendê-lo, de rebelar-se contra ele, transgredir sua lei, tornando-se assim passível de juízo.

Da sua parte, porém, o homem jamais seria capaz (uma vez envenenada a sua natureza) de voltar-se para Deus arrependido em busca de perdão e reconciliação. Foi Deus, o ofendido, quem tomou a iniciativa de vir até o ofensor, na pessoa de Jesus, para acabar com a distância que os separava, reconciliar e restabelecer a comunhão perdida, oferecer o perdão e, conseqüentemente, a volta ao "Paraíso" com a única condição de que o homem lhe devolvesse o coração. É isto o que nos anuncia o Natal - a chegada do perdão, da reconciliação, da salvação. Ele nasceu para nós, para que pudéssemos renascer para Ele.

Mas como satisfazer o amor - que desejava perdoar - e a justiça - que exigia juízo -, respectivamente, sem pender para um ou para o outro lado sem que Deus se tornasse injusto ou cruel? Houve um plano, estabelecido pelo próprio Deus, onde Ele receberia em si mesmo a punição devida ao pecado humano para satisfazer assim sua justiça e demonstrar seu amor.

Então, na pessoa de Jesus, veio Deus com seu infinito amor estabelecer a sua justiça. Veio para, em si mesmo, receber a punição que era devida ao homem, pois o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). Deste modo, foi feito a justiça e o amor divino. Este é o sentido da vinda e morte de Cristo na cruz; ele estava demonstrando sua justiça e seu amor. Ele se propôs a receber o castigo que nos era devido para satisfazer a justiça e em amor poder nos oferecer o perdão. É isto o que nos anuncia o Natal - a chegada do amor e da justiça divina. Ele veio para morrer por nós, para que pudéssemos viver com Ele.

Mas o homem precisava ser informado de que a justiça de Deus fora satisfeita, de que ele continuava a amá-lo, de que havia sido mediado o perdão, a reconciliação. Não bastava realizar a propiciação, era necessário fazer chegar ao homem esta Boa Nova. Era preciso procurar o ofensor para dizer-lhe que o perdoara, que o aceitara de volta, era mister proclamar este ato divino. Este é o sentido do Evangelho - a proclamação das Boas Novas de Deus ao homem, informando que já não precisa mais haver inimizade e separação. O Natal nos anuncia o Evangelho.

E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc. 2.9-11.)

Pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação (2Co. 5.19.) Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade... e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto (Ef. 2.14,16,17).

Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados (1Pe. 2.24). Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Rm. 5.10). Havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus (Col. 1.20).

Se a vinda de Jesus a este mundo anuncia e mostra que Deus procurou o homem, seu ofensor, para possibilitar e oferecer-lhe perdão, reconciliá-lo consigo, trazê-lo de volta, desfazer a inimizade existente, reatar o relacionamento e a comunhão rompida pelo pecado, e sem que este merecesse ou desejasse, este é o sentido da graça. O Natal nos anuncia e declara a graça divina.

Então, se o Natal significa, declara e anuncia tudo isto - amor, justiça, perdão, reconciliação, renascimento, Evangelho e graça - deveria ser assim comemorado e festejado. Aliás, a oferta do perdão de Deus a nós, por meio de Jesus, exige da nossa parte que ofereçamos perdão aos nossos ofensores. Jesus nos ensinou a perdoar perdoando para que pudéssemos aprender a fazer o mesmo. Seu perdão nos capacita a perdoar.

Natal deveria ser assim entendido e comemorado, pois, uma vez que fui procurado por aquele que eu ofendi para ser perdoado sem que merecesse ou desejasse, não posso me omitir de procurar aqueles que me ofenderam para oferecer-lhes perdão, ainda que não mereçam ou desejem. Deveria ser o momento de anunciar a Boas Novas, de decidir pôr fim às inimizades, restaurar os relacionamentos quebrados e reconciliar.

Natal fala da chegada do perdão de Deus ao homem, conseqüentemente, deste ao próximo. Fala de ofendidos que tomam a iniciativa de perdoar; fala da graça, da justiça e do amor. Jamais deveria ser comemorado pelos que ainda abrigam ódio no coração, desejo de vingança, inimizades. Que ainda têm relacionamentos rompidos e não reatados, mesmo que seja por iniciativa do ofendido, e apesar do ofensor e da ofensa cometida.

Natal fala de nascimento e de renascimento; nascimento da esperança, do perdão, da restauração, da reconciliação, da alegria, da comunhão; renascimento das amizades e relacionamentos que um dia tiveram fim. Renascimento daqueles que um dia morreram para nós.

Permita, portanto, nesta data, àqueles que um dia 'morreram' para você, que um dia foram 'expulsos' da sua vida, que se separaram de você, renasçam e recebam o seu perdão. Deixe aquele que nasceu para os que estavam mortos para ele, viver em seu coração.

Saiba que a maior prova de que Jesus nasceu para você está na capacidade que você tem de perdoar. Ninguém que tenha recebido dele o perdão será capaz de negar perdão. Se negarmos o perdão, não temos direito de sermos perdoados. Perdão é a principal característica do pecador regenerado; falta de perdão é a principal característica do pecador não regenerado. Se Deus nos perdoa não temos porque negar perdão, caso contrário, jamais poderemos orar dizendo: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores (Mt. 6.12).

Aquele que veio para nos oferecer perdão foi quem afirmou categoricamente: Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas (Mt. 6.14-15).

Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.
(Mt. 18.21-35.)

Perdão é o maior presente que podemos receber. Perdão é o maior presente que podemos oferecer. Então, você espera receber algum presente neste Natal? Pretende oferecer algum? Como vai comemorá-lo neste ano? Não se esqueça do aniversariante, não se esqueça de incluí-lo nos seus planos!

Jair Souza Leal
Pastor auxiliar na Igreja Batista Memorial do Industrial. Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica das Assembléias de Deus. Pedagogo em formação - PUC/MG. Professor de Introdução à Bíblia no Instituto Teológico Quadrangular
 

sábado, 9 de dezembro de 2006

O Dia da Bíblia

10 de Dezembro de 2006 - O Dia da Bíblia
 
O Dia da Bíblia surgiu em 1549, quando um Bispo chamado Cranmer, que vivia na Grã-Bretanha, incluiu no livro de orações do rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o Segundo Domingo do Advento (o Advento é celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal). Foi assim que o segundo domingo de dezembro se tornou o Dia da Bíblia.

Hoje, um dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países. Em alguns desses países, a data é celebrada no segundo domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim.

No Brasil, o Dia da Bíblia começou a ser celebrado pelos primeiros missionários evangélicos que, oriundos da Europa e Estados Unidos, a partir de 1850, aqui vieram semear a Palavra de Deus. Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia manifestações públicas dos evangélicos. Por volta de 1880, esta liberdade foi crescendo e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve um das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.

Hoje, as comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhares de cristãos em todo Brasil. Em alguns estados e em vários municípios, o Dia da Bíblia é data oficial.

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quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Idas e vindas

Idas e vindas

Minha vida se parece com aquele jogo em que várias pessoas colocam peças coloridas em cima de uma cartela de papelão, jogam dois dados e caminham por espaços seqüenciados, obedecendo o resultado dos números.

Às vezes acertamos um três e um cinco. Oito espaços para frente, pode significar que teremos que voltar dois. A disputa inclui a sorte dos outros, que também jogam dados. Há bônus, quando alcançamos a ventura de chegar numa casa onde está escrito: avance mais sete espaços. Todavia, existem lugares em que perdemos o turno. O pior azar é sermos obrigados a retroceder ao início de tudo.

Cheguei até aqui na vida, cheio de idas e vindas. Amealhei tanto vitórias como derrotas; conheci frustrações e realizações; chorei despedidas e celebrei chegadas; assisti partos e segurei na mão de moribundos; envelheci e rejuvenesci.

Minha espiritualidade começou sem que eu percebesse muito sobre Deus. Passei anos ignorante em doutrina e teologia. Nada conhecia sobre os livros sagrados das grandes religiões. No meu rito de passagem católico – a Primeira Comunhão – preocupei-me em treinar a esticar a língua para receber a Eucaristia (o perigo dela cair no chão era apavorante) e decorar alguns pontos do catecismo. Eu preferia passar meu tempo com Tio Patinhas, Mandrake, Bolinha e Luluzinha, Asterix e Pedrinho e Narizinho no Sítio do Pica-pau Amarelo.

Devidamente convertido ao cristianismo evangélico, tornei-me um apologeta; um defensor do pacotão dogmático que aprendera na Escola Dominical. Insone, estudei compêndios volumosos de sapientíssimos doutores religiosos. Passei a pensar que sabia tudo sobre Deus; conseguia explicá-lo com maestria, mostrando conhecimento das nuances de seu extraordinário ser. Zelosamente condenei toda e qualquer heresia pagã.

Aconteceu que, certo dia, joguei minhas costas no espaldar da cadeira para descansar um pouco e, ato falho, perguntei: – Quem és tu Senhor? Por anos, havia jogado e avançado com os dados. Tornara-me especialista nas teorias e conceitos da teologia, mas naquele instante, fui obrigado a voltar à casa inicial.

Precisei retomar minha jornada espiritual, sem a antiga pretensão de possuir uma palavra final sobre meu objeto de fé – que não era mais um conceito, mas uma pessoa. Havia abandonado a verdade como uma idéia e desejava o acolhimento do Verbo que se fez carne. Elegi não só a mensagem, mas acima de tudo, a pessoa de Jesus de Nazaré como meu alicerce espiritual. Fascinado com sua história, desejo imitá-lo.

Reconheci minha arrogância de imaginar saber tudo, para acolher a contribuição de outros que, honesta e sinceramente, peregrinam pelo caminho da espiritualidade. Já não pretendo fazer prosélitos, nem tentar impor convicções; desejo, tão somente, oferecer a qualquer um, minhas frágeis compreensões da Palavra.

Lembro a mim mesmo que continuo arremessando dados e que posso perder a vez na próxima rodada. Não quero me sentir competindo com meus irmãos, donos das peças azul e amarela. Procurarei celebrar o lance em que um deles avançou doze espaços e ainda conquistou o direito de repetir a jogada.

Peço a Deus para achar-me sempre maravilhado com sua Graça generosamente espalhada sobre santos e pagãos, poetas e eruditos, músicos e saltimbancos. Todos são cidadãos do mundo e todos participam no vai-vem do tabuleiro.

Não quero chegar em primeiro lugar e ganhar o jogo. Nesta linda brincadeira chamada vida, contento-me com a emoção de ser um simples participante.

Soli Deo Gloria - Ricardo Gondim

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Leitura Pública Ininterrupta da Bíblia

Leitura Pública Ininterrupta da Bíblia
 
Em Marília-SP, organizada pelo Conselho de Ministros Evangélicos, com apoio da Prefeitura Municipal, faremos a Leitura Pública Ininterrupta da Palavra de Deus, iniciando às sete horas (gênesis 1:1) do dia 06/12 (quarta-feira) com final (Apocalipse 22:21) previsto para 19:30/20:30 horas do dia 9/12, quando haverá um culto público interdenominacional, com um coral de aproximadamente mil vozes.
Essa leitura ininterrupta tem sido feita em outras ocasiões no templo da Terceira Igreja Batista de Marília http://www.terceirabatista.org.br em aproximadamente oitenta e cinco horas.
 
 
 

sábado, 11 de novembro de 2006

O nome próprio de Deus no Antigo Testamento

O nome próprio de Deus no Antigo Testamento

Nas Sagradas Escrituras, o nome de Deus é significativo, e deve ser. E inconcebível pensar em assuntos espirituais sem designação própria da Deidade Suprema. Assim, o nome mais usado da Deidade é Deus, tradução do original Elohim. Um dos nomes de Deus é "Senhor", que é uma tradução de Adonai. Há outro nome, ainda, particular, que designa o nome próprio de Deus e se expressa pelas quatro letras YHWH (Êx. 3:14 e Is. 42:8). Os judeus ortodoxos não pronunciam esse nome, em virtude da grande reverência que prestam ao santíssimo nome divino. Por essa razão, sistematicamente esse nome foi traduzido por Senhor, com a única exceção dos casos em que YHWH encontra-se nas proximidades do nome Adonai. Nesse caso, todas as vezes foi traduzido por Deus para evitar confusão. Sabe-se que durante muitos anos YHWH aparece na transliteração Yahweh; porém não existe nenhuma certeza de que esse pronúncia seja correta.

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sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Um Breve Histórico do Textus Receptus

Um Breve Histórico do Textus Receptus

O Textos Receptus refere-se ao texto em grego usado por João Ferreira de Almeida para traduzir a Bíblia na língua Portuguesa e, ainda, pelos reformadores e pelos tradutores da famosa "English Authorized Version", de 1611. Sua relação com outras edições do texto grego, impressa nos séculos 16 e 17, está exposta nos parágrafos seguintes:

A primeira edição publicada do texto grego, foi a de Desidério Erasmo, impressa em Basle, em 1516, seguida da sua edição de 1519 que foi usada por Martinho Lutero em sua tradução para o alemão. Erasmo também publicou edições em 1522, 1527 e 1535. As duas últimas incluíram algumas mudanças da Poliglota Complutensiana. O Novo Testamento dessa Bíblia, Poliglota de Compluto, ou Alcalá, na Espanha, foi, na verdade, impresso em 1514. Porém, não esteve em circulação até 1522. Cristóvão Plantin reimprimiu, com pequenas alterações, o texto em grego Complutensiano, em Antuérpia, em 1571, 1572, 1573, 1574, 1583 e 1584. O mesmo texto foi também impresso em Genebra, em 1609, 1610, 1612, 1619, 1620, 1622, 1627 e 1628.

Simão Colineo (Sino Colinaeus), um impressor em Paris publicou, em 1534, uma edição baseada nas edições de Erasmo e do Novo Testamento Grego Complutensiano. Esse trabalho de Colineo nunca foi reimpresso, mas foi superado pelas edições mais famosas do seu enteado Robert Stephens, publicadas em Paris em 1546, 1549, 1550 e 1551. A edição de 1550, conhecida como a edição real "royal edition" ou editio regia, seguiu o texto das edições de Erasmo de 1527 e 1535, com leituras marginais da poliglota Complutensiana. A edição de Genebra, feita em 1551, foi uma reimpressão do texto de 1550, na qual apareceram, pela primeira vez, as divisões atuais de versículos numerados.

Teodoro Beza publicou, em Genebra, quatro edições in-folio, do texto grego de Stephens, com algumas mudanças e uma tradução própria em latim, em 1565, 1582, 1588 e 1598. Durante esse período, Beza também publicou várias edições in-octavo, em 1565, 1567, 1580, 1590 e 1604. As edições de Beza, particularmente e de 1598, e também as duas últimas edições de Stephens, foram as principais fontes usadas para a versão João Ferreira de Almeida, de 1681.

Os irmãos Elzevir, Bonaventure e Abraham, publicaram edições do texto grego, em Leyden, em 1624, 1633 e 1641, seguindo a edição de Beza de 1565, com algumas mudanças nas suas revisões posteriores. O prefácio da edição Elzevir, de 1633, deu nome a essa forma do texto, base da versão João Ferreira de Almeida, da Dutch Statenvertaling (holandesa), de 1637, e a de todas as versões protestantes da Reforma: "Textum ergo habes, nunc ab omnibus receptum...". O Texto Elzevir tomou-se conhecido em toda a Europa como Textus Receptus ou Texto Recebido. Ao longo do tempo esses títulos vieram a ser identificados, na Inglaterra, como o texto de Stephens, de 1550.

As edições de Stephens, Beza e Elzevir apresentam, todas, substancialmente, o mesmo texto. As variações não são de grande significância e raramente afetam o sentido. A edição atual do Textos Recepus, base da versão de João Ferreira de Almeida, segue o texto da edição de Beza de 1598 como autoridade primordial e corresponde ao Novo Testamento no Grego Original, editado por F.H.A. Scrivener, M.A., D.C.L., LL.D., e publicado pela Imprensa da Universidade de Cambridge em 1894 e 1902.

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quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Sola Fide

Sola Fide
 
Um dos grandes pilares da Reforma Protestante do século XVI foi uma volta à doutrina apostólica da salvação pela fé em Cristo Jesus. Os reformadores sublinharam a supremacia da fé sobre as obras para a salvação. O Breve Catecismo de Westminster afirma que fé em Jesus Cristo é uma graça salvadora pela qual o recebemos e confiamos somente nele para a salvação, como ele nos é oferecido no Evangelho. Destacamos alguns pontos para nossa reflexão:

1. A fé salvadora é mais do que mero assentimento intelectual da verdade – Embora a verdadeira fé repousa no conhecimento e não na ignorância, a fé salvadora é mais do que conhecimento intelectual da verdade. Não basta apenas ter informação da verdade, é preciso ser transformado por ela. Os demônios sabem que Deus existe e até tremem diante da sua majestade, mas estão perdidos (Tg 2.19). Jesus diz que alguns o chamam de Senhor, operam milagres, expulsam demônios e até profetizam, mas ao mesmo tempo vivem na iniqüidade e não possuem a fé salvadora (Mt 7.22,23).

2. A fé salvadora não depende das boas obras para nos justificar diante de Deus – O sinergismo que ensina a salvação como somatória de fé mais obras está em total desacordo com as Escrituras. A fé é a raiz e as obras de fé são o fruto. Não somos salvos pela combinação de fé e obras, mas sim, por uma fé que produz obras. Somos salvos exclusivamente pela fé, mas por uma fé que não permanece só (Tg 2.20-22,26). Com respeito à salvação, a fé é a causa instrumental e as obras sua evidência (Tg 2.14- 18). A fé é o meio e a condição da salvação, ao passo que as obras são seu fruto e sua evidência.

3. A fé salvadora é um dom exclusivode Deus e não um merecimento humano – Toda a obra da salvação é concebida, realizada e consumada por Deus. É Deus quem abre o coração para crermos em Cristo. É ele quem dá o arrependimento para a vida. É ele quem chama eficazmente e dá a fé salvadora. É Deus quem justifica e glorifica aqueles que crêem. A fé salvadora não é apenas um conhecimento nem um sentimento inato, mas uma confiança exclusiva e absoluta na Pessoa e obra de Cristo em nosso favor.

4. A fé salvadora é o instrumento mediante o qual recebemos a vida eterna – A fé não é a base da nossa salvação, mas o seu instrumento de apropriação. A fé é o elo de ligação entre o crente e Cristo (Gl 3.26; Jo 3.16; At 16.31). A fé é a causa instrumental da justificação (Rm 5.1). Somos salvos pela obra expiatória de Cristo, mas apropriamo-nos dos resultados dessa obra pela fé. A fé é como a mão estendida de um mendigo recebendo o presente de um rei. Como a fé recebe Cristo, ela nos leva à posse de todas os seus benefícios.

5. A fé salvadora tem uma importância fundamental em nosso relacionamento com Deus – A fé vem pela pregação do evangelho (Rm10.17) e por meio dela nos tornamos filhos de Deus (Jo 1.12). Logo, aquele que se aproxima de Deus deve crer que ele existe (Hb 11.6), pois o justo vive pela fé (Rm 1.17), é justificado mediante a fé (Rm 5.1) e pela fé ele toma posse da vida eterna (Jo 3.36). Pela fé estreitamos nosso relacionamento com Deus e tornamo-nos como Abraão, o pai da fé, amigos de Deus.
Rev. Hernandes Dias Lopes

A Reforma Protestante

A Reforma Protestante
 
Eu sou de tradição protestante muito embora, para permanecer protestante, eu tenha me desligado das igrejas protestantes. É preciso esclarecer que a tradição protestante nada tem a ver, absolutamente nada, com esses movimentos religiosos que se denominam 'evangélicos'.

A tradição protestante não promete milagres, cultiva a razão, estimula a ciência, é profundamente ética, e a ela estão ligados nomes como Leibniz, Kant, Hegel, Kierkegaard, Albert Schweitzer, Martin Luther King Jr., Dag Hamarkjoeld, Dietrich Bonhoeffer, Mondelaine.

Em que consiste essa tradição? A Reforma, contrariamente ao nome, não foi um movimento que visava 'reformar' a Igreja Católica do século XVI: não se coloca remendo de pano novo em tecido podre. Não é um conjunto de doutrinas teológicas diferentes como justificação pela graça e sacerdócio universal das pessoas. Não é uma nova organização da Igreja. Quem só sabe essas coisas não viu o que é essencial.

Para dizer o que foi o espírito da Reforma, vou me valer de uma peça musical, a 2a sinfonia de Gustav Mahler (1860 - 1911), chamada Sinfonia da Ressurreição. Eis como ele mesmo descreve o último movimento da sinfonia: 'Chegou o dia do julgamento final. O terror cobre a terra. A terra estremece, as sepulturas se abrem, os mortos ressuscitam, poderosos e humildes, reis e mendigos, justos e injustos.

Um grito terrível enche o universo com um pedido de perdão que enche o espaço. Ouvem-se as trombetas apocalípticas. É hora do ajuste de contas, débitos e créditos, céu e inferno, inferno tão bem pintado nas telas horrendas de Hieronimus Bosch. Então, em meio a um silêncio sinistro, ouve-se o canto de um rouxinol distante. Uma grande tranqüilidade invade tudo.

E eis, surpresa! Não há julgamento, não há débitos e créditos, não há justos e pecadores, não há poderosos e humildes, não há vinganças e recompensas, não há condenações! Um sentimento de amor perfuma o mundo.' A Reforma foi o canto de um rouxinol nesse horror de culpa e medo. Não há julgamento. Deus é todo bondade.
 
Rubem Alves

terça-feira, 31 de outubro de 2006

31 de outubro - Dia da Reforma

31 de outubro - Dia da Reforma
 
A Reforma Protestante foi um movimento que começou no século XVI com uma série de tentativas de reformar a Igreja Católica Romana, e que culminou com a divisão e o estabelecimento de várias igrejas cristãs, das quais se destacam o Luteranismo (de Martinho Lutero), as igrejas reformadas e os Anabaptistas. A Reforma Protestante tem um intuito moralizador, colocando em plano de destaque a moral do indivíduo (conhecedor agora dos textos religiosos, após séculos em que estes eram o domínio privilegiado dos membros da hierarquia eclesiástica). O biógrafo de João Calvino, o francês Bernard Cottret, escreve: "Com o Concílio de Trento (1545-1563)... trata-se da racionalização e reforma da vida do clero. A Reforma Protestante é para ser entendida num sentido mais extenso: ela denomina a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada indivíduo". A Igreja havia criado um meio de salvação no qual para ser salvo, o homem deveria passar por uma série de passos e rituais nos quais, além de Jesus, havia a intercessão de santos e a necessidade de penitências. A Reforma redescobriu o papel de o próprio indivíduo poder se achegar a Deus, e obter o perdão e a sua salvação.
 
Martinho Lutero aos 46 anos (Lucas Cranach o Velho, 1529)Um elemento comum às igrejas que surgem da Reforma Protestante é esta centralização na salvação do indivíduo. Bernard Cottret: "A reforma cristã, em toda a sua diversidade, aparece centrada na teologia da salvação. A salvação, no cristianismo, é forçosamente algo de individual, diz mais respeito ao indivíduo do que à comunidade". Este aforismo de Lutero do ano 1531 caracteriza bem a importância da história pessoal de cada um para a causa reformadora. Lutero não é nenhum fundador de um império, ele é um monge em busca da sua salvação. Como Pierre Chaunu mostrou de forma extraordinária, "não se trata de uma questão da Igreja mas de uma questão da salvação".
 
O resultado deste movimento religioso é uma mais fervorosa observação dos princípios morais cristãos tais como eles estão expressos na Bíblia. Os movimentos de zelo religioso que têm lugar na Europa do século XVI são para ser entendidos no contexto do efeito multiplicador iniciado pela invenção da imprensa por Gutenberg. Se a bíblia não estivesse agora acessível a cada um, traduzida nas línguas e dialetos locais, compreensível aos Europeus, tal como ela começou a surgir no século XVI, tal zelo religioso não teria sido possível. Anteriormente ao século XVI, a bíblia era um manuscrito em Latim, (uma língua dominada por uma minoria) do qual havia poucas cópias, que se encontravam fechadas nos conventos e nas igrejas, lida por uma elite eclesiástica. A grande maioria da população nunca a tinha lido. No século XVI, ela está disponível em grandes números e nas línguas e dialetos locais. Não é de admirar pois que a religião se torne um tema polêmico.
 
 

domingo, 22 de outubro de 2006

SBB promove passeio ciclístico em celebração ao Dia da Bíblia

SBB promove passeio ciclístico em celebração ao Dia da Bíblia

Com o objetivo de mobilizar grupos de jovens e comunidades na obtenção de literatura bíblica para famílias carentes da Zona Leste de São Paulo (SP), a SBB programou para 10 de dezembro, Dia da Bíblia, um passeio ciclístico diferente: o Pedalando por Bíblias. Dezenas de igrejas e entidades cristãs estão envolvidas na preparação do evento. A expectativa é reunir perto de 10 mil pessoas, que cumprirão um percurso de 9 Km, ao longo da Avenida Jacu Pêssego, na Zona Leste da capital. A partida dos ciclistas será às 9 horas, na altura do nº 1200 da avenida, no sentido Itaquera - São Miguel, e as inscrições podem ser feitas a partir de 10 de outubro pelo site www.sbb.org.br.

Para participar, paga-se uma taxa de R$ 10,00. O investimento também servirá como fonte de recursos para a distribuição de literatura bíblica a comunidades da região. "Cada inscrito contribuirá, automaticamente, para que um exemplar do Novo Testamento chegue às mãos de uma pessoa", explica o coordenador do projeto e secretário de Comunicação Social da SBB, Erní Seibert.

Sucesso por onde passa, o projeto Pedalando por Bíblias surgiu em 1984, na Austrália, com o ciclista Bob Forrest. Nesta ocasião, ele percorreu os 900 Km que separam Sidney e Melbourne, na companhia de seu filho e de um amigo. Para cumprir esse percurso, o australiano conseguiu patrocinadores e destinou os recursos obtidos a projetos de distribuição de Bíblias.

Replicado em mais de 20 países, como Alemanha, Argentina, Hong Kong, Namíbia, Sri Lanka e Suíça, o projeto também foi adotado no Brasil em um formato que mobiliza milhares de pessoas em torno da divulgação da Bíblia Sagrada. "Este projeto possibilita a reunião de diferentes igrejas e entidades cristãs, em torno de uma mesma Causa: a da Bíblia. Além de celebrar a Palavra, o evento associa a divulgação da Palavra de Deus a uma atividade saudável e de lazer", avalia Seibert.

Pedalando por Bíblias

Data: 10 de dezembro de 2006 (Dia da Bíblia)

Percurso: 9 Km, ao longo da Avenida Jacu Pêssego - Zona Leste - São Paulo

Partida: Altura do nº 1200 - Sentido Itaquera - São Miguel

Chegada: final da Avenida Jacu Pêssego

Horário:

Recepção/concentração: a partir das 8 horas.

Partida dos ciclistas: 9 horas

Inscrições:

Custo: R$ 10,00

Período: De 10/10/06 a 30/11/06

Locais: site www.sbb.org.br ou nas igrejas e entidades parceiras (consulte listagem com endereços no site www.sbb.org.br ou pelo 0800-727-8888).

SBB lança campanha nacional para o Dia da Bíblia

Além da ação especial programada para São Paulo, a SBB está lançando campanha nacional para o Dia da Bíblia. Tendo como tema Bíblia Sagrada: Alimento para a Vida, a iniciativa tem o objetivo de estimular uma reflexão profunda sobre os benefícios proporcionados pelo Livro Sagrado. "Fonte de valores éticos, culturais e espirituais, a Bíblia é um verdadeiro manual para a vida e, portanto, deve estar disponível a todas as pessoas", analisa o secretário de Comunicação Social da SBB e coordenador da campanha, Erní Seibert.

Partindo dessa premissa, a campanha pretende estimular cristãos de todo o país a contribuírem para que esse pão espiritual também esteja acessível àqueles que não tiveram a oportunidade ou condições de recebê-lo. "Queremos sensibilizar as pessoas a doarem recursos financeiros que nos permitam distribuir Escrituras a diferentes segmentos da população que se encontram em situação de risco social e, portanto, não têm como obter os ensinamentos sagrados sem a nossa ajuda", explica Seibert.

A campanha tem como lema o versículo O ser humano não vive só de pão (Mateus 4.4). "Não se trata aqui de tirar a importância do pão físico. Não há dúvidas de que ele é indispensável para a vida humana. O que queremos transmitir é que há outro pão, a Palavra de Deus, que também nos alimenta. E todo ser humano precisa desses dois tipos de pão", enfatiza o coordenador. Para alcançar todo o país, foram produzidos 97 mil cartazes, 30 mil envelopes para contribuições e 12 mil adesivos alusivos às celebrações do Dia da Bíblia. A distribuição desse material ficará a cargo dos membros dos Diretórios estaduais e municipais da SBB, sob a coordenação das Secretarias Regionais da entidade.

Além disso, serão organizadas celebrações regionais e atividades que contribuam para a união de todos os cristãos em torno do Livro Sagrado, como o passeio ciclístico Pedalando por Bíblias, programado para 10 de dezembro, em São Paulo (SP).

Uma tradição de quase 500 anos

O Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI, um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil, a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

De lá para cá, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Hoje, é comum a programação de atividades ao longo da semana que antecede o segundo domingo de dezembro. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

Mais informações: http://www.sbb.org.br/noticias/noticia.asp?noticia=214

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sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Pastores e lobos

Pastores e lobos

Pastores e Lobos tem algo em comum: Ambos se interessam e gostam de ovelhas e vivem perto delas, mas muitas vezes pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Então, aprenda a discernir Pastores de Lobos:

Pastores buscam o bem das ovelhas,
lobos buscam os bens das ovelhas.

Pastores gostam de convívio,
lobos gostam de reuniões.

Pastores vivem à sombra da cruz
lobos vivem na luz dos holofotes.

Pastores choram pelas suas ovelhas,
lobos fazem suas ovelhas chorar.

Pastores tem autoridade espiritual,
lobos são autoritários e dominadores.

Pastores tem esposa,
lobos tem coadjuvante.

Pastores tem fraquezas,
lobos são poderosos.

Pastores tem senso de humor,
lobos se levam a sério.

Pastores são ensináveis,
lobos são donos da verdade.

Pastores tem amigos,
lobos têm admiradores.

Pastores se extasiam com o ministério,
lobos aplicam técnicas religiosas.

Pastores vivem o que pregam,
lobos pregam o que não vivem.

Pastores vivem de salários,
lobos enriquecem.

Pastores sabem orar no secreto,
lobos só oram em público.

Pastores vão para o púlpito,
lobos vão para o palco.

Pastores buscam discrição,
lobos se autopromovem.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus: "Guardai-vos dos falsos profetas que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores." (Mateus 7:15)

Osmar Ludovico da Silva

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sábado, 23 de setembro de 2006

Doces Consagrados - Entendendo a verdadeira história de Cosme e Damião

Doces Consagrados - Entendendo a verdadeira história de Cosme e Damião

Foi numa tarde bem bonita do dia 27 de setembro que Leandro recebeu a visita do seu amigo Juninho. Ele veio convidá-lo para juntos apanharem saquinhos de doces de "Cosme e Damião".

- Juninho, você sabe que eu gosto de sair com você, mas para pegar doces de Cosme e Damião, eu não vou.

- Ué, você tem alguma coisa contra Cosme e Damião?

- É claro que não, Juninho! Eles eram seguidores de Jesus Cristo, assim como eu sou. Você sabia disso?

- Pra falar a verdade, eu nunca ouvi falar isso antes.

- Então posso contar só um pouco da vida deles?

- Claro que sim, você me deixou curioso. Pode contar!

- Bem, eles nasceram na Arábia no terceiro século depois de Cristo, eram gêmeos e seus pais eram crentes em Jesus. Quando cresceram, foram estudar num lugar chamado Síria, e lá se tornaram médicos. Mas eles tinham um apelido muito interessante: "ANARGIROS".

- O que isto significa?

- Quer dizer "INIMIGOS DO DINHEIRO", pois eles não cobravam nada, nenhum centavo pelo trabalho deles. E já que eles trabalhavam de graça, começaram a ser muito conhecidos, atraindo assim muita gente para ouvir a mensagem que eles pregavam sobre o Salvador, Jesus Cristo, nosso Senhor.

- E tem mais! Havia um homem muito mau, que odiava os cristãos. O nome dele era Diocleciano, o Imperador Romano. Esse homem perverso, mandou para a cidade de Egéia, aonde estavam Cosme e Damião, um representante de nome Lísias. Então, sob o comando de Lísias, começaram a torturar Cosme e Damião. Finalmente, depois de torturá-los bastante... cortaram suas cabeças. E foi assim que eles morreram no ano de 283 depois de Cristo.

- Que coisa triste! Mas, eles foram mortos só porque trabalhavam de graça como médicos?

- Não, Juninho, não foi isso. O motivo foi outro! Vou lhe contar: Diocleciano, o Imperador Romano, odiava os cristãos porque eles eram fiéis a Jesus Cristo e não adoravam os ídolos fabricados por mãos humanas. Lísias mandou que eles adorassem ou se ajoelhassem diante de algumas imagens. Porém, como seguidores de Jesus, nunca poderiam fazer isso. A Bíblia diz: "Não farás para ti imagens de esculturas, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus Zeloso". (Êxodo, 20: 4,5). Então, por obedecerem as ordens de Deus e não se encurvarem ou rezarem às imagens, é que eles foram mortos.

- Você me deixou confuso, Leandro.

- Por que, Juninho?

- É que lá em casa tem imagens de São Cosme e São Damião. E, minha mãe sempre ensina a gente a rezar pedindo proteção a eles.

- E você acha que isso é certo? Você acha que Cosme e Damião se ajoelhariam ou rezariam para uma imagem pedindo proteção ou ajuda?

- Eu acho que não! Pois eles morreram justamente por não fazer o que eu e minha família estamos fazendo.

- Como você acha que eles se sentiriam vendo vocês fazendo isso?

- Acho que ficariam muito tristes.

- E quem mais ficaria triste?

- Será que JESUS CRISTO também ficaria triste?!?

- Isso mesmo, Juninho! Pois foi Jesus quem falou: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João, 14:6). Portanto, não adianta pedir nada a Cosme e Damião, a São João, São Paulo, Santa Maria ou outro "santo" qualquer. Devemos buscar somente a JESUS, o FILHO DE DEUS. Foi Ele quem morreu por nós numa cruz, ressuscitou ao terceiro dia e hoje roga a DEUS por nós (I Tim. 2:5; I João, 2:1).

- Isso quer dizer que comer doce de Cosme e Damião está errado?!

- Bem, Juninho, gosto muito de doce. Se eu quiser comer, compro um. Eu não como os doces de Cosme e Damião porque quem distribui doces nesse dia faz isso porque fez promessas a eles. E você sabia que esses doces são oferecidos aos "SANTOS" em algum terreiro de macumba ou centro espírita como pagamento de promessas? Se eu comer, estarei apoiando e concordando com o erro deles. A Bíblia diz que não pode haver amizade entre luz e escuridão, nem entre Jesus e o diabo (II Corintios, 6:14-16). E a Bíblia diz mais: "DEUS É LUZ E NELE NÃO HÁ TREVAS NENHUMA." Além disso, esses que parecem ser "santos" nos terreiros ou centros, são na realidade demônios (ajudantes do diabo) que estão enganando as pessoas. (I Cor. 10:19 a 21). Viu, porque não como os doces, balas e salgados de Cosme e Damião? Pois a Bíblia diz em Romanos, 10:11 que aquele que crê em JESUS nunca fica confundido ou em dúvidas nesses assuntos.

- Agora entendi, Leandro. E resolvi que não vou mais pegar esses doces. Gostei da verdadeira história de Cosme e Damião, e quero saber mais de Jesus.

- Que bom, você agora tomar esta decisão!

- Mas, conte-me Leandro, onde você conseguiu estas informações?

- Minha mãe fez a pesquisa na Enciclopédia Universal Ilustrada Europeo-Americana (Volume 15, páginas 1140-1142).

- Que bom! Mas o melhor foi saber que Jesus é o Filho de DEUS, amigo das crianças e Salvador dos que crêem Nele.

Colaboração de Rosemary Carneiro da Silva (www.jesussite.com.br)

 

A verdadeira história de Cosme e Damião*

Seguidores de Jesus Cristo, nasceram na Arábia, no terceiro século depois de Cristo, eram gêmeos e seus pais eram cristãos. Estudaram na Síria, e se tornaram médicos. Eram "Anargiros" (inimigos do dinheiro), e não cobravam nada pelo trabalho que exerciam. Como trabalhavam de graça, começaram a ser muito conhecidos, atraindo muita gente para ouvir a mensagem que pregavam sobre o Salvador Jesus Cristo. Naquele mesmo tempo, Diocleciano era o Imperador Romano, homem perverso que nutria forte ódio por cristãos e mandou para a cidade de Egéia, onde estavam Cosme e Damião, um representante de nome Lísias. Sob o comando deste homem, começaram a torturar Cosme e Damião até degolá-los. Desse modo foram mortos no ano 283 depois de Cristo, não porque trabalhavam de graça como médicos, mas porque eram cristãos e por sua fama tornaram alvo do imperador Diocleciano. Lísias mandou que eles adorassem ou se ajoelhassem diante de algumas imagens. Porém, como seguidores de Jesus, nunca poderiam fazer isso. A Bíblia diz: "Não farás para ti imagens de esculturas, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas de debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás, porque Eu sou o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso." (Êxodo 20.4,5) Foi então por obedecerem às ordens de Deus e não se encurvarem ou rezarem às imagens, que eles morreram. Que ironia diabólica, fazer imagens de Cosme e Damião para se curvar diante delas e pedir bênçãos e proteção.

Jesus disse "Eu sou o Caminho e a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14.6) Portanto sabemos que não adianta pedir nada a Cosme e Damião, a São João, São Paulo, Santa Maria ou outro "santo" qualquer. Buscamos somente a Jesus, o Filho de Deus! Foi Ele quem morreu por nós numa cruz, ressuscitou ao terceiro dia e hoje roga a Deus por nós (I Timóteo 2.5; I João 2:1). Pegar doces nesse dia torna-se um laço porque a maioria das pessoas que fazem essa distribuição estão presas à promessas feitas à estas imagens e esses doces são oferecidos aos "santos" em algum terreiro de candomblé ou centro espírita como pagamento dessas promessas. Esses que parecem ser "santos" nos terreiros ou centros, são na realidade demônios (ajudantes do diabo que estão enganando tais pessoas) I Corintios 10.19,21).

* Enciclopédia Universal Ilustrada Europeo-Americana -Volume 15, páginas 1140-1142.

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sábado, 16 de setembro de 2006

Conhecendo Deus

Conhecendo Deus

Uma coisa é ouvir falar de Deus. Outra é conhecê-lo pessoalmente. Vejamos como a diferença se aplica ao considerarmos alguns dos atributos de Deus.

O pensamento que Deus está pre-sente em todo o lugar é estarrecedor. Mas estar consciente da sua presen-ça quando precisamos nos dá confor-to e esperança.

Pensar que Deus conhece tudo, é assustador. Mas ter a confiança que nenhum detalhe da nossa vida esca-pa de sua atenção, é desfrutar a paz que resiste a qualquer provação.

Pensar que o Senhor é Todo-Po-deroso nos deixa maravilhados com sua grandiosidade. Mas tê-lo realmente operando em nós, através de nós e para nós, nos encoraja a descansarmos em seus braços poderosos.

Pensar que Deus é imutável é reafirmar a verdade. Mas conhecê-lo como um redentor por meio da nossa fé em seu Filho, Jesus Cristo, traz a alegria do perdão dos pecados.

O autor do Salmo 96 conhecia Deus, e essa relação se refletia nas suas palavras. Seu coração se derramou em lou-vores e ele desejou que outros conhecessem o Senhor e o adorassem também.

Você conhece Deus pessoalmente? Demonstra isso?

Richard W. De Haan

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Ele é Seguro?

Ele é Seguro?

Não iremos longe em nosso relacionamento com Deus se não entendermos que Ele deve ser respeitado. Em "As Cronicas de Narnia", uma parábola do escritor C. S. Lewis, o autor nos conta sobre duas garotas, Susan e Lucy, que estão se preparando para conhecer Aslan, o leão, que representa Cristo. Dois animais falantes, Sr. e Sra Castor, preparam as crianças para o encontro.

- Oh, diz Susan - pensei que fosse um homem. Será seguro? Devo ficar nervosa ao encontrar um leão.

- Ficará, querida - responde a Sra. Castor. - E não se engane, se existe alguém que pode aparecer diante de Aslan sem bater os joelhos, ou é mais corajoso do que os demais, ou mais tolo.

- Então não é seguro? - perguntou Lucy.

- Seguro? - diz o Sr. Castor. - Você não ouviu o que a Sra. Castor lhe disse? Quem falou sobre segurança? É claro que não é seguro. Mas ele é bom. Ele é o rei, isto lhe digo!

O salmista entendeu esta admiração espantosa quando escreveu "Ó! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia. Temei o Senhor, vos os seus santos" (Salmo 34.8-9). Não precisamos nos encolher aterrorizados, mas devemos viver diante dele com reverência e temor. Nosso Santo Deus é bom, mas exige respeito.

Haddon W. Robinson

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domingo, 27 de agosto de 2006

A Supremacia da Bíblia

A Supremacia da Bíblia

A Bíblia prova sua validade com fatos e eventos reais da história que foram profetizados milhares de anos antes de ocorrerem, um cumprimento que o mundo pôde testemunhar. O mesmo não pode ser dito do Corão, dos Vedas hindus, das palavras de Buda ou Confúcio, do Livro de Mórmon ou de qualquer outro escrito religioso. Irvin H. Linton expressou isso em seu livro A Lawyer Examines the Bible (Um Advogado Examina a Bíblia): "duvidar não é pecado, mas satisfazer-se em continuar tendo dúvidas enquanto Deus providenciou ‘tantas provas infalíveis’ para solucioná-las, é [pecado]..."

Esses eruditos dão a impressão de que nenhuma pessoa, com um mínimo de inteligência, pode crer na Bíblia. Pelo contrário, muitos dos maiores intelectuais da história (alguns dos quais fariam os "experts" de hoje parecerem tolos) afirmaram que a Bíblia oferece provas concretas de tudo aquilo que afirma. Foi o que testemunhou Daniel Webster, que certamente pode ser considerado uma das mentes mais brilhantes dos últimos séculos: ele cria no nascimento virginal de Jesus, em Sua divindade, em Seus milagres, na Sua morte vicária pelos nossos pecados e em Sua ressurreição.

Ninguém é mais capacitado a examinar as evidências do que aqueles que exercem profissões relacionadas com a lei e os aspectos legais – e a maioria dos mais famosos advogados, juízes e criminologistas humildemente reconheceu que a Palavra de Deus é verdadeira, dando testemunho de fé em Jesus Cristo, baseando-se nas evidências que eles próprios examinaram criticamente. Entre eles estava Sir Robert Anderson, chefe da Divisão de Investigações da Scotland Yard. É inegável que ele foi um dos maiores investigadores de todos os tempos. Os livros que escreveu tornaram-se clássicos, especialmente The Coming Prince (O Príncipe Vindouro). Essa obra prova que Cristo cumpriu a incrível profecia de Daniel 9, que descrevia o dia em que o Messias entraria em Jerusalém montado num jumentinho e seria exaltado, mas quatro dias depois seria crucificado. Seu outro livro, Daniel in the Critics’ Den (Daniel na Cova dos Críticos), confronta as tentativas dos críticos em desacreditar as profecias do livro de Daniel que validam a Bíblia.

Lord Caldecote, ministro da Justiça da Inglaterra, declarou: "...o Novo Testamento... daria um caso tremendo... se considerarmos apenas as evidências, pois os fatos nele contidos... [incluem] a ressurreição..." Lord Lyndhurst, um dos maiores conhecedores de legislação da Inglaterra, disse: "Eu sei muito bem o que é uma evidência e posso assegurar que as evidências da ressurreição permanecem inquestionáveis até hoje". O professor Thomas Arnold, um renomado historiador inglês, afirmou: "Não conheço outro fato na história da humanidade que possa ser comprovado com qualquer evidência maior e melhor... do que Cristo ter morrido e ressuscitado dentre os mortos".

Da mesma forma, Simon Greenleaf, co-fundador da Escola de Direito de Harvard (que foi "a maior autoridade nas cortes americanas", de acordo com Fuller, presidente da Suprema Corte de Justiça dos EUA), depois de examinar exaustivamente as evidências, aceitou Jesus como Salvador. Greenleaf escreveu Testimony of the Evangelists (Testemunho dos Evangelistas), no qual declara que a Bíblia pode ser submetida a qualquer teste de evidências que poderia ser exigido numa corte de justiça e desafia seus companheiros especialistas em Direito a examiná-la de maneira honesta.

O que a Bíblia diz, a verdadeira ciência confirma

O que a Bíblia diz, a verdadeira ciência, como uma serva obediente, confirma: (Texto Chave: Salmos 19)

a) Isaías 40:22: "Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra". Isaías fez esta afirmação em 700 a.C. A ciência SÓ descobriu este fato em 1519 quando Magalhães navegou ao redor do mundo, 2200 anos depois. Como Isaías sabia disto 2200 anos antes da ciência???!!!

b) Jó 26:7: "... e suspende a terra sobre o nada". O livro de Jó é o mais antigo da Bíblia, tendo sido escrito por volta de 2000 a.C. Mesmo quando Isac Newton explicou como a gravidade do sol era equilibrada pela a força centrífuga da rotação da terra em 1687, ele nada acrescentou a esta afirmação científica proferida por Jó!!! Como Jó sabia disto 3600 anos antes da ciência???!!!

c) Gênesis 2:7: "E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente". Será que devemos levar o livro de Gênesis a sério? Desde o final do séc. XVIII, cientistas vêm desenvolvendo técnicas para analisar os minerais. Comparação entre as análises químicas da composição do corpo humano e do pó da terra mostram os seguintes elementos em comum: cálcio, ferro, magnésio, oxigênio, carbono, nitrogênio, fósforo, sódio, potássio, cloro, hidrogênio, enxofre... E mais: em 11/1982, Seleções Reader’s Digest incluiu um artigo entitulado "Como a vida na Terra começou", onde diz que cientistas da NASA declararam que os ingredientes necessários para formar o ser humano estão no BARRO. O artigo disse ainda: "O cenário descrito pela Bíblia quanto à criação da vida vem a ser NÃO MUITO DISTANTE DO ALVO" (PÁG. 116). Não, a Bíblia não "passou não muito distante do alvo" – ela atingiu exatamente o alvo!!! Como Moisés sabia disto 3000 anos antes da ciência???!!!

d) Eclesiastes 1:6: "O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento e volta fazendo os seus circuitos". O vento apresenta alguns fenômenos, dentre os quais: circular entre o equador e os dois pólos, descoberto por Hardley no séc. XVII; girar, evidenciando a força Coriolis, descoberta no séc. XIX e apresentar circuitos específicos, descoberto apenas recentemente. Como Salomão sabia disto 1000 a.C.? Quem contou isso para ele???!!!

e) Eclesiastes 1:7: "Todos os rios vão para o mar e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr". Acrescentar Jó 36:27-29; Salmo 135:7 e Amós 9:6. Como todos estes escritores bíblicos, que escreveram entre 2000 a.C. e 800 a.C. sabiam sobre o ciclo hidrológico (evaporação, condensação e precipitação pluviométrica) e a decorrente formação e manutenção de rios, lagos, mares e oceanos por causa deste ciclo, se isto só foi reconhecido pela ciência quando foi descoberto por Galileu em 1630 d. C.???!!! Quem contou isto a eles???!!!

f) Provérbios 6:6-9: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?". Na Life’s Nature Library, em "Os insetos" (pág. 163) diz: "Um dos enigmas entomológicos do último século diz respeito a esta observação por Salomão. Não havia nenhuma evidência de que formigas, realmente, faziam colheitas de grãos. Em 1871, entretanto, um naturalista britânico mostrou que Salomão, afinal de contas, tinha estado certo" Como Salomão detalhou este fato científico em 1000 a.C.? Quem contou isto a ele???!!!

g) Levítico 15:13: "Quando, pois, o que tem fluxo, estiver limpo do seu fluxo, contar-se-ão sete dias para a sua purificação, e lavará as suas roupas, e banhará a sua carne em águas CORRENTES; e será limpo". Até fins do século XVIII todos os médico de um hospital lavavam suas mãos em uma mesma bacia, dia após dia (disseminando os germes com velocidade, facilidade e mortandade igual a de fogo em capim seco). Até cirurgiões eram sujos, e 17% das grávidas que entravam no melhor hospital do mundo (em Viena, Áustria) morriam de infecção. Isto até que com Pasteur e Koch e os avanços em microscopia e bacteriologia é que os médicos começaram a lavar as mão em águas CORRENTES, provando-se que a purificação salva mais que todos os remédios juntos. Como Moisés sabia disto em 1490 a. C.? Quem contou isso a ele???!!!

h) Salmo 8:8: "... as aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo que passa pelas veredas dos mares". Matthew Fontaine Maury, ministro da marinha americana, em 1860 aproximadamente, lançou-se ao empreendimento de encontrar estes curiosos "caminhos nos mares" e descobre que os oceanos têm caminhos que fluem através deles. Ele descobriu as correntes marítimas. Davi escreveu o Salmo 8 por volta de 1000 a. C. Quem falou isto a Davi 2800 antes da ciência???!!!

i) Levítico 17:11: "Porque a vida da carne está no sangue...". Durante séculos os cientistas discutiram sobre a "vida da carne" e sugeriram que vários órgãos no corpo humano tinham esta responsabilidade. O sangue nunca esteve na lista. Só em 1628, Harvey provou que o sangue circula do coração e volta para ele, alcançando todas as partes do corpo através de artérias e veias. A partir daí, descobriu-se que é o sangue que dá continuidade a todos os processos da vida, no corpo; que é o sangue que causa o crescimento, constrói novas células e faz o transporte de substâncias vitais (como oxigênio, glicose, aminoácidos...) e remove os metabólitos tóxicos (dióxido de carbono, lactato, uréia...), que se não forem removidos das células, elas morrem; que é o sangue que faz crescer osso e carne, armazena gordura, faz cabelo e até unha... Por milhares de anos, os médicos tratavam as pessoas com uma prática chamada de "sangria", pensando curar doenças com a extração de sangue. Em 1799, George Washington foi sangrado até a morte. Os médicos sem saberem estavam na verdade, retirando a vida dele. Só no início dos anos 1900 é que o Dr. Lister descobriu que o sangue provê o sistema imunológico aos corpos, motivo pelo qual uma vacina é aplicada na corrente sangüínea. Como pode aquele livro maravilhoso, escrito milhares de anos atrás e por homens com conhecimento científico muito limitado, estar tão à frente do melhor que a humanidade pôde produzir nos últimos 4000 anos???!!!

Jesus e Moisés

Semelhanças entre Jesus e Moisés

Êxodo 1:22; 2:1-10

Moisés foi levado para o Egito, um livramento de morte, as crianças estavam sendo mortas pelo rei do Egito.

Mateus 2:13,14; 16

Jesus semelhante a Moisés foi levado para o Egito, um livramento de morte. As crianças estavam sendo mortas por Heródes.

Êxodo 4:6,7

Moisés tinha o poder sobre as doenças.

Mates 8:1-3

Jesus semelhante a Moisés tinha o poder sobre as doenças.

Êxodo 7:14-21

Moisés fez seu primeiro grande sinal, com esse sinal, iniciou-se poderosamente o seu ministério, diante do povo.

João 2:7-11

Jesus semelhante a Moisés, transformou a água em vinho e o vinho no ministério de Jesus simboliza o sangue. Jesus semelhante a Moisés, com esse sinal, iniciou-se poderosamente o seu ministério, diante do povo.

Êxodo 10:22,23

Através de Moisés ouve trevas sobre toda a terra por três dias.

Mateus 27:45

Semelhante a Moisés através de Jesus ouve trevas sobre toda a terra, antes da morte foi de três horas. Da morte até a ressurreição, foram três dias, podemos entender que toda a terra estava em trevas e a luz da palavra de Deus estava somente com Israel, mas na ressurreição, que ocorreu no terceiro dia, (o que importa aqui é a semelhança, mesmo até nos dias e nas noites, simbolizando a luz nos dias e os três dias de trevas), a luz do evangelho é para todos.

Êxodo 12:1-13

Por ordem de Deus Moisés matou o cordeiro e o sangue do cordeiro foi por sinal para que o destruidor não entrasse nas casas dos hebreus.

João 1:29

Jesus semelhante a Moisés, mas sendo o cordeiro, o seu sangue foi por sinal para que o destruidor não venha tocar naquele onde o sangue é passado.

Êxodo 14:21,22;28-31

Moisés libertou o povo através do poder de Deus da escravidão do Egito.

João 8:36

Jesus semelhante a Moisés libertou o povo através do poder de Deus da escravidão do pecado.

Deuteronômio 18:18

Eu lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, porei as minha palavras na sua boca e ele lhes falará tudo o que lhe ordenar.

Jesus é esse em que o Senhor prometeu, Jesus é o messias, Glorias ao Deus eterno.

Daniel Filho

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Carta ao Apóstolo Paulo

Carta ao Apóstolo Paulo
 
Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para a Agência Missionária de uma certa denominação, oferecendo-se para trabalhar como missionário. Após algumas semanas, o Secretário da Agência escreveu-lhe esta carta, justificando porque não poderia aceitá-lo.

Ao pastor Saulo Paulo

Missionário Independente

Roma, Itália

Caro Irmão Paulo:

Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Agência como missionário na Espanha. Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos.

Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui "passar" como missionário independente. Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Essa certamente é uma deficiência grande para qualquer pessoa.

Nossa Agência requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras. Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude. Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio-período em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento.

Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas. É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Agência tenha folha corrida na polícia. O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de "o homem que virou o mundo de cabeça para baixo".

Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um grande cesto. Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios", de Dálio Carnego. Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de uma certa idade.

Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática. Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta, ao apanhar lenha, uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós.

O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes. Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus. O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e a excluir o pobre rapaz. O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo.

Suas duas cartas à igreja de Tessalônica são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância. Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho. Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas. Seus sermões são muito longos.

Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida. O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte. A Agência prefere enviar somente homens casados aos campos missionários.

Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo. Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão? Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Agência de Missões. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna.

Sinceramente,

O. K. Bessudo

Secretário da Agência de Missões
Autor: Anônimo
Tradução e adaptação: Jeremias dos Santos
COMIN - Correio Missionário Internacional

sábado, 15 de julho de 2006

Como Posso Ser Feliz?

Como Posso Ser Feliz?

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes. Mas não esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você.

Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É ter maturidade para falar: "eu errei". É ter ousadia para dizer: "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar: "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer "eu te amo".

Quando você errar o caminho, recomece. Pois assim, você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as pedras para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama.

Ser feliz é levantar cada manhã e agradecer pelo milagre da vida.

(Desconheço o autor)

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sexta-feira, 16 de junho de 2006

O Pai Nosso

O Pai Nosso

Que oração completa, plena. Tem tudo de que precisamos nela:

Pai nosso que estás nos céus... para lembrarmos que Ele é Pai, um Pai que se compadece dos Seus filhos. Para lembrar que quando oramos, estamos conversando com um Pai, pois a todos quantos receberam ao Senhor Jesus, Ele deu-lhes o poder de serem chamados Seus filhos. Que privilégio!

Santificado seja o Teu nome... para lembrar que Ele é Santo e perfeito nos Seus caminhos. Na mitra do sacerdote Dele, estava a placa de ouro: 'Santidade ao Senhor'. Portanto, devemos a Ele a santidade devida como Seus filhos, pois está escrito: Sêde santos como Ele é Santo.

Venha o Teu reino... para lembrar que o reino dele prevalecerá e jamais será destruído. Devemos orar para que o reino Dele venha aqui, onde, por enquanto, quem reina é outro. Para lembrar que Ele deseja que manifestemos em oração, que é nosso expresso desejo, ter aqui um outro reino, o Dele.

Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu... para lembrar que no céu, tudo é perfeito porque lá, a vontade Dele é feita. Para lembrar que a vontade Dele deve prevalecer em nossas vidas. Para lembrar que Ele nos deu exemplo no Getsêmani quando orou, dizendo: Pai, se possível, tira de Mim esse cálice, mas não seja como Eu quero, mas como Tu queres. Para lembrar que nesse mundo, nossa vida deve ser uma sucessão de Getsêmanis.

O pão nosso nos dá hoje... para lembrar que Ele é o Supridor, e nada nos faltará. Para lembrar a palavra: Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado e a sua descendência a mendigar o pão. Para lembrar que o pardal é alimentado, e que valemos mais que pardais. Para lembrar que todo dia, devemos pedir o pão saúde, o pão presença, o pão graça, o pão Espírito Santo, o pão maravilhas, o pão salvação dos queridos, e o pão pão.

Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos a quem nos deve... para lembrar que, se não perdoarmos, também não seremos perdoados. Para lembrar que Ele nos pediu para sermos misericordiosos como Ele é Misericordioso, e amoroso como Ele é Amoroso.

E livra-nos da tentação e do mal... para lembrar que Ele venceu a tentação, e foi vencedor para nos dar o exemplo. Para lembrar que Ele quer nos livrar, não só do mal que está lá fora, mas daquele mal que está dentro de nós, do mal que podemos fazer a nós mesmos.

Porque Teu é o reino, e o poder e a glória... para lembrar e deixar bem fixado nas tábuas de carne de nosso coração, e na nossa mente esquecediça, que o poder que emana para que aconteçam maravilhas na igreja, é Dele, e que portanto, a Glória devida, também é Dele.

Amém... para lembrar que é assim que deve ser.

Pr. Sinval

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sexta-feira, 9 de junho de 2006

Palmadas Proíbidas

Palmadas Proibidas

Acabo de ler, eu, que nunca fui espancado, mas sempre levei uns bons tapas quando necessário, que foi aprovado um projeto de lei que proíbe aos pais dar palmadas nos filhos, sob quaisquer propósitos, ainda que de caráter pedagógico: o projeto é de 5 petistas. Não poderia ser diferente. Como foram apanhados com a boca na botija agora querem proibir qualquer tipo de punição a quem quer que seja, a começar pelas crianças: precisamos formar novos corruptos, transgressores da lei, pessoas que possam fazer o que bem entenderem tendo em vista que extintas as mínimas formas de punição o que adiantará proibir?

Indiretamente estamos voltando ao: é proibido proibir.

Possivelmente o próximo projeto venha retirar todos os marginais das prisões do país para que não fiquem traumatizados, serão proibidos quaisquer tipos de castigos ou punições: todos nós só teremos direitos.

É comum as pessoas reivindicarem seus direitos.

Lembrando Clarice Lispector: Porque há direito ao grito. Então eu grito.

Direitos humanos, direitos autorais, direitos da mulher, direitos trabalhistas, direitos lingüísticos, direitos do consumidor, direitos da criança, direitos, direitos e mais direitos.

E os deveres?

Alguém já ouviu falar no Instituto dos Deveres Humanos, ou na Faculdade de Deveres; deveres da mulher, da criança, do jovem, do idoso?

Na dúvida, entrei na Internet e fui atrás dos sites de busca. Talvez eu estivesse errado nos meus conceitos, ou pré-conceitos.

No Google, encontrei 19.700.000 fontes de consulta para o item "direitos" e somente 1.720.000 para "deveres".

No Cadê, encontrei 37.600.000 fontes de consulta para o item "direitos" e somente 759.000 para "deveres".

No Yahoo, 38.200.000 fontes de consulta para "direitos" e 780.000 sites para "deveres".

É importante frisar que, mesmo quando encontrei informações sobre "deveres", a palavra vinha acompanhada dos "direitos": direitos (em primeiro lugar) e deveres disso ou daquilo, desse ou daquele.

Não é à toa que alguns jovens, por exemplo, no colégio, só exigem. Exigem professores com paciência ilimitada, exigem tolerância nos seus atrasos, exigem tolerância nos esquecimentos na entrega de tarefas, trabalhos e pesquisas, exigem conceitos ou notas maiores do que aqueles que realmente fizeram por merecer. Esquecem-se porém de que não cumpriram seus deveres. Não estudaram, não pesquisaram, não ficaram atentos durante as aulas, não acordaram a tempo de ir para o colégio, não dormiram cedo para acordar cedo, não fizeram suas tarefas.

O que nossos petistas vão colocar em lugar das palmadas? Pagarão eles tratamentos especializados, como sugere a lei, para todos as crianças ditas problemáticas?

Não é à toa que alguns funcionários exigem maiores salários, melhores condições de trabalho, direitos trabalhistas, tolerância para suas faltas constantes e até incompetência. Mas não participam de cursos de reciclagem, não fazem nenhuma tarefa além do estabelecido em contrato, não procuram ficar algumas horas a mais ou trabalhar algum dia extra para compensar os dias perdidos.

Não poder dar umas palmadas, ou seja, não corrigir de uma forma um pouco mais contundente, quando as palavras não bastarem, é ajudar na formação de políticos que, como eles, assaltam a nação de forma desavergonhada e despudorada: talvez, se tivessem levado umas palmadas quando crianças, lembrar-se-iam delas quando fossem agir como estão agindo.

O presidiário matou, roubou, estuprou, corrompeu, aleijou, fez órfãos e viúvas que nunca mais verão seus entes queridos. Na prisão, durante os motins, queima colchões, destrói cozinhas, arrebenta tudo o que encontra pela frente, ou seja, não cumpre e nem cumpriu seus deveres. Mas, ao ficar na prisão, exige direitos: boas condições de higiene, comida da boa e na hora certa, colchões para dormir, visitas semanais. Eles têm ao seu lado os Direitos Humanos.

E os necessitados de transplantes de órgãos? Ficam nas filas exigindo seu órgão, forçando as autoridades, exigindo o direito de continuar vivendo? E eu pergunto: durante suas vidas, foram doadores? Doaram sangue? Propuseram-se a doar órgãos? Cumpriram o dever de cidadãos? Tenho certeza de que a maioria não o fez.

Onde estão os defensores dos Deveres Humanos?

Assim não dá .

É por isso que tudo está como está . Mas não consigo aceitar que "...é assim porque é assim".

Se todos cumprissem seus deveres, e fossem punidos com umas boas palmadas quando não o fizessem, não haveria necessidade de Defensores de Direitos de quem quer que seja.

É preciso mudar essa mentalidade. Não podem existir direitos sem os respectivos deveres. Não podem esses políticos, que nem bons exemplos dão para a nação, tirar o direito de nós, os pais, educarmos de acordo com nossas convicções, os nossos filhos: ninguém está defendendo espancamentos irracionais.

Sugiro que os cinco petistas sejam encaminhados a programas de proteção à população, tratamento psicológico, cursos e programas de orientação de como encaminhar melhor as coisas públicas - afinal, foram eleitos para tal - e deixem aos pais a educação de seus filhos.

Antônio Carlos Tórtoro
Presidente da Academia Ribeirão Pretana de Educação

Link para o artigo: http://www.reescrevendoaeducacao.com.br/modules/artigosenviados.php?a=visualizar&artigoid=5

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Não quero ser apóstolo!

Não quero ser apóstolo!

Os pastores possuem um fino senso de humor. Muitas vezes, reúnem-se e contam casos folclóricos, descrevem tipos pitorescos e narram suas próprias gafes. Riem de si mesmos e procuram extravasar na gargalhada as tensões que pesam sobre os seus ombros. Ultimamente, fazem-se piadas dos títulos que os líderes estão conferindo a si próprios. É que está havendo uma certa, digamos, volúpia em pastores se promoverem a bispos e apóstolos. Numa reunião, diz a anedota, um perguntou ao outro: "Você já é apóstolo?" O outro teria respondido: "Não, e nem quero. Meu desejo agora é ser semi-deus". Apóstolo agora está virando arroz de festa e meu ministério é tão especial que somente este título cabe a mim". Um outro chiste que corre entre os pastores é que se no livro do Apocalipse o anjo da igreja é um pastor, logo, aquele que desenvolve um ministério apostólico seria um "arcanjo".

Já decidi! Não quero ser apóstolo! O pouco que conheço sobre mim mesmo faz-me admitir, sem falsa humildade, que não eu teria condições espirituais de ser um deles. Além disso, não quero que minha ambição por sucesso ou prestígio, que é pecado, se transforme em choça.

Admito que os apóstolos constam entre os cinco ministérios locais descritos pelo apóstolo Paulo em Efésios 4.11. Não há como negar que os apóstolos foram estabelecidos por Deus em primeiro lugar, antes dos profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Mas, resigno-me contente à minha simples posição de pastor. Já que nem todos são apóstolos, nem todos profetas, nem todos mestres ou operadores de milagres, como consta na epístola aos Coríntios 12.29, parece não haver demérito em ser um mero obreiro.

Meus parcos conhecimentos do grego não me permitem grandes aventuras léxicas. Mas qualquer dicionário teológico serve para ajudar a entender o sentido neotestamentário do verbete "apóstolo" ou "apostolado". Usemos a Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã, das Edições Vida Nova: "O uso bíblico do termo "apóstolo" é quase inteiramente limitado ao NT, onde ocorre setenta e nove vezes; dez vezes nos evangelhos, vinte e oito em Atos, trinta e oito nas epístolas e três no Apocalipse. Nossa palavra em Português, é uma transliteração da palavra grega apostolos, que é derivada de apostellein, enviar. Embora várias palavras com o significado de enviar sejam usadas no NT, expressando idéias como despachar, soltar, ou mandar embora, apostellein enfatiza os elementos da comissão – a autoridade de quem envia e a responsabilidade diante deste. Portanto, a rigor, um apóstolo é alguém enviado numa missão específica, na qual age com plena autoridade em favor de quem o enviou, e que presta contas a este".

Jesus foi chamado de apóstolo em Hebreus 3.1. Ele falava os oráculos de Deus. Os doze discípulos mais próximos de Jesus, também receberam esse título. O número de apóstolos parecia fixo, porque fazia um paralelismo com as doze tribos de Israel. Jesus se referia a apenas doze tronos na era vindoura (Mateus 19.28; cf Ap 21.14). Depois da queda de Judas, e para que se cumprisse uma profecia, ao que parece, a igreja sentiu-se obrigada, no primeiro capítulo de Atos, a preencher esse número. Mas na história da igreja, não se tem conhecimento de esforços para selecionar novos apóstolos para suceder àqueles que morreram (Atos12.2). As exigências para que alguém se qualificasse ao apostolado, com o passar do tempo, não podiam mais se cumprir: "É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição" (Atos 2.21-22).

Portanto, alguns dos melhores exegetas do Novo Testamento concordam que as listas ministeriais de I Coríntios 12 e Efésios 4 referem-se exclusivamente aos primeiros e não a novos apóstolo.

Há, entretanto, a peculiaridade do apostolado de Paulo. Uma exceção que confirma a regra. Na defesa de seu apostolado em I Coríntios 15.9, ele afirmou que foi testemunha da ressurreição (vira o Senhor na estrada de Damasco), mas reconhecia que era um abortivo (nascido fora de tempo). "Porque sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus" (15.10). O testemunho de mais de dois mil anos de história é que os apóstolos foram somente aqueles doze homens que andaram com Jesus e foram comissionados por ele para serem as colunas da igreja, comunidade espiritual de Deus.

O que preocupa nos apóstolos pós-modernos é ainda mais grave. Tem a ver com a nossa natureza que cobiça o poder, que se encanta com títulos e que fez do sucesso uma filosofia ministerial. Há uma corrida frenética acontecendo nas igrejas de quem é o maior, quem está na vanguarda da revelação do Espírito Santo e quem ostenta a unção mais eficaz. Tanto que os que se afoitam ao título de apóstolo são os líderes de ministérios de grande visibilidade e que conseguem mobilizar enormes multidões. Possuem um perfil carismático, sabem lidar com massas e, infelizmente, são ricos.

Não quero ser um apóstolo porque não desejo a vanguarda da revelação. Desejo ser fiel ao leito principal do cristianismo histórico. Não quero uma nova revelação que tenha sido desapercebida de Paulo, Pedro, Tiago ou Judas. Não quero ser apóstolo porque não quero me distanciar dos pastores simples, dos missionários sem glamour, das mulheres que oram nos círculos de oração e dos santos homens que me precederam e que não conheceram as tentações dos mega eventos, do culto espetáculo e da vã-glória da fama. Não quero ser apóstolo, porque não acho que precisemos de títulos para fazer a obra de Deus, especialmente quando eles nos conferem estatus. Aliás, estou disposto, inclusive a abrir mão de ser chamado, pastor, se isso representar uma graduação e não uma vocação ao serviço.

Não desdenho as pessoas, sinto apenas um enorme pesar em perceber que a ambiência evangélica conspira para que homens de Deus sintam-se tão atraídos a ostentação de títulos, cargos e posições. Embriagados com a exuberância de suas próprias palavras, crentes que são especiais, aceitam os aplausos que vêm dos homens e se esquecem que não foi esse o espírito que norteou o ministério de Jesus de Nazaré.

Ele nos ensinou a não cobiçar títulos e a não aceitar as lisonjas humanas. Quando um jovem rico o saudou com um "Bom Mestre", rejeitou a interpelação: "Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus" (Mc 10.17-18). A mãe de Tiago e João pediu um lugar especial para os seus filhos. Jesus aproveitou o mal estar causado, para ensinar: "Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20.25-28).

Os pastores estão se esquecendo do principal. Não fomos chamados para termos ministérios bem sucedidos, mas para continuarmos o ministério de Jesus, amigo dos pecadores, compassivo com os pobres e identificado com as dores das viúvas e dos órfãos. Ser pastor não é acumular conquistas acadêmicas, não é conhecer políticos poderosos, não é ser um gerente de grandes empresas religiosas, não é pertencer aos altos graus das hierarquias religiosas. Pastorear é conhecer e vivenciar a intimidade de Deus com integridade. Pastorear é caminhar ao lado da família que acaba de enterrar um filho prematuramente e que precisa experimentar o consolo do Espírito Santo. Pastorear é ser fiel à todo o conselho de Deus; é ensinar ao povo a meditar na Palavra de Deus. Ser pastor é amar os perdidos com o mesmo amor com que Deus os ama.

Pastores, não queiram ser apóstolos, mas busquem o secreto da oração. Não ambicionem ter mega igrejas, busquem ser achados despenseiros fieis dos mistérios de Deus. Não se encantem com o brilho deste mundo, busquem ser apenas serviçais. Não alicercem seus ministérios sobre o ineditismo, busquem manejar bem a palavra da verdade; aquela mesma que Timóteo ouviu de Paulo e que deveria transmitir a homens fieis e idôneos que por sua vez instruiriam a outros. Pastores, não permitam que os seus cultos se transformem em shows. Não alimentem a natureza terrena e pecaminosa das pessoas, preguem a mensagem do Calvário.

Santo Agostinho afirmou: "O orgulho transformou anjos em demônios". Se quisermos nos parecer com Jesus, sigamos o conselho de Paulo aos filipenses: "Tende o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (2.5-8).

Soli Deo Gloria

Pr. Ricardo Gondim Rodrigues

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