sábado, 16 de dezembro de 2006

O Natal declara reconciliação

O Natal declara reconciliação
 
Perdão é o maior presente que podemos receber e oferecer

O pecado fez o homem morrer para Deus: No dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn. 2.17). É isto o que a traição faz, faz com que os grandes amigos morram um para o outro e vivam em inimizade. O pecado fez Deus romper com o homem, e este com Deus. Tornou-se impossível o relacionamento entre eles, distanciando-os e separando-os. Com isto, o homem foi expulso por Deus do "Paraíso" e, por sua vez, expulsou Deus da sua vida e do seu coração.

Com esta inimizade que passou a existir entre o homem e Deus - Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus (Rm. 8.7); Qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg. 4.4) -, os relacionamentos humanos também foram abalados e se tornaram doentios, passando a haver inimizade mútua, desavenças, ódio, traições, rompimentos.

Embora o amor divino desejasse reatar o relacionamento e perdoar, a justiça impedia exigindo julgamento e punição, afinal, o homem foi quem tomou a iniciativa de desobedecer a Deus, de ofendê-lo, de rebelar-se contra ele, transgredir sua lei, tornando-se assim passível de juízo.

Da sua parte, porém, o homem jamais seria capaz (uma vez envenenada a sua natureza) de voltar-se para Deus arrependido em busca de perdão e reconciliação. Foi Deus, o ofendido, quem tomou a iniciativa de vir até o ofensor, na pessoa de Jesus, para acabar com a distância que os separava, reconciliar e restabelecer a comunhão perdida, oferecer o perdão e, conseqüentemente, a volta ao "Paraíso" com a única condição de que o homem lhe devolvesse o coração. É isto o que nos anuncia o Natal - a chegada do perdão, da reconciliação, da salvação. Ele nasceu para nós, para que pudéssemos renascer para Ele.

Mas como satisfazer o amor - que desejava perdoar - e a justiça - que exigia juízo -, respectivamente, sem pender para um ou para o outro lado sem que Deus se tornasse injusto ou cruel? Houve um plano, estabelecido pelo próprio Deus, onde Ele receberia em si mesmo a punição devida ao pecado humano para satisfazer assim sua justiça e demonstrar seu amor.

Então, na pessoa de Jesus, veio Deus com seu infinito amor estabelecer a sua justiça. Veio para, em si mesmo, receber a punição que era devida ao homem, pois o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). Deste modo, foi feito a justiça e o amor divino. Este é o sentido da vinda e morte de Cristo na cruz; ele estava demonstrando sua justiça e seu amor. Ele se propôs a receber o castigo que nos era devido para satisfazer a justiça e em amor poder nos oferecer o perdão. É isto o que nos anuncia o Natal - a chegada do amor e da justiça divina. Ele veio para morrer por nós, para que pudéssemos viver com Ele.

Mas o homem precisava ser informado de que a justiça de Deus fora satisfeita, de que ele continuava a amá-lo, de que havia sido mediado o perdão, a reconciliação. Não bastava realizar a propiciação, era necessário fazer chegar ao homem esta Boa Nova. Era preciso procurar o ofensor para dizer-lhe que o perdoara, que o aceitara de volta, era mister proclamar este ato divino. Este é o sentido do Evangelho - a proclamação das Boas Novas de Deus ao homem, informando que já não precisa mais haver inimizade e separação. O Natal nos anuncia o Evangelho.

E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc. 2.9-11.)

Pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação (2Co. 5.19.) Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade... e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto (Ef. 2.14,16,17).

Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados (1Pe. 2.24). Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Rm. 5.10). Havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus (Col. 1.20).

Se a vinda de Jesus a este mundo anuncia e mostra que Deus procurou o homem, seu ofensor, para possibilitar e oferecer-lhe perdão, reconciliá-lo consigo, trazê-lo de volta, desfazer a inimizade existente, reatar o relacionamento e a comunhão rompida pelo pecado, e sem que este merecesse ou desejasse, este é o sentido da graça. O Natal nos anuncia e declara a graça divina.

Então, se o Natal significa, declara e anuncia tudo isto - amor, justiça, perdão, reconciliação, renascimento, Evangelho e graça - deveria ser assim comemorado e festejado. Aliás, a oferta do perdão de Deus a nós, por meio de Jesus, exige da nossa parte que ofereçamos perdão aos nossos ofensores. Jesus nos ensinou a perdoar perdoando para que pudéssemos aprender a fazer o mesmo. Seu perdão nos capacita a perdoar.

Natal deveria ser assim entendido e comemorado, pois, uma vez que fui procurado por aquele que eu ofendi para ser perdoado sem que merecesse ou desejasse, não posso me omitir de procurar aqueles que me ofenderam para oferecer-lhes perdão, ainda que não mereçam ou desejem. Deveria ser o momento de anunciar a Boas Novas, de decidir pôr fim às inimizades, restaurar os relacionamentos quebrados e reconciliar.

Natal fala da chegada do perdão de Deus ao homem, conseqüentemente, deste ao próximo. Fala de ofendidos que tomam a iniciativa de perdoar; fala da graça, da justiça e do amor. Jamais deveria ser comemorado pelos que ainda abrigam ódio no coração, desejo de vingança, inimizades. Que ainda têm relacionamentos rompidos e não reatados, mesmo que seja por iniciativa do ofendido, e apesar do ofensor e da ofensa cometida.

Natal fala de nascimento e de renascimento; nascimento da esperança, do perdão, da restauração, da reconciliação, da alegria, da comunhão; renascimento das amizades e relacionamentos que um dia tiveram fim. Renascimento daqueles que um dia morreram para nós.

Permita, portanto, nesta data, àqueles que um dia 'morreram' para você, que um dia foram 'expulsos' da sua vida, que se separaram de você, renasçam e recebam o seu perdão. Deixe aquele que nasceu para os que estavam mortos para ele, viver em seu coração.

Saiba que a maior prova de que Jesus nasceu para você está na capacidade que você tem de perdoar. Ninguém que tenha recebido dele o perdão será capaz de negar perdão. Se negarmos o perdão, não temos direito de sermos perdoados. Perdão é a principal característica do pecador regenerado; falta de perdão é a principal característica do pecador não regenerado. Se Deus nos perdoa não temos porque negar perdão, caso contrário, jamais poderemos orar dizendo: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores (Mt. 6.12).

Aquele que veio para nos oferecer perdão foi quem afirmou categoricamente: Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas (Mt. 6.14-15).

Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.
(Mt. 18.21-35.)

Perdão é o maior presente que podemos receber. Perdão é o maior presente que podemos oferecer. Então, você espera receber algum presente neste Natal? Pretende oferecer algum? Como vai comemorá-lo neste ano? Não se esqueça do aniversariante, não se esqueça de incluí-lo nos seus planos!

Jair Souza Leal
Pastor auxiliar na Igreja Batista Memorial do Industrial. Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica das Assembléias de Deus. Pedagogo em formação - PUC/MG. Professor de Introdução à Bíblia no Instituto Teológico Quadrangular
 

sábado, 9 de dezembro de 2006

O Dia da Bíblia

10 de Dezembro de 2006 - O Dia da Bíblia
 
O Dia da Bíblia surgiu em 1549, quando um Bispo chamado Cranmer, que vivia na Grã-Bretanha, incluiu no livro de orações do rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o Segundo Domingo do Advento (o Advento é celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal). Foi assim que o segundo domingo de dezembro se tornou o Dia da Bíblia.

Hoje, um dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países. Em alguns desses países, a data é celebrada no segundo domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim.

No Brasil, o Dia da Bíblia começou a ser celebrado pelos primeiros missionários evangélicos que, oriundos da Europa e Estados Unidos, a partir de 1850, aqui vieram semear a Palavra de Deus. Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia manifestações públicas dos evangélicos. Por volta de 1880, esta liberdade foi crescendo e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve um das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.

Hoje, as comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhares de cristãos em todo Brasil. Em alguns estados e em vários municípios, o Dia da Bíblia é data oficial.

www.pilb.t5.com.br

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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