sábado, 31 de março de 2007

Quero Minha Religião de Volta

Antigamente, as igrejas evangélicas era lugares cheios de pessoas que conheciam a Bíblia de capa a capa, que se portavam reverentemente durante o culto e não raro, as pessoas do mundo admiravam os evangélicos por sua fé e esperança, mesmo nos momentos mais difíceis. São inúmeros os testemunhos de pessoas que vieram para Cristo após conviver com um crente genuíno. Este, normalmente descrito como alguém humilde, prestativo e sempre com um versículo bíblico na ponta da língua, para qualquer situação.

Os cultos nas igrejas evangélicas era cheios de hinos e coros profundamente inspiradores, refletindo as doutrinas fundamentais da fé cristã. O ofertório era uma demonstração de zelo e gratidão a Deus e o dízimo era um ato alegre de fidelidade ao Senhor. Quando o pastor subia ao púlpito, todos atentamente recebiam edificação através de uma pregação biblicamente fundamentada. A pregação da Palavra era o centro do culto. Mesmo nas igrejas pentecostais, não era muito diferente. As classes de escola dominical estavam sempre cheias de crentes sedentos para estudar e debater temas bíblicos. Esses eram os "crentes" de antigamente.

Hoje as coisas mudaram muito. E como mudaram! Os evangélicos são vistos como mais uma "tribo" urbana, assim como os sufistas ou os hippies, que tem musica própria, gírias e slogans próprios. O culto reverente, virou entretenimento. O momento de destaque no culto, já não é mais a meditação na Palavra de Deus, proclamada por um pastor bem preparado teologicamente, mas sim o momento de "louvor" (momento musical), dirigido por bandas com caros aparelhos de som. As letras dos cânticos só falam em noiva, paixão, e constantes repetições de forte apelo emocional. O dízimo virou "ato profético" e o ofertório barganha com Deus. Não se pede mais nada a Deus. Decretam coisas para ele fazer da maneira mais arrogante possível. Descaracterizaram a igreja, sob a desculpa de "quebrar a religiosidade". O "louvor" não pode ser menos de uma hora, mesmo que a pregação se reduza a 15 minutos ou menos. A doutrina é colocada em segundo plano, pois o que importa é "adorar". A Bíblia já não é tão importante para a pregação, pois o negócio é buscar "novas revelações" ( eles devem achar que a Bíblia está ultrapassada), tornando a hermenêutica e a exegese descartáveis, e consequentemente descartando a boa preparação teológica.

Já chega, quero minha religião de volta! Quero de volta a igreja com cara de igreja. Os cultos reverentes, o povo sedento por aprender a Palavra de Deus, o sentimento de contrição e submissão diante do Deus Soberano e Criador de todas as coisas. Quero de volta o tempo em que cultos racionais eram regra e não exceção. Quero de volta a centralidade da Bíblia e não a busca de "revelações dos ultimos dias". Quero de volta o tempo que ser pastor era ser um religioso consagrado e não um empresário eclesiástico.

Francisco Belvedere

Sou Um Fundamentalista?

"Você é um fundamentalista!" A acusação me foi dirigida quando ainda era um calouro da universidade, recém-saído do serviço militar, em 1947. Da maneira como ela foi feita, com tamanho desprezo, nenhuma explicação foi necessária para compreender que ser rotulado de "fundamentalista" era um dos mais terríveis insultos no orgulhoso mundo acadêmico. Respondi algo como: "Se ser fundamentalista significa aderir aos sólidos fundamentos da matemática, da contabilidade, da química ou de qualquer outra ciência, então aceito alegremente o título. E já que a Bíblia é literalmente a Palavra de Deus e é inerrante (sem erros), a única escolha inteligente é aceitá-la e permanecer fiel aos seus fundamentos". Essa resposta apenas aumentou a frustração e a ira dos que debatiam acaloradamente comigo já por duas horas.

A ocasião foi o primeiro encontro da "Hora dos Críticos", uma novidade que havia sido criada recentemente por alunos e professores da universidade para ridicularizar e desacreditar a Bíblia. Entre os espectadores havia um bom número de crentes que eu conhecia do grupo cristão do campus, mas nenhum deles disse uma palavra sequer. Fiquei sozinho naquele auditório, sendo alvejado com argumentos de todos os lados, todos favoráveis à evolução e ao ateísmo. Sendo um ingênuo jovem de 21 anos, fiquei chocado com a animosidade tão abertamente demonstrada contra a Bíblia e contra o Deus da Bíblia.

Naquele ponto da minha vida, mal ouvira falar de Harry Emerson Fosdick, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Nova Iorque, uma pessoa-chave no liberalismo/modernismo americano. Tampouco fazia idéia da crescente rejeição da infalibilidade da Bíblia entre muitas pessoas que se chamavam cristãos. O nome de J. Gresham Machen era-me completamente desconhecido. Portanto, nada sabia acerca da batalha perdida que ele sustentara no Seminário de Princeton, na década de 1920, contra as heresias que levaram aquela escola a tornar-se completamente liberal e que alcançaram a maioria das igrejas presbiterianas.

Cristianismo com "roupagem" moderna

Os servos mais eficientes de Satanás são mestres em ambigüidades. Fosdick reivindicava honrar a doutrina, mas ao mesmo tempo advertia sobre o "perigo de dar ênfase demais à doutrina..." Ele afirmou que "nada realmente importa na religião, a não ser aquelas coisas que fomentam o bem individual e público... e o progresso social."1 Fosdick foi reconhecido naquele tempo pela maioria dos cristãos verdadeiros como o incrédulo que realmente era. Mas, Norman Vincent Peale, não menos herege que Fosdick, conseguiu achar aceitação virtualmente em toda parte, bem como seu famoso discípulo Robert Schuller.

O modernista toma as últimas idéias do mundo secular e enganosamente as veste com linguagem cristã. Ninguém tem feito isso com maior perfeição do que os atuais psicólogos cristãos, que de algum modo tomam teorias anticristãs de inimigos declarados do Evangelho e as "integram" à teologia. Peale foi o primeiro a fazer isso. Em 1937, ele fundou uma clínica "cristã" de psiquiatria em sua igreja. A clínica tornou-se modelo para numerosas outras semelhantes, as quais têm gerado fortunas para seus fundadores.

Machen foi exato ao demonstrar que a intimidação pela ciência e o desejo de obter aceitação e respeito na comunidade acadêmica têm resultado em comprometimentos, que na prática descaracterizam o Evangelho. Essa ânsia tem influenciado cada vez mais os seminários e faculdades cristãs. Machen acusou os liberais de "tentar remover do cristianismo todas as coisas que não possam ser aceitas pela ciência."2

Muitos dos evangélicos de hoje em dia parecem pensar que os cientistas sabem mais sobre o Universo do que o próprio Criador. Será que a Bíblia é frágil devido à ignorância de Deus? O resultado é um comprometimento fatal para a verdadeira fé. Temos observado isso na aceitação da evolução teísta por parte da revista "Christianity Today" (Cristianismo Hoje), dos "Promise Keepers" (Guardadores de Promessas) e de muitos seminários e universidades cristãs, mesmo que ela contradiga plenamente a Bíblia e subverta o Evangelho. O mesmo comprometimento ocorre quando se questiona a narrativa bíblica do dilúvio.

Billy Graham, que há décadas abandonou sua posição fundamentalista, recentemente disse não estar certo se o dilúvio de Noé foi realmente de âmbito mundial. O New Bible Commentary da InterVarsity também afirma: "A narrativa (bíblica) não relata diretamente um dilúvio universal..." A Bíblia, ao contrário, não deixa espaço para tais devaneios: "...tudo o que há na terra perecerá" (Gn 6.17). "...e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz" (Gn 7.4). "...e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne..., ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca" (Gn 7.20-23). As instruções de Deus para Noé, de que trouxesse um par de cada espécie para a arca, só têm sentido se o dilúvio atingiu o mundo inteiro. Deus prometeu não voltar a destruir a terra por água novamente (Gn 9.11), todavia têm havido muitas enchentes regionais desde aquele tempo. A destruição futura do mundo, conforme profetizada por Pedro, seria apenas um incêndio localizado, se o dilúvio com que é comparado foi limitado (2 Pe 3.6-7). Finalmente, Jesus compara Seu futuro julgamento da humanidade ao dilúvio (Mt 24.38-41).

Um cristianismo sem inerrância

Temos que crer na Bíblia inteira. Isto é fundamentalismo bíblico. Se Gênesis não é exato em cada detalhe, em qual parte da Bíblia poderemos confiar, então? Se a Bíblia está errada quanto à origem do homem e seu pecado, como poderemos confiar no que ela diz sobre a sua redenção e seu destino eterno? Na verdade a Bíblia está absolutamente certa em tudo que declara.

Se as últimas descobertas da ciência concordam ou não com a Bíblia, isso não deve inquietar ao fundamentalista. Como confiamos em Deus, não somos intimidados pelos homens. Só um tolo trocaria a Palavra infalível de Deus pelas opiniões mutáveis e falíveis dos homens. Os cientistas cometem erros e muitas vezes são condicionados por preconceitos. No seu livro Great Feuds in Science, o historiador Hal Hellman documenta que até os maiores cientistas têm sido "influenciados por orgulho, ambição, cobiça, inveja e até por evidente impulso de estar certo".3

Tragicamente, diminui gradativamente o número de cristãos que ainda defendem a inerrância bíblica e a sua suficiência, como Harold Lindsell documenta em The Battle for the Bible. O Seminário Teológico Fuller é um exemplo citado por ele. Podemos dizer com certeza que para as multidões envolvidas no atual movimento evangélico a inerrância raramente se constitui num problema, pois tais pessoas se apóiam em experiências e emoções mais que em doutrina. Para muitos atualmente, o amor por Jesus é um maravilhoso sentimento, divorciado completamente da verdade que Jesus afirma ser. No livro The Bible in the Balance, Lindsell confessa que "a palavra 'evangélico' tem se tornado tão desonrada que perdeu sua utilidade... Talvez seja melhor adotar a palavra 'fundamentalista', mesmo com todos os ataques depreciativos que tem sofrido por parte dos seus críticos".

Motivos de rejeição do fundamentalismo

O fundamentalismo tem sido estigmatizado por duas razões: (1) alguns cristãos fundamentalistas são fanáticos e afastam-se de outros cristãos de uma forma insensata e anti-bíblica; e (2) por causa do exemplo do fundamentalismo muçulmano, que apregoa que todos precisam adotar as mesmas roupas e costumes que Maomé adotou no século VII. Consagrados que são ao alvo islâmico de conquistar o mundo pela força, esses muçulmanos fundamentalistas são responsáveis por muitos dos atuais atos de terrorismo. Por conseqüência, também os cristãos fundamentalistas, cuja lei maior é o amor, são freqüentemente retratados com estas mesmas cores de fanatismo.

Um cristianismo de popularidade

Todos que desejam confiar e obedecer à Palavra de Cristo e que querem ser Seus verdadeiros discípulos (Jo 8.31-32), precisam estar prontos a permanecer sozinhos, como Daniel e seus amigos. Com medo de serem diferentes, muitos cristãos seguem a multidão. Famintos pelos louvores deste mundo, eles amam "mais a glória dos homens, do que a glória de Deus" (Jo 12.43). C.H. Spurgeon ficou virtualmente sozinho, abandonado mesmo pelos seus ex-alunos e amigos, quando foi censurado pela União Batista Britânica, por sua indisposição em tolerar a apostasia dentro daquele grupo. A. W. Tozer declarou, pouco antes de morrer: "por causa do que tenho pregado não sou bem recebido em quase nenhuma igreja na América do Norte." Que acusação contra aqueles pastores e igrejas!

Cristo advertiu: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lc 6.26). Ele afirmou que a verdadeira fé em Deus é impossível quando nós aceitamos "glória uns dos outros", e, contudo, não procuramos "a glória que vem do Deus único" (Jo 5.44). John Ashbrook escreve que o "novo evangelicalismo está determinado a impressionar o mundo com seu intelectualismo. Ele tem estado a buscar o respeito da comunidade acadêmica. Determinou ganhar glória nas fontes do ensino secular."4 Carl Henry observou que "em conseqüência da crescente atitude de tolerância... a fé cristã foi embalada de forma a facilitar sua comercialização."5

O único inimigo do liberalismo é a firme adesão do fundamentalismo à autoridade e suficiência das Escrituras. D. Martyn Lloyd-Jones lamenta o fato de que muitos evangélicos mudaram de "pregar" para "compartilhar" a Palavra de Deus, o que sutilmente transfere a autoridade da Palavra de Deus para a experiência e opinião humanas.6 Tal comprometimento, além de não ajudar o incrédulo a enxergar a luz; ainda o deixa mais cego. Essa tolerância estimula a resistência dos homens em se submeterem à autoridade de Deus. O liberalismo, inevitavelmente, endurece cada vez mais contra a verdade. Podemos ver isso atualmente em todo o mundo.

A tolerância quanto ao homossexualismo

A aceitação de homossexuais, em nome da tolerância e do liberalismo, tem produzido uma intolerância cada vez maior contra qualquer outro ponto de vista. O mundo inteiro, que por milhares de anos considerou o homossexualismo como antinatural e vergonhoso, agora está sendo forçado a abandonar tal convicção. Os homossexuais, que reivindicavam tolerância, têm se mostrado totalmente intolerantes na medida em que conquistam poder. Eles atacam com malícia, verbal e fisicamente, qualquer pessoa que queira manter uma opinião independente. O mundo tem sido coagido a garantir privilégios especiais aos homossexuais, apesar do estilo de vida "gay" ser cheio de práticas nocivas, levando à proliferação de doenças que ameaçam a sociedade em geral e reduzem pela metade a expectativa de vida das pessoas. A incurável AIDS, embora se propague em proporções epidêmicas, afetando inocentes e sendo fatal para todos que a contraem, é tratada com um sigilo perigoso e um status privilegiado, devido à sua penetração entre os homossexuais.

A tolerância quanto ao evolucionismo

Vemos a mesma intolerância nos evolucionistas que acusam os criacionistas de pensamento bitolado. A ciência deve promover a liberdade de investigar e aceitar os fatos. Mas, em nome da ciência, a teoria da evolução é ensinada às crianças nas escolas públicas como fato, enquanto as evidências contra ela são omitidas e a alternativa bíblica e racional da criação de Deus não é admitida nem considerada.

A situação na Rússia

Numa recente viagem a Rússia, um dos principais responsáveis pelo sistema educacional nos disse o seguinte: "Por setenta anos vimos os frutos da imposição dogmática de apenas uma opinião aos alunos. Estamos cheios disso e ansiosos para considerar as alternativas". O colapso do comunismo deixou um vácuo moral que a Rússia está tentando preencher com os ensinos da Bíblia. Paradoxalmente, as escolas da Rússia agora acolhem os mesmos ensinos morais e da criação que estão banidos das escolas americanas! Não podemos saber quanto tempo isso vai durar. A Igreja Ortodoxa Russa, intolerante e firmemente contrária ao Evangelho, está procurando retomar o monopólio da religião - e alguns evangélicos americanos estão cooperando com esse sistema anticristão. Oremos pela Rússia.

O "cristianismo" foi introduzido em 988 d.C. no país que mais tarde se tornou a Rússia, pelo príncipe Vladimir. Antes ele havia considerado o islamismo, já que suas vinte esposas não causavam problema para aquela "fé". Mas como o islamismo proíbe o álcool, ele acabou abraçando o "cristianismo" da Igreja Ortodoxa, onde o álcool corria livremente (muitos monges e sacerdotes bebem intensamente) e onde a opulência dos rituais tem um apelo misterioso. Ele decretou uma esposa como "oficial", mantendo as outras dezenove como concubinas, enquanto usava o álcool livremente. Foi assim que a Rússia "converteu-se" ao "cristianismo". Em 1988, o milésimo aniversário desse evento foi celebrado com pompa e ritual. Billy Graham esteve presente para trazer suas congratulações. Na ocasião, ele disse: "Sinto-me profundamente honrado em congratular-me com vocês nesta histórica e alegre ocasião em que se comemora o milésimo aniversário do batismo da Rússia, proporcionado pelo batismo do príncipe Vladimir, de Kiev..."7

A Igreja Ortodoxa, assim como o catolicismo romano, é inimiga jurada do Evangelho. Ela tem mantido o povo russo na escravidão e na superstição, ensinando-o a buscar nela a salvação, beijando seus ícones, pagando por orações e sacramentos. Embora rejeite o purgatório do catolicismo, ensina que, através de nossas orações, as almas podem ser resgatadas do inferno para o céu.

Visitamos, nas proximidades de Moscou, o centro da Igreja Ortodoxa, com seu seminário e muitas igrejas. Monges com quem falei explicaram que a morte de Cristo possibilitou a nossa entrada no céu, desde que fôssemos batizados, participássemos dos sacramentos e "vivêssemos o Evangelho". Para eles, a porta que Cristo abriu está no cume duma alta escada que precisamos subir pelos nossos próprios esforços, obedecendo à Igreja e auxiliados por ela.

Fui um dos preletores numa conferência em Moscou que atraiu pastores e membros de igrejas de toda a Rússia. Havia uma indisfarçável expectativa de que a Palavra de Deus fosse ensinada. Eu expus abertamente os ensinos e práticas não-bíblicas da Igreja Ortodoxa Russa que (como a Igreja Católica no Ocidente) perseguiu e assassinou multidões de verdadeiros cristãos. A Igreja Ortodoxa, que estabeleceu parceria tanto com os czares como com os comunistas que os sucederam, pressionou o presidente Yeltsin a favor da nova lei que suprime a liberdade religiosa (essa lei está sendo atualmente implementada em pequenas cidades fora de Moscou). Centenas de fitas de vídeo e de áudio de nossa conferência estão sendo distribuídas por toda a Rússia. Oremos para que dêem frutos!

Fundamentalismo é não negociar o inegociável

Como avisamos aos irmãos e irmãs da Rússia, o verdadeiro "crer no Senhor Jesus Cristo" para a salvação tem que ser uma profunda convicção e não apenas uma mera preferência. E esta corajosa convicção certamente será seguida de grande oposição e terrível violência da parte de Satanás e da carne. Lembrando que a eternidade nos espera em breve, jamais devemos trocar o eterno "muito bem, servo bom" de Deus pela aprovação dos homens nesta vida tão curta. A plenitude de vida, tanto agora como por toda a eternidade, tanto para nós mesmos como para as pessoas a quem temos a oportunidade e a responsabilidade de influenciar, depende desta verdade inegociável.

Dave Hunt - (TBC 8/98 - publicado anteriormente em português no Jornal Fundamentalista - União Bíblica Fundamentalista)

O mundo está ficando inabitável

Nos países latinos a violência campeia em toda parte, pois a formação católica desses países deu origem a políticos e clérigos incrédulos e corruptos, servindo eles mesmos de exemplo aos assassinos e traficantes de drogas. Aqui no Brasil isso tem acontecido de modo escandaloso.

E a igreja evangélica, na qual tem sido computado quase 1/3 da população do país, por acaso não está servindo de freio ao banditismo?

A resposta é: deveria estar! Mas somente se as igrejas pregassem o verdadeiro evangelho de Cristo e os seus freqüentadores fossem realmente pessoas "nascidas de novo". Infelizmente, porém, nove entre dez "pastores evangélicos" não têm preparo moral nem espiritual para dirigir os seus rebanhos e, pervertidos pela sua ignorância e cobiça, acabam conduzindo atrás deles um rebanho mal alimentado com grama seca e água poluída.

Os "teólogos" da Fé e da Prosperidade, as quais prometem curas milagrosas e riqueza aos "convertidos", só conseguem formar um rebanho de ovelhas subnutridas, as quais se deixam apanhar em qualquer armadilha doutrinária e, consequentemente, acabam se extraviando e sendo devoradas pelo engodo religioso, na busca desenfreada por bens materiais.

O Senhor Jesus Cristo tem sido tratado como um quitandeiro, que entrega a mercadoria conforme o dinheiro que recebe. Enquanto isso, o Espírito Santo tornou-se um "office-boy", devendo atender a todos os pedidos dos pastores malaquianos, em troca dos dízimos e ofertas que eles exigem (e coletam) dos analfabetos bíblicos.

Na União Européia, agora completando meio século de existência, o Cristianismo foi estrangulado há muito tempo. Os jesuítas labutaram, desde a criação da Ordem de Loyola, com o objetivo específico de neutralizar a Reforma, até que conseguiram reduzir o Cristianismo bíblico a um cristianismo de fachada, no qual a psicologia e o humanismo andam juntos, buscando a maneira mais eficaz de liquidar a fé cristã. Hoje os europeus zombam acintosamente de quem afirma que Jesus Cristo é Deus!

O resultado dessa descrença geral é que a violência (antes constatada apenas nos países latinos) agora está começando a agir no Primeiro Mundo e a juventude transviada no hedonismo e nos vícios, tem sido a maior vítima de toda a desgraça, nos países ricos. A gravidez precoce e a AIDS são apenas duas das tenebrosas conseqüências da liberdade sexual da juventude moderna.

O desemprego alcança cifras astronômicas, o povo vive deprimido e inseguro e ninguém mais encontra a paz que procura, porque simplesmente ela só existe nos corações que têm uma genuína fé em Jesus Cristo. "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hebreus 11:6) e quando Ele não se agrada do povo, deixa-o mergulhado na própria infelicidade, rumo à perdição total.

O Oriente é um barril de pólvora, pronto a explodir a qualquer momento, enquanto os países ricos do Ocidente já não gozam da segurança que imaginavam possuir, em razão de sua riqueza cultural e industrial.

Vejam como a Inglaterra está ficando perigosa para se viver, conforme notícia hoje colhida no link Terra Notícias:

28.03.2007 - Os britânicos estão comprando coletes à prova de facadas para proteger seus filhos após onda de assassinatos de adolescentes com armas brancas na Grã-Bretanha. Segundo o jornal Daily Mail, a companhia VestGuard UK, que produz coletes à prova de balas e de facadas para funcionários de governos de todo o mundo, recebeu mais de cem pedidos de pais que querem proteger seus filhos após o aumento de ataques de gangues em Londres.

De acordo com a agência ANSA, os coletes em tamanhos pequenos custam de US$ 400 a US$ 800 cada. A procura pelas peças começou como uma resposta aos ataques sofridos pelos adolescentes Adam Regis e Kodjo Yenga, ambos assassinados em Londres nas últimas semanas após serem esfaqueados na rua.

Os pais estão preocupados com o que está acontecendo nas ruas, com o nível de violência", declarou Shaun Ward, diretor de vendas da VestGuard UK ao Daily Mail. "Por isso, começamos a produzir coletes à prova de balas e contra ataques com faca de tamanho muito pequenos, que chegam a pesar a pesar apenas 800 gramas. Os menores são na maioria meninos, mas também houve várias meninas", acrescentou.

Graves distúrbios têm acontecido também na França. "O salário do pecado é a morte (Romanos 6:23) e o maior pecado que existe é a descrença no Criador do universo, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, que veio ao mundo para salvar os pecadores, porém não foi reconhecido pelos judeus nem pelos gentios... A "operação do erro" está se tornando cada dia mais visível e, brevemente, o mundo vai sentir o peso da mão de Deus, nos quatro cantos da Terra.

País que descarta o Rei dos reis e Senhor dos senhores é um país entregue à violência e ao futuro domínio do Anticristo, que está mais próximo de aparecer do que a maioria possa imaginar.

Mary Schultze - 28/03/2007.

Ser igreja hoje

Ser igreja hoje

Muitos cristãos estão desorientados em relação ao compromisso para com a igreja local por não saberem fazer a distinção entre o ser igreja e o estar igrejado.

Ser igreja implica em compromisso efetivo na vivência do cristianismo. Estar igrejado é escudar-se no nominalismo e regalar-se na relativização ética peculiar àqueles que não têm intimidade com Jesus, insistindo numa ortodoxia ultrapassada, em um tradicionalismo estéril ou em uma expressão cúltica anacrônica.

A luz do texto de Atos 11.19-26 depreendemos que ser igreja hoje implica em estarmos intimamente identificados com Jesus Cristo na ideologia eclesiológica, bem como no labor eclesiástico, tendo como propósito prioritário a proclamação do evangelho.

Neste texto, nos versos 19 a 21, percebemos uma mudança radical no referencial histórico-sociológico da igreja, quando constatamos o abandono da perspectiva hierosolimita, adotando-se, a partir daí, uma cosmovisão antioquiana no que concerne a eclesiologia e a missão evangelizadora.

A igreja de Jerusalém era o grande ícone do conservadorismo, da conjugação das tradições judaico-cristãs e de uma estrutura organizacional personalista e piramidal. O modelo de Antioquia se mostra um verdadeiro desafio à contextualização eclesiológica, à contemporaneidade cúltica e à visão missionária horizonal. O padrão antioquiano é uma desafiadora propositura, indicando também a adoção de uma estrutura organizacional flexibilizada e horizontal, Atos 13.1-4, e de uma ação evangelizadora liberta do pernicioso separatismo judeu.

Nos versos 22 a 24, identificamos os sinaléticos da vida cristã que devem ser referenciais da igreja que pretende ser relevante para os dias de hoje, pois quando nos arvoramos na proclamação do evangelho as pessoas para quem pregamos devem visualizar em nós, e a partir de nossas vidas, a graça de Deus. As pessoas devem notar a ação prática efetiva da misericórdia divina e da salvação que proclamamos, sem o que não nos crerão. O mundo precisa ver e sentir Deus agindo através da igreja e não apenas ouvir sobre o que Deus pode realizar.

A informação do verso 23 é a confirmação do que lemos no verso 21 sobre a mão do Senhor agindo efetivamente em Antioquia. Infelizmente isso tem faltado na igreja pós-moderna. Vemos a mão de ferro do tradicionalismo e do denominacionalismo autofágico. Vemos as mãos gananciosas dos pseudo-apóstolos, dos bispos ou dos missionários, ou então vemos as mãos afoitas dos cristãos incautos, ávidos por aplaudir, por tomar posse da bênção ou ávidos por uma unção que os faça cair em êxtase ou em desmedida catarse travestida de batismo espiritual. Membros que mais se comportam como associados corporativistas do que como cristãos verdadeiros.

Ainda no verso 23, devemos observar a mensagem de Barnabé que era uma severa exortação, a partir do chamamento a um compromisso sério com o Senhor Jesus. Exortar é corrigir. É incitar corações para a retidão. A exortação, no texto, era um desafio à santidade, pois perseverar no Senhor com firmeza de coração é lutar intensamente por uma postura e por uma conduta retilínea como cristão em meio a perversidade reinante em nossa geração.

Ser igreja hoje é sublimar na ética cristã para que estejamos intimamente identificados com Cristo, como verificamos nos versos 25 e 26, que falam do trabalho intenso, durante um ano inteiro, na busca de se instruir a igreja para que se estabelecesse com propriedades a identidade cristológica necessária.

A identificação com Cristo sempre impõe a instrução bíblica e sempre há de promover a continuidade histórica da igreja, visto que ser chamado de cristãos como o foram os irmãos pela primeira vez em Antioquia, deveria ser sempre um fato inusitado na história da igreja.

A designação cristãos, christianus no grego, indica que aqueles irmãos estavam afinados ideologicamente com Jesus e que estavam assemelhados ao Senhor no comportamento ético. O sufixo ianus significa "partidário de", indicando que os crentes estavam tão afinados com os ideais de Cristo que foram identificados como partidários de Cristo, como seguidores incondicionais de seus postulados socioculturais, religiosos e, principalmente, espirituais.

A identificação com cristo depende do ministério didático da igreja e da nossa disposição resignada em moldarmos nossas vidas, nossos pensamentos, nossas atitudes e nossos postulados aos ideais de Cristo Jesus. Atualmente, vemos muita gente identificada com o denominacionalismo e com teologismos tais como prosperidade, G12, quebra de maldições, confissão positiva e novo nascimento, mas não vemos interesse efetivo em se estar intimamente e incondicionalmente identificado com Cristo. Muitos nas igrejas querem se tornar verdadeiros sósias do seu apóstolo, do seu bispo, do pastor ou do missionário, imitando a maneira de falar, os gestos e as vestimentas, prescindindo da estatura do varão perfeito, Cristo, que deve ser o único nosso ideal de vida cristã, conforme Efésios 4.11-16.

Ser igreja hoje é nosso desafio. Não é fácil. Talvez tenhamos que renunciar os nossos referenciais históricos e denominacionais para conseguirmos. Por certo, temos que ressaltar os sinaléticos do Reino de Deus em nossas vidas e em nossas igrejas. Mas nada disso é tão significativo e terá eficácia se não estivermos intimamente identificados com Cristo. Se não formos cristãos autênticos jamais seremos igreja.

Que o Deus nos ajude a sermos cristãos verdadeiros e transbordantes no idealismo de implantação dos ideais do seu Reino em meio a esta sociedade que se pauta por um ideário perverso, corrompido e promotor de uma iconografia escravista, a fim de que o evangelho de Cristo seja proclamado por uma igreja relevante, contextualizada e verdadeiramente cristã.

Pr. Fernando Fernandes (Pastor da 1ª Igreja Batista em Penápolis / SP e Prof. no Seminário Teológico Batista de São Paulo.

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Confissão positiva: Um bom negócio para os pregadores

Confissão positiva: Um bom negócio para os pregadores

Muito se tem falado sobre a teologia da prosperidade e a tal confissão positiva. Chega a dar nos nervos e derrubar por terra um dos frutos do Espírito, a longanimidade. É muita aberração! Pastores renomados, até então tidos como sérios se entregam às inovações teológicas de corpo e alma.

A confissão positiva nos leva aos princípios esotéricos que norteiam todas as seitas holísticas. Baseados em textos bíblicos isolados, esses teólogos afirmam que há poder em nossas palavras pra tudo.

Tenho um amigo, um colega jornalista, que vive dizendo que vai ganhar o prêmio acumulado da mega-sena. Faz tempo que vem jogando, mas nunca acertou nem um terninho sequer. Ele faz os jogos e depositam tanta confiança e profere tanto positivismo naquilo, que dá impressão que já ganhou outras vezes. Continua ralando na redação e cumprindo cada pauta monstruosa, é de dar dó.

Conheço um cristão fervoroso que há pelo menos vinte anos passa em frente uma casa modesta até, dizendo "esta casa será minha". Dia desses a casa foi demolida e o terreno vendido. E ai? Mais fé que esse amigo só mesmo Abraão. Ele não terá aquela casa mesmo tendo proferido palavras positivas.

Vejo que os pastores que pregam a confissão positiva estão bem. Moram em mansões, desfilam em carrões e só aceitam descer para o interior pregando a mágica das riquezas, caso a igreja banque a viagem aérea e o hotel cinco estrelas. Eles vivem bem mesmo, tendo de tudo, viajando para o exterior e esnobando suas posses no altar. É lamentável!

O segredo da riqueza desses pregadores não está na confissão positiva, e sim, em sua vendas positivas. Como vendem livros, apostilas e palestras. É uma loucura, aff! Mesmo num dia bem negativo esses pregadores vendem suas bugigangas pseudo-teológicas aos incautos que não lêem Bíblia e buscam a solução mágica como meio de sobreviver às dificuldades que o mundo lhes impõe. Isso também é triste. Faltam estudos bíblicos nas igrejas.

Os tais pregadores da confissão positiva saem pelo mundo anunciando a descoberta das Américas no campo das riquezas. Dizem que é fácil ser próspero, bastando para isso, proferir palavras positivas. Fosse assim, as igrejas estariam repletas de gente rica. Os pobres, em geral mais fiéis nos compromissos com a igreja, sustentam a pompa de muitos riquinhos metidos à besta; inclusive alguns pastores pregadores da confissão positiva.

Talvez você esteja questionando agora, o fato de até o momento nenhuma referência bíblica ter sido citada neste artigo. Não se trata de um ensaio teológico sobre prosperidade, e sim, de uma verdadeiro desabafo contra as aberrações teológicas que encontramos nos últimos tempos. Mas, caso queira dar uma olhadinha na Bíblia, com certeza, procurando você encontrará uma porção de textos que contrariam a pregação da confissão positiva.

Thiago, aliás, ao falar da língua com a qual os "positivistas" fazem suas confissões, não deixa nenhuma indicação de que isto seja uma realidade na vida do cristão. Ao contrário, Thiago mostra que a língua é uma arma perigosa. O mesmo Thiago, no capítulo 3, versículo 9, sem rodeios, dá um tremendo "chega pra lá" nas teorias positivistas que enriquecem o cristão.

Dia desses, assistindo ao programa Vejam Só, na Rit-TV (a TV do R.R. Soares) ouvi cada barbaridades que não dá para engolir mesmo. Um dos participantes chegou a afirmar que Jesus era muito rico. Outro afirmou que a mulher do fluxo de sangue foi curada simplesmente porquê fez a confissão positiva, afirmando: "se tão somente eu tocar em seus vestidos serei curada". Os dois pastores venderam uma informação equivocada. Pior; eles sabem que falaram besteiras.

Dizer que Jesus era rico, ou seja, bem sucedido economicamente, não parece nada bíblico. O próprio Jesus afirmou que não tinha onde reclinar sua cabeça. Ele entrou triunfante em Jerusalém sobre o lombo de um jumentinho que não era dele. Usou um local para a última ceia, também emprestado. Jesus, na verdade não tinha nem mesmo onde cair morto. Se José de Arimatéia não tivesse cedido seu túmulo, o corpo de nosso Jesus teria ficado exposto em algum lugar. Definitivamente, ser rico não significa ser abençoado, como também ser pobre não quer dizer que o cidadão está sob maldição. É preciso equilíbrio, só isso.

Afirmar que a mulher do fluxo de sangue foi curada mediante sua confissão positiva, indica que o pastor não leu o texto completo ou simplesmente despreza as palavras e o poder de Jesus. Nessa história, não temos nada de confissão positiva, mas temos a demonstração da soberania e da misericórdia de Jesus.

A mulher pensou que apenas tocando nas vestes de Jesus, seria curada. Negativo, pois se dependesse somente dela, com certeza o fluxo exagerado seria uma realidade todos os meses. Jesus disse a palavrinha "mágica" para aquela mulher: "Sê curada!". Neste momento ela recebeu a cura, pois Jesus determinou sua cura.

Por falar em "determinou sua cura", o verbo determinar é bastante usado pelos pregadores da confissão positiva. Eles dizem que devemos determinar a benção, tomar posse da benção, exigir a benção, trazer à realidade aquilo que queremos. Eles dizem. Mas, Jesus Cristo ensinou diferente, afirmando: "Pedi, pedi...".Em outro trecho, o mesmo Jesus diz, "Tudo o que pedirdes em Meu nome..." Com se vê, nesses dois textos, o verbo determinar não aparece. Só os pregadores da confissão positiva ensinam que devemos determinar. Neste caso, ao menos deveriam lembrar que quem determina, também responde pelas conseqüências daquilo que determinou.

Para encerrar este artigo, quase um tratado, gostaria de lembrar que as igrejas precisam voltar a pregar a mensagem simples e pura do evangelho, ou seja, Jesus salva, cura, batiza e voltará. Quem está em Cristo, nova criatura é, pois as coisas velhas se passaram e tudo se fez novo.

Se você é pobre e tem certeza de sua salvação, pronto, isto basta. Se você é rico e tem dúvidas sobre o amanhã, então cuidado!

Jornalista Jair Viana - CACP

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Um Bom Desabafo - À igreja neoevangélica brasileira

Um Bom Desabafo - À igreja neoevangélica brasileira

Como Cristão Evangélico no atual contexto brasileiro cheguei a conclusão de que me envergonha o fato de ser conhecido como "missionário" ou "evangélico" nesse país. Não é difícil ouvir piadas e chacotas do tipo: "Ah, você é missionário! Mais um que se aproveita para tirar o dinheiro dos trouxas!?", "evangélico, humm... então é mais um que ta ajudando a enriquecer pastor!?"

Há aqueles crentes que vêem esse tipo de comentário como "perseguição do inimigo". Mas, podem acreditar, com a atual prática daqueles que se dizem evangélicos no Brasil, o inimigo não está tendo muito trabalho. Ele deve mesmo é estar se divertindo com tanta bobagem e mediocridade. Uma vergonha para aquela que deveria ser a igreja do Senhor!

O que está acontecendo? Será a grande tolerância religiosa que existe em nosso país que coopera para o surgimento de tanta esculhambação? Se for isso, então oremos ao Senhor por uma perseguiçãozinha! Peneira Senhor!

Reafirmo o meu compromisso e a minha fé no Deus Pai, Criador de todas as coisas, no Filho Jesus Cristo, Senhor e salvador para todos aqueles que crêem e confessam o Seu nome e, no Espírito Santo, consolador, santificador e que convence do pecado. Tenho na Bíblia o documento base da revelação da vontade de Deus. Creio na salvação pela fé que é graça, repito, graça de Deus. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida para todos que nele crêem.

Assim, repudio toda e qualquer tagarelice crentesca que em nada lembra o amor e doação de Jesus Cristo em favor de uma humanidade em pecado. Repudio ser confundido com os mercenários da fé que usam técnicas enjoativas de marketing para manipular a ingenuidade e a ignorância de um povo sofrido. Repudio a forma como se manipula a Palavra de Deus para faze-la dizer aquilo que interessa a mesquinhez dos gananciosos de púlpito. Repudio a teologia da prosperidade que se revela eficaz, sim, mas somente aos seus proclamadores. Repudio a arrogância daqueles que por gritarem mais alto, fazerem mais barulho e possuírem líderes carismáticos do tipo apresentador de programa de auditório se acham mais espirituais do que a igreja da outra esquina. Repudio a prática que faz da igreja um negócio rentável que vê nas outras denominações apenas uma empresa concorrente. Repudio a mistura mística que se introduziu nos cultos e na vida do neoevangélico, fazendo-o dependente de objetos, símbolos e amuletos defendidos como bíblicos. Repudio o modismo gospel que vive de shows, camisetas e adesivos, enquanto apresenta uma espiritualidade rasa e sem ética. Repudio a prática de pastores que se dizem mais pertos de Deus e por isso mais preparados para conseguir aqueles favores de que o povo precisa. Repudio os que se auto-intitulam apóstolos, bispos e profetas portadores de uma nova revelação divina. Repudio as editoras e gravadoras ditas evangélicas que não possuem mais qualquer critério que não o lucro para publicar seus livros e vender CDs. Repudio a prática que transforma a igreja num mero shoping center de bênçãos a serem colhidas nas prateleiras espirituais. Repudio a ignorância teológica que nega a razão e vive de experiência em experiência...

Haveria ainda muita coisa a repudiar. Mas creio que me fiz entendido. Se for isso que vemos hoje o que chamam de evangélico; se é esse o testemunho dado por missionários e pastores brasileiros, então não faço a mínima questão de ser reconhecido como tal. Alguns vão me chamar de radical, outros de preconceituoso ou intolerante. Ora, se as palavras "evangélico", "crente", "pastor" e "missionário", que deveriam sugerir exemplo de integridade e caráter causam vergonha, talvez outras palavras, antes de conotação negativa, possam retratar aquilo que muitos estão se tornando hoje... Afinal, qual é a alternativa?

A igreja que busca compromisso com o evangelho de Jesus Cristo carece urgentemente de ousadia para algo nada novo: Pregar a Palavra de Deus. E isso sem medo de ouvir o que o próprio Cristo já ouviu após se apresentar como o pão da vida: "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?" (Jo 6:60). E se daquela hora em diante muitos dos seus discípulos voltarem atrás e deixarem de segui-lo (Jo 6:66) querido pastor e missionário, não se preocupe, talvez estivessem interessados somente no pão. Ou, realmente seguiam somente a você e não a pessoa de Cristo que você nunca apresentou antes. Porém, mesmo Cristo foi abandonado e não apelou por isso...

Rodomar R. Ramlow

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segunda-feira, 19 de março de 2007

Seis Razões do Porquê Não Faço Parte do G12

Seis Razões do Porquê Não Faço Parte do G12

O que é G12?

No livro realidade Batista - Rumo e Prumo, desenvolvido pela Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB-SP) em parceria com a Convenção Batistas do Estado de São Paulo (CBESP) na página 149 o pastor Alberto Kenji Yamabuchi, define com propriedade o que é o G12. Ele diz:

"O G12 é um 'novo' movimento que se introduziu inicialmente no seio do neopentecostalismo, com o propósito de provocar o crescimento das Igrejas evangélicas através de pequenos grupos conhecidos como células... O G12 nasceu de uma visão do pastor César Castellanos Dominguez, pastor-fundador da 'Missão Carismática Internacional' da Colômbia. Castellanos afirma ter recebido essa 'Nova e Direta' revelação de Deus a respeito da Igreja Cristã do novo milênio, no ano de 1991. Segundo esse pastor, o G12 é o novo e último modelo de crescimento para a Igreja".

Porque não faço parte deste movimento?

1ª Razão - Os meus pais na fé me ensinaram que a Igreja é de Cristo, não de um individuo ou de uma família, me ensinaram que a Igreja foi comprada com sangue, e que não são modelos mágicos de crescimento, que farão da Igreja uma Igreja de sucesso. Os meus pais na fé me ensinaram que eu posso semear, outro pode regar, e até outro poderá colher, mas o crescimento é de Deus, o Senhor da Igreja.

2ª Razão - Os meus pais na fé me ensinaram que os fins não justificam os meios. Os meus pais na fé me ensinaram que para a Igreja crescer (os fins) não é permitido iludir ou se valer da fé das pessoas, não se pode escravizá-las num mundo, onde elas precisem "Tremer de Medo" = Tremendo.

3ª Razão - Os meus pais na fé me ensinaram que o sacrifício do Cordeiro de Deus é capaz e suficiente para libertar o pecador das mazelas do pecado. Os meus pais na fé me ensinaram que aquele que está em Cristo é nova criatura (II Co.5.17) e que uma vez em Cristo, somos transformados de glória em glória, pelo Espírito Santo, para mostrarmos ao mundo a imagem de Cristo em nós. (II Co.3.18) Por isso não são três dias, enclausurado em algum lugar, orientado a fazer algo, que meus pais não me ensinaram, que me fará mais santo ou mais livre. Não são três dias é uma vida.

4ª Razão - Os meus pais na fé me ensinaram que era preciso valorizar a arte de mastigar e interpretar a Escritura, evitando a alegoria, se esforçando para contextualizar a mensagem para o rebanho, ao invés de usar teologias descartáveis, como a da prosperidade, que promete bens para uns, sobre a fome de outros. Os meus pais na fé me ensinaram que deveria me contentar com o que tenho e me gloriar no Senhor e na força do seu poder (Fil.4.11-12).

5ª Razão - Os meus pais na fé me ensinaram que qualquer evangelho diferente, daquele Evangelho que eles anunciaram, não é evangelho = boa noticia, por isso é maldito. (Gl.1.9).

6ª Razão - Os meus pais na fé me ensinaram que a maldição do pecado entrou no mundo por causa de um homem (Adão) por este motivo é que todos os descendentes de Adão, eu e você, nascemos com uma tendência para a desobediência (Rom.5.12) e uma vez pecando morremos. Mas os meus pais na fé também me ensinaram que da mesma forma como a morte entrou no mundo por um homem, também a ressurreição dos mortos veio ao mundo por um homem (Jesus). Isto quer dizer que uma vez em Cristo, estou vivo e não morto, eu não preciso voltar numa regressão por exemplo, para descobrir quais dos meus antepassados pecaram e pedir perdão por eles para que me veja livre da condenação. Se você comer uma manga bem suculenta e se lambuzar toda com ela, e em seguida ter um filho, por acaso a criança vai nascer amarela e suja de manga ? Por isso creio no que os meus pais me ensinaram. (Ez.18) A pessoa que pecar esta morrerá. Deus não se agrada da morte de ninguém, antes espera que se convertam e vivam.

Conclusão

Poderia dar muitas outras razões do porque não faço parte do movimento G12, quem sabe numa outra pastoral. Apenas quero registrar a importância de viver uma fé firmada no ensino dos apóstolos, os nossos pais na fé, e que venham mais 10 ou tantos quantos anos Deus permitir, para que continuemos a testemunhar, a tempo ou fora de tempo.

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O Batismo no Espírito Santo é uma segunda benção?

O Batismo no Espírito Santo é uma segunda benção?

Muito se diz a nosso respeito nas calçadas da vida, que pelo simples fato de sermos batistas tradicionais, somos comparados com os católicos, porque nossos cultos são frios como uma missa, sem expressão, ou que não se acredita no poder de Deus, e coisas semelhantes a estas.

Eu pensei que esta questão já estivesse resolvida no coração de muitos de nossos irmãos em Cristo, e que o assunto nas calçadas da vida não fossem liturgia e sim reflexões sobre como alcançar o coração de quem ainda não se entregou a Cristo, para que Cristo seja seu Senhor, mas creio que ainda estou enganado.

Antes de sugerir uma resposta para este tema, gostaria de dizer que : "Se você não crer e defender alguma coisa, você cairá por qualquer coisa".

E no que cremos?

1.Cremos que o Batismo (no, do, ou com) Espírito Santo NÃO é uma segunda benção.

E por que?

Porque a simples presença e ação do Espírito Santo em nós já caracteriza a benção. Paulo em Romanos 8.1,9 diz: Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Nós porém, não estamos na carne, mas no espírito, se é que o Espírito de Deus HABITA em vós, mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

Veja o que Jesus diz em João 14.17, 23 "O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada".

Então como posso dizer que sou crente em Jesus, isto é, um salvo, alguém que nasceu de novo, se preciso após a minha conversão buscar ser Batizado no Espírito? Eu tenho ou não tenho o Espírito Santo em mim? Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Então o que parece, é que as pessoas que defendem que o Batismo do Espírito é uma segunda benção estão confundindo com o Estar CHEIO do Espírito. Não é o Espírito Santo que as pessoas estão procurando e sim uma experiência que demonstre que elas estão sendo usadas pelo Espírito.

2.Cremos que o Batismo (no, do, ou com) Espírito Santo é uma marca do novo nascimento.

E por que?

Porque na conversa que Jesus tem com Nicodemos em João 3, Jesus diz que aquele que é nascido da carne é carne, e aquele que é nascido do Espírito é espírito, será que Jesus está falando de reencarnação quando se refere que Nicodemos precisa nascer de novo? É claro que não. Jesus está se referindo a conversão, nascer do espírito, é algo que a nossa natureza não é capaz de fazer, nascer do Espírito e obra do Espírito. Jesus deixou claro que o Espírito Santo seria aquele que iria convencer o ser humano do pecado, da justiça e do juízo.

Quem é que nos batiza com o Espírito Santo? João 1.33 nos diz que é o próprio Jesus. A palavra batismo significa mergulhar, ser batizado no Espírito significa mergulhar numa nova vida que não fazíamos idéia que existia, no momento em que aceitamos a Cristo ele nos mergulha = batismo, no Espírito e nesta nova vida no Espírito iremos experimentar a pratica do Fruto do Espírito e os Dons do Espírito no contexto de nossos relacionamentos. Paulo nos diz que há um só Senhor, uma só fé, um só batismo (Efésios 4.5), que batismo é esse? É o batismo nas águas ou no Espírito? Ou eu sou convertido ou ainda não. Ou eu tenho o Espírito ou ainda não. Ou eu sou de Cristo ou ainda não. A conversão só acontece uma vez, há um só batismo no Espírito. O que vem depois disso são vários momentos do enchimento do Espírito, não vos embriagueis com vinho mas enchei-vos do Espírito.

3.Cremos que o Batismo (no, do, ou com ) Espírito Santo não vem acompanhado necessariamente da pratica do dom de línguas.

E Por que?

Porque se fosse uma regra os samaritanos de Atos 8 precisavam falar em línguas quando receberam o Espírito Santo e não foi o que aconteceu. A forma de manifestação do Espírito em Atos 2, não se repete em mais nenhum texto da Bíblia, foi exclusiva, para um cumprimento de profecia do Antigo Testamento, predita por Joel. Batismo no Espírito Santo é diferente da pratica dos Dons do Espírito Santo. Os dons do Espírito são legítimos porque são do Espírito e são dados para edificação da Igreja e glorificação do nome de Jesus, e assim servir de TESTEMUNHO para todos aqueles que nos cercam e que precisam conhecer Jesus através de nós.

Deus nos ajude a sermos um povo inteligente, para que nas calçadas da vida venhamos a fazer reflexões serias e não folclóricas a respeito da nossa crença, deixada pelos nossos pais na fé.

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sexta-feira, 16 de março de 2007

A Geração Burra e sua "adoração ESTRAGAvante"

A Geração Burra e sua "adoração ESTRAGAvante"

Num país muito, muito distante e há muito, muito tempo atrás, houve uma geração de jovens que amava muito seu rei. Ele era um bom rei, talvez o melhor de todos os tempos, e eles eram uma geração muita boa que tinha muito potencial. O rei tinha muitos planos para esta geração e pediu que eles fizessem algumas coisas. No início, todos da geração estavam empolgados e fizeram tudo que o rei pediu, mas depois de um tempo eles cansaram de fazer o que o rei pediu porque não viram muitos resultados e descobriram outras coisas que eles acharam melhores que podiam ser feitas em nome do rei. Ao invés de trabalhar ou ir para a escola, eles dançaram e fizeram cânticos. O tema sempre era o mesmo; tudo era sobre o rei. Como eles amavam seu rei. Não tinha cânticos suficientes para cantar sobre seu rei.

Um dia o rei estava passeando no seu reino e, para onde ele olhava, via pessoas dançando e cantando sobre ele. O rei achou legal no início, até ver a bagunça que seu reino tinha se tornado. Nada estava no lugar certo e nada estava sendo feito do jeito que ele tinha pedido. E quando ele desceu do seu cavalo, ao invés de se prostrarem diante dele e beijar seu anel, as pessoas começaram a puxar suas mãos pedindo que ele dançasse com eles. Ele puxou suas mãos de volta e, irritado, foi à direção do seu castelo com uma promessa, que nunca ia voltar para aquele povo que não fez o que ele pediu e não tratava ele como rei, mas como uma pessoa qualquer. E, além disso, ele ia mandar uns dos seus soldados para ensinar a eles o que é reverência e obediência. Mas o povo não sabia nada disso, pois quando o rei saiu, eles não entenderam por que ele não ficou. Será que ele não gostou dos seus cânticos? Será que ele não gosta de dançar?

E bem aí nós nos achamos hoje em dia na igreja. Uma igreja "apaixonada" pelo Rei, mas que não faz nada do que ele pede. "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado".Uma igreja que vive na prática do pecado e não ver perigo lá, "Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade", mas não param de cantar. Uma igreja que é mais amiga do mundo hoje do que ontem. "Gente infiel! Será que vocês não sabem que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus? Quem quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus". "Mas, nós temos nossa adoração intima e isso resolve tudo". Meu amigo, Deus não está interessado em nossa adoração enquanto nós não obedecemos a Sua palavra. Deus não está interessado em nossos cânticos de paixão por Ele enquanto vivemos transando como os nossos amantes desse mundo.

Infelizmente, há um tempo atrás, um mover, que eu creio que era de Deus no início, perdeu todo seu foco. O que era pra ser uma real adoração extravagante se tornou em algo bem banal. O que era um mover que podia ter transformado uma geração acabou se tornando mais um entretenimento para ela. Pode ter sido toda a fama que acompanharam as suas estrelas, pode ter sido todo o dinheiro que começou a ser gerado ao seu redor, ou pode ter sido um povo preguiçoso que preferiu ligar suas televisões ao invés de ler a Bíblia; não sei mesmo. Mas uma coisa que é meio óbvio é que esse mover acabou gerando fruto podre. O que começou com a intenção de levar o povo a ter mais intimidade com seu Rei acabou os distanciando, porque Deus não agüentou tantas mentiras sendo cantados em Sua direção e, no fim, acabou estragando totalmente o seu potencial. Ao invés de dar seu dinheiro a missionários, eles compraram CD's. E aqueles que venderam os CD's compraram casas maiores e carros mais caros. Ao invés de fazer o que o Rei pediu, eles procuravam conferências. Eles se viciaram no sentimento emocional que foi gerado no local e, por falta de poder reproduzir as mesmas emoções em casa, ainda com o CD que custou R$ 15,00, eles procuravam a próxima conferência para poder receber mais uma dose. Ao invés de dar ouvidos aos seus profetas, eles cantaram mais alto ainda. E, assim, uma geração com muito potencial foi levada a ser uma geração burra.

É exatamente como aconteceu na história de Pinóquio. Um dia Pinóquio matou aula com uns dos seus amigos e eles foram até "A Ilha do Prazer"; um lugar onde meninos vão porque querem, com a promessa de diversão e aventura, mas nunca porque são obrigados. É um lugar onde todos os meninos podem fazer o que querem: fumar, beber, brigar, todas as coisas que meninos não devem fazer. Só que chega um ponto na história em que todos os meninos malvados se transformam em burros para nunca mais ser meninos e somente animais de trabalho.

Eu esperei um bom tempo para abordar esse assunto no site. Não sei se foi Deus ou meu medo da reação da galera, mas uma coisa eu sei, não dá para continuar fingindo que tudo está legal em Narnia. Meu amigo, a bruxa está nos distraindo com "manjar turco" e nós achamos que é uma delícia aprovada pelo Rei. Se essa adoração extravagante, como os seus seguidores a chamam, é algo real e não simplesmente uma ilusão, uma viagem de emoções, me explique como alguém gasta literalmente horas na presença de Deus e depois sai do mesmo jeito que entrou? Será que não deveria ter algo diferente sobre as pessoas ou em suas vidas? Será que não eram pra eles se tornarem mais santos? Incrível como as pessoas acham que isso é algo transformador sem nada ser transformado. Eles choram por causa dos seus pecados, mas na param de pecar, me lembrando de um cara chamado Esaú.

Hebreus 12:16-17; E tomem cuidado também para que ninguém se torne imoral ou perca o respeito pelas coisas sagradas, como Esaú, que, por causa de um prato de comida, vendeu os seus direitos de filho mais velho. Como vocês sabem, depois ele quis receber a bênção do seu pai. Mas foi rejeitado porque não encontrou um modo de mudar o que havia feito, embora procurasse fazer isso até mesmo com lágrimas.

Existe arrependimento que muda vidas e existe remorso que não muda nada; só choram porque o resultado é ruim.

II Coríntios 7:10; Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; e nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo produzem a morte.

Não tem como passar tempo na presença de Deus sem uma mudança notável. Quando Jacó saiu da presença de Deus, ele saiu mancando; quando Moisés desceu do monte depois de dias na presença de Deus, seu rosto saiu brilhando. Eles foram marcados. Não tem como gastar tempo na presença de Deus sem mudança de vida, caráter e personalidade. É impossível! E isso nos levar a questionar se é realmente tempo na presença de Deus ou muita emoção; pois não tenho dúvida sobre a emoção ligada nisso, sobre as lágrimas derramadas nos seus travesseiros, ou sobre o catarro no chão. Mas ainda assim uma pergunta fica ecoando no ar: "Como é que pessoas gastam horas com Deus e não se tornam mais como Ele? Como é que pessoas gastam dias 'adorando' Ele e não fazem o que Ele pede? Como eles podem continuar nos seus pecados declarando seu amor por Ele?" É um mistério (ou não). Há muitas pessoas se declarando filhos do Rei e amantes Dele só que vivem fazendo tudo o que Ele não aprova. Deus chamou essa geração para marcar o mundo, mas a verdade é que ela tem sido muito mais influenciada do que ela tem influenciado. Vivem curtindo os mesmos pecados do mundo: fofoca, mentira, masturbação, pornografia, namoro, sexo e lá vai a lista com todos os adjetivos que descrevem uma igreja desviada e enganada. Quem enganou a igreja a tal ponto de pensar que os cânticos eram mais importantes do que os mandamentos, obediência e santidade? Amor não é um cântico. Amor é obediência.

João 14:21; A pessoa que aceita e obedece aos meus mandamentos prova que me ama. E a pessoa que me ama será amada pelo meu Pai, e eu também a amarei e lhe mostrarei quem sou.

I João 5:3; Pois amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos.

Amor e obediência são inseparáveis.

Os sujeitos do reino de Deus trocaram suas Bíblias anos atrás por CD's e DVD's, e assim se tornaram preguiçosos e burros, um povo que não sabe mais o que Deus espera deles. Eles foram enganados pelos cânticos que falaram que Deus os ama do jeito que eles são, e por isso não tem necessidade de uma mudança real. "Se Ele me ama assim, por que mudar?" Eles foram enganados por um mover que fez Deus igual a gente, um homem; um homem do qual nós podemos nos aproximar quando e como queremos. Não existe mais temor de Deus nas igrejas porque ninguém mais acredita em julgamento ou no inferno. E, se acreditam, duvidam da possibilidade de ser um dos seus residentes mais tarde. E, pior ainda, as pessoas têm trocado as doutrinas da Bíblia por letras de cânticos, Cântico dos Cânticos para ser mais exato. Cântico dos Cânticos, um livro poético que Salomão escreveu para umas das suas 700 esposas, tem se tornado um livro doutrinário, uma declaração da nossa fé e paixão. E dentro dessa bagunça, nós temos perdido o respeito e reverência que é devido a Deus e trocamo-los por desejos estranhos. Nós temos trocado as imagens de pessoas prostradas com medo de morrer porque Ele apareceu por pessoas hoje querendo dançar com Ele, beijar sua boca e se deitar com Ele. Misericórdia! Isso tudo se tornou muito nojento.

Vou ser bem sincero; talvez você vai me achar menos espiritual ou não sei o quê, mas eu não tenho nenhum desejo de dançar com Jesus, beijar Ele na boca ou se deitar com Ele. Perdoe-me, mas eu acho tudo isso muito estranho, um fogo estranho sendo oferecida diante do altar. Deus me fez homem. Meu relacionamento e como eu reajo com Ele está baseado nesse fato. Sim, a Bíblia nos chama de Noiva de Cristo, mas isso está se referindo à igreja em si, não em cada um de nós. Nós não somos todas noivas ou namoradinhas de Jesus. É uma expressão figurativa. Deus não está pedindo que eu assuma o papel de uma moça, independente do que vemos na igreja hoje em dia. E, sim, eu amo Ele e eu quero vê-Lo, mas se Ele aparecesse, eu não acho que iria fingir ser uma bailarina; nem quero! Acho que a cena seria algo mais parecido como eu beijando o chão pedindo perdão e misericórdia Dele. De onde nós tiramos essas idéias banais de quem Deus é e como Ele quer ser tratado? Ele é o Rei do universo. E ainda sendo os seus filhos, nós sempre temos que lembrar disso e tratar Ele de acordo com o que Ele é. E boa sorte achando que você, cheio de pecado, vai estar todo bobo e babando se Ele aparecesse. Como é que nós até achamos que Ele vai vir para curtir conosco?

Isaías 59:2-3; Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus, são as suas maldades que fazem com que ele se esconda de vocês e não atenda as suas orações. Vocês têm as mãos manchadas de sangue e os dedos sujos de crimes; vocês só sabem contar mentiras, e os seus lábios estão sempre dizendo coisas que não prestam.

Salmo 24:3-5; Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do SENHOR a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.

E agora chegou a nova onda, tudo devido à burrice de uma geração que não conhece as Escrituras. Dentes de ouro, poeira de ouro e óleo nas mãos é tudo legal, mas onde nós achamos essas coisas na Bíblia se não numa advertência?

Mateus 24:10-11; Nessa época muitos vão abandonar a sua fé e vão trair e odiar uns aos outros. Então muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente.

Mateus 24:24; Porque aparecerão falsos profetas e falsos messias, que farão milagres e maravilhas para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus.

II Tessalonicenses 2:9; O Perverso chegará com o poder de Satanás e fará todo tipo de falsos milagres e maravilhas.

Só porque algo acontece na igreja não quer dizer que é de Deus ou feito por um homem de Deus. Pode ser algo totalmente satânico. Eu não estou dizendo que este é o caso, mas antes de eu gritar o meu "amém" eu quero saber de onde nós tiramos uma base para isso. E para o que serve esses dentes de ouro? Li um cara no outro dia que falou, "Interessante como Deus dá dentes de ouro, mas não faz nada com a língua podre da pessoa bem ao lado". Realmente nós temos que nos perguntar: para o que serve essas coisas se nós não acabamos sendo mais parecidos com Ele? O real é que essas coisas não têm valor nenhum além de levantar o estado emocional de um povo confuso e com medo de ir para inferno devido a tantos pecados rolando em suas vidas.

O povo de Deus parou de adorar a Ele e pediu um rei, um cantor. Agora o povo está adorando esses reis e os seus cânticos ao invés de adorar o Rei. O que era um mover para trazer o foco sobre a pessoa de Jesus, acabou se tornando algo que compete com Ele no palco. Todo mundo está olhando para as estrelas e admirando suas luzes e não percebendo a luz do sol. Deus não vai dividir a glória Dele com ninguém, nem com um mover que usa Seu nome. O triste é que, algo que começou tão bem, acabou sendo banalizado e levou uma geração com ele; uma geração que nem sabe onde está o norte; uma geração que está perdida bem dentro da igreja porque os seus profetas, ao invés de confrontar pecado e avisar sobre a realidade do inferno, ficaram cantando cânticos para um Rei que nem está escutando.

Lucas 18:8; Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra?

Efésios 5:25-27; Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra. E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito.

Jesus está voltando. Se Ele vai achar fé ou uma noiva pura, eu não sei. Mas no mínimo Ele vai achar uns cânticos bem lindos feitos para Ele de uma geração perdida. Meus amigos, ainda há tempo de mudar o retrato. Não desista e não aceite tudo o que está sendo colocado em seu prato. Cocô pintado de branco ainda é cocô, e nunca será chocolate branco, independente do que a multidão afirma.

João 4:23; Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.

Deus te abençoe!

Jeff

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sexta-feira, 9 de março de 2007

Heresias Neopentecostais / Quatro episódios e muitas inquietações

Heresias Neopentecostais

Pastores e demais líderes evangélicos começam a demonstrar preocupação diante das extravagâncias que estão surgindo nos púlpitos brasileiros. A cada dia que passa surgem novas práticas anti e extrabíblicas. Não uso, como alguns, o eufemismo de classificar esses descaminhos de "modismos". Coloco-os no rol das heresias.

As críticas que antes corriam apenas à boca pequena, agora tomam corpo e são divulgadas em sites de expressão. A Igreja Evangélica já não pode calar diante de tamanha irracionalidade. Não desejamos ser julgados pelo pecado de omissão. O povo brasileiro precisa saber que tais tolices, como a seguir exemplificamos, estão à margem do Evangelho que nos foi ensinado por Jesus. Na verdade, se trata de um outro evangelho.

Em detrimento da Palavra, multiplicam-se os púlpitos festivos. Luzes, coreografias, encenações inusitadas, objetos ungidos e mágicos, entrevistas com demônios, amuletos, e outras mercadorias, tudo é válido no desvario em que se envolvem pregadores e ouvintes.

A impressão que se tem é que o evangelho, da forma que foi anunciado pelos apóstolos nos primeiros tempos, já não serve para os dias atuais. Falar de pecado, arrependimento, perdão e santidade se tornou antiquado, obsoleto, repreensível. É preciso entreter os ouvintes, apresentar uma nova atração a cada semana, tudo semelhante ao que vemos na sociedade consumista. Mas o que é preciso mesmo, e com urgência, é botarmos a boca no trombone e denunciar o que estão fazendo com o evangelho.

Ovelhas há que já perderam a noção do que é ser cristão. Não sabem sequer por que Jesus morreu.

Têm o dízimo como meio de obter bênçãos espirituais e materiais. Não conhecem o evangelho da renúncia, da resignação, do sofrimento, do carregar a cruz, do contentar-se com o pouco. Certa vez conversando com um jovem neopentecostal, ele disse: "Se sirvo a Jesus, quero ser rico, ter uma boa casa e carro importado". Os anos se passaram e nada disso aconteceu. Ele e seus pais pararam de ofertar e estão com a fé em declínio. É o que está acontecendo: gazofilácios cheios, pessoas vazias. O pai desse jovem me revelou que entrou nessa porque acreditou nas entrevistas que falam de riqueza fácil. Agora ele percebe que os que estão mais pobres não são convidados a falar de sua pobreza.

São de arrepiar os relatos que se encontram no texto de autoria do pastor Ricardo Gondim (logo abaixo, no final deste artigo). É difícil de acreditar que um grupo de cristãos, liderados por um pastor, alugue um helicóptero e, com dezenas de litros de óleo, passe a ungir a cidade do Rio de Janeiro, derramando uma caneca de óleo aqui, outra ali. Fico a meditar como o líder conseguiu envolver irmãos de boa fé nesse projeto inusitado. O óleo da "unção" deve ter caído em lugares pouco recomendáveis para o mister, tais como animais mortos, fezes e valas fétidas.

Mais incrível é o uso de urina para demarcar território. Essa você não vai acreditar. Está no referido endereço. Em Curitiba, um grupo de irmãos, liderado pelo pastor da igreja, entendeu que deveria demarcar seu território com urina, como fazem os leões e lobos. Após beberem muita água para encher bem a bexiga, seguiram para pontos estratégicos da cidade e passaram a URINAR. Quando li a notícia, pensei que a palavra estivesse errada. Talvez fosse REUNIR. Mas era urinar mesmo. Foram horas e horas urinando. O comboio de veículos parava em pontos preestabelecidos, e, ali, a um sinal, um deles aliviava a bexiga. Ora, esse tipo de lógica poderá levar irmãos a situações mais degradantes ainda. Degradantes, patéticas e irracionais. Algum irmão desse grupo poderá descobrir que determinada espécie animal demarca seu território com suas próprias fezes. Certamente não atentaram para o contido no Art. 233 do Código Penal que trata da prática de "ato obsceno em lugar público", e estipula a pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. A jurisprudência indica que a micção em lugar público configura o crime previsto no referido Artigo, ainda que não haja intenção de vulnerar o pudor público.

Pelas perguntas e respostas a seguir é possível comparar o evangelho de ontem com o de hoje. Após ouvirem a pregação de Pedro, muitos, compungidos, perguntaram: "Que faremos?" Pedro respondeu: "Arrependei-vos", e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo" (At 2.37-38). A resposta, hoje, seria: "Participe das campanhas, faça o sacrifício do dar tudo, e seja próspero". Atendendo à curiosidade de Nicodemos, Jesus disse: "Quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (Jo 3.3). A resposta no outro evangelho: "Seja dizimista fiel". Se alguém perguntasse a Tiago o que deveria fazer para livrar-se dos encostos, ele prontamente diria: "Sujeitai-vos a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). A resposta do evangelho festivo seria: "Use sal grosso, sabonete de descarrego, vassouras, fitas, colares, cajados, pedras, e seja dizimista fiel". Se o pecado do rei Davi - adultério e co-autoria num homicídio - fosse nos dias de hoje, a culpa seria do encosto que estaria nele. Uma série de exorcismos, cinqüenta quilos de sal grosso, uma dúzia de sabonetes seriam necessários para pôr o encosto em retirada. Às indagações sobre como ter o necessário à vida, Jesus respondeu: "Não pergunteis que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Lc 12.29,31). A resposta no evangelho da prosperidade: "Toque no lençol mágico".

O Apóstolo Paulo confessa que "orou três vezes ao Senhor" para que o livrasse de um espinho na carne. Mas o Senhor, em vez de atendê-lo, respondeu: "A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Reconhecendo a vontade soberana de Deus, Paulo se conforma e continua com seu espinho. E declara: "Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas", pelo que "sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou forte" (2 Co 12.7-10). A orientação para esses casos, nos púlpitos festivos, é a seguinte: "Exija de Deus seus direitos". Sofredores como o Apóstolo, o servo Jó e muitos outros desconheciam esse caminho "legal" para exigir direitos assegurados.

Pedir, do grego aiteõ, sugere a atitude de um suplicante que se encontra em posição inferior àquele a quem pede. É esse o verbo usado em João 14.13 - "E tudo quanto pedirdes em meu nome..." - e 14.14 - "Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei". "Pedir", do grego erõtaõ, indica com mais freqüência que o suplicante está em pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem ele pede, como, por exemplo, um rei fazendo pedido a outro rei. "Sob este aspecto, é significativo destacar que o Senhor Jesus NUNCA usou o verbo aiteõ na questão de fazer um pedido ao Pai", por ter dignidade igual Àquele a quem pedia. (Jo 14.16; 17.9,15,20 - Fonte: Dic. VINE). Por essas e outras, há muita gente confundindo alhos com bugalhos.

Repassa-se a idéia de que crente não deve chorar nem passar por qualquer tipo de sofrimento. Crente deve ser próspero. A verdade, por muitos desconhecida, é que a fidelidade a Deus não nos garante uma vida livre de dores, aflições e sofrimento. Dizer que aos crentes e fiéis dizimistas está garantia uma vida de flores, sem lágrimas, sem luta espiritual, sem aperto financeiro, é conversa para boi dormir. Jesus disse que seus seguidores deveriam carregar sua própria cruz, caminhar por um caminho apertado e passar por uma porta estreita "No mundo tereis aflições; na verdade todos os que desejam viver piamente em Cristo padecerão perseguições" (Jo 16.33; 2 Tm 3.12). Era da vontade de Deus que Paulo pregasse o evangelho em Roma. Apesar de sua fidelidade a Deus, os caminhos lhe foram difíceis. Enfrentou provações várias, naufrágio, tempestade, prisões.

Não podemos fazer ouvidos moucos à zombaria e piadas em torno desse "outro evangelho". As pessoas tendem a nivelar todas as Igrejas Evangélicas pelo que vê na televisão, ou pelo que vê num ou outro culto. Eu pensaria da mesma forma se não fosse evangélico. É preciso esclarecer a opinião pública sobre o que diz a Bíblia a respeito de cada nova idéia extravagante. Que se façam ouvir as vozes e o protesto dos líderes que defendem a pregação de um evangelho livre de heresias e irracionalidade.

Sem conhecer a verdade bíblica se torna difícil detectar as heresias. Ouça este conselho: não coma pela mão dos outros, mas examine você mesmo se o que o seu pastor prega está de acordo com a Palavra. Se você não estiver devidamente preparado para esse exame, consulte outros irmãos.

Pr. Airton Evangelista da Costa - www.palavradaverdade.com

 

Quatro episódios e muitas inquietações

Primeiro episódio

A pastora Miriam Silva prometera algumas surpresas para o próximo culto. Na data marcada uma pequena multidão superlotou o seu auditório em São Paulo. Disputavam lugares até nos corredores. O ar pastoso do calor não inibia a euforia que passava de pessoa para pessoa. Ondas de uma eletricidade emocional causavam arrepios em todos. Cantaram-se alguns hinos; todos convocando os crentes para uma batalha. De repente, as portas que ladeiam a plataforma do templo se abriram e a pastora Miriam entrou. Vinha acompanhada por alguns dos seus oficiais. Apareceu trajando um uniforme militar com camuflagem e carregando uma baioneta pendurada no cinto. Marchou até o centro, sempre rodeada de seus oficiais. Todos igualmente fantasiados. A voltagem subia a cada hino que se cantava. De repente abriu-se mais uma porta e seis homens surgiram carregando um caixão de defuntos nos ombros. Os gazofilácios serviram de apoio para repousarem a urna funerária diante do povo. Agora o frenesi emocional misturava-se à perplexidade. Tudo se mostrava inusitado demais. A pastora Miriam sacou a baioneta e com ela em punho começou a pregar o seu sermão. Culpava a cultura romana pelos percalços da nação brasileira. Afirmou que somos pobres, vivemos no meio da violência e estacionamos em nosso desenvolvimento devido ao "espírito de Roma". "Esse espírito", continuou com a voz afetada, "nos ensinou a guardar o domingo e batizar crianças. Temos que matar e esfaquear esse espírito, ele não provém de Deus". Depois de mais de meia hora condenando o "espírito de Roma", convocou a todos no auditório a verificarem se suas próprias vidas também não estariam contaminadas com o tal espírito. Abriram o caixão e as pessoas trouxeram um papel escrito, indicando de que maneira estavam maculados por Roma. Quando se aproximavam do caixão, enxergavam-se num espelho estrategicamente colocado no lugar onde repousaria a cabeça do morto. Depois que todos depositaram seus pedaços de papel naquele móvel sinistro, repuseram a sua tampa e esperaram o próximo movimento da pastora. Ela desceu com a baioneta em posição de ataque e logo começou a esfaquear o caixão com força. Lancetava com tanto furor que lascas de madeira voavam pelo espaço. Ao terminar com a sua coreografia, deixou claro para o seu auditório que aquilo não fora apenas uma encenação. Eles haviam presenciado um "ato profético". Prometeu que depois daquele evento, Deus reverteria a sorte do Brasil.

Segundo Episódio

Minha secretária anunciou que o Alexandre Souza já chegara. Pedi então que ele entrasse em meu escritório, pois queria um aconselhamento pastoral. Aproximou-se cabisbaixo e me encarou apenas de soslaio, embora apertasse minha mão com firmeza. Notei logo sua timidez. Calculei sua idade por volta dos 28 anos. Os cabelos bem aparados e penteados para a esquerda chamavam a atenção pela negritude. Pedi que Alexandre se sentasse. Iniciei nosso diálogo procurando deixá-lo mais à vontade. Ofereci um copo d'água, que aceitou sem esboçar nenhuma emoção. Achei-o muito quieto. Pensei na dificuldade daquele aconselhamento. Imaginei que gastaria a maior parte do tempo perguntando e ouvindo meras respostas monossilábicas. Ledo engano.

Logo que bebeu o primeiro gole, Alexandre me encarou e perdeu toda timidez. – Pastor, começou sem gaguejar, faço parte da igreja 'X' aqui em Fortaleza. Há dois anos estou endemoninhado. – Vim aqui porque preciso de libertação, emendou. Mostrei-me surpreso: - Endemoninhado? Você está em pleno controle de suas faculdades mentais, emocionalmente equilibrado e com um semblante tranqüilo. O que lhe leva a crer que está endemoninhado?

Sua resposta me deixou ainda mais perplexo. – Todas as sextas-feiras eu vou ao culto de quebra de maldições em minha igreja e faz dois anos que eu caio tomado por demônios em todos os cultos. Pela voz não parecia indignado, apenas cansado. – O bispo põe a mão sobre minha cabeça e eu fico agoniado, tenho vontade de tirar a mão dele de cima de mim. É nesse exato momento que acontece... – O quê? Interrompi. – Fico nervoso, com uma aflição muito grande. Quero tirar a mão do bispo de cima de mim. Acabo caindo no chão. Lá me dizem que essa aflição é demoníaca.

Questionei-lhe porque o bispo não conseguia libertá-lo totalmente, já que sua possessão se manifestava semanalmente há dois anos. Explicaram-lhe que esse tipo de demônio é muito esperto. Quando o expulsavam da mente, corria para o espírito. Do espírito se escondia na vontade e da vontade pulava para a alma. Desta forma, continuava cativo mesmo já batizado e mesmo havendo terminado o seu curso sobre plenitude do Espírito Santo. Mostrei-lhe que não era possesso, apenas um inocente útil. Um joguete nas mãos dos líderes que precisavam de pessoas sugestionáveis para valorizar os cultos de libertação da sexta-feira.

Terceiro Episódio

Roberto Pires pastoreia uma igreja no Rio de Janeiro. Certo dia, resolveu agir, indignado com a violência da cidade. Precisava fazer alguma coisa para reverter a incompetência crônica da polícia. Não cogitou ações políticas, nem imaginou um programa na igreja que melhorasse a educação cívica de seus membros. Sequer lhe passou pela cabeça participar de manifestações ou passeatas exigindo melhor segurança pública. Os óculos teológicos e ideológicos com que enxerga a sua realidade não lhe permitem essas cogitações. Assim, orava em um culto quando lhe veio uma idéia que considerou a mais genial de sua vida - tão genial que ele a relatou por anos.

Correu para o seu escritório, abriu a Lista Telefônica e nervosamente procurou pelos "agás"; queria "helicópteros". Desejava saber quanto custaria alugar um desses beija-flores mecânicos. Anotou os valores e levou sua idéia para o culto daquela noite. "Irmãos e irmãs, Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a cidade do Rio de Janeiro". O auditório irrompeu em palmas, uma oferta foi levantada e o pastor Roberto Pires naquela semana embarcou no mais bizarro sobrevôo que o Rio de Janeiro já teve. Latas de óleo eram derramadas para ungirem a Cidade Maravilhosa. Respingos melados caíram sobre a avenida Rio Branco, na praia de Copacabana e sobre alguns dos morros mais violentos da cidade. Fora o inconveniente oleoso, nada aconteceu; meses depois a violência carioca recrudesceu.

Quarto Episódio

O pastor Carlos Feijó voltou para Curitiba depois de uma semana em um seminário de batalha espiritual. A equipe que ministrou o curso ensinou-lhe a "decretar sua cidade para Deus". Ali aprendeu como identificar os limites do seu município e declarar que ele pertence a Jesus Cristo. Aprendeu mais: Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria. O pastor Carlos passou uma semana indignado consigo mesmo e com os outros pastores. Por anos não se aperceberam dessa imensa negligência. Foi para casa e orou. Com lágrimas rolando pelo rosto, se propôs a jejuar. No terceiro dia do jejum veio-lhe o que também considerou uma brilhante revelação divina. Há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo de Judá.

Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas paradas. Beberam litros e litros d'água; precisavam de muita urina para uma cidade tão grande.

Esses quatro episódios descritos são verdadeiros. Todos patéticos! Realmente aconteceram nas cidades mencionadas. Apenas os nomes e alguns detalhes são fictícios. Ilustram bem o que invade as igrejas evangélicas no Brasil. Entendo que as pessoas têm o direito constitucional de crerem, praticarem ou pregarem o que quiserem. Entretanto, não deveriam fazer em nome da fé protestante e evangélica. Muito sangue já foi derramado, muitas vidas sacrificadas e muitos missionários afadigados para que testemunhássemos tanta superficialidade.

Além disso, produzem um estrago imensurável em vidas. Muita gente já perdeu a fé. Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, depois que passa a euforia e o fanatismo, se sentirá envergonhada de um dia haver participado de ambientes onde imperam tantas tolices. Acabam trilhando o caminho do cinismo ou da revolta. Ambos muito trágicos.

Torna-se necessário que aconteçam denúncias internas para que o evangelho não se desfigure em um "outro evangelho". Se nos calarmos, mancharemos nosso legado de fé e nos tornaremos culpados por omissão. Quando a igreja deixa de salgar e passa a ser motivo de chacota, para nada mais serve senão para ser pisada pelos homens. Há muito joio dentro das igrejas evangélicas e ele não se parece em nada com o trigo. Pelo contrário, dá-nos vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Protestemos, antes que só dê vontade de chorar.

Soli Deo Gloria.

Pr. Ricardo Gondim - http://webbethel.com/gondim09.htm

www.pilb.t5.com.br

domingo, 4 de março de 2007

Jesus não sabia de nada!!!

Jesus não sabia de nada!!!

Estou decepcionado com Jesus!

Depois de anos de convertido, depois de ter lido a Bíblia algumas vezes, e principalmente depois de ter lido várias e várias vezes o Novo Testamento, cheguei à conclusão de que fui iludido esse tempo todo por um líder que não sabia o que estava fazendo.

Como poderia alguém que se dizia Filho de Deus não discernir as coisas espirituais e ensinar tantas coisas erradas? Como poderia ele, que se dizia o Messias, não conhecer profundamente o coração do Deus que ele disse que o enviou? Como poderia aquele que disse que enviaria o outro Consolador desconhecer as suas próprias revelações?

Jesus foi um fracasso!

Senão, vejamos alguns erros de seu ministério:

Jesus ensinou que o Reino de Deus era semelhante ao grão de mostarda, simples, pequeno, sem ambições de poder. Que cresceria não para que a árvore se gloriasse, mas para dar ninho aos pássaros, para acolher o ferido, para dar lugar ao que sofre.

Ignorante! Não sabia que "somos cabeça, e não cauda". Na sabia que a glória da segunda casa (e da terceira, da quarta, da quinta, são tantas casas!!!) seria bem maior do que a primeira. Como ele não sabia que sofrimento não tem lugar no reino de Deus? Será que ele não sabia que quando houvesse tristezas era somente necessário "declararmos" nossa posição em Cristo, e "tomarmos posse" de nossos lugares celestiais, voando acima das tempestades? E ainda teve a coragem de dizer que, no mundo, teríamos aflições... não sabia de nada esse tal de Jesus!!!

Esse tal Jesus também ensinou aos seus discípulos, pobres rapazes que deixaram tudo para o seguirem, que eles teriam que ir pelo mundo, pregando o evangelho, ensinando a todos...

Coitado! Não sabia que para conquistarmos os territórios para Deus, em primeiro lugar temos que realizar atos proféticos. Não sabia que precisamos entrar em "batalha espiritual", desarmando o chefe daquele território, e ungir os lugares, desfazendo assim toda maldição. A coisa era bem mais fácil de ser feita, e ele insistiu na idéia louca da pregação pura e simples do seu amor! Que coisa!!! Nada se conquista mais por amor... estamos em guerra, temos que destronar Satanás e seus demônios através de jejuns fortes, decretos (até mesmo leis humanas) desautorizando a ação do diabo e seus anjos naqueles lugares.

Jesus não sabia que havia um princípio de legalidade, onde Satanás manteria o domínio da pessoa mesmo depois dela ter se encontrado com o Nazareno.

Pobre Jesus! Ensinou que se alguém cresse nele, VERDADEIRAMENTE seria livre. Enganou as pessoas ao fazê-las crer que simplesmente a fé em seu sacrifício seria suficiente para a salvação. Ele não sabia que precisávamos de sessões de regressão e renúncia de pecados passados... achava que a cruz bastaria.

Por fim, enganou a si mesmo, quando ao ser crucificado bradou em alta voz: "Está Consumado!"

Quanto engano! Jesus não sabia que nada estava consumado, que sua obra era insuficiente. Não sabia que seriam necessárias sessões e mais sessões de libertação para as pessoas, mesmo depois de terem crido nele, e terem sido salvas. Nada estava consumado. Nada se encerrava ali. Muito menos a salvação. Não seríamos resgatados do Império das Trevas para o Seu Reino, isso era ilusão. Ficaríamos com ele sim, assim de "meia-boca", mas ainda cativo ao diabo, poderoso onipotente, esse sim cheio de toda a autoridade e força, pois nem o sacrifício do Cordeiro de Deus foi suficiente para quebrar-lhe o poder.

Tanto que até hoje precisamos de seminários e congressos para nos ensinar aquilo que Jesus e seus discípulos não sabiam: o poder do diabo sobre os servos dele, Jesus.

Na verdade, vocês sabem, não é isso o que penso... mas é o que, infelizmente, o povo que diz seguir a Jesus, tem ensinado por aí...

Que Jesus Cristo, Deus Todo-Poderoso, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Maravilhoso Conselheiro, Cordeiro de Deus, Eterno Salvador, Verdadeiro Libertador, tenha misericórdia de nós...

Amém!

José Barbosa Junior

www.pilb.t5.com.br

Declaração de Guerra

Declaração de Guerra

Depois de minha conversão recebida há 26 anos (01/05/1978), a qual aconteceu exclusivamente pela imensa graça e misericórdia de Deus, tenho pensado, e estou quase voltando, a ser católica, novamente. E por que?

Porque as igrejas, antes chamadas "protestantes", já não sabem mais "protestar" e têm se deteriorado de tal maneira, junto com a maioria das chamadas "igrejas evangélicas", que dão nojo. Quando um católico esclarecido nos aponta esses erros, ficamos de cara no chão, porque eles estão certos, pelo menos nesse ponto!

É verdade que o Catolicismo Romano é uma mistura fina de cristianismo, judaísmo e paganismo, que os seus dogmas são todos antibíblicos e que o papa é o maior embusteiro do planeta, auto-nomeando-se "vigário de Cristo", lugar que somente o Espírito Santo tem o direito de ocupar.

É verdade que o Vaticano matou centenas de milhões de judeus e cristãos inocentes, a fim de defender os seus dogmas fraudulentos, nas inquisições, na Noite de São Bartolomeu, nas grandes guerras, as quais ajudou a planejar e foram abençoadas pelos papas (conforme o escritor Avro Manhattan em seus 20 livros sobre o Vaticano).

É verdade que a doutrina católica é totalmente antibíblica, defendendo a idolatria, principalmente a mariolatria. Que os padres quase não estudam a Bíblia, mas se detêm no estudo da chamada "História Sagrada" e da Filosofia de Platão e Aristóteles, a fim de escolherem sempre a obediência à Igreja, em vez da Palavra de Deus. E, por esse motivo, 99% deles são totalmente incrédulos e, provavelmente, irão todos para o inferno.

É verdade que a Igreja de Roma mente, mente tanto que acaba acreditando em suas próprias mentiras e como "um abismo chama outro abismo", ela vai descambando cada dia mais no abismo infernal, com a homossexualidade grassando no meio dos seus padres, inclusive a abominável pederastia.

Mas também é verdade que existem padres sérios, de bom caráter, que realmente acreditam no que fazem e amam o Senhor Jesus Cristo, embora em ínfima porcentagem.

Mas a Igreja dita protestante e a evangélica estão de tal modo contaminadas com pastores de mau caráter, ensinando doutrinas antibíblicas, que quase já não se pode encontrar uma igreja séria entre elas, tendo a maioria descambado nas teologias mais grotescas.

Se o apóstolo Paulo estivesse viajando pelo Ocidente, hoje em dia, iria explodir em fúria, chamando todos esses pastores de gálatas, judaizantes, trambiqueiros e coisas assim. Porque eles só pregam o Velho Testamento, principalmente falando de dízimos, ofertas, sacrifícios, etc. Em vez de usar o Novo Testamento e falar da GRAÇA, que é infinitamente maior do que a iniqüidade de todos nós, eles falam o tempo inteiro dos personagens do Velho Testamento, usando Isaque para adequar o sacrifício em que este seria oferecido, exigindo que "os crentes dêem mais do que podem". Usam Abraão entregando tudo que recebeu na guerra (de Sodoma e Gomorra) como dízimo, dizendo que os membros de suas igrejas têm de fazer o mesmo. Usam a oferta da viúva pobre como exemplo de quem deu tudo que possuía e deixam os pobres membros de suas igrejas voltar a pé para casa, porque se sentem na obrigação de dar tudo a esses pastores espertalhões. Isso para não mencionar que eles afirmam que a Igreja é a "Nova Israel", tentando açambarcar todas as bênçãos a Israel destinadas (no Milênio), sem, contudo, desejarem aceitar uma sequer das maldições, pelas quais Israel tem amargado durante tantos séculos.

O Dízimo é lei do Velho Testamento e nenhum crente, que vive sob a graça, tem obrigação de entregar 10% do que ganha. Oferta, quem puder e quiser pode dar à vontade, mas dízimo, não!

Esses malandros do Evangelho inventam coisas esdrúxulas como teologia da prosperidade, teologia da fé, movimento em células G-12, enoquismo e outras aberrações. Realmente a teologia da fé, prosperidade e outras funcionam totalmente ... mas para eles, os pastores milagreiros, que se tornam prósperos à custa da ignorância bíblica dos membros de suas igrejas. Eles ensinam um falso evangelho, uma falsa teologia, fazem lavagem cerebral nos coitados e depois ficam se hospedando em hotéis cinco estrelas e se gloriando de suas vantagens, à custa dos pobres iletrados bíblicos. Até mesmo, muitas igrejas batistas, presbiterianas e metodistas já caíram nesse buraco. Wesley ira morrer de vergonha se visse algumas das igrejas que ele "fundou"!

Os pastores malaquianos pregam subliminarmente que o sacrifício vicário de Cristo não foi total e suficiente para nos salvar (copiaram isso de Roma) e que quem não der o que tem e o que não tem jamais poderá ser abençoado. Eles escrevem livros dizendo que alguns deles tiveram visões, passearam pelo céu e pelo inferno (Mary Baxter) e conversaram com Jesus (o outro Jesus, é claro), negam a Trindade e muitos até exigem a guarda do sábado (e a santidade absoluta - Valnice Milhomens) como condição sine-qua-non de salvação.

Muitos têm conduzido os crentes até os montes, a fim de fazerem lá suas orações, e até dão ordens ao Senhor, pois se acham mais perto do céu, tornando-se, assim, mais espirituais e mais fortes no "poder" do Espírito Santo. Muitos falam a língua dos anjos (quem sabe, dos maus) e se julgam tão espirituais que olham com desprezo para os coitados (membros de igrejas sérias) que não falam essas línguas, não têm "visões" nem "revelações" sobrenaturais.

Quantos deles tremem, caem para trás, (sob o poder de "espírito santo", se arrastam pelo chão, (uivando como lobos), dando gargalhadas estrondosas, etc., porque isso é muito "espiritual"!

Infelizmente, os iletrados (na Bíblia e no vernáculo) compositores de "música gospel" têm penetrado até mesmo nas melhores igrejas. Ontem, por exemplo, na minha PIB, que é um modelo de igreja decente, fomos obrigados a cantar um corinho herético (com um tremendo erro de português), em que o compositor afirmava estar "rompendo em fé" (só não diz no poder de quem), que ia "mover no sobrenatural". Não sei se ele quis dizer "mover-se no sobrenatural" ou então "mover o sobrenatural", mas de qualquer modo ele escreveu uma heresia ocultista da pesada! E o povo cantando, sem entender o "busillis" da coisa! Passei tão mal que nem cheguei ao final do culto! Os cânticos gritados nas igrejas "avivadas" são todos homocêntricos (e não teocêntricos), valorizando o homem, esquecendo de adorar o Senhor em espírito de humildade.

O pior de tudo é que os crentes modernos nunca estudam seriamente a Bíblia, limitando-se a crer no que os pastores fraudulentos ensinam, vendo tudo pela sua ótica e mergulhando de cabeça nas suas heresias... Porque a TV toma tantas horas do seu dia! Agora o evangelho está sendo entregue embrulhado no papel colorido do humanismo.

O poder do pensamento positivo é a base desses novos evangelhos espúrios, teologia herdada de Mary Baker por E. W. Kennion, Paul Young Cho, Kenneth Copland, Kenneth Hagin, Robert Schüller, Peter Wagner, Benny Hinn e outros charlatães do evangelho xamanista. Esses homens não estão nem um pouco interessados no crescimento espiritual dos seus discípulos, mas no crescimento de suas denominações. Para eles uma igreja que tem menos de 50 mil membros é "medíocre" e igreja com menos de 10 mil membros é uma vergonha!

Ganhar dinheiro à custa do complexo de culpa gerado na mente dos membros é a coisa mais natural do mundo nesse espúrio meio evangélico. Movimentos como o G-12 (e outros movimentos de células) usam o método piramidal egípcio para encher suas igrejas e os crentes nem suspeitam que estão usando métodos pagãos, e até amaldiçoados, em sua vida "cristã". Eles ignoram que a palavra "Egito" e seus derivados é sinônimo de "maldição" na Palavra de Deus. Salomão foi proibido até de comprar cavalos no Egito, desobedeceu ao Senhor, casou com mulheres egípcias e acabou sendo amaldiçoado em seu reino.

Em alguns sites evangélicos tenho aparecido como "a inimiga número um do Vaticano". Pois bem, agora podem declarar que eu sou "a inimiga número um do baixo pentecostalismo", porque seus líderes são PIORES do que todos os papas que já existiram. Muitos papas só conseguiram matar os corpos dos cristãos inocentes, em suas perseguições religiosas, guerras e inquisições, enquanto esses charlatães do espúrio evangelho da fé/prosperidade estão assassinando suas almas preciosas.

Estou declarando uma guerra sem tréguas a todos os movimentos kakangélicos que têm infestado o meio evangélico, a todos os pastores malaquianos que abrem e dirigem igrejas com o único fito de enriquecer, a todos os pastores ocultistas que importam heresias maçônicas para dentro de suas igrejas, a todos os crentes preguiçosos que ficam diante da TV, em vez de estudar a Bíblia e ler livros evangélicos de autores confiáveis, crentes raquíticos, os quais, quando raramente apanham um livro para ler, preferem autores inúteis que lhes prometem maravilhas ocultistas travestidas de evangelho, autores que escrevem livros somente para vender, sem jamais se preocuparem com o destino das almas que os lêem.

Senhores pastores bíblicos, vamos lutar contra essa avalanche de água podre, que está inundando as legítimas igrejas do Senhor, usando contra ela uma boa dose de soda caustica, de hexaclorofeno, de irgasan DP-300, e de outras substâncias desodorizantes, até que esses charlatães se convertam, ou então, se arrebentem de uma vez!

Mary Schultze

www.pilb.t5.com.br

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