sexta-feira, 9 de março de 2007

Heresias Neopentecostais / Quatro episódios e muitas inquietações

Heresias Neopentecostais

Pastores e demais líderes evangélicos começam a demonstrar preocupação diante das extravagâncias que estão surgindo nos púlpitos brasileiros. A cada dia que passa surgem novas práticas anti e extrabíblicas. Não uso, como alguns, o eufemismo de classificar esses descaminhos de "modismos". Coloco-os no rol das heresias.

As críticas que antes corriam apenas à boca pequena, agora tomam corpo e são divulgadas em sites de expressão. A Igreja Evangélica já não pode calar diante de tamanha irracionalidade. Não desejamos ser julgados pelo pecado de omissão. O povo brasileiro precisa saber que tais tolices, como a seguir exemplificamos, estão à margem do Evangelho que nos foi ensinado por Jesus. Na verdade, se trata de um outro evangelho.

Em detrimento da Palavra, multiplicam-se os púlpitos festivos. Luzes, coreografias, encenações inusitadas, objetos ungidos e mágicos, entrevistas com demônios, amuletos, e outras mercadorias, tudo é válido no desvario em que se envolvem pregadores e ouvintes.

A impressão que se tem é que o evangelho, da forma que foi anunciado pelos apóstolos nos primeiros tempos, já não serve para os dias atuais. Falar de pecado, arrependimento, perdão e santidade se tornou antiquado, obsoleto, repreensível. É preciso entreter os ouvintes, apresentar uma nova atração a cada semana, tudo semelhante ao que vemos na sociedade consumista. Mas o que é preciso mesmo, e com urgência, é botarmos a boca no trombone e denunciar o que estão fazendo com o evangelho.

Ovelhas há que já perderam a noção do que é ser cristão. Não sabem sequer por que Jesus morreu.

Têm o dízimo como meio de obter bênçãos espirituais e materiais. Não conhecem o evangelho da renúncia, da resignação, do sofrimento, do carregar a cruz, do contentar-se com o pouco. Certa vez conversando com um jovem neopentecostal, ele disse: "Se sirvo a Jesus, quero ser rico, ter uma boa casa e carro importado". Os anos se passaram e nada disso aconteceu. Ele e seus pais pararam de ofertar e estão com a fé em declínio. É o que está acontecendo: gazofilácios cheios, pessoas vazias. O pai desse jovem me revelou que entrou nessa porque acreditou nas entrevistas que falam de riqueza fácil. Agora ele percebe que os que estão mais pobres não são convidados a falar de sua pobreza.

São de arrepiar os relatos que se encontram no texto de autoria do pastor Ricardo Gondim (logo abaixo, no final deste artigo). É difícil de acreditar que um grupo de cristãos, liderados por um pastor, alugue um helicóptero e, com dezenas de litros de óleo, passe a ungir a cidade do Rio de Janeiro, derramando uma caneca de óleo aqui, outra ali. Fico a meditar como o líder conseguiu envolver irmãos de boa fé nesse projeto inusitado. O óleo da "unção" deve ter caído em lugares pouco recomendáveis para o mister, tais como animais mortos, fezes e valas fétidas.

Mais incrível é o uso de urina para demarcar território. Essa você não vai acreditar. Está no referido endereço. Em Curitiba, um grupo de irmãos, liderado pelo pastor da igreja, entendeu que deveria demarcar seu território com urina, como fazem os leões e lobos. Após beberem muita água para encher bem a bexiga, seguiram para pontos estratégicos da cidade e passaram a URINAR. Quando li a notícia, pensei que a palavra estivesse errada. Talvez fosse REUNIR. Mas era urinar mesmo. Foram horas e horas urinando. O comboio de veículos parava em pontos preestabelecidos, e, ali, a um sinal, um deles aliviava a bexiga. Ora, esse tipo de lógica poderá levar irmãos a situações mais degradantes ainda. Degradantes, patéticas e irracionais. Algum irmão desse grupo poderá descobrir que determinada espécie animal demarca seu território com suas próprias fezes. Certamente não atentaram para o contido no Art. 233 do Código Penal que trata da prática de "ato obsceno em lugar público", e estipula a pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. A jurisprudência indica que a micção em lugar público configura o crime previsto no referido Artigo, ainda que não haja intenção de vulnerar o pudor público.

Pelas perguntas e respostas a seguir é possível comparar o evangelho de ontem com o de hoje. Após ouvirem a pregação de Pedro, muitos, compungidos, perguntaram: "Que faremos?" Pedro respondeu: "Arrependei-vos", e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo" (At 2.37-38). A resposta, hoje, seria: "Participe das campanhas, faça o sacrifício do dar tudo, e seja próspero". Atendendo à curiosidade de Nicodemos, Jesus disse: "Quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (Jo 3.3). A resposta no outro evangelho: "Seja dizimista fiel". Se alguém perguntasse a Tiago o que deveria fazer para livrar-se dos encostos, ele prontamente diria: "Sujeitai-vos a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). A resposta do evangelho festivo seria: "Use sal grosso, sabonete de descarrego, vassouras, fitas, colares, cajados, pedras, e seja dizimista fiel". Se o pecado do rei Davi - adultério e co-autoria num homicídio - fosse nos dias de hoje, a culpa seria do encosto que estaria nele. Uma série de exorcismos, cinqüenta quilos de sal grosso, uma dúzia de sabonetes seriam necessários para pôr o encosto em retirada. Às indagações sobre como ter o necessário à vida, Jesus respondeu: "Não pergunteis que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Lc 12.29,31). A resposta no evangelho da prosperidade: "Toque no lençol mágico".

O Apóstolo Paulo confessa que "orou três vezes ao Senhor" para que o livrasse de um espinho na carne. Mas o Senhor, em vez de atendê-lo, respondeu: "A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Reconhecendo a vontade soberana de Deus, Paulo se conforma e continua com seu espinho. E declara: "Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas", pelo que "sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou forte" (2 Co 12.7-10). A orientação para esses casos, nos púlpitos festivos, é a seguinte: "Exija de Deus seus direitos". Sofredores como o Apóstolo, o servo Jó e muitos outros desconheciam esse caminho "legal" para exigir direitos assegurados.

Pedir, do grego aiteõ, sugere a atitude de um suplicante que se encontra em posição inferior àquele a quem pede. É esse o verbo usado em João 14.13 - "E tudo quanto pedirdes em meu nome..." - e 14.14 - "Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei". "Pedir", do grego erõtaõ, indica com mais freqüência que o suplicante está em pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem ele pede, como, por exemplo, um rei fazendo pedido a outro rei. "Sob este aspecto, é significativo destacar que o Senhor Jesus NUNCA usou o verbo aiteõ na questão de fazer um pedido ao Pai", por ter dignidade igual Àquele a quem pedia. (Jo 14.16; 17.9,15,20 - Fonte: Dic. VINE). Por essas e outras, há muita gente confundindo alhos com bugalhos.

Repassa-se a idéia de que crente não deve chorar nem passar por qualquer tipo de sofrimento. Crente deve ser próspero. A verdade, por muitos desconhecida, é que a fidelidade a Deus não nos garante uma vida livre de dores, aflições e sofrimento. Dizer que aos crentes e fiéis dizimistas está garantia uma vida de flores, sem lágrimas, sem luta espiritual, sem aperto financeiro, é conversa para boi dormir. Jesus disse que seus seguidores deveriam carregar sua própria cruz, caminhar por um caminho apertado e passar por uma porta estreita "No mundo tereis aflições; na verdade todos os que desejam viver piamente em Cristo padecerão perseguições" (Jo 16.33; 2 Tm 3.12). Era da vontade de Deus que Paulo pregasse o evangelho em Roma. Apesar de sua fidelidade a Deus, os caminhos lhe foram difíceis. Enfrentou provações várias, naufrágio, tempestade, prisões.

Não podemos fazer ouvidos moucos à zombaria e piadas em torno desse "outro evangelho". As pessoas tendem a nivelar todas as Igrejas Evangélicas pelo que vê na televisão, ou pelo que vê num ou outro culto. Eu pensaria da mesma forma se não fosse evangélico. É preciso esclarecer a opinião pública sobre o que diz a Bíblia a respeito de cada nova idéia extravagante. Que se façam ouvir as vozes e o protesto dos líderes que defendem a pregação de um evangelho livre de heresias e irracionalidade.

Sem conhecer a verdade bíblica se torna difícil detectar as heresias. Ouça este conselho: não coma pela mão dos outros, mas examine você mesmo se o que o seu pastor prega está de acordo com a Palavra. Se você não estiver devidamente preparado para esse exame, consulte outros irmãos.

Pr. Airton Evangelista da Costa - www.palavradaverdade.com

 

Quatro episódios e muitas inquietações

Primeiro episódio

A pastora Miriam Silva prometera algumas surpresas para o próximo culto. Na data marcada uma pequena multidão superlotou o seu auditório em São Paulo. Disputavam lugares até nos corredores. O ar pastoso do calor não inibia a euforia que passava de pessoa para pessoa. Ondas de uma eletricidade emocional causavam arrepios em todos. Cantaram-se alguns hinos; todos convocando os crentes para uma batalha. De repente, as portas que ladeiam a plataforma do templo se abriram e a pastora Miriam entrou. Vinha acompanhada por alguns dos seus oficiais. Apareceu trajando um uniforme militar com camuflagem e carregando uma baioneta pendurada no cinto. Marchou até o centro, sempre rodeada de seus oficiais. Todos igualmente fantasiados. A voltagem subia a cada hino que se cantava. De repente abriu-se mais uma porta e seis homens surgiram carregando um caixão de defuntos nos ombros. Os gazofilácios serviram de apoio para repousarem a urna funerária diante do povo. Agora o frenesi emocional misturava-se à perplexidade. Tudo se mostrava inusitado demais. A pastora Miriam sacou a baioneta e com ela em punho começou a pregar o seu sermão. Culpava a cultura romana pelos percalços da nação brasileira. Afirmou que somos pobres, vivemos no meio da violência e estacionamos em nosso desenvolvimento devido ao "espírito de Roma". "Esse espírito", continuou com a voz afetada, "nos ensinou a guardar o domingo e batizar crianças. Temos que matar e esfaquear esse espírito, ele não provém de Deus". Depois de mais de meia hora condenando o "espírito de Roma", convocou a todos no auditório a verificarem se suas próprias vidas também não estariam contaminadas com o tal espírito. Abriram o caixão e as pessoas trouxeram um papel escrito, indicando de que maneira estavam maculados por Roma. Quando se aproximavam do caixão, enxergavam-se num espelho estrategicamente colocado no lugar onde repousaria a cabeça do morto. Depois que todos depositaram seus pedaços de papel naquele móvel sinistro, repuseram a sua tampa e esperaram o próximo movimento da pastora. Ela desceu com a baioneta em posição de ataque e logo começou a esfaquear o caixão com força. Lancetava com tanto furor que lascas de madeira voavam pelo espaço. Ao terminar com a sua coreografia, deixou claro para o seu auditório que aquilo não fora apenas uma encenação. Eles haviam presenciado um "ato profético". Prometeu que depois daquele evento, Deus reverteria a sorte do Brasil.

Segundo Episódio

Minha secretária anunciou que o Alexandre Souza já chegara. Pedi então que ele entrasse em meu escritório, pois queria um aconselhamento pastoral. Aproximou-se cabisbaixo e me encarou apenas de soslaio, embora apertasse minha mão com firmeza. Notei logo sua timidez. Calculei sua idade por volta dos 28 anos. Os cabelos bem aparados e penteados para a esquerda chamavam a atenção pela negritude. Pedi que Alexandre se sentasse. Iniciei nosso diálogo procurando deixá-lo mais à vontade. Ofereci um copo d'água, que aceitou sem esboçar nenhuma emoção. Achei-o muito quieto. Pensei na dificuldade daquele aconselhamento. Imaginei que gastaria a maior parte do tempo perguntando e ouvindo meras respostas monossilábicas. Ledo engano.

Logo que bebeu o primeiro gole, Alexandre me encarou e perdeu toda timidez. – Pastor, começou sem gaguejar, faço parte da igreja 'X' aqui em Fortaleza. Há dois anos estou endemoninhado. – Vim aqui porque preciso de libertação, emendou. Mostrei-me surpreso: - Endemoninhado? Você está em pleno controle de suas faculdades mentais, emocionalmente equilibrado e com um semblante tranqüilo. O que lhe leva a crer que está endemoninhado?

Sua resposta me deixou ainda mais perplexo. – Todas as sextas-feiras eu vou ao culto de quebra de maldições em minha igreja e faz dois anos que eu caio tomado por demônios em todos os cultos. Pela voz não parecia indignado, apenas cansado. – O bispo põe a mão sobre minha cabeça e eu fico agoniado, tenho vontade de tirar a mão dele de cima de mim. É nesse exato momento que acontece... – O quê? Interrompi. – Fico nervoso, com uma aflição muito grande. Quero tirar a mão do bispo de cima de mim. Acabo caindo no chão. Lá me dizem que essa aflição é demoníaca.

Questionei-lhe porque o bispo não conseguia libertá-lo totalmente, já que sua possessão se manifestava semanalmente há dois anos. Explicaram-lhe que esse tipo de demônio é muito esperto. Quando o expulsavam da mente, corria para o espírito. Do espírito se escondia na vontade e da vontade pulava para a alma. Desta forma, continuava cativo mesmo já batizado e mesmo havendo terminado o seu curso sobre plenitude do Espírito Santo. Mostrei-lhe que não era possesso, apenas um inocente útil. Um joguete nas mãos dos líderes que precisavam de pessoas sugestionáveis para valorizar os cultos de libertação da sexta-feira.

Terceiro Episódio

Roberto Pires pastoreia uma igreja no Rio de Janeiro. Certo dia, resolveu agir, indignado com a violência da cidade. Precisava fazer alguma coisa para reverter a incompetência crônica da polícia. Não cogitou ações políticas, nem imaginou um programa na igreja que melhorasse a educação cívica de seus membros. Sequer lhe passou pela cabeça participar de manifestações ou passeatas exigindo melhor segurança pública. Os óculos teológicos e ideológicos com que enxerga a sua realidade não lhe permitem essas cogitações. Assim, orava em um culto quando lhe veio uma idéia que considerou a mais genial de sua vida - tão genial que ele a relatou por anos.

Correu para o seu escritório, abriu a Lista Telefônica e nervosamente procurou pelos "agás"; queria "helicópteros". Desejava saber quanto custaria alugar um desses beija-flores mecânicos. Anotou os valores e levou sua idéia para o culto daquela noite. "Irmãos e irmãs, Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a cidade do Rio de Janeiro". O auditório irrompeu em palmas, uma oferta foi levantada e o pastor Roberto Pires naquela semana embarcou no mais bizarro sobrevôo que o Rio de Janeiro já teve. Latas de óleo eram derramadas para ungirem a Cidade Maravilhosa. Respingos melados caíram sobre a avenida Rio Branco, na praia de Copacabana e sobre alguns dos morros mais violentos da cidade. Fora o inconveniente oleoso, nada aconteceu; meses depois a violência carioca recrudesceu.

Quarto Episódio

O pastor Carlos Feijó voltou para Curitiba depois de uma semana em um seminário de batalha espiritual. A equipe que ministrou o curso ensinou-lhe a "decretar sua cidade para Deus". Ali aprendeu como identificar os limites do seu município e declarar que ele pertence a Jesus Cristo. Aprendeu mais: Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria. O pastor Carlos passou uma semana indignado consigo mesmo e com os outros pastores. Por anos não se aperceberam dessa imensa negligência. Foi para casa e orou. Com lágrimas rolando pelo rosto, se propôs a jejuar. No terceiro dia do jejum veio-lhe o que também considerou uma brilhante revelação divina. Há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo de Judá.

Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas paradas. Beberam litros e litros d'água; precisavam de muita urina para uma cidade tão grande.

Esses quatro episódios descritos são verdadeiros. Todos patéticos! Realmente aconteceram nas cidades mencionadas. Apenas os nomes e alguns detalhes são fictícios. Ilustram bem o que invade as igrejas evangélicas no Brasil. Entendo que as pessoas têm o direito constitucional de crerem, praticarem ou pregarem o que quiserem. Entretanto, não deveriam fazer em nome da fé protestante e evangélica. Muito sangue já foi derramado, muitas vidas sacrificadas e muitos missionários afadigados para que testemunhássemos tanta superficialidade.

Além disso, produzem um estrago imensurável em vidas. Muita gente já perdeu a fé. Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, depois que passa a euforia e o fanatismo, se sentirá envergonhada de um dia haver participado de ambientes onde imperam tantas tolices. Acabam trilhando o caminho do cinismo ou da revolta. Ambos muito trágicos.

Torna-se necessário que aconteçam denúncias internas para que o evangelho não se desfigure em um "outro evangelho". Se nos calarmos, mancharemos nosso legado de fé e nos tornaremos culpados por omissão. Quando a igreja deixa de salgar e passa a ser motivo de chacota, para nada mais serve senão para ser pisada pelos homens. Há muito joio dentro das igrejas evangélicas e ele não se parece em nada com o trigo. Pelo contrário, dá-nos vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Protestemos, antes que só dê vontade de chorar.

Soli Deo Gloria.

Pr. Ricardo Gondim - http://webbethel.com/gondim09.htm

www.pilb.t5.com.br

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