sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Eu só queria saber...

Por que palavras como "paixão", "fogo", "glória", "poder" e "unção" vendem muito mais CDs do que "graça", "misericórdia" e "perdão"?

Por que aqueles que mais falam sobre "prosperidade" evitam sistematicamente textos como Tiago 2:5, I Timóteo 6:8 e Habacuque 3:17-18?

Por que se fala tanto em dízimo, defendendo-o com unhas e dentes, mas quase nada se fala sobre ter tudo em comum e outras coisas como "ajudar os domésticos na fé" e "não amar somente de palavra e de língua mas de fato e de verdade"? Em qual proporção a Bíblia fala de uma coisa e de outra?

Por que em Atos 4, quando os apóstolos foram presos, a igreja orou de forma tão diferente do que se ora hoje? Por que não aproveitaram a ocasião pra "amarrar o espírito de perseguição", pra "repreender a potestade de Roma", ou coisa semelhante?

Por que Atos 2:4 é muito mais citado como modelo do que era a igreja primitiva do que Atos 2:42?

Por que todo mundo sabe João 3:16 de cor, mas tão pouca gente sabe I João 3:16?

Por que 90% ou mais dos cânticos congregacionais modernos são na primeira pessoa do singular, quando a proporção nos salmos é muito menor?

Por que todo mundo aceita que Jesus curou e colheu espigas no sábado, aceita também que Deus ordenou que seu povo matasse vários povos rivais, mas se escandaliza absurdamente quando alguém diz que Raabe fez certo ao mentir para preservar duas vidas? O que vale mais, em situação de conflito, que um soldado pagão saiba a verdade ou a vida de dois homens? Será que se Raabe tivesse dito a verdade, teria sido elogiada em Hebreus 11?

Por que quase tudo que se vende numa livraria cristã foi produzido nos últimos 50 anos, se nosso legado é de 2.000 anos de História do Cristianismo? O que aconteceu com os outros 19 séculos e meio?

Por que tanta gente que acredita que a salvação é pela graça, ou seja, não é obtida sendo "bonzinho", paradoxalmente acredita que ela pode ser perdida sendo mau? Pode algo ganho sem mérito ser perdido por demérito?

Por que a Igreja é muito mais rigorosa com pecados sexuais como o homossexualismo do que com a gula ou a ganância? Aliás, por que em tantas igrejas a ganância nem é vista como pecado, mas como virtude, disfarçada com o nome de "prosperidade"?

Por que tantos evangélicos chamam seus líderes de "apóstolos", mas criticam os católicos por seguirem um líder chamado "papa"?

Por que, mesmo o Cristianismo crendo que o homem foi nomeado por Deus como o responsável pela criação, e que tudo que Deus criou é bom, são os esotéricos os que mais lutam pela defesa do meio-ambiente?

Por que todos os ritmos de origem na raça negra até hoje são considerados por alguns como diabólicos?

Por que alguém como Lair Ribeiro faria mais sucesso como pregador hoje do que, digamos, Francisco de Assis?

Por que se canta tanto sobre coisas tão etéreas como "rios de unção" e "chuvas de avivamento", ao passo que Jesus usava sempre figuras do cotidiano para ensinar, como sementes, pássaros e lírios?

Por que se amarra, todos os anos, tudo quanto é "espírito ruim" das cidades, fazendo marcha e tudo, mas as cidades continuam do mesmo jeito? Aliás, se os "espíritos ruins" já foram "amarrados" uma vez, por que todo ano eles precisam ser "amarrados" de novo?

Por que se canta todos os dias "Hoje o meu milagre vai chegar"? Afinal, ele não chega nunca? Que dia está sendo chamado de "hoje"?

Por que Jó não cantou "restitui, eu quero de volta o que é meu", nem declarou ou amarrou nada, muito menos participou de "campanha de libertação" quando perdeu tudo?

Por que nós nunca vamos ao médico e pedimos, "doutor, dá pra queimar essa enfermidade pra mim por favor"? Por que então se ora pedindo isso pra Deus? Seria correto orar assim pra Deus curar alguém enfermo por causa de queimadura?

Por que não se faz um mega-evento evangélico, desses que reúnem um milhão de pessoas ou mais, pra fazer um mutirão para distribuir alimentos aos pobres ou ainda para recolher o lixo da cidade? Aliás, por que se emporcalha tanto as cidades com óleo e outras coisas nos tais "atos proféticos"? Não seria um melhor testemunho limpá-la ao invés de sujá-la?

Por que as rádios evangélicas tocam tanta coisa produzida por gravadoras ricas e nada produzido por artistas independentes?

Por que se faz apelo ao fim de uma "pregação" que não fez qualquer menção ao sangue, à cruz, ao arrependimento, ou sequer ao pecado?

Por que Deuteronômio 28:13 ("o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda") é tão citado, ao passo que I Coríntios 4:11-13 ("somos considerados como o lixo do mundo") ninguém gosta de citar?

Eu só queria saber...

Vamos Marchar

Nós, os "evangélicos", somos 15,4% da população brasileira, segundo os dados do IBGE. Somos aproximadamente 27 milhões de homens, mulheres, jovens e adolescentes, alegadamente professando o evangelho da cruz de Cristo. Uma multidão supostamente pronta a dar a outra face, a sofrer a injustiça e o dano, a carregar a sua cruz ao invés de litigar diante dos ímpios.

Diante de tal exército supostamente piedoso, devemos certamente supor que a nossa nação enxerga na Igreja de Nosso Senhor um oásis de descanso para as almas cansadas e sobrecarregadas, uma fonte de águas frias que refrescam e águas quentes que curam. Essa é a suposição que se deve fazer diante dos números, mas os fatos certamente nos provam que estamos redondamente enganados! Somos odiados! E não pela digilência em nossa luta contra o pecado ou pela nossa incansável denúncia das injustiças e mazelas que acometem nossos compatriotas. Sofrer tal ódio seria para nós nada menos que bem-aventurança. Antes, somos odiados pela hipocrisia que reina escancarada nos suntuosos templos, pelo ódio que destilamos contra aqueles de quem devemos sentir compaixão por estarem enganados no pecado, como outrora estávamos todos, pela aparente santidade que vive estampada na nossa cara, e que nao reflete os fatos...

Somos mornos! Antes fossemos frios ou quentes, e a nossa presença seria notada pelo alívio e doçura do evangelho, refletida em nossas vidas! Causamos náuseas em nosso Senhor que há de trazer sobre nós seu juízo purificador. Amados, não nos enganemos, Ele não permitirá de maneira nenhuma que as portas do inferno prevaleçam sobre a Sua Igreja, mesmo que isso custe a nossa vida, Ele purificará a Sua Igreja.

Maldito seja o legalismo dessa igreja hipócrita! Malditos sejam os ventos de doutrina que balançam os nossos irmãos! Malditos sejam os mercantilistas da fé, que brincam com as boas intenções de nossos irmãos e lucram com isso! Deus não nos deixará impunes se não nos levantarmos todos contra a imundície dessa igreja!

Com que tristeza ouço a cada dia os alardes evangélicos de crescimento, um crescimento infrutífero, um crescimento que contraria todos os grandes momentos de expansão cristã da história! Aonde estão os crentes dispostos à dar testemunho da fé com o próprio sangue? Onde estão os os homens e mulheres piedosas, prontos a levar a mensagem genuína do evangelho piedoso, a qualquer custo? Onde estão os mártires? Vamos menos longe: onde estão os homens piedosos? Na nossa luta contra o pecado não temos resistido até o sangue! É dura a palavra apostólica, dura, mas digna de atenção e obediência: ou nos arrependemos de nosso pecado maldito, de nossa conformação, de nossa apatia ou o Senhor certamente não nos poupará.

Milhões e milhões de "cristãos" reunidos em eventos "evangélicos" pelo país a fora, apenas me fazem cada vez mais convencido de que o evangelicalismo brasileiro é um movimento hipócrita! Antes de marcharmos para Cristo, vivamos para Ele, e assim deixaremos de ser piada...

Tiago Puglia

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Que saudade do "menino da porteira"!

A música relata as viagens do boiadeiro ao passar pela Estrada de Ouro Fino. Lá estava o menino que abria e fechava a porteira, e pedia ao boiadeiro que tocasse o berrante para lhe agradar os ouvidos.

Um dia esse menino foi morto por um "boi sem coração", assim relata o poeta sertanejo.

Doía no peito do boiadeiro a saudade do menino, que era zeloso no seu trabalho de vigiar e controlar a porteira.

Eu também sinto muita saudade dos "homens da porteira" do passado. Eles não precisavam saber grego ou hebraico para formular sua teologia. Usavam apenas a verdadeira fé e davam liberdade para a ação do Espírito Santo.

Na simplicidade desenvolviam a fé, e eram respeitados pela sua ousadia e conhecimento bíblico, mesmo não tendo um diploma de seminário.

Nunca descuidavam da porteira, pois não era qualquer doutrina que passava, nada que pudesse comprometer o verdadeiro Evangelho de Cristo. "Os bereanos eram mais nobres do que os tessaIonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo (At 17.11).

Conheci um desses homens bem de perto. Foi alcançado pela graça de Deus na década de 40. Leitura? Muito pouca, o suficiente para ler compassadamente as Escrituras.

Um dia, antes de sua conversão, apareceu alguém querendo "convertê-lo" a guardar o sábado. Depois de dispensar o homem do sábado, ele virou para sua esposa e disse: "Mulher, isso não bate com os ensinamentos de Jesus". Depois, veio outro ensinando um batismo sem mergulho. A reação dele foi a mesma, não aceitou.

Esse senhor representa inúmeros "homens da porteira", que plantaram a semente do Evangelho por esse Brasil afora, e não cansaram de fundar igrejas; e mesmo debaixo de perseguições, jamais descuidaram da porteira.

Cantavam seus hinos derramando lágrimas, compungidos pela presença notória do Espírito Santo. Patriarcas de famílias, que até hoje são exemplos a serem seguidos.

Não havia a menor chance de se abrir a porteira para separações, divórcios ou desobediência dos filhos. Seus lares não pertenciam a eles, eram do Senhor, e por isso intocáveis. A porteira estava bem fechada e não havia "boi bravo" que eles não enfrentassem na defesa da Sã Doutrina. "Mas Pedro e João responderam: "Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos" (At 4.19-20).

Que saudade desses homens da porteira!

Infelizmente, eles estão envelhecidos e doentes, e alguns já partiram, olham com tristeza a porteira escancarada, sem que haja quem se disponha a enfrentar o boi bravo do liberalismo, do intelectualismo seletivo, do modismo, do secularismo e de tantos "ismos" dos nossos dias. O menino da porteira morreu, pagou o preço no esforço de manter a porteira fechada.

Os homens da porteira do passado fizeram o mesmo.

E nós?

Fugimos dos bois bravos, que na realidade não passam de bezerrinhos, que amedrontam os covardes; inimigos que seriam facilmente derrotados, se fôssemos como os "homens da porteira" do passado.

Pr. Antonio Mendes - PIB de Atibaia (SP)

Apetites espirituais

Vivemos um tempo profundamente marcado por mudanças radicais, aceleradas e sem mais qualquer controle... E essas mudanças não são específicas de setores isolados; são globalizadas, indiferentes aos gêneros e espécies de grupos, classes ou instituições. Vivenciamos o chamado "rolo compressor" do progresso (?) e da modernidade (?). A espiritualidade humana foi também frontalmente afetada por essas mudanças. Vivemos hoje como clientes dentro de um grande supermercado religioso, onde as pessoas podem escolher livremente seus produtos e consumi-los sem restrições, sem receios, sem pudores, porque todos são de primeira linha, no mais pernicioso conceito do marketing espiritual.

O supermercado está todo sinalizado. Os cartazes, os folders, as placas, os outdoors, não nos deixam esquecer que precisamos consumir... O grande barato deste mercado é a fé. Todos estão consumindo porque tudo é muito bem embalado, muito bem elaborado, de maneira que ninguém fique de fora. Tudo está divinamente exposto para. que haja apetite incessante... e vale qualquer mistura, qualquer experiência pessoal.

Os apetites espirituais são vorazes entre crianças, adolescentes, jovens e adultos. O mais impressionante é que o livro de receitas é o mesmo para todos:

a Bíblia. Ela continua sendo o manual para todos. Não importam as interpretações que são feitas e tampouco os resultados obtidos: tudo é saudável para todos... É uma pena! Todos estão ficando obesos e deformados espiritualmente, mas ninguém parece notar, afinal de contas o que importa é a experiência de estar no contexto do tempo. Cada um propõe a sua própria filosofia de vida, ou ainda, a sua própria teologia de vida. Os ensinos dos primeiros discípulos já não são bastante, estão muito distantes no tempo. Os ensinos de Jesus precisaram passar por reformas para se adequarem ao novo mercado.

Agora, nós temos os consumidores que sobem o monte, pois as práticas da fé, no vale, não têm os mesmos efeitos; os consumidores da fé musical, porque a fé contemplativa está démodé; os consumidores nômades, que não precisam mais de identidade; os consumidores ecumênicos, que crêem que todos os caminhos levam a Deus; os consumidores da prosperidade, que não se conformam com a pobreza de Jesus; os consumidores light, que transitam por todas as mesas sem nenhum compromisso com as dietas ou com as bulas; os consumidores compulsivos, que provam todas as guloseimas espirituais sem preocupação com as mazelas e desvios de nutrição; os consumidores indiferentes, que degustam tanto a feijoada como o mais leve mingau espiritual... Enfim, todos estamos mergulhados neste mar de mudanças de postura religiosa, de caráter cristão, de conteúdo da nossa fé.

São muitos os apetites espirituais em virtude do enorme cardápio existente no mercado. No entanto, duas mensagens importantes de Jesus precisam ser lembradas agora: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus' (Mt 4.4), associada a: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus' (Mt 7.21). Que Deus tenha misericórdia de todos nós!

Pr. Raul Marques - PIB de Sousa (PB)

O testemunho de um muro

Uma das histórias mais emocionantes de todo o Antigo Testamento é sem dúvida aquela dos três jovens hebreus, Hananias, Misael e Azarias, na fornalha ardente. Ela está registrada em Daniel capítulo 3. O relato bíblico não menciona a data desse incidente, mas os achados arqueológicos nos ajudam a encontrar esse evento na história.

Uma das "Crônicas Babilônicas" registra que no 10º ano do reinado de Nabucodonosor houve uma rebelião contra seu império que logo foi sufocada. Provavelmente, esse foi o motivo da reunião relatada no capítulo 3 de Daniel.

Como teste de lealdade, o rei convocou todos os oficiais de todas as províncias de Babilônia (Daniel 3:2) para adorar uma imagem de ouro erigida por ele. Os jovens hebreus, que eram amigos de Daniel, não se prostraram perante a imagem por serem obedientes aos mandamentos de Deus (Êxodo 20:4-6; Levítico 19:4). Sem temer a morte, eles escolheram a infernal fornalha ardente em lugar de desobedecer a Deus.

É uma história inspiradora, mas com um grave problema. Segundo a Bíblia, este evento ocorreu na planície de Dura (Daniel 3:1), mas não havia nenhum local em Babilônia com esse nome! Daniel cometeu um erro? Como acreditar num livro que registra um incidente num lugar que nunca existiu?

É interessante notar que a palavra "Dura", em acadiano, a língua de Babilônia, significa muro, parede. Curiosamente, a versão grega do Antigo Testamento, a tradução dos setenta (LXX), traduziu Daniel 3:1 como "na planície do muro, na cidade de Babilônia". O que temos aqui é o empréstimo de uma palavra de um idioma (acadiano) para outro (aramaico). Como as palavras em inglês do nosso vocabulário: hardware, self-service, web, etc.

Porém, outra pergunta surge: Qual muro? Provavelmente Nimit-Enlil, a grande muralha externa construída por Nabucodonosor, muito famosa na antiguidade e descrita em detalhes por diversos historiadores.

Você consegue imaginar a cena? Uma multidão prostrada perante uma divindade e apenas três hebreus em pé com uma fé inabalável! Na mente de muitos, aquele local deve ter sido símbolo da integridade deles. E você? Tem feito a diferença nos locais por onde passa?

Luiz Gustavo S. Assis

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Você é um Bereano?

Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim (Atos 17:11).

Em atos 17:1-15, Lucas narra a segunda viagem missionária de Paulo, que estava com Silas. Eles foram a Tessalônica e, como costumavam fazer, se dirigiram à sinagoga da cidade para expor as Escrituras e mostrar que Jesus era o Messias prometido. Paulo e Silas tiveram de fugir devido à perseguição por parte de judeus invejosos. Então foram para Beréia, uma cidade que ficava a 80km de Tessalônica. Lá chegando, procederam da mesma forma. Dessa vez não foram perseguidos, ao contrário, encontraram ouvidos ávidos por aprender. Os judeus de Beréia não os julgaram mas os ouviram primeiro. Queriam compreender o que se passava para poder tomar uma posição, desejavam ouvir e aprender. Mas não podiam simplesmente receber uma informação nem recusá-la, precisavam avaliá-la. Imagine se não fossem missionários mas falsos mestres, eles aprenderiam falsas doutrinas - heresias? Eles não ignoraram as palavras dos missionários mas também não aceitaram passivamente os seus ensinos.

Deus nos deu uma regra de fé e prática, um manual, a Sua Palavra - Bíblia. E os de Beréia sabiam disso. Eles queriam aprender, não cegamente. Para aprender algo corretamente é preciso estudar, buscar fontes dignas de credibilidade. Além de aprofundar o conhecimento, isso impede que sejamos enganados. Aqueles homens passaram a examinar as Escrituras todos os dias para verificar as palavras dos missionários.

Temos o direito de argumentar, de questionar. Jesus adorava que lhe fizessem perguntas. E freqüentemente respondia com outra pergunta. Ele queria que as pessoas aprendessem a questionar as coisas para que descobrissem o que era verdade e o que era mentira e desse modo formassem opiniões próprias.

O apóstolo Paulo adverte que ainda que ELE MESMO ou até mesmo um anjo do céu pregar outro evangelho, que seja anátema, ou seja, expulso do vosso meio (Gálatas 1:8). Ou seja, Paulo não atribui nem a ele uma obediência cega, sem base no Evangelho de Cristo. Por isso, é responsabilidade do cristão obediente, ler e estudar as Escrituras com afinco, afinal, ele vai estar obedecendo ao Senhor Jesus, que ordenou em João 5:39: "Examinai as Escrituras". Bom lembrar dos crentes bereanos de Atos 17:11, em que tudo que Paulo e Silas pregavam, eles conferiam com as Escrituras, e assim aceitavam. E a Bíblia diz que eles foram mais nobres que os de Tessalônica, porque receberam a palavra.

Precisamos ser como os de Beréia, adotar a atitude que eles tiveram. Deus atenderá sempre que pedirmos a Ele que esclareça nossas dúvidas e que não permita que sejamos enganados. Jesus disse que se permanecermos na Palavra seremos verdadeiramente seus aprendizes, conheceremos a verdade e ela nos libertará (Jo 8:31-32). Sejamos todos aprendizes na jornada em busca do conhecimento que o Pai nos revelou!

"Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, é soberbo, e nada sabe". (1 Timóteo 6:3)

A obediência cega é fruto de manipulações, sem livre-arbítrio, característico na maioria das seitas diabólicas. O líder é visto como um semi-deus, e o que ele falar é "Deus falando", independente de estar ou não de acordo com as Escrituras Sagradas. Identificamos essas manipulações, quando os líderes não dão respostas satisfatórias, e dizem que é pecado o membro questionar a liderança, pois o seu dever é "somente obedecer e acabou!" Os versículos bíblicos são isolados, não são claros (podendo ter significado para outros assuntos). Ou seja, nunca há uma base bíblica concreta. Sempre haverá questionamentos e dúvidas por parte dos membros. Jesus, sendo o Filho de Deus, nunca se negou a responder a quem o questionasse: "E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem. E não ousavam perguntar-lhe mais coisa alguma". (Lucas 20:39,40).

Em todos os Evangelhos você pode perceber que Jesus citava os livros de Moisés, de Isaías, respondendo aos que o interrogavam, e ainda os deixavam sem resposta, e sem poder perguntar mais nada. Jesus nos deixou o exemplo, para sermos seus seguidores, seus imitadores, em ter conhecimento da Palavra. Quando o cristão não busca conhecimento da Palavra de Deus, e apenas obedece ao pastor, ele deixa de ser servo de Deus, e se torna servo dos homens.

"Fostes comprados por bom preço. Não vos façais escravos dos homens". (1 Coríntios 7:23)

Perguntar, querer um esclarecimento sobre determinado assunto, não é pecado, jamais o pode ser. Se a dúvida for sincera, se a pergunta é com o real interesse de se obter respostas claras, isso não pode ser visto como carnalidade ou desobediência. Do contrário Paulo e Silas reprovariam os bereanos de Atos 17:11. Ou também Jesus não responderia aos que o interrogavam em sua época.

"Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica". (Tiago 3:13-15)

O líder que é um homem de Deus não cria confusões com invejas, ciúmes de púlpito, e outras intrigas que não caracterizam a sabedoria que do alto vem. Por esse e por outros motivos, o cristão deve buscar o conhecimento da verdade da Palavra de Deus, pois o libertará dos medos, dos achismos, dos ísmos do meio evangélico, que só causam dúvidas, ao invés de fé e crescimento em Deus.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". (João 8:32)

Ele não diz: "E recebereis oração forte e a oração forte vos libertará..." Mas o que Ele ensinou a nós? "CONHECEREIS a verdade". O conhecimento da verdade liberta os cristãos das heresias criadas por homens sem temor a Deus.

São muitos os pregadores espalhados pelo Brasil afora, que adentram igrejas, casas, invadindo intimidades, "sentindo" de chegar na casa dos outros na hora do almoço (e só na hora do almoço, nunca depois), corrigindo os outros com doutrinas de homens (roupas), tirando todo o lazer, a liberdade, o qual Deus nos deu como fruto do suor do nosso rosto. Cheios de malícia e maldade, e sem conhecimento nenhum da palavra de Deus (a esmagadora maioria destes "pastores" jamais leram a Bíblia toda sequer uma vez na vida!), entregando revelações confusas, causando transtornos a famílias inteiras. E quando algum cristão começa a interrogá-los na Palavra, respondem que não gostam de "teologia" (e tentam se justificar usando um versículo fora do contexto: "a letra mata", demonstrando assim toda a sua ignorância bíblica e teológica!). É muita hipocrisia!

É preciso ter muito cuidado nos dias de hoje, pois muitos são os que se acham missionários, evangelistas, pregadores, doutrinadores, exortadores, sem nenhum ensino bíblico, sem amor, sem vida, sem paz.

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores". (Mateus 7:15)

Evangélicos vazios do Evangelho

Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1.16

Nunca se viu evangélicos tão vazios do Evangelho. Multidões abarrotam igrejas evangélicas e a cada dia novas igrejas são organizadas. No nosso país "os crentes" vão ocupando espaço até então monopolizado pela Igreja Católica. Através de programas de televisão, rádios, livros, conferências e acampamentos, os evangélicos têm propagado a sua mensagem e crescido numericamente. Mas, quando nos deparamos com alguns evangélicos notamos que ignoram o poder transformador do Evangelho. O que tem acontecido?

A grande maioria dos que professam serem cristãos desconhecem os pilares fundamentais da fé cristã. Dúvidas, incertezas, fé desprovida de conteúdo bíblico e heresias povoam a mente dos evangélicos. A gravidade do problema não se limita à igreja local, ou às fronteiras do aprisco evangélico, porém estende-se a todos os cristãos de nossos dias. Ocorre uma volatilização do Evangelho no povo evangélico. São vários os fatores para essa evaporação do Evangelho. Entre eles, estão a mentalidade do homem pós-moderno e a maneira como o Evangelho tem sido apresentado.

Chegou a hora de todos os que professam o cristianismo reverem os fundamentos da fé. Os evangélicos sempre criticaram os católicos porque estes pararam no Calvário. Depois, os pentecostais censuraram as denominações históricas por elas permanecerem no jardim da ressurreição sem nunca chegarem ao Pentecostes. Porém, se queremos que realmente Deus seja glorificado e os pecadores regenerados, precisamos urgentemente resgatar o espírito do kerigma cristão, ou seja, a proclamação do Evangelho. Cristo e Seu Evangelho eram os fundamentos da mensagem da Igreja Primitiva, como também do apóstolo Paulo: Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.1 Coríntios 15.1-4. Os únicos fundamentos que Deus ordenou como base para a fé dos pecadores sob condenação: Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. 1 Coríntios 3.11.

Primeiramente, analisemos o porquê dos cristãos estarem deixando de edificar as suas vidas e a Igreja, sobre fundamentos propostos por Deus. O homem pós-moderno tem acesso a uma gama enorme de informações tecnológicas, científicas e religiosas como em nenhuma outra geração na história da humanidade. As pessoas se tornaram viciadas em informações e notícias, o que lhes importa é o que acontece no mundo. Nesse frenesi por atualização, surge uma apatia e uma falta de interesse por qualquer valor antigo. Novidade é o que move o sistema deste mundo. Essa busca constante por informações cada vez mais freqüentes e diversificadas faz com que os cristãos pós-modernos não se aprofundem nas verdades bíblicas. Contentam-se com um saber superficial. Infelizmente muitos destes são os que engrossam as fileiras do exército dos cristãos nominais.

Tempos difíceis é o que enfrentamos quanto à evangelização. Muitos dos que se dizem interessados pela Palavra, no fundo estão mais interessados pelas palavras do pregador. Abarrotam a mente com conhecimento bíblico, porém o coração permanece vazio. A inundação de informações gerou um esvaziamento do saber. A razão foi substituída pela emoção. Nas igrejas, é comum vermos os crentes mais hipnotizados pelas luzes e pelo barulho dos grupos de louvor do que pela Palavra proclamada no púlpito.As músicas evangélicas se tornam ricas de embalo e pobres de conteúdo.

A outra razão de haver tantos crentes nominais é a maneira como o Evangelho tem sido apresentado. As pessoas precisam compreender que nada podem fazer quanto à salvação, pois esta é uma obra exclusivamente de Deus. Os pecadores são incapazes de contribuir para a sua própria salvação. Sendo pecadores, estão debaixo do jugo do pecado e sob o julgamento de Deus. O Evangelho é, antes de tudo, sobre Cristo. São os fatos, conforme afirma o apóstolo João, registrados para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. João 20.31. É a mensagem da obra histórica e concluída de Deus por meio de Cristo. Trata também da nossa participação na sua morte, sepultamento e ressurreição, como ele mesmo afirmou: E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. João 12.32. O Evangelho é mensagem de Boas Novas. Originalmente é o anúncio da vitória. A Boa Nova de que Deus abriu em Cristo um caminho de Salvação para todos.

O Evangelho é uma obra totalmente Divina. Uma das grandes dificuldades entre os cristãos é discernir a obra de Deus por nós em Cristo, e a obra de Deus em nós pelo Espírito Santo. O Evangelho consiste dos fatos que tratam sobre Jesus Cristo, e o que Deus fez para nos resgatar do pecado. O Evangelho é totalmente e inteiramente objetivo, não depende de forma alguma do homem. Trata-se da ação de Deus e não dos homens. Os problemas começam a ser gerados quando nós fazemos as pessoas olharem para o que precisa ser realizado dentro delas. A obra redentora de Cristo é algo que aconteceu fora de nós. Foi uma obra que Cristo Jesus consumou uma vez para sempre. Jesus, porém, tendo oferecido para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se a destra de Deus, é o que encontramos em Hebreus 10.12. O pecador precisa ser ensinado que suas obras ou sua disposição em obedecer aos mandamentos em nada contribuem para a sua aceitação diante de Deus. O pecador precisa ser levado a tirar os olhos de si e confiar somente em Cristo e em sua obra de salvação.

O problema reside na utilização de uma terminologia não bíblica. O foco no que o pecador precisa fazer, no lugar do que Deus já fez em Cristo, gera dúvidas e distorção do Evangelho. Você já ouviu frases como: Aceite Jesus em seu coração. Abra as portas do seu coração ao Senhor. Faça uma decisão hoje mesmo por Cristo. Entregue a sua vida a Jesus. Peça a Deus para salva-lo. Estas frases são comuns nos púlpitos e nos lábios de muitos evangélicos, porém apenas confundem o entendimento das pessoas quanto ao Evangelho. O que importa não é o que acontece deste lado da corda, e sim do lado de Deus. Eu os atrai com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e me inclinei para dar-lhes de comer. Oséias 11.4. Será que cremos que Jesus satisfez a Deus? Será que estamos confiando no nosso próprio fazer, ou na obra concluída de Cristo por nós?

Precisamos aprender como pregar o Evangelho. O pecador precisa ser conduzido ao ponto onde reconheça que não é capaz de fazer nada para se salvar. Porém, ao anunciarmos o Evangelho da Graça de Deus precisamos tomar certos cuidados. Tendo-lhe afirmado que não há nada que possa fazer, se voltarmos para a pessoa afirmando: Agora você precisa entregar a sua vida a Jesus, qual será o resultado disso? Confusão em torno do Evangelho! Se a atenção das pessoas estiver voltada para dentro, no que elas mesmas devem fazer, até as salvas terão dúvidas quanto à salvação. Uma interrogação surgirá constantemente em seus corações: Será que fui sincero suficientemente? Será que fiz tudo corretamente? Será que realmente aceitei a Cristo? Será que verdadeiramente entreguei meu coração ao Senhor? Pois o interesse e a preocupação das pessoas ficaram voltados para dentro de si mesmas e sua própria experiência. Deixaram de fixar os olhos e a fé na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo e nossa participação com ele. Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. Romanos 6.4a e 6 e Colossenses 2.12. É nisto que nossa confiança deve repousar.

A nós cabe o desafio de proclamarmos o Evangelho de poder. Não um Evangelho descorado do colorido da graça eterna de Deus, mas o que transforma pecadores em santos. Sobre nós pesa a mesma responsabilidade do apóstolo Paulo. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. 1 Coríntios 9:16,17. Se formos pessoas regeneradas pelo poder de Deus e andarmos segundo os Seus princípios, certamente veremos o abundar e o transbordar do Evangelho em nossos corações para a vida de outras pessoas.

Julio Cesar Lucarevski

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Viver segundo a Bíblia, é possível?

A chamada de capa diz assim: "Missão impossível? Dá para viver segundo a Bíblia hoje?" A revista Galileu inspirou-se na experiência do americano A. J. Jacobs, jornalista que viveu, por um ano, segundo os preceitos bíblicos, do Velho Testamento, diga-se. Claro, rendeu um livro que se tornou best-seller nos EUA e logo será lançado no Brasil.

A idéia não é incomum. Livros e documentários nasceram assim nos últimos tempos. Outro americano há pouco tempo atrás viveu três meses à base de comida fast food - McDonalds - o que lhe rendeu o documentário "Super size me" (algo como meu super tamanho) que obrigou a empresa a disponibilizar pratos menos calóricos além de grande debate que gerou em todo mundo.

A Galileu, antes dela a Superinteressante, revistas que vendem informação científica com certo estardalhaço, fazem pelo menos metade das edições com algum assunto religioso ao logo do ano. Em cada um deles puxam para a provocação, o exagero, algo que desperte o interesse dos leitores, afinal é preciso vender. Para se ter uma idéia, há dois números a Galileu trazia na capa o título: "A guerra contra Deus". Tratava sobre a recente onda de livros de ateus que, segundo dizem, provam que Deus foi passado para trás por causa do avanço científico. Já abordamos este assunto aqui.

Bem, a experiência da Galileu consistiu em escalar um de seus jornalistas para passar dois meses vivendo segundo a Bíblia. O resultado, eu diria, é um pastelão. O autor da façanha, Cláudio Julio Tognolli, é ateu de carteirinha, não que isso signifique alguma coisa.

Misturaram alhos com bugalhos, ou para ser simpático, fizeram perguntas infantis, coisa de alguém que nunca leu a Bíblia e, no entanto, adora passar a idéia de que bastam umas duas folheadas e pronto, vira especialista bíblico mostrando todas as suas "contradições". Aliás, esta palavrinha é falada o tempo todo na reportagem.

Se você tem bom humor (é preciso ter) e não acha que a experiência do Cláudio é uma afronta a Deus, recomendo a leitura, chega a ser engraçado pela literalidade com que ele interpreta o texto. Talvez deva ser um alerta para todos os cristãos.

Uma palavra do "ateu" Claudio, entretanto, cabe destacar e a uso como ponto de partida de nosso texto: "Vê-se que seguir a Bíblia não é apenas mudar a casca que nos cobre: é colocar-se em xeque. Mergulhar para dentro de você mesmo, tendo como foice um ponto de interrogação, é quase que uma operação sem anestesia." Sem se dar conta, ele mesmo achou uma bela resposta. O que é seguir as orientações morais, éticas e espirituais da Bíblia para nós hoje? Ou para usar um termo do autor da reportagem: "Afinal, dá para levar tantas determinações de Deus ao pé da letra no insano século 21?"

São duas respostas. Sim e não. Se a abordagem é a mesma da reportagem, é a de muitos cristãos - infelizmente - que privilegiam o legalismo; a barganha com Deus; que pensam agradá-Lo seguindo regras; o guardar dias e fazer rituais; comer isso, mas não aquilo; vestir tal roupa; manter cabelos e barbas. A resposta é um redondo Não. É uma carga excessivamente pesada, como exclama Brennan Manning: "Que fardo insuportável! A luta para se tornar apresentável diante de um Deus distante e perfeccionista é exaustiva." *

Mas tão somente se tomamos Jesus como modelo, se nos submetemos à Graça de Deus que nos amou primeiro; que nos dá um presente imerecido; que nos justifica; que aceita o homem mediante o sacrifício de Cristo; que não se impressiona conosco, pois é mais íntimo de nós do que nós mesmos, como disse Agostinho; então podemos dizer que Sim.

Lembremo-nos das palavras de Jesus: "Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso. Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve." (Mt 11.28-30 - EP)

Na casa dos amigos Lázaro, Maria e Marta, Jesus chama a atenção desta última atarefada que estava, sobrecarregada, preocupada com os afazeres domésticos: "...andas inquieta e te preocupas com muitas coisas...pouco é necessário... (Lc 10.41,42). Amor define todo o modo de seguir a Bíblia. Amar a Deus, a si mesmo e ao próximo. Toda a lei acaba aqui. Amor se recebe e amar se aprende pelo modelo do Emanuel.

Erram aqueles que acham que seguir a Bíblia é guardar leis. Amaldiçoar-se com uma carga enorme de coisas a serem feitas não nos tornam agradáveis perante Deus. Diante dele, acertou Cláudio, basta a exposição nua, não é suficiente cobrir-se com uma carapaça de regras, os fariseus sabiam fazê-lo e deles já se sabe qual é a opinião de Jesus. Um deles bateu no peito e disse: "Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas." (Lc 18.11 - NTLH).

Jesus escandalizou aos religiosos porque estava sempre muito para além da letra da lei. Nenhum texto será capaz de expressar a vontade de Deus, o ser parecido com Jesus, sim. Impossível? Se pensarmos em algo instantâneo, um boneco que sai de uma linha de montagem, sim. Mas se imaginamos um processo, um crescer, um desenvolver a salvação (Fp 2.12) mediante o relacionamento vivo com Jesus, então seguir a Bíblia é mais que possível, pois não importa a tormenta do "insano século XXI" como disse a reportagem, não importa, afinal, o que está lá fora, por mais terrível que seja. Importa se a pessoa é habitação de Deus. Tem que ser perfeito para isso? Os religiosos legalistas, os incrédulos, os cínicos, dizem que sim. Mas esta perfeição tomamos de empréstimo de Jesus. Perfeição pega.

Relembro o Cláudio novamente. Seguir a Bíblia é colocar-se em xeque. Não submetendo-se a mil regras, já dissemos. É permitir, disse João Batista, que Ele cresça e o eu diminua. A prioridade é dEle, a primazia em tudo. Alguém só se torna verdadeiro quando seus impostores são desmascarados e ele se desnuda em sua verdadeira face. Não é o que sociedade quer, os comportamentos, a moda, o protocolo, os rapapés sociais, é o que o Senhor quer que eu seja. E, digo, nascer de novo não é uma cirurgia sem anestesia.

Eudes Oliveira de Alencar

* Texto do livro "O impostor que vive em mim" (pág 95)

Cristãos que atrapalham o Cristianismo

Dizem que Gandhi declarou acreditar no Cristo, no Cristianismo, mas não nos cristãos.

De certa forma, acho que ele tinha alguma razão.

O número de cristãos que atrapalham o Cristianismo, com suas atitudes, seu fanatismo, seu descontrole, sua deturpação dos verdadeiros valores, é cada vez mais alarmante.

Cristianismo, embora em "ascensão" atual em nosso país, está sendo misturado com misticismo, "prosperismo", e tantos outros "ismos" que lhe deturpam o sabor, o valor.

Usa-se o Cristianismo hoje para arrebanhar pessoas, de preferência que portem consigo seus talões de cheques, cartões bancários, de crédito, e todos os seus demais valores monetários e patrimoniais.

Os, aliás, muitos dos, quem sabe, alguns dos, Cristãos hodiernos, terão sob seus ombros a responsabilidade de tornarem o Cristianismo uma mera religião obsoleta, ultrapassada, e o futuro há de cobrar isto.

Cristãos do século XXI, do 3º milênio, redescubram o valor do Cristianismo simples, mas profundo, desprovido de vantagens materiais, mas rico, ensinado por ter sido vivido por Jesus Cristo, autor e consumador desta fé, filho de Deus que, não tendo por usurpação ser igual a Deus esvaziou-se de si mesmo, desceu a este mundo, enfrentou a morte, e morte de cruz - a nossa morte.

sergiosjesus.blogspot.com

Livro de Chantagem, capítulo 1.1-13

1 - Se Deus me curar das enfermidades físicas e emocionais.

2 - Se Deus me arrumar um emprego digno.

3 - Se Deus libertar o meu filho das drogas.

4 - Se Deus libertar meu marido (ou esposa) do álcool.

5 - Se Deus fizer que com ele (ou ela) se enamore de mim.

6 - Se Deus trouxer de volta o meu namorado (esposa ou marido).

7 - Se Deus me der um automóvel zero, 2.0 pra cima.

8 - Se Deus me ajudar a pagar minhas dívidas.

9 - Se Deus me der uma mão e eu passar o no vestibular.

10 - Se Deus me tirar estas tendências sexuais.

11 - Se Deus me der vitórias sobre meus inimigos e humilha-los.

12 - Se Deus me ajudar a ser eleito vereador neste ano.

13 - Se Deus resolver os problemas de minha empresa.

"Eu ouvirei daqui da terra, a Ele me entregarei, santificarei minha vida, entregarei meus dízimos e ofertas, controlarei minha língua e louvarei o Seu nome."

Mas o condicional "se" é de Deus para o homem. De cima para baixo!

"SE O MEU POVO, QUE SE CHAMA PELO MEU NOME, SE HUMILHAR, E ORAR, E SE CONVERTER DOS SEUS MAUS CAMINHOS, ENTÃO, EU OUVIREI DOS CÉUS, PERDOAREI OS SEUS PECADOS E SARAREI A SUA TERRA. II Cr. 7:14.

Estamos vivendo uma época de ufanismo sem par. Em muitos sentidos é um negócio trabalhar com Deus e para Deus! Alguns tratam o Senhor como se Ele fosse o servo, invertendo as posições, ou seja, o servo impondo condições ao Senhor. Por outro lado, pregadores sem escrúpulos prometem resultado$ imediato$ para "quem$" investir no $eu negócio,... desculpa, o que chamam de igreja! O fracasso de alguns (ou o silencio de Deus) não está numa troca imposta a Deus, e não aceita por Ele, mas no pecado do homem que impede a Deus de abençoá-lo: "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" - Isaias 59:2. João diz que "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar". Tiago é bem mais duro com pecadores contumazes e com estes que querem oferecer um acordo a Deus: "Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração." A faxina espiritual é de baixo para cima e não de cima para baixo. Paulo exorta aos crentes em Colossenses 2:6 a uma situação que parece óbvia: "Ora, como recebestes Cristo Jesus, andai nele". E estejamos certos que se como essênicos espirituais, se passarmos por uma purificação, tudo aquilo citado no início desta como "chantagem" será algo natural ou conseqüência, quando buscando o reino de Deus e a sua justiça,as coisas nos serão acrescentadas. Mateus 6:33.

A verdade da vida

1 - "Deus não escolhe pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos."

2 - "Um com Deus é maioria."

3 - "Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus."

4- "Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus."

5- "O mais importante não é encontrar a pessoa certa, e sim ser a pessoa certa."

6 - "Moisés gastou: 40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM."

7 - "A fé ri das impossibilidades."

8 - "Não confunda a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS".

9 - "Não diga apenas a DEUS que você tem um grande problema. Mas diga também ao problema que você tem um grande DEUS."

Religião Denorex

Há alguns anos, uma propaganda na TV fez muito sucesso. Era um xampu, e o personagem dizia: "Denorex - parece remédio, mas não é".

Há, na Bíblia, a Palavra de Deus, uma seção chamada justamente Livros da Sabedoria à qual pertence o livro de Provérbios. É nesse livro que lemos o mesmo verso duas vezes: "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte" (Pv 14.12; 16.25). Creio que você concordará que a Bíblia tem razão. Talvez você já tenha visto muitas pessoas que foram iludidas por suas próprias opiniões. É o caso dos pensadores que tentam dar um jeito no mundo de forma simplista, e muitas vezes, deixando Deus de fora da equação. É o caso de moços, entregues aos desejos de aventuras, ignorando o preço elevadíssimo que as aventuras cobram. E há ainda aqueles que a si mesmos se enganam, fingindo que está tudo bem, quando tudo bem não está.

No campo espiritual também é assim: "Há caminho que ao homem parece direito...". Note bem: "...parece". Parece, mas não é. É preciso ter todo o cuidado do mundo com a aparência das coisas. "Nem tudo o que reluz é ouro", e "as aparências enganam", diz, com razão, o nosso povo. Nem tudo o que é cerimonioso é religioso. Nem tudo o que é religioso é, de fato, religião. Nem toda religião é produtora de vida.

Se fosse apenas uma questão de aparência sem conseqüências sérias, não haveria muito por que se preocupar. O problema é o restante do versículo: "...o fim dele são os caminhos da morte". Parece direito, mas machuca a alma, mas destrói o coração, mas mata e deságua no inferno. É assunto sério ou não é?

Convido o irmão a fazer um auto-exame neste instante. Examine o seu coração. Faça um balanço de suas posições assumidas diante de Deus e dos homens. Lembre-se de que o Senhor Jesus, "o mestre por excelência", poderá lhe tirar qualquer dúvida entre o que pareça e o que seja realmente direito.

Pastor João Soares da Fonseca

As Coisas Pequenas

Somos incapazes de realizar o mais humilde ato da vida cristã, se não recebemos de Deus o vigor do Espírito Santo.

Com certeza, meus irmãos, são nestas coisas pequenas que geralmente percebemos, acima de tudo, a nossa fraqueza.

Pedro foi capaz de andar sobre a água, mas não pôde suportar a acusação de uma criada.

Jó suportou a perda de todas as coisas, porém as palavras censuradoras de seus falsos amigos (embora fossem apenas palavras) fizeram-no falar mais amargamente do que todas as outras aflições juntas.

Jonas disse que tinha razão em ficar irado, até à morte, a respeito de uma planta.

Você não tem ouvido, com certa freqüência, que homens poderosos, sobreviventes de muitas batalhas, foram mortos por um acidente trivial?

John Newton disse: "A graça de Deus é tão necessária para criar no crente a atitude correta diante da quebra de uma louça valiosa como diante da morte de um parente querido".

Estes pequenos vazamentos precisam dos mais cuidadosos tampões. Nas coisas pequenas, bem como nas coisas grandes, o justo tem de viver pela fé!

Crente, você não é suficiente para nada! Sem a graça de Deus, não pode fazer coisa alguma.

Nossa força é fraqueza - fraqueza até para as coisas pequenas; fraqueza para as situações fáceis, bem como para as complexas; fraqueza nas gotas de tristeza, como também nos oceanos de aflição.

Aprenda bem o que nosso Senhor disse aos seus discípulos: "Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5).

C. H. Spurgeon

Fonte: Fé para Hoje

Cérebro de pulga

Vamos primeiro identifica-la: inseto, podendo pular 30 cm de altura, vive de sangue de mamíferos e aves, podendo transmitir doenças várias e perigosas. Vive por volta de quatro meses, em qualquer parte do mundo, tendo de 0,2 a 0,4 cm e adora gatos e cães. Uma delas estava alojada atrás da orelha do elefante quando este paquiderme resolveu atravessar uma ponte pênsil. Quando o elefante chegou do outro lado, a pulga disse: "viu como nós balançamos a ponte?"

Tem cérebro de pulga aquela ou aquela que pensa que a igreja depende só dele. Aquele ou aquela que se acha o melhor orador da região. Aquele ou aquela que se julga conhecedor de tudo e não se vê pedante. Aquele ou aquela que não faz nada no reino de Deus, só participa das vitórias, se sente responsável por elas, mas se isenta terminantemente das derrotas. Tem cérebro de pulga aquela ou aquela que se julga superior aos outros, dentro e fora de sua denominação. Aquele ou aquela que se comporta como se Deus só falasse com ele (a), proclama isto e posa de humilde! Gente assim acaba se tornando tanto ou mais importante do que Deus; o que não seria novidade. Moisés, considerado ainda hoje o maior dos israelitas (por estes), orou: "Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?" (Êxodo 15:11). A preocupação de alguns de aparecerem mais do que a cruz, faz-me lembrar daquela história de um sapo. Ele estava num brejo que estava secando, e ele, sapo tinha que tomar providencias senão secaria também. Então soube que do outro lado da montanha havia um rio e alguns brejos, o que era tudo que ele queria e precisava. Mas como chegar até lá? Teve uma idéia. Pegou um graveto forte, chamou dois pássaros amigos e combinou o vôo até o outro lado da montanha. O sapo mordeu o graveto e os pássaros, um de cada lado, pegaram o graveto com o passageiro mordendo firme. Voavam magnificamente quando alguém achando aquilo uma boa idéia, gritou: "quem teve esta idéia?" E o sapo respondeu abrindo a bocarra: "Foi euuuuuuuuuuuuu................" O "eu" mata, derruba, azeda, destrói idéias, desmonta futuros, abala famílias, igrejas e não deixa Deus falar.

Jesus disse (Mateus 16:24) "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue".

Negar a si mesmo não é se anular, mas ser humilde o suficiente para saber que dependemos uns dos outros, dependemos totalmente de Deus e que o sucesso é de todos nós. Aquele que pensa que a vida dos outros é insuportável sem ele, como disse Nietsche, nasceu póstumo.

Jose Francisco Veloso

Música Gospel

Gospel é a Palavra de Deus cantada. Daí, a mistura: God (Deus) e spell (palavra). Imigrantes cristãos ingleses, ao descobrirem o "novo mundo" na América, já entoavam em suas reuniões o que os americanos hoje chamam de música Gospel. Os ritmos variam, desde dançantes e expressivos, até em forma de baladas inspirativas. O Gospel se destacou mundialmente para o público não-evangélico através de cantores como Elvis Presley, Diana Ross, Marvin Gaye, dentre outros, principalmente cantores negros. O Gospel, mais que um estilo, por incrível que pareça, é o gênero musical que deu origem ao Blues, ao Soul e ao Rock'and'Roll - Rock'a'Billy.

Adoração

Do começo ao fim, a Bíblia se apresenta apelando aos homens a adorar o Deus único, Criador dos céus e da terra. O cerne da adoração se resume no conhecimento e na comunhão com Deus, porém, o rompimento com o Criador no Jardim do Éden pelo pecado de rebeldia tornou a realidade de ouvir e falar com Deus mais distante. A natureza caída dos seres humanos torna a adoração algo irreal, vago e, para muitos, irrelevante.

A descrição bíblica do homem como inimigo de Deus, precisando de reconciliação e perdão, destaca o desastre da Queda. A promessa de Satanás de que Adão e Eva seriam como Deus se cumpriu no desejo mais profundo do coração humano: buscar a própria glória, almejar ser honrado, exaltado e até adorado. A raiz mais profunda e dominante do pecado, portanto, se concentra no orgulho e na soberba. Vemos isso na descrição que Paulo apresenta da sua incapacidade de cumprir a lei de Deus. "Sabemos que a Lei é espiritual: eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim" (Rm 7.14-17).

Passos Bíblicos Essenciais à Adoração

Primeiro, precisamos nos aproximar de Deus, o que é impossível com o pecado reinando no coração. Jesus garantiu que Nicodemos não teria chance de ver o Reino, muito menos o Rei, se não nascesse da água e do Espírito. A água representa o arrependimento e o Espírito o nosso Paracleitos ("Advogado") para nos apresentar diante de Deus.

A mulher samaritana também foi informada de que adoração não requer tempo nem local especial. O que Deus procura é a verdadeira adoração em Espírito e em verdade. A verdade inclui uma visão correta sobre Deus - infinitamente santo e impossibilitado de aceitar ou ser cúmplice do pecado. Inclui, igualmente, uma visão correta de nós mesmos e de como podemos nos "limpar" para poder entrar na gloriosa presença de Deus.

Jesus falou para Pedro, no Cenáculo, na mesma noite em que foi traído: "Se eu não o lavar, você não terá parte comigo" (Jo 13.8). O simbolismo da lavagem dos pés não nos permite pensar de outra forma senão na necessidade de perdão para adorarmos em verdade. João escreve para seus filhinhos na fé acerca da importância do reconhecimento e confissão do pecado. Admitindo nossa maldade e crendo no sacrifício purificador da morte de Jesus por nós, podemos contar com a fidelidade do Senhor para perdoar os nossos pecados e nos purificar de todo pecado (1 Jo 1.9).

Exatamente como na adoração no Tabernáculo e no Templo, onde o adorador não tinha acesso à "habitação de Deus" sem primeiro passar pelo altar do sacrifício - ali um animal inocente tomava sobre si o pecado do homem culpado -, nós também, somente após a devida purificação, somos, como adoradores, autorizados a entrar no Santo Lugar. Davi perguntou sobre quem poderia subir o monte do Senhor. Sua resposta foi: "Aquele que tem mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos..." (Sl 24.3,4).

Segundo, é necessário exercer a fé, sem a qual é impossível agradar a Deus. Precisamos invocá-lO e crer que Ele nos ouve, que Ele fala conosco através da Sua palavra. Adorar é também orar e pedir sua intervenção gloriosa em nossas vidas, famílias, nações e no mundo todo. Não devemos esquecer de clamar pelos perdidos e por missões.

Terceiro, precisamos declarar suas grandezas e as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Elas devem ser anunciadas, principalmente o seu amor e a sua salvação entre as nações. A Bíblia manda que façamos todos saberem que o seu nome é exaltado.

Quarto, devemos cantar seus louvores, reconhecendo com júbilo e alegria que Ele é nosso Deus.

Quinto, a obediência faz parte da adoração bíblica. "A obediência é melhor do que o sacrifício", Samuel lembra a Saul. Sendo Ele Senhor nosso, ao comer, beber ou fazer qualquer outra coisa, temos a responsabilidade de fazer tudo para sua glória. Repartir com os necessitados faz, igualmente, parte integral da adoração.

Muitas práticas externas nos cultos não fazem parte essencial da adoração bíblica. Agradam mais ao auditório ou aos dirigentes do que a Deus. Pastores e líderes das comunidades têm a importante responsabilidade de fazer tudo o que puderem para incluir o que essencial à adoração e excluir o que distrai desse propósito.

Russel Shedd

É proibido pensar

Esta música é uma crítica do músico João Alexandre à maneira como o Evangelho é tratado nos nossos dias. João Alexandre é um excelente compositor e algumas de suas músicas são verdadeiros hinos de adoração a Deus. Nota-se que João Alexandre não se vendeu aos movimentos atuais que servem, não a Jesus Cristo, mas a Mamon, o deus-dinheiro. Esta música deveria ser, obrigatoriamente, tocada e cantada em todas as igrejas e programas "gospel"!

É proibido pensar

Procuro alguém pra resolver meu problema
Pois não consigo me encaixar neste esquema
São sempre variações do mesmo tema
Meras repetições

A extravagâncias vem de todos os lados,
E faz chover profetas apaixonados
Morrendo em pé rompendo a fé dos cansados,
Com suas canções

Está de bem com vida é muito mais que renascer
Deus já me deu Sua Palavra
E é por Ela que ainda guio o meu viver

Reconstruindo o que Jesus derrubou
Re-costurando o véu que a cruz já rasgou
Ressuscitando a lei pisando na graça
Negociando com Deus

No show da fé milagre é tão natural
Que até pregar com a mesma voz é normal
Nesse evangeliquês universal
Se apossando dos céus

Estão distantes do trono,caçadores de Deus
Ao som de um shofar
E mais um ídolo importado dita as regras
Pra nos escravizar.
É proibido pensar


Clique aqui para ouvir a música.

"Deus já me deu sua Palavra e é por ela que ainda guio meu viver." Perfeito!

www.obereano.blogspot.com

 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Crer ou Sentir?

Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Hebreus 10:38

A vida cristã é uma experiência inspirada e causada pela fé ou movida pelo sentimento? Vivemos num momento histórico em que a fé tem sido substituída pelo sentimento. Eu estava no carro, ouvindo numa estação de rádio evangélica, uma canção muito agradável em sua linha melódica, mas com uma letra terrível, do ponto de vista bíblico. Era algo mais ou menos assim: "eu sinto a tua presença... eu sinto a tua graça"... E por ai viajava nos sentimentos. Fico pensando: como posso sentir a presença de Deus?

O mundo moderno foi invadido pelo sentimento. As artes, a poesia, a religião e todo o pensamento contemporâneo vem sendo dominado pelo nível da emoção. A verdade que vale, não vale ser a verdade, pois o sentimento é quem dita o seu conteúdo. No fundo da criação humana encontra-se, como fundamento de maior valor, um simples sentimento hedonista. O prazer imediato é o lance que avalia e estipula o significado das decisões mais importantes.

A foto que aprisiona o fato de uma gravidez não planejada tem mais valor que um feto abortado com o fito de satisfazer um sentimento da futilidade egoísta. A menina tirou o retrato de sua barriga prenha, e depois, num gesto vulgar de desprezo pela vida, tirou a criança de suas entranhas, porque fazia estrias no tecido liso do ventre esguio. Aquilo que eu sinto hoje é mais forte e merece mais crédito do que a realidade ética.

Vivemos a ditadura dos sentimentos. Se me sinto bem comigo mesmo, posso fazer qualquer coisa, ainda que aquilo que faço, não deveria fazer. A moral do nosso tempo é uma questão da emoção egocêntrica. Alguém me sussurrou com galhofaria diante de sua gula: "vale a pena transgredir por um sentimento delicioso. O que nos resta nesse mundo de sofrimentos são esses momentos de prazer. O que encanta, distrai".

Deus também virou matéria de sentimento. A grande maioria vive buscando emoções que validem e evidenciem a presença divina. Queremos sentir a sua presença! Queremos tocar no manto de Jesus. Essa é a tônica da mentalidade pós-moderna que vive embriagada com a aparência da realidade e com o desfrute de tudo aquilo que é meramente sensório. Mas a Bíblia afirma: Visto que andamos por fé e não pelo que vemos. 2Coríntios 5:7. Isto é: andamos pela fé e não pelos sentimentos.

A presença de Deus não é assunto de sentimento. Deus não é perceptível pelos nossos sentidos nem pode ser captado pela nossa emoção. Mesmo que o céu esteja coberto por espessas nuvens negras, o sol continua brilhando em seu percurso. Mesmo que não haja qualquer evidência da presença de Deus, ele continua presente em todo lugar. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Salmos 139:7-10.

Creio na presença de Deus em todo lugar nesse universo, porque a sua palavra afirma que ele está presente em qualquer lugar. Isto é fé, pois a fé se baseia apenas na suficiência da palavra de Deus. Ainda que eu não sinta a menor comprovação e não haja qualquer sinal de sua presença no universo, eu creio que Deus está bem presente porque sua palavra afirma. E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Romanos 10:17.

Ninguém que tem fé precisa de um sentimento para comprovar a sua convicção, já que a fé na palavra de Deus tem a sua própria persuasão fundamentada na mesma palavra. Alguém disse que: "a mente sabe que sabe, enquanto o olho não vê que vê". Embora, o olho que vê, não vê que vê; a mente que sabe, sabe que o seu saber procede da própria mente que sabe. Quem tem fé não carece de prova, pois nenhuma prova pode provar o que a própria fé prova firmada na palavra de Deus.

Quem crê não precisa de demonstração para crer, e quem não crê não há comprovação no mundo que o leve a crer. A essência da fé nega qualquer constatação fenomenológica, pois "a fé é a crença apesar das evidências". Se alguém necessita de uma prova sensória para firmar a sua fé, então essa pessoa encontra-se no campo da ciência e fora do terreno da fé. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Hebreus 11:3.

A fé está relacionada apenas com a palavra de Deus. Se não houver sinal da palavra de Deus não há o menor indicio de fé. Ninguém que crê baseado na palavra de Deus precisa de qualquer sentimento para corroborar com a sua fé, pois a verdadeira confiança só carece da verdade de Deus para se sustentar. Jesus desconfiou da crença alicerçada em milagres. Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. João 2:23-24.

Alguém pode estar indagando: então, você é contra o sentimento? Não. Absolutamente não. Mas o sentimento nunca será o fundamento da fé. Ninguém precisa de emoção para crer, mas se houver alguma emoção em sua crença, tudo bem. O sentimento não pode ser a locomotiva do trem, mas pode ser um vagão. A fé depende somente da palavra de Deus para se manifestar e o sentimento pode ou não acompanhar a fé. Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. Romanos 1:17.

A teologia dos sentimentos que se tornou mais desenvolvida a partir do século XIX, com Friedrich Schleiermacher, tem sua ênfase naquilo que podemos sentir no âmbito da alma. A sua tese mostra que a experiência verdadeira está vinculada com a sensação íntima e nunca com a verdade em si mesma. Para os promotores desse tema é preciso sentir a verdade, a fim de torná-la legítima. Mas Jesus não apóia essa premissa, pois seu destaque recai no puro conhecimento da verdade. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32.

Jesus disse: e conhecereis a verdade; ele não disse: e sentireis a verdade. A vida de fé é um produto da verdade divina, revelada em sua palavra, sem necessidade alguma de um sentimento comprobatório que autentique a veracidade da experiência. Ninguém precisa de uma emoção para apoiar a fé depositada na palavra de Deus, e mesmo que alguém tenha alguma muito importante, não há obrigação de vinculá-la ao conteúdo da fé.

Esse destaque nos sentimentos tem sido responsável por uma grande distorção na proclamação autêntica do cristianismo. Muita gente vive querendo sentir os efeitos da verdade ou as comoções estáticas de alguma experiência para poder afirmar a sua fé. Alguns acreditam que o choro e a alegria servem para confirmar a legitimidade do acontecimento. Mas a Bíblia continua sustentando que o justo viverá somente pela fé: Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. Habacuque 2:4.

A fé é a recusa de ingressar no pânico, em virtude da suficiência concebida pela revelação divina. Só a fé na palavra de Deus pode comprovar a onipotente veracidade do Deus da palavra, e com isso, provar a realidade consistente de que a graça de Deus, origem da revelação, é também a causa da fé. A água está para o peixe, assim como a palavra de Deus está para fé. O Deus da graça que concede a expressão da sua palavra, concebe o surgimento da fé embutida na mesma palavra. Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Romanos 10:8. Não é o sentimento do coração, mas a palavra da revelação que faz toda a diferença.

Crer ou sentir - eis a questão!

Por: Glenio Fonseca Paranaguá

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Que fizeram do Evangelho de Cristo?

Só pode ser Brincadeira!

A cada dia somos surpreendidos com novos fatos que nos levam a mais profunda perplexidade. Em alguns dos templos evangélicos tem se percebido as mais estranhas esquisitices, que só em mencionar nos fazem ficar ruborizados. Unção do riso; unção apostólica; unção do leão, unção do cachorro, crentes de segunda classe; troca de anjo da guarda; arrebatamento ao 3º céu seguido por novas revelações; festa dos sinais; night gospel song; sal grosso pra espantar mal olhado; maldições hereditárias; encostos; óleo ungido pra arrumar namorado; sessões do descarrego; que dentre tantas outras coisas mais, tornaram-se infelizmente marcas negativas dessa geração. Confesso a você que depois de tanta criatividade, achava que nada mais me surpreenderia, no entanto, sou obrigado a admitir que fiquei chocado com a noticia do mais nova manifestação evangélica, a denominada benção de Toronto. Veja por favor o vídeo abaixo:

** http://www.godtube.com/view_video.php?viewkey=c721f6fc8a6aa6665a78 **

Caro leitor, infelizmente os adeptos da "zooteologia" acreditam que pessoas em estados alterados de consciência recebem da parte de Deus a unção de animais, o que as faz latir como cães, pular como macacos, rastejar como cobras. Confesso que não sei aonde vamos parar. O que fizeram com o Evangelho de Cristo? O que fizeram com a Sã Doutrina? Diante disto tudo lhe pergunto: Que Cristianismo é esse? Que evangelho é esse? Que doutrinas são estas? Ora, esse não é e nunca foi o evangelho anunciado pelos apóstolos. Antes pelo contrário, este é o evangelho que alguns dos evangélicos fabricaram! Infelizmente, a Igreja deixou de ser a comunidade da Palavra de Deus cuja fé se fundamenta nas Escrituras Sagradas, para ser a comunidade da pseudo-experiência, do dualismo, do misticismo e do neo-maniqueismo!

Ah, meu amigo, confesso que não aguento mais a efervescência da graça barata, o mercantilismo gospel, a banalização da fé. Não aguento mais as loucuras e os atos proféticos feitos em nome de Deus, não suporto mais o aparecimento das mais diversas unções em nossos arraiais; isso sem falar da hieraquirzação do reino, onde "apóstolos", "paióstolos", "príncipes" e "reis", tem oprimido substancialmente o povo do Senhor.

Chega! Basta! Quero viver e pregar o Evangelho integral e quero ver uma Igreja, santa, ética, justa e profética. Quero ver uma Igreja que não se corrompe diante as loucuras dessa era. Quero ver uma Igreja reformada e reformando. Quero ver uma Igreja verdadeiramente PROTESTANTE!

SOLI DEO GLORIA!

Renato Vargens

**Peço que vejam também, na página deste vídeo, os outros vídeos que constam na lista. Além dos "animais", temos:

1- Benny Hinn com uma imitação da "voz do Senhor" AMALDIÇOANDO qualquer um que vá contra o seu ministério;

2- Benny Hinn caçoando da falta de beleza e de elegância de um pobre homem! E também pedindo uma unção de Deus para que o homem, ridicularizado e já deitado, tenho gosto por melhores gravatas!;

3- Kenneth Copeland falando que Cristo foi o primeiro homem com o "novo-nascimento"...;

4- Tem um imbecil-em-cima-de-um-púlpito que fala em tom irônico que Deus lhe mandou se assentar "in the green" (na grama). Ai ele pega uma maço de dólares e coloca no chão e se ajoelha em cima...;

5- Benny Hinn falando da "unção do fogo", que deixa até mesmo os filhos dele com medo do próprio pai.

6- Tem um momento em que Benny Hinn diz que se ele "passar" a benção para outra pessoa ele simplesmente EXPLODIRIA... Desculpem irmãos, mas como isto seria bom!!!...;

7- Para fechar o famigerado Hinn fala duas "pérolas":

a) Adão voava e podia ir até a Lua

b) Quando Deus abriu o Mar Vermelho, o sopro Divino congelou o mar e FORAM PEDRAS DE GELO QUE MATARAM OS EGÍPCIOS!!!!

www.obereano.blogspot.com

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Cruz de Cristo

"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz." (Fil. 2, 5-8).

À primeira vista diríamos que isso é inacreditável. Mas é essa a nossa fé cristã! Paulo acrescenta: "A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós que somos salvos, poder de Deus" (1 Cor 1,18). O mesmo apóstolo concretiza ainda mais sua pregação: "Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios; mas, para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (1 Cor 1,22-25).

Nosso problema é entender essa sabedoria de Deus e, mais ainda, passá-la para a cultura de nosso tempo, tão avessa à Cruz e ao projeto divino da salvação. Entramos aqui no âmbito do mistério, não no sentido do incompreensível, mas do desafio de penetrar uma realidade cuja profundidade é muito maior do que as aparências indicam.

A grande pergunta que se faz: por que Deus se fez homem? E outra, mais desafiadora, por que Cristo morreu na cruz?

Para quem não tem fé ou quem vê os acontecimentos humanos apenas à luz da razão e da cultura profana, a morte de Cristo se explica politicamente. Foi morto porque desafiou o poder romano e judaico. Assim, sua morte entra no rol dos assassinatos mais famosos. Para confirmar essa tese, conseguem reunir-se os mais convincentes argumentos. E assim tudo estaria explicado. Jesus seria apenas um judeu qualquer que morreu como muitos outros, pelas mesmas razões que levaram muitos de seus conterrâneos ao suplício da Cruz.

Mas não é isso que a Bíblia nos ensina nem é isso que cremos a respeito de Jesus. Para nós, que cremos na salvação, que se operou pela Cruz, a morte de Jesus se afigura como um sacrifício agradável a Deus.

Portanto, a questão do sacrifício da Cruz é vital para a fé cristã. Se a morte de Cristo não foi verdadeiro sacrifício, agradável a Deus, a salvação não teria acontecido.

Quando nos colocamos diante da Cruz de Cristo, descobrimos ali um mistério que nos leva à descoberta da Lei da Cruz. Ela é incompreensível para quem não crê e para quem se perde, mas é sublime e salvífica para quem crê e ali descobre o sentido não só do sofrimento, mas também da própria vida..

Mas como pode Deus aceitar uma morte tão cruel de seu próprio Filho? À primeira vista, diríamos que representaria a ruína da humanidade. Na parábola, os vinhateiros, que mataram o herdeiro, mereceram ser destruídos. Para a humanidade acontece o contrário: na Cruz está a salvação. A razão disso encontra-se na Lei da Cruz: da morte de Cristo assumida por Ele, com amor e não com ódio; como fonte de salvação e não de condenação. A grande palavra do Calvário que explica todo esse mistério é "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34).

Jesus solidarizou-se de tal modo conosco que assumiu sobre si todo o pecado do mundo e tornou-se o cordeiro, previsto no Antigo Testamento, para tirar o pecado (Jo 1, 29). Ele deu sua vida para nos salvar. Pela morte destruiu o pecado e pela ressurreição nos justificou, dando-nos nova vida, que é eterna!

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Céu ou inferno?

Estou certo de que você já ouviu estas palavras ditas com irritação: "Vá para o inferno!", ou: "Que inferno!". Eu as ouço freqüentemente. Mas, será que percebemos o significado real desse lugar chamado inferno? Você parou alguma vez para pensar a respeito do inferno e do que significa estar lá? Depois que quinze dos seus companheiros foram mortos no Vietnã, um soldado exclamou: "Ao menos eles irão para o céu, porque aqui já estiveram no inferno!" Muitas pessoas têm diferentes opiniões sobre o inferno. Entretanto, opiniões não valem muito quando se trata do inferno. O que realmente importa é aquilo que Deus diz a respeito.

Como é o inferno?

O inferno é um lugar onde Deus não está - onde não há nenhum consolo ou bênçãos. A Bíblia o descreve como "trevas... [onde] haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 22.13; 25.30). Ela também nos diz: "O Diabo... foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre... e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20.10).

O inferno não foi preparado para nós, mas "para o Diabo e seus anjos (demônios)" (Mateus 25.4 1). Entretanto, a Bíblia diz que todos os que rejeitam a oferta de salvação e o perdão de Deus irão para lá (veja João 3.36). Podemos estar certos de que Deus não está tentando simplesmente assustar-nos. Ele está nos advertindo seriamente para evitarmos o inferno a qualquer custo!

Deus não nos deixa desinformados a respeito do que virá após a morte: "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9.27). "Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão (Jesus) que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (Atos 17.31).

E quanto ao céu?

Deus não julga apenas, mas também é amor. Por isso Ele providenciou um caminho para escaparmos do inferno. Para aqueles que aceitam Seu caminho de salvação, Ele preparou um lindo lugar chamado céu. Ali reinam a alegria e o descanso supremos. Ali estão totalmente ausentes o pecado, o sofrimento, o desapontamento e a solidão. Trata-se de um lugar de glória eterna, na presença do próprio Deus e de Jesus Cristo, ao invés da perdição eterna (veja Apocalipse 4.5; 21.4-27; 22.1-5). Você pode chegar a esse lugar confiando em Jesus Cristo como seu Salvador.

Depende de você!

É impossível ser suficientemente bom para merecer o céu. A Bíblia diz: "...todos pecaram e carecem da glória de Deus". Você não pode realizar algo para chegar ao céu, pois lemos em Efésios 2.8-9: "...isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie". Ninguém tem qualquer direito ao céu. Todos nós merecemos o inferno, porque todos somos pecadores.

Deus oferece o único caminho de salvação através de Jesus, Seu Filho: "Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos" - também os seus, se você crer nEle (Hebreus 9.28). "Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios... Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5.6,8). "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3.36).

Você fez a escolha correta?

Por favor, pense a respeito do que acabou de ler e escolha o caminho para o céu. Jesus disse: "Eu sou o caminho..." (João 14.6) e Paulo escreveu: "...eis, agora, o dia da salvação" (2 Coríntios 6.2). Se aceitou Jesus como seu Salvador, você fez a escolha certa e está a caminho do céu.

www.pilb.t5.com.br

 

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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