terça-feira, 30 de junho de 2009

A Vida no Deserto - É Tempo de Restauração

Eu te conheci no deserto, na terra muito seca (Os 13.5)
E não disseram: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito, que nos guiou através do deserto, por uma terra árida, e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra pela qual ninguém transitava, e na qual não morava homem algum? (Jr 2.6)

Já estou pronto para ir à Igreja, neste ínterim resolvi terminar este texto. Aprendi muito vivendo nos desertos da minha vida, e quando olho para trás vejo como foram importantes, apesar daqueles momentos serem os dias mais tristes e angustiantes, tempo de crises profundas existenciais, tempo do encaramujar da alma, tempo de perda. Contudo o deserto foi o lugar da minha restauração, tempo de restauração completa em meio a tanta adversidade.

Este tempo passado, é tempo que não pode passar em vão, sem deixar vestígio, e que nunca deve ser esquecido. Ele continua a viver na memória em nome de sua particularidade, da dureza que o caracterizou, do entusiasmo e da participação com a qual foi vivido. O tempo no deserto é tempo de reflexão, da recordação, do memorial.

A Bíblia retrata este tempo como o tempo de comunhão com o amoroso Deus. Este é o tempo sonhado, lembrado, esperado pelos profetas Jeremias e Oséias, tempo de restauração.

Estes profetas releem a experiência passada do deserto revocando-a em termos idílicos, mesmo "míticos", até fazer dela um "exemplo" colocado no futuro do povo de Deus como uma possibilidade aberta. Na realidade, o povo no deserto não foi de maneira nenhuma assim tão próximo de Deus e fiel como aparece na sonhadora renovação de Os 2.16 a 23. Antes, no livro do Êxodo, o Israel do deserto aparece como o povo infiel por excelência, desobediente e rebelde; porém, apesar disso, o profeta transfigura aquele momento do passado de Israel, fazendo dele um exemplo de obediência e de fidelidade.

Viver no passado significa não se situar no hoje de Deus, no "aqui e agora" no qual todo fiel deve instaurar seu relacionamento com Deus: um relacionamento que não é o de ontem ou de amanhã, e sim o que se decide e se vive no hoje.

DEUS deseja recuperar você, repara-lo, reconquista-lo, reintegra-lo, renova-lo, revigora-lo, dar novo esplendor à sua vida... Deserto é um lugar de encontro. Encontro com Deus e consigo mesmo. Com nossa humanidade e com a grandeza de Deus. Deserto é um lugar de amadurecimento, de firmar nossos valores, nossas convicções. Lugar de amadurecer nossa fé, descansando de maneira inabalável no caráter de Deus.

Deserto é um lugar em que descobrimos verdadeiros amigos, desmascaramos os falsos amigos e estabelecemos relacionamentos íntegros.

Deserto é um lugar de aprendizado. Aprendemos a depender de Deus, a confiar, esperar em Deus e sermos direcionados por ele.

Mesmo estando no deserto, se há uma promessa de livramento é preciso haver ânimo, coragem e não desânimo. É preciso fortalecer as mãos cansadas, firmar os joelhos vacilantes. Aprender a descansar nas promessas e dissipar o pessimismo.

Se você está passando pelo deserto, pode ter certeza de que Deus está restaurando você.

Pense: "Os aflitos e necessitados buscam águas, e não há, e a sua língua se seca de sede; eu o SENHOR os ouvirei, eu, o Deus de Israel não os desampararei. Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra seca em mananciais de água. Plantarei no deserto o cedro, a acácia, e a murta, e a oliveira; porei no ermo juntamente a faia, o pinheiro e o álamo. Para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do SENHOR fez isto, e o Santo de Israel o criou." (Is 41.17 a 20)

Ore: Senhor! Agradeço-Te pela Tua presença quando passei pelo deserto, Ah! Se não fora o Senhor, o que de mim seria. Tu vieste e restauraste todo o meu viver, toda a minha vida, restauraste a comunhão Contigo, comigo mesmo e com o meu próximo, restauraste a minha família e o meu ministério. Te agradeço em nome de Jesus, o meu Senhor, amém!

Com carinho!

Rev. Ashbell Simonton Rédua - IPB

www.pilb.blogspot.com

sábado, 27 de junho de 2009

Senhor, ensina-nos a orar!

E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai...
(Lc. 11:2)

Dwight Moody ia falar em uma reunião, e um cristão local foi chamado para orar. "O grande Deus", orou o homem, "Tu és impenetrável, um Deus tão imenso, tão infinito...". E assim ele prosseguiu, até que Moody não pôde mais se conter. Aproximou-se furtivamente dele pelas costas, tocou lhe o ombro e disse: "Chame-o 'Pai' e peça-Lhe alguma coisa".

Certamente, Deus Se deleita em nossa adoração. Ele invariavelmente nos encoraja a nos curvarmos diante de Sua grandeza e de Sua glória. Porém, Ele não se impressiona com palavras pomposas. Desde que se revelou a nós como Pai, o Seu desejo é que nos aproximemos dEle na simplicidade de uma criança. Romanos 8:15 lembra-nos de que recebemos "o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai".

A nossa tendência natural é tentar impressionar as pessoas quando oramos publicamente. Talvez por isso o Senhor tenha feito menção do problema ao falar aos Seus discípulos acerca da oração. Eles haviam pedido: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1). Ele começou ensinando como não orar, chamando a atenção para os hipócritas que "se comprassem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens", e advertindo-os contra o erro de pensar que seriam ouvidos pelo muito falar (Mateus 6:5, 7).

A oração-modelo que o Senhor ensinou aos Seus discípulos é marcada pela integridade e pela simplicidade. Ela é dirigida ao Pai, não a discípulos.

Penso que todos nós precisamos de ajuda nessa área. Sei que eu preciso. Sinto-me feliz pelo belo exemplo apresentado por jovens cristãos que não perderam o entusiasmo de ser filho de Deus e de falar como tal.

"Senhor, ensina-nos a orar!"

Leituras Cristãs - vol. 42, nº 6

Como vai nossa vida de oração?

"Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça
(Filipenses 4:6)

A oração é o sinal da vida. O que é oração, senão o sopro dessa graça soprada na alma pelo Espírito Santo? Quando Deus soprou no homem o fôlego da vida, ele tornou-se uma alma vivente; assim, quando Deus sopra na criatura o fôlego da vida espiritual, ela torna-se uma alma que ora: "Ele está orando", disse Deus de Paulo a Ananias após a sua conversão (Atos 9:11). A oração é para a nova criatura o mesmo que o choro é para a criança. A criança não é instruída na arte de chorar, mas o faz pela sua natureza - ela vem ao mundo chorando. A oração não é uma lição ensinada através de formas e regras da arte, mas flui dos princípios da nova vida.

A oração é um ato pelo qual nos aproximamos e nos apresentamos diante do grande e soberano Deus. Esta é uma tarefa muito sagrada para ser realizada de forma desleixada, isto é, entre o dormir e o acordar, com os olhos pesados ou com o coração adormecido; a este Deus queixaram-se de: "Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenha" (Isaías 64:7). Ele não a considera oração quando o coração não está desperto e consciente. O nosso comportamento na oração tem uma influência universal sobre todas as áreas de nossa vida; como um homem é na oração, assim é provável que ele seja em tudo o mais; se ele é descuidado na oração, então é negligente no ouvir e relaxado no seu andar. A oração é o canal através do qual a torrente da graça, bênção e conforto divino parte de Deus rumo ao coração; obstrua este canal e a torrente cessará.

William Gurnell (1616-1679 d.C.)

domingo, 21 de junho de 2009

O mundo jaz no maligno

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro... e levou o rebanho atrás do deserto, e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o anjo do Senhor (Êxodo 3:1, 2)

Aqui, temos uma mudança admirável na vida de Moisés. Este, que era "instruído em toda a ciência dos egípcios", é transferido da corte do Egito para trás do deserto, para apascentar um rebanho de ovelhas e preparar-se para o serviço de Deus.

Possa o leitor conhecer por sua própria experiência o que significa estar "atrás do deserto", esse lugar sagrado onde a natureza é deitada ao pó e só Deus é exaltado. Ali, os homens e as coisas, o mundo e o ego, as circunstâncias presentes e a sua influência são estimados pelo seu justo valor.

Ali não há cores, nem falsos penachos, nem vãs pretensões! O inimigo das almas não tem o poder de dourar a areia desse lugar. Tudo ali é realidade. O coração que tem estado na presença de Deus, 'atrás do deserto", tem pensamentos justos sobre todas as coisas; e eleva-se muito acima da influência excitante dos negócios deste mundo. O clamor e ruído, a agitação e confusão do Egito não penetram neste lugar retirado; não se ouve ruído do mundo comercial e financeiro; a ambição da glória do mundo desaparece e a sede do ouro não se sente ali; a adulação dos homens não interessa, e a sua censura não desanima. Em suma: tudo é posto de parte, exceto a calma e a luz da presença divina; só se ouve a voz de Deus; a Sua luz ilumina; os Seus pensamentos são aceitos pelo coração. Tal é o lugar onde devem estar todos aqueles que quiserem ser aptos para adorar Deus "em espírito e em verdade".

C.H.Mackintosh (Extraído de "Estudos sobre o livro do Êxodo" - D.L.C.)

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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