sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Não seja um contrabandista de Satanás!

Quando estávamos em Veneza, nós compramos algumas curiosidades, e por serem pesadas, pensamos em enviá-las para casa por um dos navios ingleses atracados no Canal. Saímos em uma gôndola com a nossa caixa, e para o capitão de um dos navios fizemos a seguinte pergunta: "Você levaria para nós uma caixa até Londres, e quanto custaria?".

A resposta dele foi muito rápida: "Eu não posso responder até que eu saiba o que tem dentro dela, porque não quero arranjar problemas". A resposta foi de muito bom senso, na verdade, admirável o seu cuidado e honestidade. É uma pena que os homens não têm tanto zelo com as questões espirituais, no que diz respeito ao que eles vão receber ou rejeitar.

Caro leitor, nestes tempos, há milhares de livros ruins publicados e rebanhos de maus professores enviados para enganar os imprudentes. Você deve estar alerta, para que não seja induzido em erro. Não tome nada por certo, questione as coisas por si mesmo, e teste cada nova doutrina, e a velha também, usando a Palavra de Deus.

Você pode colocar mercadorias de contrabando a bordo sem perceber; mantenha os dois olhos abertos, vigie e avalie, e quando algo for jogado sobre você, descubra exatamente do que se trata, o que está dentro desta caixa. Não acredite em tudo o que um homem diz porque ele é um clérigo, ou eloqüente, ou culto, ou mesmo porque ele é bondoso e generoso. Leve tudo para o ambiente da Sagrada Escritura, e se eles não puderem resistir ao teste, não os receba, independentemente de suas pretensões.

Mas, leitor, e a sua própria religião, serve para alguma coisa? Você sabe o que está dentro dela, e do que é feita? Pode não ser maldosa e falsa? Faça uma busca em si mesmo, e não se apegue a esperança alguma para a tua alma até que saibas do que a tua religião é feita. O diabo e seus aliados vão tentar enganá-lo para que você transporte os produtos do inferno, mas seja advertido em tempo e rejeite os seus artifícios perversos.

A obra consumada de Jesus, recebida pela fé, é "esperança através da graça", e não há outra. Fizeste isto? Ou és tolo de olhar para outra obra? O Senhor o guie para longe de tudo o que não é Jesus. Qualquer que seja a razão da confiança que os homens podem oferecer-lhe, tome o cuidado de saber o que está dentro desta caixa antes de aceitá-la.

"O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice".

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Natal: Nasceu o Salvador!

Esta é a época mais festiva do ano. Chegaram as férias escolares, aproximam-se os dias de reencontros familiares e ainda há outros que preparam sua viagem. Mas, qual é a relação de tudo isto com o Natal de Cristo? Para entendermos o real significado do Natal precisamos recorrer à Bíblia. A Palavra de Deus declara que Ele criou o Universo e todas as demais coisas.

O homem, a sua obra-prima, foi criado à sua imagem e semelhança. Deus estava em inteira comunhão com toda criação sua. Porém, a Bíblia também descreve que esta comunhão de Deus com a criação, especialmente com o homem, foi interrompida. A partir deste horrível momento não haveria mais perspectiva de vida senão pela promessa de Deus: eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. As pessoas passaram a confiar nesta promessa. Era a única esperança que elas tinham de restabelecer a comunhão com o Criador. Por meio do pecado de Adão, toda a raça humana tornara-se afastada de Deus. Fomos todos condenados à morte espiritual, afastados da presença de Deus. Foi exatamente desta situação de separação que Cristo veio nos livrar. Entretanto, é preciso lembrarmos de que o ato do pecado foi cometido pelo homem. Esta, pois, foi a necessidade de Deus fazer-se homem, sem pecado, porém, para realizar o sacrifício de que o homem pecador e afastado de Deus era incapaz de realizar.

Lendo a história do nascimento de Jesus Cristo, conforme o texto de Mt 1.18-25, somos logo lembrados de que tal nascimento foi obra do Espírito Santo. O anjo que visitou Maria, lhe disse que o propósito da sua visita era o de que ela conceberia um filho por obra do Espírito, para restaurar toda a criação de Deus. O anjo também lhe disse que todo este acontecimento tratava-se do cumprimento da promessa de Deus anunciada pelo profeta: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e ele será chamado pelo nome Emanuel (que quer dizer: Deus conosco, Is 7.14. Portanto, o nascimento de Jesus Cristo é também compreendido como o nascimento do Salvador do mundo, restaurador de toda a criação de Deus. Desta forma, o Natal não possui outro significado senão a chegada de Cristo entre nós, redundando na nossa libertação do jugo da escravidão do pecado. Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Contudo, infelizmente, o comércio vem por longas datas entorpecendo a mente do povo cristão e das pessoas, acerca do real significado do Natal de Cristo. Este período de celebração cristã vem sendo convertido em oportunidade para se acumular dividendos. Não devemos ser radicais, ao ponto de nos negar às festividades diversas desse período, mas, não podemos perder o foco de que a festa e celebração fundamentais para nós cristãos é o nascimento de Jesus Cristo, Salvador do mundo. Nenhuma festa ou celebração terá motivo mais importante do que esse; se assim o for, não se trata do verdadeiro sentido do Natal. Quanto aos demais motivos festivos que giram em torno do Natal de Cristo, que são reunião da família, dos amigos, troca de presentes, confraternização e tudo mais, devem ser conseqüência da alegria que o povo cristão tem por crer e fazer parte do povo redimido e purificado pelo sangue do Cordeiro. Que neste Natal, Jesus Cristo seja o centro de sua celebração e comemoração do espírito natalino.

Rev. Adilson de Souza Filho

www.pilb.t5.com.br

domingo, 5 de dezembro de 2010

O Verdadeiro Natal

"E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra." (Mt 2.10-11). Se dizemos "verdadeiro", é porque admitimos a existência do falso. Há tantas maneiras de se comemorar o Natal, que acaba perdendo o seu verdadeiro sentido. Mas queremos colocar em evidência o verdadeiro Natal.

Para muita gente, Natal é comercio: vender muito, ganhar bastante. É por isso que as lojas estão enfeitadas e pela televisão há propagandas de várias maneiras; cada um quer ser mais criativo do que o outro. As músicas natalinas ficam ecoando em nossos ouvidos. Poderíamos chamar a isso de o verdadeiro Natal? Estaríamos honrando a Deus? Estaria Jesus alegre com esse tipo de Natal? Responda o próprio leitor.

Para outros, o Natal é Papai Noel; e já se criou também a Mamãe Noel. Para as crianças, é alegria, porque esperam que o bom velhinho gordo, de barbas longas e brancas, lhes traga presentes. Se perguntarmos a uma criança o que é Natal, ela responderá exatamente isto, "Papai Noel". Que pena que nenhuma delas diz: "Natal é o nascimento de Jesus Cristo Nosso Salvador". Se não o dizem, é porque não lhes foram ensinadas as verdades bíblicas; não lhes contaram a verdadeira história do Natal. Elas não sabem adivinhar; dizem só o que aprendem. A responsabilidade recai sobre seus pais, e especialmente sobre seus guias espirituais, que também, certamente ignoram a verdade, ou não estão interessados em contá-la para a humanidade. Pobre mundo! Pois vive mergulhado nas densas trevas da ignorância! Então qual é o verdadeiro Natal?

Natal verdadeiro é a grande alegria de saber que é chegado o Desejado das nações, o Prometido dos profetas. Portanto não é a alegria provocada por coisas efêmeras, coisas transitórias, cuja duração só serve para endoidecer o homem. Alegria verdadeira é saber que os nossos pecados são perdoados, e que agora estamos vivendo uma nova vida. É saber que Ele voltará para nos levar para junto de Si. O Verdadeiro Natal é fazer como os magos, que meteram a sua mão no seu tesouro e deram para Jesus ouro, incenso e mirra. Quantos dos que festejam o Natal, fazem isto? Quantos sentem esta grande alegria? Quantos têm certeza de que serão levados para a Glória de Deus? Não basta dizer que Ele é o Salvador; mas dizer: ELE É O MEU SALVADOR!

O verdadeiro Natal é adorar a Deus em espírito e em verdade, como nos ensinou Jesus, em João 4.23; e também como fizeram os magos do Oriente. Infelizmente a palavra adorar perdeu o seu verdadeiro sentido, como por exemplo, dizer: "Eu adorei a comida; eu adorei o carnaval; eu adorei a viagem; eu adoro a minha namorada; eu adoro os meus pais" etc. Jesus disse a Satanás: "Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás" (Mt 4.10). Jesus era Divino e os magos, pelo seu estudo, chegaram a esta conclusão e vieram de uma terra distante, exclusivamente para adorar a Jesus, e só a Jesus. Então, distinto leitor, é assim que você comemora o Natal? Contribui para o crescimento do Reino de Deus na terra? Adora Deus em espírito e em verdade? Se nada disto você faz, então não está comemorando dignamente o Natal de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Portanto faça uma reavaliação de sua fé.

Pr Timofei Diacov

sábado, 20 de novembro de 2010

Rastros na neve

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6).
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:12).

Certa noite, um fazendeiro canadense teve de cruzar uma grande planície completamente coberta de neve. O céu estava escuro, sem estrelas e não havia o menor sinal da estrada, pois a camada de neve era muito grossa. De repente, ele percebeu que se perdera e começou a sentir medo. Então notou alguns rastros recentes deixados por uma carruagem. Cheio de esperança, meteu as esporas nos cavalos e logo alcançou a outra carruagem.

Ao vê-lo, o cocheiro perguntou: "Para onde você está indo, amigo?" - "Estou seguindo você", foi a resposta do fazendeiro. "Mas eu não tenho a menor idéia de onde estamos. Você poderia tomar a liderança e me mostrar o caminho?" Os dois homens ficaram apavorados quando se deram conta da situação em que estavam. Se uma rajada de vento não levasse as nuvens embora e as estrelas não aparecessem, ficariam perdidos na imensidão e talvez morreriam congelados. Pouco depois, suspiraram aliviados ao ver a estrela polar, o que lhes permitiu encontrar o caminho para casa.

Nós também não agimos frequentemente como esses dois homens? Quantas vezes seguimos outras pessoas copiando o que fazem? Será que é necessário que algo terrível aconteça para percebermos que estamos perdidos, sem respostas, sem direção e a partir daí buscarmos o Deus vivo? Já paramos para pensar onde nossos caminhos, ou seja, nossas crenças atuais estão nos levando?

Quem quiser saber a resposta é só tirar os olhos das pessoas e das trilhas incertas e procurar pelo Senhor Jesus. Ele é o caminho seguro, Ele é a verdade que jamais nos deixará perdidos, Ele é a vida, que é a "luz dos homens" (João 1:4). Portanto, não há caminho, verdade nem vida fora dEle.

Extraído do Devocional Boa Semente

sábado, 23 de outubro de 2010

Atrás das grades

Atualmente no Brasil, nas 903 prisões, a população carcerária é de 400.000 presos, aproximadamente, cumprindo penas variadas de acordo com seus delitos. Infelizmente, antes mesmo de adentrarem numa prisão de concreto e aço, o pecado já os havia aprisionado e Satanás, com seu ministério de "matar, roubar e destruir, os aliciou para seu exército. Os presos são chamados pelos mais variados nomes: detentos, reeducandos, presos, condenados, escória da sociedade, malfeitores, mas os chamo de "as meninas dos olhos de Satanás", pois estão prontos a servi-lo, e através de suas vidas, muitas almas são condenadas ao inferno.

Como são essas pessoas? Será possível existir alguma esperança para elas? Muitos talvez se ofenderiam com o fato de que não há muita diferença entre os encarcerados e nós, pois são de carne e osso, portanto criados por Deus tanto quanto nós e também amados por Ele, contudo deixaram sua natureza pecaminosa sobressair de tal forma que os levaram para atrás das grades. Muitos deles foram abandonados quando ainda era bebê ou encontrados em um cesto de lixo, criados nos orfanatos ou em alguma instituição do governo, ou ainda, seus pais eram viciados nas drogas e no álcool, alguns abusados sexualmente quando criança sem poder se defender e sofreram esse trauma que só Jesus Cristo com Seu Sangue pode libertar. Outros estavam no lugar errado e na hora errada, com más companhias ou até foi confundido com outra pessoa, e assim se tornou um preso, perdendo a liberdade de ir e vir, de ter relacionamento com sua família ou um emprego, de poder participar do aniversário de seus filhos, do crescimento e do  acompanhamento que é tão necessário para o bom desenvolvimento de  um indivíduo. Não são as mesmas pessoas que assistimos pelos programas policiais, que as emissoras, com todo o seu poder, os usam para benefício próprio alcançando milhões de reais com a desgraça humana, mas como tudo tem um propósito, o Diabo está atrás disso também e conseguiu trazer o desespero nos corações de uma grande parcela da nossa nação, e nos corações dos crentes uma aversão contra os presos, mesmo sabendo que são almas e que Cristo também morreu por eles.

Como Deus tem olhado para essas vidas? Como Deus quer que nós olhemos para essas vidas? Toda a resposta está nas Escrituras Sagradas:

I- Deus ama os presos. Hebreus 13:03 "Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo".

Deus deixou este versículo para nós crentes, para que nos lembremos deles como se estivéssemos presos com eles. Deus os ama tanto que deixou não só esse, mas muitos outros versículos na Sua Palavra mostrando que os quer salvar, pois Deus sabe realmente as causas que os levou a estarem encarcerados.

O verbo "lembrai-vos" está no imperativo, no mesmo tempo do "Ide de Jesus" em Marcos 16:15, então constatamos uma ordem de Deus e devemos lembrar dos presos como se estivéssemos presos com eles.

Agora, porque Deus nos mostra isso?

II- Porque Jesus deu o exemplo. Lucas 23:39-43 "E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso".

Naquele dia três homens estavam morrendo, dois por causa de seus pecados (crimes) e um, Nosso Salvador, por causa de todos os nossos pecados, inclusive os daqueles dois malfeitores.

Um usado pelo Diabo tenta desencorajar a Jesus para fazê-lo descer da cruz e não consumar a Sua obra de redenção, mas por causa daquela blasfêmia o outro foi levado a repreendê-lo e assim reconheceu sua própria condenação e arrependeu-se, pedindo somente para Jesus lembrar-se dele quando entrasse no Seu Reino.

Como a Bíblia diz em Romanos 10:13 "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". Aquele malfeitor ouviu as palavras mais preciosas que jamais ouvira antes, e vieram do próprio Salvador: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso".

O malfeitor foi transformado pela Palavra do Senhor, hoje está no céu, e um dia vou conhecê-lo e todo salvo em Cristo conhecerá a última alma salva por Jesus em vida, a de um criminoso condenado a morte pelos seus pecados, porém alcançou a vida eterna por Cristo Jesus Nosso Senhor. Naquele dia se cumpriu na vida daquele homem o versículo de João 8:32: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".

As prisões estão cheias, mas há um Deus no céu que quer que aquelas almas conheçam a Verdade que liberta e assim tenham a esperança não só nesta vida, mas também na do porvir, de estar nos céus com Cristo e com todos os salvos.

Estou pregando o evangelho do Senhor Jesus nas prisões há sete anos e tenho a oportunidade de ver a grande necessidade daquelas almas de ouvir de Jesus. O desejo realmente de saírem do fundo do poço em que se encontram, faz com que tomem a única atitude de uma pessoa que está realmente nesta situação: olham para cima, onde há luz e saída e é nesse momento que o Evangelho Salvador de Jesus entra e transforma aquelas vidas para a Glória  do Nome de Deus. Louvado seja o Nome de Deus pelo Seu tão grande amor com que nos amou. Pela graça de Deus mais 2.700 almas receberam a Jesus como Salvador através do nosso ministério nas prisões e creio de todo coração que Deus salvará mais e toda esta amada Igreja tem os mesmos galardões quando se importam com missões. Como meu pastor sempre dizia " Continuem, continuando."

Amém!

Agnaldo de Araujo Junior (agnaldoroabr1@yahoo.com.br)
Missionário nas penitenciarias
Missão Rocha Eterna

domingo, 17 de outubro de 2010

Nada que Faças te Salvará

A natureza humana é tão fraca e desamparada quanto um bebê largado. "Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti; antes, foste lançada em pleno campo, no dia em que nasceste, porque tiveram nojo de ti. Passando eu por junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, ainda que estás no teu sangue, vive." (Ezequiel 16:5-6).

As pessoas não podem fazer nada para se salvar. Por natureza, todos os homens estão mortos em transgressões e pecados. Como podem aqueles que estão mortos trazer a si próprios à vida? Somente Deus pode levantar os que estão mortos em pecado. Se o homem há de ser recuperado, isso terá que acontecer por um milagre. Somente Deus pode operar esse milagre.

Este ensino vem da Palavra de Deus. Se vocês não são cristãos, estão tão perdidos que, por mais desesperadamente que tentem, não se podem salvar. A situação é ainda pior que isso. Por natureza vocês não querem ser salvos. Vocês odeiam a Deus. É terrível dizer que vocês odeiam a Deus, mas é verdade. Somente o Santo Espírito de Deus pode fazê-los conhecer a verdade de que vocês odeiam a Deus. Mas até agora vocês não amam a verdade de Deus. Amam o pecado e não desejam ser libertos dele.

Esta incapacidade de se salvar nunca pode ser usada como uma desculpa para se pecar. Contudo, a incapacidade de fazer o bem torna nossa culpa pior. Tornamo-nos tão perversos que, não importa o que façamos, não podemos tornar-nos bons. Nossas vidas estão repletas de pecado porque nossa natureza é má. É tão natural para nós pecarmos quanto o é para a água descer em correnteza, ou para centelhas de uma fogueira subirem. Como o bebê abandonado no campo, os incrédulos estão completamente desamparados.

O texto também ensina que os pecadores não têm amigos. "Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti". Eles não têm nenhum amigo para ajudá-los. Só Deus pode ajudar. Um bom pai ou uma boa mãe pode compadecer-se da criança, porém nenhum pai ou mãe pode mudar a natureza da criança ou tirar seu pecado.

Da mesma forma, há pregadores que derramariam lágrimas se seu pranto trouxesse pecadores até Cristo. No entanto o evangelista mais fervoroso não pode, através de sua própria pregação, trazer vida às pessoas que estão mortas no pecado. Nem mesmo um anjo pode tirá-las de sua condição pecadora. Suas famílias podem chorar por elas, mas esse pranto não pode fazer a expiação do pecado. As lágrimas humanas nunca podem purificar um pecador. O forte desejo de outros para que uma pessoa seja santa não pode revesti-la de retidão. Estamos todos sem amigos, desamparados e arruinados. A lei nos condena. A justiça nos ameaça. Onde podemos ir se Deus recusa-Se a nos acolher?

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

sábado, 18 de setembro de 2010

Moisés escreveu mesmo o Pentateuco?

Até pouco tempo atrás, afirmava-se que a invenção do alfabeto teria ocorrido pelos séculos 12 ou 11 a.C., sendo esse argumento apresentado para "provar" que Moisés não podia ter escrito o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia), visto que em seu tempo não haviam ainda inventado a arte de escrever. No entanto, escavações arqueológicas nas ruínas da cidade de Ur, na antiga Caldeia, têm comprovado que ela era uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur, os meninos aprendiam leitura, escrita, Aritmética e Geografia. Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1500 a.C.).

Estudiosos sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o Pentateuco. O grande arqueólogo William F. Albright datou essa escrita de início do século 15 a.C. (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros (Êx 17:14). Veja o que disse Merryl Unger sobre a escrita do Antigo Testamento: "A coisa importante é que Deus tinha uma língua alfabética simples, pronta para registrar a divina revelação, em vez do difícil e incômodo cuneiforme de Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do Egito."

Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de Moisés, e se as escritas anteriores - hieroglífica e cuneiforme - foram decifradas apenas no século 19, como poderia Moisés ter escrito aqueles livros? Se o tivesse feito, só poderia usar os hieróglifos, escrita na qual a Bíblia diz que Moisés era perito (At 7:22). Nesse caso, o Antigo Testamento teria ficado desconhecido até o século 19, quando o francês Champollion decifrou a antiga escrita egípcia. Acontece que, no princípio do século 20, nos anos 1904 e 1905, escavações na península do Sinai levaram à descoberta de uma escrita muito mais simples que a hieroglífica - e era alfabética! Com essa descoberta, a origem do alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus antecessores, séculos antes, os cananitas, que viveram no tempo de Moisés e antes dele.

Portanto, foram esses antepassados dos fenícios que simplificaram a escrita. E passaram a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é, sinais que representam sons ao invés de sinais que representam ideias. Moisés, vivendo 40 anos na região de Mídia, onde essa escrita era conhecida, viu nela a escrita do futuro, e passou a usá-la por duas grandes razões: (1) a impressão grandiosa que teve de usar uma língua alfabética para seus escritos e que se compunha de apenas 22 sinais bastante simples comparados com os ideográficos que aprendera nas escolas do Egito; e (2) a compreensão de que estava escrevendo para seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos habitantes da terra em que estava vivendo, e que não eram versados em hieróglifos por causa de sua condição de escravos (De acordo com Siegfried Schwantes, Ph.D em línguas semíticas pela Johns Hopkins University, o vocabulário da última parte do livro de Gênesis e do livro de Êxodo evidencia a influência da língua egípcia sobre o hebraico. A palavra para "linho fino", por exemplo (Gn 41:42), é shesh, e curiosamente em egípcio é shash. Outro exemplo é a palavra "selo" (Gn 38:18, 25). Na forma hebraica é hotam, enquanto seu equivalente egípcio é htm. Um último exemplo (para ficar apenas com três) é o vocábulo hebraico taba'at, cujo significado é "anel" ou "sinete", e parece ser derivado do termo egípcio db't. "É uma palavra rara e denota familiaridade do autor com o meio egípcio", escreveu Schwantes em seu livro Arqueologia (São Paulo: IAE, 1988), p. 28. Estudos mais amplos nessa área têm sido produzidos por James Hoffmeier, do Trinity Evangelical Divinity School, nos Estados Unidos).

Michelson Borges (jornalista e mestrando em teologia pelo Unasp)

sábado, 4 de setembro de 2010

A Bíblia em julgamento

Ocorreu nos Estados Unidos, em 1940, um caso que talvez seja único na história. A Bíblia Sagrada foi levada a um julgamento legal, submetida a um processo, e, como não podia ser de outra maneira, venceu em toda a linha. O caso foi assim:

Existe nos Estados Unidos uma secretaria de Pesquisas Científicas, constituído de evangélicos. O presidente, naquele tempo, era o reverendo Harry Rimmer, bacharel em ciências, doutor em teologia e pastor em exercício. Essa associação anunciou, durante quinze anos, que daria um prémio de cem dólares a quem provasse haver ao menos um erro, cientificamente comprovado, na Bíblia Sagrada. Depois a entidade resolveu aumentar o prémio para mil dólares e continuou o desafio.

Em outubro de 1939, um velho inimigo da Bíblia, aproveitou-se do anúncio feito pela sociedade num grande jornal e exigiu legalmente o prémio. Era o senhor William Floyd, editor de um jornal que, apoiado por muitos incrédulos, acionou a Sociedade na pessoa de seu presidente, reverendo Rimmer. A princípio apresentou ele "51 erros científicos" na Bíblia. As coisas correram os trâmites legais e o acusador resolveu reduzir o caso para cinco pontos que ele considerava erros no texto bíblico.

Estes cinco pontos entraram em juízo. O advogado do opositor chamava-se Wheles e o da defesa, era o causídico evangélico doutor James Bennet. Foram admitidos, para ambas as partes, testemunhas constituídas de eruditos e sábios que foram ouvidos nas ocasiões oportunas. O juiz nomeou, de acordo com as partes, uma comissão competente para decidir cada ponto, após discussões, réplicas e tréplicas. Ele, o juiz, depois de tudo, decidiria se ficaria provado ou não um erro ao menos na Bíblia. Em caso afirmativo o reverendo Rimmer seria obrigado a pagar o prémio de mil dólares; no caso negativo, o acusador seria sentenciado a pagar as custas do processo.

O julgamento revolucionou toda a América do Norte. Os jornais, revistas e rádios se movimentaram comentando o assunto. Entre outubro de 1939 e fevereiro de 1940, nunca houve tão grande propaganda da Bíblia e de forma gratuita! Formou-se um grande volume de documentos com provas, pareceres, gráficos e textos em hebraico e grego, como nunca houve naquela Corte de Nova Iorque.

As discussões foram acaloradas, com auditórios enormes e uma curiosidade imensa. Cada acusação era examinada a fundo. Cada detalhe dos pretensos erros apresentados pelo senhor Floyd foi pesado, medido e contado. Ocasiões houve em que os acusadores e suas testemunhas caíam em contradições ou revelavam ignorância da Bíblia e produziam situações ridículas que despertavam gostosas gargalhadas dos assistentes e do juiz.

Finalmente, depois de tudo bem examinado, foi dada a sentença legal, a 16 de fevereiro de 1940. Declarava a sentença que o acusador, senhor William Floyd, não conseguira provar um só erro, cientificamente evidenciado, nas páginas do livro intitulado "Bíblia Sagrada", e, assim, ficava condenado a pagar as custas.

A notícia do acontecimento foi publicado na revista" "Sunday School Times", de Filadelfia, U.S.A., de junho e julho de 1940. Também foi contado num livro de 88 páginas, sob o título "That Lawsuit against the Bible" (Aquele processo legal contra a Bíblia), da autoria de Harry Rimmer - Editor: W.B. Erdmans Publishing Co. Grand Rapids. Michigan. U.S.A.

OBS.: Em 1861, a Academia Francesa de Ciências publicou uma lista de cinquenta e um fatos científicos contradizendo alguma declaração da Bíblia. Setenta anos depois, nenhum cientista defendia mais um só daqueles supostos factos, enquanto que a Bíblia continua a mesma. As opiniões dos cientistas vão mudando, mas quando um fato é demonstrado pela ciência, está de acordo com as Escrituras.

Harry Rimmer, In "A Ciência Moderna e as Escrituras Sagradas."

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pecados Secretos

Sonde sua consciência buscando os pecados secretos

Examine os segredos do seu coração. Você negligencia algum dever que somente você e Deus conhecem? Você aceita alguma prática secreta que ofende os olhos de Deus que tudo vêem? Examine-se a si mesmo em relação às responsabilidades básicas: leitura da Bíblia, meditação, oração secreta. Você cumpre totalmente todos esses deveres? Se sim, você os cumpre de uma maneira irregular e desatenta? Como é o seu comportamento quando está escondido dos olhos do mundo - quando você não tem limites além da sua consciência? O que ela lhe diz? Mencionarei duas questões em particular:

Pergunte a si mesmo se negligencia a leitura bíblica. Certamente a Bíblia foi escrita para ser lida - não somente por ministros, mas também pelas pessoas. Não é suficiente ler a Bíblia uma vez, ou somente em ocasiões especiais. As Escrituras nos foram dadas para estarem conosco continuamente, para atuarem como regra da vida. Assim como o artesão precisa da medida padrão e o cego do seu guia, assim como aquele que caminha na escuridão carrega uma luz, assim a Bíblia deve ser a lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminho (Sl 119.105).

Josué 1.8 diz: "Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido".

Deuteronômio 6.6-9 ordenou aos israelitas: "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas".

Da mesma maneira Cristo nos ordenou a buscar as Escrituras (Jo 5.39). São estas as minas que temos que cavar a fim de alcançarmos os tesouros escondidos. Você negligencia este dever?

Pergunte a si mesmo se secretamente você está entretendo alguma paixão sensual. Há muitas maneiras e muitos graus de agradar a nossa concupiscência carnal, mas cada um deles está provocando a um Deus que é santo. Você até mesmo se reprime de um prazer indecente, mas, de vez em quando, de algum modo você gratifica suas paixões e se permite testar a doçura de um prazer ilícito? Você percebe que ofende a Deus, até mesmo quando faz isso apenas em pensamento e imaginação? Você é culpado desse pecado?

Jonathan Edwards (1703 - 1758)

sábado, 7 de agosto de 2010

Você quer ser Curado?

"Você quer ser curado?". Acho que o Salvador postulou essa pergunta por outra razão, a qual transformarei em exortação. Abra mão de toda e qualquer receita imposta quanto à maneira de ser salvo. A pergunta não é: "Você quer ser colocado no tanque?", mas: "Quer ser curado?". A pergunta não é: "Quer tomar esse remédio? Quer que eu faça isso ou aquilo com você?", mas, "Quer ser curado?". Você chegou ao ponto em que está disposto a ser salvo da maneira determinada por Deus, por Cristo?

Alguém diz: "Quero ter um sonho". Alma querida, não deseje sonho algum; não passam de sonhos. Outro diz: "Quero ver uma visão". Caro amigo, o plano da salvação não diz nada a respeito de visões. "Quero ouvir uma voz", diz alguém. Pois bem, escute a minha voz, e que Deus, o Espírito Santo, leve você a ouvir a voz da sua Palavra por meio de mim! "Mas quero" - oh! sim, você quer -, você nem sabe o que quer, como muitas crianças tolas com suas venetas e fantasias, caprichos e vontades. Quem dera que todos se dispusessem a ser salvos mediante o plano singelo de crer e viver! Sendo este o caminho estabelecido por Deus, quem é você para ter um caminho diferente? Quando apresentei o caminho da salvação diante de uma amiga, faz algum tempo, ela se voltou para mim e disse: "Oh, senhor, ore mesmo por mim!". "Não", respondi, "não orarei por você". "Mas", disse ela, "como pode dizer isso?". Respondi: "Coloquei diante de você Cristo crucificado, e peço que creia nele. Se não quiser crer nele, estará perdida; e não orarei a Deus para preparar algum caminho diferente de salvação para você. Merecerá perder-se se não quiser crer em Cristo". Coloquei a questão exatamente assim diante dela, e quando disse, em seguida: "Oh, entendo agora! Estou olhando para Cristo, e confiando nele", falei: "Agora vou orar por você; agora podemos orar juntos, e cantar juntos, se necessário for". Mas, caros amigos, não estabeleçam seu conceito de como devem ser convertidos: é possível achar duas pessoas que se converteram da mesma forma? Deus não faz convertidos da mesma maneira que os homens fazem penas de aço (para canetas tinteiro) - uma grosa delas por caixa, todas idênticas. Não, nada disso; em cada caso há a criação de um novo homem vivente, e cada homem, cada animal, é um pouco diferente dos demais da sua espécie; não procurem uniformidade na obra da regeneração. "Você quer ser curado?". Venha. Você deseja o perdão dos pecados? Anseia por um novo coração e um espírito renovado? Se for assim, largue mão de disputar a maneira de obtê-los, e faça o que Cristo manda fazer.

Charles H. Spurgeon
(trecho do sermão "Incapacidade e Onipotência")

sábado, 24 de julho de 2010

Não Estou Salvo!

"Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê, mas, sim, em si mesmo." (Agostinho).
"Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos." (Jeremias 8:20)

NÃO ESTOU SALVO! Caro leitor, esta é a sua triste condição? Mesmo sendo avisado do julgamento por vir e exortado a buscar a salvação, ainda assim, até agora você não está salvo? Você sabe qual é o caminho da salvação; tem lido sobre isso na Bíblia; ouve pregações a respeito e amigos lhe explicam o assunto. Porém, apesar de tudo, você despreza e, portanto, não está salvo. Não haverá desculpas para você, quando o Senhor julgar os vivos e os mortos. O Espírito Santo tem abençoado, com maior ou menor intensidade, a Palavra que lhe é pregada; tem trazido, da presença divina, momentos de refrigério. Mesmo assim, você se encontra sem Cristo. Assim como as estações, essas oportunidades de esperança lhe chegaram e se foram - seu verão e sua colheita já passaram - e você ainda não está salvo.

Os anos se sucedem em direção à eternidade; logo chegará o último ano de sua vida. Sua juventude logo passará; sua varonilidade estará se escoando, e você ainda não está salvo. Pergunto-lhe: Você será salvo ainda? Há qualquer possibilidade disso? Mesmo as ocasiões mais propícias não lhe levaram a salvação. Seria o caso de outras oportunidades alterarem a sua condição? Vários meios já falharam com você; até mesmo o melhor dos métodos, usado com perseverança e com a maior afeição. O que mais poderá ser feito por você? A aflição e a prosperidade não mais lhe impressionam; lágrimas, orações e sermões se perderam em seu coração vazio. Não se esgotaram as probabilidades de você um dia ser salvo? Não é mais que provável que você permanecerá como está, até que a morte feche para sempre as portas da salvação? Você poderá rejeitar esta suposição; entretanto, ela é racional, pois quem não se lava em águas abundantes, quando as encontra, muito provavelmente permanecerá imundo até o fim. Se o tempo apropriado não chegou, por que haveria de chegar? É natural temer que ele nunca chegará e que, à semelhança de Félix, você nunca encontre ocasião apropriada, até que esteja no inferno. Oh! Considere o que é o inferno e a terrível possibilidade de ser em breve lançado nele!

Leitor, caso você morra sem ser salvo, não haverá palavras para descrever a sua perdição. Você deveria lamentar-se profundamente pela triste estado, falar a respeito dele com gemidos e ranger de dentes. Você será punido com a destruição eterna, banido da glória do Senhor e da glória do seu poder. Esta voz amiga deseja alertá-lo e conduzi-lo à uma vida de seriedade. Oh! Seja sábio a tempo e, antes que passe a oportunidade, creia em Jesus, que é capaz de salvá-lo completamente. Utilize o tempo presente para refletir. Se, em humilde fé em Cristo, houver arrependimento em sua vida, isto será o melhor a lhe acontecer. Não permita que este ano passe e você continue sem perdão; nem que o repicar dos sinos do ano novo o encontrem sem o gozo verdadeiro. Creia em Jesus e viva - agora, agora, agora.

"Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças." (Gn. 19:17).

Charles Haddon Spurgeon

sábado, 17 de julho de 2010

Auto-Reflexão e Meditação na Palavra

Você poderia pensar que já temos mais informação sobre nós mesmos do que sobre qualquer outra coisa. Afinal de contas, estamos sempre junto de nós. Somos totalmente conscientes dos nossos atos. Instantaneamente sabemos tudo o que acontece conosco, e tudo o que fazemos.

Mas, em alguns aspectos, é mais difícil obter um conhecimento verdadeiro sobre nós mesmos do que sobre quase qualquer outra coisa. Portanto, devemos investigar diligentemente no segredo do nosso coração e examinar cuidadosamente todos os nossos caminhos e condutas. Aqui estão algumas diretrizes para ajudar neste processo:

1) Sempre una a auto-reflexão com a leitura e o ouvir da Palavra de Deus. Quando você ler a Bíblia ou ouvir sermões, reflita e compare os seus caminhos com o que você leu ou ouviu. Pondere que harmonia ou desarmonia existe entre a Palavra e os seus caminhos. A Bíblia testifica contra todo tipo de pecado e tem direções para qualquer responsabilidade espiritual, como escreveu Paulo: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (II Tm 3:16,17). Portanto, quando ler os mandamentos dados por Cristo e seus apóstolos, pergunte-se: Vivo de acordo com essas regras? Ou vivo de maneira contrária a elas?

2) Quando ler histórias da Bíblia sobre os pecados e sobre os culpados, faça uma auto-reflexão enquanto avança na leitura. Pergunte a si mesmo se é culpado de pecados semelhantes. Quando ler como Deus reprovou o pecado de outros e executou julgamentos por seus pecados, questione se você merece punição semelhante. Quando ler os exemplos de Cristo e dos santos, questione se você vive de maneira contrária aos seus exemplos. Quando ler sobre como Deus louvou e recompensou seu povo pelas suas virtudes e boas obras, pergunte se você merece a mesma bênção. Faça uso da Palavra como um espelho pelo qual você examina cuidadosamente a si mesmo - e seja um praticante da palavra (Tg 1:23-25).

Poucos são aqueles que fazem como deveriam! Enquanto o ministro testifica contra o pecado, a maioria está ocupada pensando em como os outros falham em estar à altura. Podem ouvir centenas de coisas em sermões que se aplicam adequadamente a eles; mas nunca pensam que o que pregador está falando lhes diz respeito. A mente deles está fixa em outras pessoas para quem a mensagem parece se encaixar, mas eles nunca julgam necessitar dessa pregação.

Jonathan Edwards (1703 - 1758)

domingo, 13 de junho de 2010

Alguns conselhos sobre a oração

"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." (Fp 4:6-7)

Preste atenção a sua maneira de orar, e faz isso com toda seriedade. Nunca permita que a oração converta-se em uma formalidade sem vida. Algumas pessoas oram durante um longo tempo, porem não conseguem o que pedem, porque não argumentam a promessa de maneira séria e verdadeira. Se você entrasse em um Banco, e ficasse falando com o gerente durante uma hora, e saísse sem seu dinheiro, do que lhe serviria? Se vou ao banco, entrego meu cheque no caixa, pego meu dinheiro, e dedico-me as minhas atividades: essa é a melhor maneira de orar.

Pede aquilo que necessita porque o Senhor tem prometido, e siga fazendo seu trabalho com a plena certeza de consegui-lo. Ponha-se de pé cantando, porque a promessa foi cumprida, e dessa forma sua oração receberá uma contestação. O que faz que Deus ouça, não é a largura de sua oração, mas antes, a força da sua oração, e a força da sua razão radica em sua fé na promessa que você argumenta diante do Senhor.

Não tenhas sofreguidão, mas orações; não inquietações, mas muita comunhão com Deus. Põe as tuas súplicas diante do Senhor da tua vida, o guardião da tua alma. Chega-te a Ele com duas partes de oração e uma de louvores fervorosos. Não ores com dúvidas, mas com gratidão. Tem por certo que as suas petições já foram atendidas, e, portanto, louva o Senhor pela Sua misericórdia. Ele está lhe dando as suas bênçãos; dá-Lhe tu graças. Não esconda nada Dele, nem guarde no teu peito qualquer inquietação que perturbe seu coração; sejam notórias as vossas petições. Não recorras ao homem, mas vai só a Deus, o Pai de Jesus, que nEle  ama vocês.

Deste modo encontrará a paz de Deus. Jamais poderá compreender de quanta paz te inundará. Ele vai lhe envolver nos Seus braços amorosos. O seu coração e o seu espírito ficarão inundados por Cristo Jesus num oceano de repouso. Venha sobre ti a vida ou a morte, a pobreza ou a dor, a calúnia ou o ódio, sempre estarás ao abrigo de toda a tempestade, por cima de todas as nuvens que te ameacem. Por que não obedeces a este tão inefável mandato? Sim, Senhor, eu creio em Ti, mas ajuda a minha incredulidade.

C. H. Spurgeon

sábado, 8 de maio de 2010

A Origem do Dia das Mães

O Dia das Mães nasceu como uma homenagem póstuma da metodista norte-americana Anna Marie Jarvis à sua própria mãe. A primeira comemoração oficial foi numa Igreja Metodista, 100 anos atrás.

No ano de 1905, Anna Marie Jarvis recebeu um duro golpe: a morte de sua mãe, exemplo de dedicação e fé. Dois anos mais tarde, em 1907, no segundo domingo de maio, Anna convidou várias amigas para sua casa na Filadélfia, EUA, para uma celebração de ação de graças pela vida de sua mãe. Na ocasião ela anunciou a idéia de se instituir um dia nacional em honra às mães.

No verão seguinte, Anna escreveu ao Superintendente da Escola Dominical da Igreja Metodista Andrews em Grafton, sugerindo que a igreja na qual sua mãe tinha dado aulas por 20 anos, celebrasse o Dia das Mães em sua homenagem.

Assim, no dia 10 de Maio de 1908, celebrou-se oficialmente o primeiro Dia das Mães da história. Em 1914, a celebração tornou-se nacional, aprovada pelo Presidente Woodrow Wilson.

Desde 1908, a homenagem às mães acontece na Igreja Metodista Andrews, agora conhecida como Capela do Dia das Mães, na cidade de Grafton, West Virginia. O local tornou-se também uma espécie de museu dedicado à comemoração.

O fim do Dia das Mães

Mas nem tudo foram rosas (ou cravos, escolhidos por Anna para simbolizar a data) na bela história do Dia das Mães. Muito cedo Anna se decepcionaria com os rumos tomados pela comemoração. Ela ficava simplesmente chocada quando via comerciantes aproveitando-se da data. "Não era essa minha intenção! Eu queria que fosse um dia de sentimento, não de lucro!", reclamava Anna. Desgostosa, ela ironizava: "Um cartão impresso não significa nada, a não ser que você é muito preguiçoso para escrever para a mulher que fez mais por você do que qualquer outra pessoa no mundo. E doce! Você compra uma caixa para sua mãe - e come a maior parte você mesmo. Um lindo gesto!" - ironizava ela.

Na década de 1920, Anna Jarvis ficou incomodada com a comercialização do feriado. O mesmo empenho que ela teve para criar e oficializar o Dia das Mães, ela teve para destruí-lo. Em 1923, moveu um processo contra o governo de Nova York para cancelar a celebração e, é claro, perdeu. Enraivecida, ela atacou uma barraca de florista (mais ou menos como Jesus fez com as mesas dos cambistas no templo de Jerusalém) e foi presa por perturbação da ordem. Anna e sua irmã Ellsinore gastaram a herança da família fazendo campanha contra o feriado, mas não conseguiram fazer com que o Dia das Mães "acabasse" ou voltasse à pureza original.

Anna Marie Jarvis nunca casou e não teve filhos. Ela morreu em West Chester, Pensilvânia, aos 84 anos de idade, pobre e sozinha, e está enterrada ao lado de sua mãe no West Laurel Hill Cemetery, em Bala Cynwyd, Pensilvânia.

domingo, 18 de abril de 2010

A obediência traz bênção

"Guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, para que bem te suceda a ti e a teus filhos depois de ti para sempre, quando fizeres o que for bom e reto aos olhos do SENHOR teu Deus." (Dt 12:28)

Ainda que a salvação não se obtém pelas obras da Lei, todavia, as bênçãos prometidas à obediência, não são negadas aos fiéis servos de Deus. O Senhor aboliu a maldição quando foi feito maldição por nós; porém, nunca revogou qualquer bem-aventurança.

Temos de tomar nota e escutar a vontade revelada do Senhor, pondo a nossa atenção, não só em algumas porções dela, mas também em "todas estas palavras". Não podemos selecionar nem escolher, mas tem de haver um respeito imparcial para com tudo o que Deus tem mandado. Este é o caminho da bênção para o pai e para os seus filhos. A bênção do Senhor está sobre os Seus eleitos até a terceira e quarta geração. Se andarem em retidão (ou 'retamente') na Sua presença (ou 'diante do SENHOR'), Ele fará que todos os homens se reconheçam que são (ou 'como') a semente bendita do SENHOR.

Nenhuma bênção pode vir sobre nós ou aos nossos filhos por fraude e hipocrisia. Os caminhos segundo (ou 'de conformismo com') o mundo e a impiedade tampouco podem trazer-nos bem algum (ou 'não podem trazer-nos qualquer benefício a nós ou aos nossos'). Só nos irá bem quando estivermos bem com Deus. Se a integridade não nos faz prosperar, tão-pouco a fraude o conseguirá. Aquilo que agradar a Deus dar-nos-á alegria.

Charles H. Spurgeon

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não inquiete-se nem perturbe-se: ore e creia

"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com acção de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." (Fp 4:6-7)

Não tenhas afãs, mas orações; não inquietações, mas muita comunhão com Deus. Põe as tuas súplicas diante do Senhor da tua vida, o guardião da tua alma. Chega-te a Ele com duas partes de oração e uma de louvores fervorosos. Não ores com dúvidas, mas com gratidão. Tem por certo que as suas petições já foram atendidas, e, portanto, louva o Senhor pela Sua misericórdia. Ele está lhe dando as suas bênçãos; dá-Lhe tu graças. Não esconda nada Dele, nem guarde no teu peito qualquer inquietação que perturbe seu coração; sejam notórias as vossas petições. Não recorras ao homem, mas vai só a Deus, o Pai de Jesus, que nEle  ama vocês.

Deste modo encontrará a paz de Deus. Jamais poderá compreender de quanta paz te inundará. Ele vai lhe envolver nos Seus braços amorosos. O seu coração e o seu espírito ficarão inundados por Cristo Jesus num oceano de repouso. Venha sobre ti a vida ou a morte, a pobreza ou a dor, a calúnia ou o ódio, sempre estarás ao abrigo de toda a tempestade, por cima de todas as nuvens que te ameacem. Por que não obedeces a este tão inefável mandato?

Sim, Senhor, eu creio em Ti, mas ajuda a minha incredulidade.

Charles Haddon Spurgeon

domingo, 28 de março de 2010

Jesus é a nossa Páscoa!

A palavra portuguesa "páscoa" é usada para designar a festa dos judeus que, no hebraico, recebe o nome de pesach (passar por sobre). Esse nome surgiu em face da narrativa bíblica em que o anjo da morte, ou o anjo destruidor, "passou por sobre" as casas assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, atacacando ferozmente as casas dos egipcios e matando a todos os primogênitos de entre eles (Ex 12.21ss). Essa mortandade convenceu faraó de permitir que Israel deixasse o Egito, após 400 anos de servidão naquele país. Por tudo isso, é correto afirmar que a palavra páscoa - desde tempos mais remotos - tem o sentido de libertação e expiação. O sangue do cordeiro teria um papel expiatório, e o êxodo seria a concretização dessa libertação.

A festa da páscoa é o mais importante dos memoriais do Antigo Testamento, sendo o início de uma série de acontecimentos sem precedentes, que culminaram na entrada do povo na Terra Prometida. No entanto, passados mais de 1500 anos daquela primeira celebração, um outro evento importante teve seu lugar na história. Deus visitou os homens, vestido de carne e tal como o cordeiro na noite de páscoa, verteu seu sangue para que nós pudessemos ser livres do Destruidor. A morte de Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus, veio a significar uma expiação perfeita e uma libertação muito mais ampla, razão pela qual o apóstolo Paulo refere-se a Cristo como a nossa páscoa (1Co 5.7).

No mundo ocidental, vimos o conceito da páscoa evoluir rapidamente, de modo que ela passou de uma celebração religiosa para uma data meramente comercial. Aproveita-se a época para vender ovos de chocolate, e promociona-se a figura do coelho, e não do cordeiro. Não tenho absolutamente nada contra quem quer que coma chocolate, quer seja na páscoa, quer seja em qualquer outro dia do ano. Pesquisas recentes confirmam que o chocolate do tipo meio-amargo, por exemplo, protege o coração, e consumo rotineiro reduz os níveis da pressão arterial. Nada contra, mas acontece que em tratando-se de páscoa, tem se perdido a essencia da representação desse memorial. Já ninguém conhece o sentido e o significado da páscoa.

Libertação e expiação: Estes são os verdadeiros símbolos da Páscoa. Foi isso que Moisés significou para Israel; é isso o que Jesus significa para nós. Deus em Cristo nos libertou! Já passei da morte para a vida! Isso é pascoa. O reconhecimento de que já não devemos estar debaixo de um jugo de escravo, sendo aprisionados por mandamentos humanos, por ordens sem sentido e heresias infundadas, por medo de perder uma cobertura apóstólica, a não aceitação dessa deturpação do sacrifício de Cristo na cruz, o olvidar do perdão, da salvação; tudo isso anula o sentido da páscoa. A pascoa cristã não precisa ser apenas uma celebração anual, ela deve ser vivida a cada dia.

Nesse domingo de páscoa, coma chocolate, dê um lindo passeio com a família. Tudo isso é muito bacana! Mas não se esqueça que pascoa é muito mais que um ovo de chocolate e um passeio de fim de semana: é Cristo Jesus, reinando em nossos corações, declarando-nos livres do poder do pecado através do seu sangue. É assim que deve ser celebrada a nossa fé.

Leonardo G. Silva - Th.M.

domingo, 21 de março de 2010

Alguns conselhos sobre a oração

Preste atenção a sua maneira de orar, e faz isso com toda seriedade. Nunca permita que a oração converta-se em uma formalidade sem vida. Algumas pessoas oram durante um longo tempo, porem não conseguem o que pedem, porque não argumentam a promessa de maneira séria e verdadeira. Se você entrasse em um Banco, e ficasse falando com o gerente durante uma hora, e saisse sem seu dinheiro, do que lhe serviria? Se vou ao banco, entrego meu cheque no caixa, pego meu dinheiro, e dedico-me as minhas atividades: essa é a melhor maneira de orar.

Pede aquilo que necessita porque o Senhor tem prometido, e siga fazendo seu trabalho com a plena certeza de consegui-lo. Ponha-se de pé cantando, porque a promessa foi cumprida, e dessa forma sua oração receberá uma contestação. O que faz que Deus ouça, não é a largura de sua oração, mas antes, a força da sua oração, e a força da sua razão radica em sua fé na promessa que você argumenta diante do Senhor.

C. H. Spurgeon

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Como Pregar Para Não Converter a Ninguém

1) Deixe que seu motivo predominante seja assegurar sua própria popularidade.

2) Preocupe-se mais em agradar do que converter aos seus ouvintes.

3) Procure assegurar sua reputação como sendo um pregador famoso e diferente dos outros (para que todos o idolatrem e não prestem atenção na mensagem).

4) Fale com um estilo florido, enfeitado e inteiramente fora do alcance da compreensão da maioria das pessoas.

5) Seja superficial nas suas considerações para que seus sermões não contenham verdades suficientes para converter alguém.

6) Deixe a impressão de que se Deus é tão bom com todos, não enviará ninguém para o inferno.

7) Pregue sobre o amor de Deus, mas não fale nada a respeito da santidade do seu amor.

8) Evite dar ênfase na doutrina da completa depravação moral do homem para não vir a ofender o moralista.

C. H. Spurgeon

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Apenas uma oração

Certa noite eu estava fazendo de tudo para ajudar uma mãe em trabalho de parto. Apesar do esforço ela não resistiu e nos deixou com um bebê  prematuro e uma filha de dois anos em prantos.

Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora (não tínhamos eletricidade para ativar uma incubadora). Também não tínhamos recursos adequados de alimentação.

Mesmo morando na linha do equador, as noites eram, não raro, frias com aragens traiçoeiras.

Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos a tais bebês e os panos de algodão para envolvê-los. Outra foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente.

Sem demora retornou desconsolada, pois a bolsa havia rompido. Borracha estraga fácil em clima tropical. "Era nossa última bolsa", disse-me.

Assim como no ocidente se diz que "não adianta chorar sobre o leite derramado", na África central poderia ser que "não adianta chorar sobre bolsas estragadas". Elas não crescem em árvores, e não existem farmácias no meio das florestas. "Muito bem", disse eu, "coloque o bebê em segurança tão próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-lo das lufadas de vento frio. Mantenham o bebê aquecido".

Na tarde seguinte, fui orar com as órfãs que eventualmente quisessem reunir-se comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem despertá-las a orar e, também, contei-lhes sobre o bebê. Expliquei nossa dificuldade em manter o bebê aquecido em função da única bolsa de água quente que  havia estourado. E que o bebê poderia morrer se pegasse frio. Mencionei a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a perda e a ausência da mãe.

Durante as orações, Rute, uma de nossas crianças africanas de 10 anos, orou: "Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já vá ser tarde, Deus, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje".

Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha audácia, num corolário, acrescentou: "Deus, já que estais cuidando disso, por favor, manda junto uma boneca para a maninha dela, para que saiba que também a amas de verdade".

Como acontece muito com crianças, me colocaram em apuros. Poderia eu, honestamente, dizer "Amém"? Eu simplesmente não podia acreditar que Deus poderia fazê-lo. A Bíblia diz isso. Mas há limites. Ou não? O único jeito de Deus atender tal pedido seria por encomenda à minha terra natal, via correio.

Eu estava na África há quatro anos e jamais havia recebido uma encomenda postal de casa. De qualquer forma, se alguém mandasse algo, colocaria nela uma bolsa de água quente? Eu morava na linha do equador!

À tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veio um recado dizendo que um carro estacionara no portão de minha casa. Ao chegar em casa, o carro havia partido, mas deixara um pacote de 11 kg na  varanda.

Meus olhos lacrimejaram. Não consegui abrir o pacote sozinho, e solicitei que algumas crianças do orfanato me ajudassem. Tudo foi feito com muito cuidado para que nada fosse danificado. Os corações batiam forte. Trinta a quarenta olhos arregalados acompanhavam cada ação.

A camada de cima era composta de roupas coloridas e cintilantes. Os olhinhos das crianças brilhavam na medida em que as distribuía. Depois vieram as ataduras para os leprosos, caixinhas de passas de uva e farinha, que dariam gostosos bolos para o fim de semana. Quando pus as mãos de novo na caixa, pasmem: "uma bolsa de água quente, novinha em folha" eu gritei!

Eu não havia feito nenhuma encomenda neste sentido. Rute, que estava no banco da frente, saltou e começou a gritar: "Se Deus mandou a bolsa, ele também mandou a boneca!"

Enfiando as mãos na caixa, se pôs à procura da boneca. E lá estava ela, maravilhosamente vestida! Rute nunca duvidara. Olhando para mim, perguntou: "Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Jesus também a ama muito?"

Este pacote esteve a caminho por cinco meses e foi uma iniciativa da minha ex-professora de escola bíblica e de uma menina de sua turma, que atendendo a voz do Senhor, nos enviou, junto às roupas, medicamentos e alimentos, uma bolsa de água quente novinha e uma boneca em resposta a oração de uma menininha de 10 anos que acreditou fielmente que Deus atenderia a sua oração ainda naquela tarde, conforme está escrito: "tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis" (Mt 21:22).

Rev. Oscar Lehenbauer (tradução)

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Compartilhar a Salvação: uma grande responsabilidade!

Durante as minhas férias de janeiro, decidi separar alguns dias para organizar os meus arquivos (físicos, já que os virtuais irão precisar de outras férias). Comecei a limpeza pela a minha mesa de estudo, onde havia dezenas de artigos impressos. Separei os lidos dos ainda não lidos e mandei alguns repetidos para a reciclagem, juntamente com alguns já lidos e que não me seriam mais úteis. Por fim resolvi mexer no meu armário, onde havia (e ainda há) centenas de papeis, artigos, livros, jornais e revistas. Nesta limpeza enchi dois sacos com papeis, papelões e derivados, dando uma organizada na minha bagunça e encontrando coisas que há algum tempo estavam esquecidas dentro do armário.

Entre as coisas ali "esquecidas", encontrei a minha coleção de folhetos evangelísticos guardados dentro de uma caixinha de papelão. Folhetos de tudo quanto é tipo e de vários tamanhos e formatos, alguns do tempo em que eu era Sócio Evangelizador da Sociedade Bíblica do Brasil e recebia e distribuía mil folhetos por mês e sempre separava um de cada modelo para guardar na minha coleção. Após tirar a poeira da caixa, comecei a separar os folhetos e a ler (reler) cada um deles e logo veio a minha mente o sermão do último domingo. O sermão, trazido pelo amado diácono Celso Casarim, teve como texto base II Reis 7:3 - 10, que narra a história de quatro leprosos:

"E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos? Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos nós, pois, agora, e passemos para o arraial dos sírios; se nos deixarem viver, viveremos, e se nos matarem, tão-somente morreremos. E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos sírios; e, chegando à entrada do arraial dos sírios, eis que não havia ali ninguém. Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós. Por isso se levantaram, e fugiram no crepúsculo, e deixaram as suas tendas, os seus cavalos, os seus jumentos e o arraial como estava; e fugiram para salvarem a sua vida. Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, beberam e tomaram dali prata, ouro e roupas, e foram e os esconderam; então voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa e a esconderam. Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos, e o anunciaremos à casa do rei. Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, [...]".

O contexto imediato desta passagem (II Reis 6) nos informa que Ben-Hadad, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército e cercou a Samaria "E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas por cinco peças de prata". A fome era tanta que aquelas pessoas, que ainda possuíam algum recurso, compravam cabeças de jumento e esterco de pombas.

O jumento era o único animal dos que os israelitas normalmente possuíam que era ritualmente imundo, não sendo aceitável nem para sacrifício, nem para comida. Conforme a lei de DEUS dada a Moisés, todo o animal que abrisse a madre (o primogênito) teria de ser dedicado ao Senhor. O jumento, porém, teria que ser resgatado, ofertando um cordeiro ou um cabrito, o que era algo muito valioso naquele tempo e por isso o dono tinha que está realmente disposto a possuí-lo. Caso não fosse resgatado, a lei ordenava que se cortasse a cabeça do jumento. Oitenta peças de prata [ou siclos] equivalem a 913,92 gramas - quase 1 kg de prata [cada siclo equivale a 11,424 gramas]. Um grama de prata está valendo hoje cerca de R$ 1,00, então estamos falando de algo em torno de R$ 913,92 por cabeça de jumento.

O esterco de pombas, conforme o historiador judeu Flávio Josefo (38 d.C. - 100 d.C.), servia de sal para a cabeça de jumento a ser comida. Outros comentaristas nos informam que o esterco servia de combustível para refogar a cabeça de jumento. A palavra traduzida como "cabo" ("quarta parte de um cabo de esterco de pombas") é a transliteração da palavra hebraica "qab", uma medida de capacidade para secos que equivale a cerca de 1,5 litro (Strong # 06894). Então aproximadamente 375 ml de esterco de pomba. Cinco peças de prata [ou siclos] equivalem a 57,12 gramas, algo hoje em torno de R$ 57,12 por menos de meio litro de esterco de pomba.

Muitas pessoas em Samaria não tinham 85 ciclos de prata para comprar uma cabeça de jumento e 375 ml de esterco de pombas, os quais também já estavam se esgotando. Não tendo o que comer, e não tendo dinheiro para comprar mais nada, com a fome já levando as raias da loucura, começaram a matar as crianças, ou pior, mães matando e cozendo os próprios filhos para comerem. E isto já havia sido previsto a mais de quinhentos anos antes, caso o povo se desviasse dos Caminhos de DEUS (Deuteronômio 28:53).

Os leprosos, num ato de total desespero, resolveram ir ao acampamento dos sírios em busca de comida e bebida, já que não tinham mais nada a perder, pois já estavam morrendo de fome e sede. Chegando lá, encontraram - por providência Divina - o arraial vazio e então puderam saciar a sua fome e sede, livrando-se da morte. Estes leprosos, por um momento, talvez por egoísmo, medo ou até mesmo vergonha, resolveram, após estarem saciados e livres da morte, esconder todos os alimentos e as riquezas com eles enquanto milhares de pessoas morriam de fome e de sede em Samaria. Porém logo, num momento de clara iluminação Divina, perceberam o grande erro que estavam cometendo em não repartir esta Boa Nova aos demais moradores famintos e sedentos que estavam padecendo lá na cidade.

O pregador nos chamou a atenção para o fato de que nós, os salvos por Cristo Jesus, que já saciamos a nossa fome com o Pão da Vida (João 6:35) e a nossa sede com a Água Viva (João 4:10,14), muitas vezes, por egoísmo, medo ou vergonha, escondemos para nós mesmo esta Boa Nova. Estamos caminhando com um cesto repleto de pães nas costas e com um cantil cheio de água na cintura por uma cidade faminta e sedenta e passamos sem ao menos deixar cair ali uma migalha de pão ou uma gota de água. Por que, tendo recebido tanto e de graça, somos tão relutantes em dividir e compartilhar? Por que nos calamos em dia de Boas Novas e guardamos tudo para nós mesmos, enquanto milhares e milhares de pessoas morrem sem conhecer o Salvador? Foi assim que me senti quando encontrei aquela caixa cheia de folhetos empoeirados e esquecidos dentro do meu armário. Eu com uma caixa repleta de "pão e água" enquanto muitos estão sedentos e famintos pela Palavra de DEUS. Naquele mesmo dia tirei a poeira de cada folheto e já começamos a distribuí-los, pois assim como os quatro leprosos, fomos coagidos pela consciência: "Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos"; coagidos por DEUS: "algum mal nos sobrevirá"; e coagidos pela urgência: "por isso agora vamos, e o anunciaremos".

Havia ali uma cidade inteira morrendo de fome e um acampamento cheio de comida. Naquela cidade havia um rei, um profeta, um oficial e outras autoridades, mas DEUS usou quatro leprosos, pessoas que eram excluídas, intocáveis e esquecidas, na salvação daquela cidade. Se você, assim como eu, já foi alcançado pelo o amor e pela a misericórdia de DEUS, não guarde isto só para você. Compartilhar a Salvação é uma grande responsabilidade, pois é um mandamento de DEUS (Mateus 28:19-20)!

Agora, se você não conhece o Senhor Jesus, ou O conhece de apenas ouvir falar, permita-me repartir contigo estas Palavras de Jesus: "E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." (João 6:35 ; 4:14). Venha ler e estudar a Bíblia conosco. Será uma alegria muito grande compartilhar contigo as Boas Novas da Salvação, que um dia de graça recebi e que hoje também de graça compartilho! (Mateus 10:8).

No amor do Senhor e Salvador Jesus,

Doni Augusto

www.pilb.blogspot.com

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um Cristão pode perder a salvação?

Antes de responder a essa pergunta, o termo "Cristão" precisa ser definido. Um "Cristão" não é uma pessoa que fez uma oração, ou foi para a frente do santuário, ou cresceu em uma família Cristã. Mesmo que cada uma dessas coisas pode fazer parte da experiência Cristã, não é isso o que "faz" um Cristão. Um Cristão é alguém que recebeu a Cristo através da fé e confiou nEle como seu único Salvador (João 3:16; Atos 16:31; Efésios 2:8-9).

Então, com essa definição em mente, pode um Cristão perder a salvação? Talvez o melhor jeito de responder a essa pergunta tão crucial é examinar o que a Bíblia diz que acontece no momento de salvação e estudar o que perder a salvação significaria. Aqui são alguns exemplos:

Um Cristão é uma nova criação. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Coríntios 5:17). Esse versículo está falando de uma pessoa se tornando uma criatura completamente nova como resultado de estar "em Cristo". Para um Cristão perder salvação, a nova criação teria que ser cancelada e revertida.

Um Cristão é redimido. "sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula" (1 Pedro 1:18-19). A palavra "redimido" (resgatado) se refere a uma compra sendo feita, um preço sendo pago. Para um Cristão perder a salvação, Deus mesmo teria que revocar Sua compra pela qual Ele pagou com o precioso sangue de Cristo.

Um Cristão é justificado. "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). "Justificar" significa "declarar justo". Todo aquele que recebe Jesus como Salvador é "declarado justo" por Deus. Para um Cristão perder salvação, Deus teria que voltar com Sua palavra e "des-declarar" o que Ele tinha previamente declarado.

Um Cristão é prometido vida eterna. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (John 3:16). Vida eterna é uma promessa de eternidade (para sempre) com Deus no Céu. Deus promete: "acredite e você terá vida eterna". Para um Cristão perder salvação, vida eterna teria que ser retirada. Se um Cristão é prometido que viverá para sempre, como então Deus pode quebrar essa promessa e retirar vida eterna?

Um Cristão é garantido glorificação. "E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou" (Romanos 8:30). Como aprendemos em Romanos 5:1, justificação é declarada no momento de fé. De acordo com Romanos 8:30, glorificação é garantida a todos que Deus justifica. Glorificação se refere a um Cristão recebendo um corpo de ressurreição perfeito no Céu. Se um Cristão pode perder salvação, Romanos 8:30 está errado, porque Deus não pode garantir glorificação para todo aquele que Ele predestinou, chamou e justificou.

Muitas outras ilustrações do que ocorre no momento de salvação podem ser compartilhadas. Até esses pouco que compartilhamos, no entanto, deixa bem claro que um Cristão não pode perder sua salvação. A maioria, se não tudo, do que a Bíblia diz que acontece com uma pessoa quando ela recebe a Jesus Cristo como Salvador seria eliminado se salvação pudesse ser perdida. Salvação não pode ser revertida. Um Cristão não pode deixar de ser uma nova criatura. Redenção não pode ser desfeita. Vida eterna não pode ser perdida e ainda ser considerada eterna. Se um Cristão pudesse perder salvação, Deus teria que voltar com Sua palavra e se arrepender - duas coisas que a Bíblia diz que Deus nunca faz.

As objeções mais frequentes à crença de que um Cristão não pode perder salvação são: (1) o que dizer sobre aqueles que são Cristãos e estão vivendo continuamente em um estilo de vida imoral? - e - (2) o que dizer daqueles que são Cristãos mas no futuro chegam a rejeitar a fé e negar a Cristo? O problema com essas duas objeções é a suposição "são Cristãos". (1) A Bíblia diz que um Cristão verdadeiro não vai viver continuamente em um estilo de vida imoral (1 João 3:6). (2) A Bíblia declara que qualquer um que abandona a fé está demonstrando que ele/ela nunca foi um Cristão verdadeiro (1 João 2:19).

Não, um Cristão não pode perder a salvação. Nada pode separar um Cristão do amor de Deus (Romanos 8:38-39). Nada pode remover um Cristão da mão de Deus (João 10:28-29). Deus está disposto e é capaz de garantir e manter a salvação que Ele nos tem prometido. Judas 24-25: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!"

gotquestions.org

domingo, 10 de janeiro de 2010

Nas mãos de Deus!

Todos nós estamos nas mãos de Deus. Para alguns isso quer dizer que nunca seremos colhidos pelos acidentes ou por mortes violentas. Para eles, estar nas mãos de Deus significa absoluta preservação. Até parece que nesse tipo de teologia nunca nenhum crente haverá de ser assassinado ou violentamente morto num acidente.

Esse é um engano do qual precisamos nos livrar. O fato de estarmos todos, os seus filhos, nas suas mãos, não significa que para sempre ele nos livrará da morte ou de sermos atingidos doloridamente. Quando Deus nos tem em suas mãos significa que ele faz de nós todos aquilo que bem lhe apraz. Ele é soberano para fazer o que quer de suas criaturas, inclusive aquelas que ele resolver remir através de Jesus Cristo. Muitas vezes ele teve os seus filhos nas suas mãos e ele os levou consigo, para que desfrutassem da sua doce companhia. Mas nem sempre eles morreram de velhice ou de enfermidades na velhice. Eles foram levados por acidentes violentos, na maldade dos homens, na fúria dos elementos da natureza, etc.

Portanto, creia que todos nós estamos nas mãos de Deus e nelas há segurança. Quando você entende que segurança significa que ninguém nos haverá de arrebatar da sua mão, você está absolutamente certo. Mas quando você entende que segurança significa que você sempre será guardado de morrer violentamente ou "prematuramente", isso não é verdade. Estar nas mãos de Deus significa que você haverá de estar na melhor situação, que nada pode separar-nos do amor dele que está em Cristo Jesus, mas isso não é garantia de que você será preservado necessariamente de qualquer mal que possa existir aqui neste mundo.

Por essa razão, Paulo raciocina, "se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor" (Rm 14.8). Sempre estaremos nas mãos do Senhor.

Heber Carlos de Campos
In: A providência e sua realização histórica

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A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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