sábado, 18 de setembro de 2010

Moisés escreveu mesmo o Pentateuco?

Até pouco tempo atrás, afirmava-se que a invenção do alfabeto teria ocorrido pelos séculos 12 ou 11 a.C., sendo esse argumento apresentado para "provar" que Moisés não podia ter escrito o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia), visto que em seu tempo não haviam ainda inventado a arte de escrever. No entanto, escavações arqueológicas nas ruínas da cidade de Ur, na antiga Caldeia, têm comprovado que ela era uma metrópole altamente civilizada. Nas escolas de Ur, os meninos aprendiam leitura, escrita, Aritmética e Geografia. Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em Ras Shamra, que são bem anteriores ao tempo de Moisés (1500 a.C.).

Estudiosos sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o Pentateuco. O grande arqueólogo William F. Albright datou essa escrita de início do século 15 a.C. (tempo de Moisés). Interessante é notar que essa escrita foi encontrada no lugar onde Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros (Êx 17:14). Veja o que disse Merryl Unger sobre a escrita do Antigo Testamento: "A coisa importante é que Deus tinha uma língua alfabética simples, pronta para registrar a divina revelação, em vez do difícil e incômodo cuneiforme de Babilônia e Assíria, ou o complexo hieróglifo do Egito."

Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de Moisés, e se as escritas anteriores - hieroglífica e cuneiforme - foram decifradas apenas no século 19, como poderia Moisés ter escrito aqueles livros? Se o tivesse feito, só poderia usar os hieróglifos, escrita na qual a Bíblia diz que Moisés era perito (At 7:22). Nesse caso, o Antigo Testamento teria ficado desconhecido até o século 19, quando o francês Champollion decifrou a antiga escrita egípcia. Acontece que, no princípio do século 20, nos anos 1904 e 1905, escavações na península do Sinai levaram à descoberta de uma escrita muito mais simples que a hieroglífica - e era alfabética! Com essa descoberta, a origem do alfabeto se transportava da época dos fenícios para a dos seus antecessores, séculos antes, os cananitas, que viveram no tempo de Moisés e antes dele.

Portanto, foram esses antepassados dos fenícios que simplificaram a escrita. E passaram a usar o alfabeto em lugar dos hieróglifos, isto é, sinais que representam sons ao invés de sinais que representam ideias. Moisés, vivendo 40 anos na região de Mídia, onde essa escrita era conhecida, viu nela a escrita do futuro, e passou a usá-la por duas grandes razões: (1) a impressão grandiosa que teve de usar uma língua alfabética para seus escritos e que se compunha de apenas 22 sinais bastante simples comparados com os ideográficos que aprendera nas escolas do Egito; e (2) a compreensão de que estava escrevendo para seu próprio povo, cuja origem era semita como a dos habitantes da terra em que estava vivendo, e que não eram versados em hieróglifos por causa de sua condição de escravos (De acordo com Siegfried Schwantes, Ph.D em línguas semíticas pela Johns Hopkins University, o vocabulário da última parte do livro de Gênesis e do livro de Êxodo evidencia a influência da língua egípcia sobre o hebraico. A palavra para "linho fino", por exemplo (Gn 41:42), é shesh, e curiosamente em egípcio é shash. Outro exemplo é a palavra "selo" (Gn 38:18, 25). Na forma hebraica é hotam, enquanto seu equivalente egípcio é htm. Um último exemplo (para ficar apenas com três) é o vocábulo hebraico taba'at, cujo significado é "anel" ou "sinete", e parece ser derivado do termo egípcio db't. "É uma palavra rara e denota familiaridade do autor com o meio egípcio", escreveu Schwantes em seu livro Arqueologia (São Paulo: IAE, 1988), p. 28. Estudos mais amplos nessa área têm sido produzidos por James Hoffmeier, do Trinity Evangelical Divinity School, nos Estados Unidos).

Michelson Borges (jornalista e mestrando em teologia pelo Unasp)

sábado, 4 de setembro de 2010

A Bíblia em julgamento

Ocorreu nos Estados Unidos, em 1940, um caso que talvez seja único na história. A Bíblia Sagrada foi levada a um julgamento legal, submetida a um processo, e, como não podia ser de outra maneira, venceu em toda a linha. O caso foi assim:

Existe nos Estados Unidos uma secretaria de Pesquisas Científicas, constituído de evangélicos. O presidente, naquele tempo, era o reverendo Harry Rimmer, bacharel em ciências, doutor em teologia e pastor em exercício. Essa associação anunciou, durante quinze anos, que daria um prémio de cem dólares a quem provasse haver ao menos um erro, cientificamente comprovado, na Bíblia Sagrada. Depois a entidade resolveu aumentar o prémio para mil dólares e continuou o desafio.

Em outubro de 1939, um velho inimigo da Bíblia, aproveitou-se do anúncio feito pela sociedade num grande jornal e exigiu legalmente o prémio. Era o senhor William Floyd, editor de um jornal que, apoiado por muitos incrédulos, acionou a Sociedade na pessoa de seu presidente, reverendo Rimmer. A princípio apresentou ele "51 erros científicos" na Bíblia. As coisas correram os trâmites legais e o acusador resolveu reduzir o caso para cinco pontos que ele considerava erros no texto bíblico.

Estes cinco pontos entraram em juízo. O advogado do opositor chamava-se Wheles e o da defesa, era o causídico evangélico doutor James Bennet. Foram admitidos, para ambas as partes, testemunhas constituídas de eruditos e sábios que foram ouvidos nas ocasiões oportunas. O juiz nomeou, de acordo com as partes, uma comissão competente para decidir cada ponto, após discussões, réplicas e tréplicas. Ele, o juiz, depois de tudo, decidiria se ficaria provado ou não um erro ao menos na Bíblia. Em caso afirmativo o reverendo Rimmer seria obrigado a pagar o prémio de mil dólares; no caso negativo, o acusador seria sentenciado a pagar as custas do processo.

O julgamento revolucionou toda a América do Norte. Os jornais, revistas e rádios se movimentaram comentando o assunto. Entre outubro de 1939 e fevereiro de 1940, nunca houve tão grande propaganda da Bíblia e de forma gratuita! Formou-se um grande volume de documentos com provas, pareceres, gráficos e textos em hebraico e grego, como nunca houve naquela Corte de Nova Iorque.

As discussões foram acaloradas, com auditórios enormes e uma curiosidade imensa. Cada acusação era examinada a fundo. Cada detalhe dos pretensos erros apresentados pelo senhor Floyd foi pesado, medido e contado. Ocasiões houve em que os acusadores e suas testemunhas caíam em contradições ou revelavam ignorância da Bíblia e produziam situações ridículas que despertavam gostosas gargalhadas dos assistentes e do juiz.

Finalmente, depois de tudo bem examinado, foi dada a sentença legal, a 16 de fevereiro de 1940. Declarava a sentença que o acusador, senhor William Floyd, não conseguira provar um só erro, cientificamente evidenciado, nas páginas do livro intitulado "Bíblia Sagrada", e, assim, ficava condenado a pagar as custas.

A notícia do acontecimento foi publicado na revista" "Sunday School Times", de Filadelfia, U.S.A., de junho e julho de 1940. Também foi contado num livro de 88 páginas, sob o título "That Lawsuit against the Bible" (Aquele processo legal contra a Bíblia), da autoria de Harry Rimmer - Editor: W.B. Erdmans Publishing Co. Grand Rapids. Michigan. U.S.A.

OBS.: Em 1861, a Academia Francesa de Ciências publicou uma lista de cinquenta e um fatos científicos contradizendo alguma declaração da Bíblia. Setenta anos depois, nenhum cientista defendia mais um só daqueles supostos factos, enquanto que a Bíblia continua a mesma. As opiniões dos cientistas vão mudando, mas quando um fato é demonstrado pela ciência, está de acordo com as Escrituras.

Harry Rimmer, In "A Ciência Moderna e as Escrituras Sagradas."

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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