sábado, 31 de dezembro de 2011

Reflexões para o Ano Novo

Ora, irmãos, com respeito ao ano que se aproxima, eu espero que ele seja um ano de felicidade para vocês, - de forma muito enfática desejo a todos vocês um Feliz Ano Novo, - mas ninguém pode ter certeza de que ele será um ano livre de dificuldades.

Pelo contrário, tenha a segura confiança de que não será assim, porque, como é certo que as faíscas sobem para o alto, o homem nasce para as dificuldades. Cada um de nós possui, amados amigos, muitos rostos queridos com os quais nos regozijamos - que eles possam sorrir para nós ainda por muito tempo: mas lembre-se de que cada um deles pode vir a ser ocasião de tristeza durante o próximo ano, porque não existe nenhum filho imortal, nenhum marido imortal, nenhuma esposa imortal, nenhum amigo imortal, e, portanto, alguns deles podem morrer durante o ano.

Além do mais, os confortos com os quais nos cercamos podem tomar para si asas antes que o ano cumpra seus meses. As alegrias terrenas são todas como que feitas de neve, se desfazem com a mais leve brisa, e se vão antes de terminarmos de agradecer sua chegada. Pode ser que você tenha um ano de seca e escassez de pão; pode ser que anos magros e desagradáveis lhe estejam reservados. Sim, e ainda mais, talvez durante o ano que já está quase amanhecendo você possa recolher seus pés à cama e morrer, para encontrar-se com Deus Pai.

Pois bem, com relação a este ano que está próximo e suas possibilidades desoladoras, devemos viver cabisbaixos e tristonhos? Devemos pedir a morte ou desejar nunca ter nascido? De modo algum. Devemos, por outro lado, viver de forma despreocupada e risonha em todas as circunstâncias? Não, isso soaria doentio nos filhos de Deus. O que faremos? Iremos pronunciar esta oração: "Pai, glorifica teu nome".

Isto significa dizer: se devo perder minha propriedade, glorifica teu nome na minha pobreza; se devo ser roubado, glorifica teu nome em meu sofrimento; se devo ser morto, glorifica teu nome em minha partida. Quando você ora nesta disposição, seu conflito finda, nenhum pavor exterior permanece se tal oração surge de seu íntimo, você tem nela rejeitado todos os presságios fatídicos e pode, de forma lúcida e tranqüila, trilhar seu caminho pelo desconhecido amanhã.

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Que Presente Você Receberá?

No livro Crescendo na fé com Billy Graham, Grady Wilson escreveu o capítulo "Uma lágrima corajosa". Ele conta que foi com Billy Graham à Coréia, em 1951, e lá foram a um hospital cirúrgico para visitar enfermos. Um soldado fora ferido nas costas e estava deitado de bruços. Billy deitou-se de costas no chão, para poder falar-lhe, e perguntou ao rapaz se ele queria que Billy orasse por ele. O soldado aquiesceu, e Billy Graham orou por ele. Finda a oração, o rapaz disse: "Obrigado e feliz Natal, senhor Graham", e chorou. Uma lágrima caiu na bochecha do evangelista. Do lado de fora, Graham disse a Grady Wilson: "Esta lágrima é o melhor presente de Natal que eu ganhei".

Neste Natal haverá gente em hospitais, em velórios, no desemprego, na orfandade ou viuvez recente. Pais não darão presentes a seus filhos por falta de recursos (papai noel não se dá bem com pobres). Pessoas passarão o Natal na fila do SUS. Nas grandes cidades alguns passarão o dormindo nas calçadas ou revirando lixo em busca de algo para comer. Chocante? Deprimente demais para constar de uma pastoral no dia do Natal? Bem, somos cristãos, não somos? É justo pensarmos no nosso bem-estar e conforto, raiando ao desperdício, enquanto pessoas sofrem?

Haverá lágrimas de dor, de pessoas sofredoras. A dor não pára no Natal. Pelo contrário, o Natal a agrava. Mas haverá lágrimas de gratidão, como a do soldado por quem Billy Graham orou. Após ler esta história, eu me comovi. Decidi que nada compraria para mim, mas investiria o que comigo gastaria com alguém necessitado. Não estou apregoando virtude, mas estou contando até com vergonha, porque deveria ter pensado nisto antes. Foi preciso que o Espírito me incomodasse, mostrando meu egoísmo. Pequei, sendo egoísta, pensando apenas em mim e nos que amo, e que sempre têm algo. Deus me perdoe pela minha mesquinhez. Mas gostaria que alguém fosse abençoado por mim.

Neste Natal, presenteie um necessitado. Billy Graham recebeu uma lágrima de presente. Se ele fosse tão pequeno como eu, iria se guardar para passar o Natal com sua família, e não na Coréia, num hospital. Faça alguém feliz. Será um grande presente que você se dará, se tiver espírito cristão.

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mudaria o Natal, ou mudei eu?

O maior romancista brasileiro, Machado de Assis, era também poeta bissexto (pessoa cuja alma poética ressurge raramente; quem faz poesia de vez em quando). E escreveu um lindo soneto, que encerra com a seguinte pergunta: "Mudaria o Natal, ou mudei eu?".

Hoje responderíamos que na verdade nós é que mudamos todo o sentido do Natal. Mudamos toda aquela humildade e simplicidade maravilhosa de um menino nascendo no lugar mais desprezível da desprezível cidadezinha de Belém da Judéia. E um menino que era o próprio Deus encarnado. Mudamos toda aquela sensação no ar, da graça de Deus atuando, derramando amor sobre toda a humanidade. Mudamos toda aquela maneira santa e espontânea de festejar dos anjos e pastores.

"Não gosto do Natal", foi o que ouvi de um colega de trabalho em meados de um mês de dezembro. "Por que?", perguntei. "Porque é uma ocasião em que se vê muito fingimento", respondeu. E completou: "Pessoas que não se falam o ano inteiro, no Natal se abraçam e até se beijam, e depois só se falam novamente em uma outra data especial". Uma colega que estava na mesma sala disse: "O Natal sempre traz a mim, e ao meu filho, uma lembrança muito triste, pois foi quando me separei do meu marido, há seis anos atrás".

Esta atitude com respeito ao Natal não me surpreendeu. Boa parte das pessoas que, por exemplo, bebem muito no Natal, o fazem para esquecer fatos tristes do passado que lhes vêm à mente nessa data, ou bebem para relaxar e superar seus constrangimentos ao ter que relacionar-se com pessoas que não apreciam ou que não conhecem.

Creio que a explicação disso é que as pessoas criam uma expectativa errada a respeito do Natal. Pensam numa época mágica, em que tudo tem que ser alegria, harmonia, paz. Seria muito bom se os problemas escolhessem ocasião para acontecer, e que não fosse no Natal, mas sabemos que não é bem assim. Por outro lado, é uma atitude egoísta pensar que o Natal tem que representar apenas bem-estar pessoal.

Que tal "re-mudarmos" o Natal? Que tal considerarmos a sua verdadeira natureza e o seu verdadeiro objetivo? O Natal se originou no coração do Deus que ama, que perdoa, que não leva em conta o nosso pecado, mas deu o melhor que tinha, seu próprio Filho, em sacrifício por nós. É o Natal do Deus-homem que esvaziou-se de toda a sua glória pessoal para tornar-se um de nós, sofrer como nós, morrer por nós. A salvação é o dom maravilhoso do Natal, mas representou desprendimento, humilhação, dor e sofrimento. O Natal tem a finalidade de comemorar o amor que dá, não o amor que recebe; o altruísmo, não o egoísmo.

Que tal separarmos esse dia para a sincera adoração àquele a quem verdadeiramente pertence o Natal? Que tal dedicarmos esse dia a orações e ações de graças por tão grande bênção que Deus nos deu? Que tal empregarmos esse dia em humilde meditação sobre a nossa condição de pecadores perdidos e sobre o amor que Deus nos demonstrou, dando-nos o seu próprio Filho? Que tal recebermos esse maravilhoso e maior de todos os presentes que nos oferece na pessoa bendita de seu Filho?

E, então, mesmo que não sejamos poetas, ainda que bissextos, esse será para nós para nós um momento de intensa poesia, pois teremos a sensação de estarmos aninhados nos poderosos braços do Pai de amor, e seremos serenamente felizes.

Mudemos nossa expectativa e o Natal mudará!

Pr. Sylvio Macri
ADIBERJ

www.leiabiblia.webnode.com.br

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Coisa Mais Importante no Mundo é ser Salvo

Pensando sobre a grandeza do propósito da salvação

Visitei o Dr. Wilford Widen no hospital pouco antes de sua morte, ocorrida em 27 de setembro de 1982. De sua cama, ele olhou para mim e, com um sorriso, me disse: "pastor John, a coisa mais importante no mundo é ser salvo". Essas palavras são o legado permanente de um grande crente que supervisionou a Escola Dominical de nossa igreja durante quarenta anos e liderou uma campanha para a construção de um de nossos prédios.

Você também pensa que ser salvo é a coisa mais importante no mundo? Se não, isso ocorre talvez porque você nunca se sentiu realmente uma pessoa perdida e desesperada diante do juízo de Deus ou ameaçada por uma eternidade de tormento consciente no inferno. Oh! Como amamos o viver, depois de quase sermos mortos! Talvez por causa de uma forte ressaca do mar. Ou porque uma mão ficou presa no ralo de uma piscina de natação. (Sim, repleta de água! Eu recordo bem!) Ou por sair rapidamente da frente de um carro que trafega em alta velocidade a alguns centímetros de você, quando a voz de sua esposa o alerta, pouco antes de você dar um passo para a morte. Ou pela vitória de uma grande luta contra um câncer. Ou pela sua libertação de um campo de prisioneiros, depois de dezesseis anos nos quais você esperava ser morto. Ou depois de sobreviver à queda de um avião, quando outras pessoas morreram.

Oh! Como amamos a vida nesses momentos e nos apegamos a tudo que  é precioso. Isso também acontece quando experimentamos a preciosidade de sermos salvos do pecado. Isto não é mera palavra. Isto não é apenas um fato aprendido da Bíblia; você realmente sente que está condenado, com justiça, e desesperadamente perdido, alienado de Deus, da vida e da alegria. Depois, você aprende que Deus preparou um caminho; Ele perdoará seus pecados, haverá de aceitá-lo, amá-lo e fazer todas as coisas cooperarem para o seu bem. Aprende que todos os seus pecados podem ser perdoados e lançados no fundo do mar, para nunca mais serem trazidos a juízo contra você. Oh! Quão precioso é ser salvo do pecado, do julgamento e do inferno!

Entretanto, a Bíblia nos permite afirmar que a coisa mais importante no mundo é alguém ser salvo? Na verdade, a pessoa mais importante no mundo é Deus. O Dr. Widen não pretendia comparar com Deus a nossa experiência de sermos salvos. Ele queria comparar isso com todas as outras experiências. A razão por que ser salvo é a maior de todas as experiências no mundo é que Deus é a pessoa mais importante do mundo, e ser salvo significa ser resgatado do pecado e da condenação, para que conheçamos a Deus e O desfrutemos para sempre. Se Deus não fosse a realidade mais importante no universo, ser salvo para estar com Ele não seria a maior experiência no universo.

Sim, mas é realmente bíblico afirmar isso? Enquanto escrevo, tenho em mente uma passagem das Escrituras. Jesus disse aos seus setenta discípulos: "mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus" (Lucas 10.20). Em outras palavras, vocês tiveram grande sucesso no ministério que realizaram. Os demônios se sujeitaram a vocês. As pessoas foram libertas. Isso é maravilhoso. Foi para isso que os enviei. Louvem a Deus por esse triunfo. Mas, não permitam que isso seja a principal alegria, ou a fonte da alegria, ou a alegria indispensável de vocês. Pelo contrário, "alegrai-vos… por estarem os vossos nomes escritos nos céus". Ou seja, alegrem-se pelo fato de que vocês estão arrolados entre os redimidos. Alegrem-se que vocês irão ao céu, quando morrerem. Alegrem-se porque Deus escreveu seu nome entre os eleitos. Regozijai-vos pelo fato de que vocês estão salvos. Esta é a coisa mais importante. Não é o ministério. E sim, conhecer a Deus, ver a Deus, alegrar-se em Deus. A coisa mais importante no mundo é sermos salvos, porque o propósito de sermos salvos é desfrutarmos a pessoa de Deus para sempre.

John Piper

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Não faça da leitura da Bíblia algo fútil

Devemos entender aquilo que lemos na Palavra de Deus, sendo que de outra forma, lemos em vão, reconhecemos que quando passamos ao estudo das Escrituras Sagradas devemos esforçar-nos para ter nossa mente bem atenta. Parece-me que nem sempre estamos em boas condições para ler a Bíblia. As vezes, seria bom fazermos uma pausa antes de abrirmos o Livro. "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa". Você acabou de chegar de seus negócios seculares, com seus cuidados e ansiedades, e não consegue pegar naquele Livro e imediatamente penetrar nos seus mistérios celestiais.

Assim como você pede a bênção sobre sua refeição antes de começar a comer, também seria uma boa regra pedir uma bênção sobre sua leitura da Palavra antes de ingerir sua comida celestial. Ore para que o Senhor abra os seus olhos espirituais, antes de você ousar olhar para a luz eterna das Escrituras. A leitura bíblica é a hora de nossa refeição espiritual. É só tocar a sineta e convidar todas as faculdades mentais à mesa do próprio Senhor para fartar-se com a comida que agora está pronta; ou, melhor, que soe como o toque dos sinos da igreja em convite para a adoração, porque o estudo das Sagradas Escrituras deve ser uma ação tão solene como nosso ato de adoração na casa do Senhor.

Meditação na Palavra

Se a leitura começar dessa forma, você perceberá imediatamente que, para compreender aquilo que lê, precisará meditar a respeito. Alguns trechos bíblicos ficam claros diante dos nossos olhos - baixos abençoados onde os cordeiros podem chapinhar; existem, no entanto, profundezas onde nossa mente poderia antes afogar-se do que nadar com prazer, se ela chegasse até lá sem cautela. Existem textos das Escrituras que foram feitos e construídos com o propósito de nos levar a pensar. Por esse meio, inclusive, nosso Pai celestial quer nos educar para o céu - fazendo-nos penetrar nos mistérios divinos com a nossa mente. Por isso, Ele nos oferece a sua Palavra de uma forma às vezes complexa, para nos compelir a meditar sobre ela, antes de chegarmos à sua doçura.

Ele poderia ter explicado tudo de tal maneira que captássemos o pensamento num só minuto, mas não foi da vontade dEle fazer assim em todos os casos. Muitos dos véus que são lançados sobre as Escrituras não têm a intenção de ocultar o significado aos leitores diligentes, mas de compelir a mente a ser ativa, pois muitas vezes a diligência do coração em procurar saber a vontade divina faz mais bem ao coração do que a própria sabedoria obtida. A meditação e o esforço mental cuidadoso servem como exercício e fortalecimento da alma, que passa a ficar em condições de receber verdades ainda mais sublimes.

Precisamos meditar. Essas uvas não produzem vinho até serem pisadas por nós. Essas azeitonas precisam ser colocadas debaixo da roda, e prensadas repetidas vezes, para que o azeite flua delas. Olhando para um punhado de nozes, percebemos quais delas já foram comidas, porque há um buraquinho onde o inseto furou a casca - só um buraquinho, e lá dentro há uma criatura vivente comendo a noz.

Ora, é uma coisa maravilhosa furar a casca da letra, para então ficar por dentro comendo a própria noz. Bem que eu gostaria de ser um vermezinho assim, vivendo dentro da Palavra de Deus, alimentando-me dela, depois de ter aberto caminho através da casca e ter chegado ao mistério mais interior do evangelho bendito. A Palavra de Deus sempre é mais preciosa para o homem que mais se alimenta dela.

No ano passado, sentado debaixo de uma faia nogueira que se estendia em todas as direções, e admirando aquela árvore tão maravilhosa, pensei comigo mesmo: Não tenho nem a metade da estima por essa faia do que o esquilo tem. Vejo-o, pulando de galho em galho, e tenho certeza que ele dá muito valor àquela velha faia, porque tem seu lar em algum oco dentro dela, os galhos são o seu abrigo, e aquelas nozes de faia são o seu alimento. Ele vive da árvore. É seu mundo, seu pátio de recreio, seu celeiro, seu lar; realmente, é tudo para ele; mas para mim, não, porque obtenho meu repouso e minhas refeições em outro lugar.

No caso da Palavra de Deus, é bom sermos como esquilos, habitando nela e vivendo dela. Exercitemos nossa mente, pulando de galho em galho na Palavra; achemos nela o nosso repouso e façamos dela o nosso tudo. O proveito será todo nosso, se fizermos dela nosso alimento, nosso remédio, nosso tesouro, nosso arsenal, nosso repouso, nossa delícia. Que o Espírito Santo nos leve a fazer assim, tornando a Palavra tão preciosa à nossa alma!

C. H. Spurgeon (1834 - 1892)

sábado, 26 de novembro de 2011

A morte de uma igreja

As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?

1. A morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia e a morte quando a verdade é abandonada. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade.

2. A morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido.

3. A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.

4. A morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade.

5. A morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?

Rev. Hernandes Dias Lopes

sábado, 19 de novembro de 2011

Leia a Bíblia "contra" você!

Sempre una a auto-reflexão com a leitura e o ouvir da Palavra de Deus. Quando você ler a Bíblia ou ouvir sermões, reflita e compare os seus caminhos com o que você leu ou ouviu. Pondere que harmonia ou desarmonia existe entre a Palavra e os seus caminhos. A Bíblia testifica contra todo tipo de pecado e tem direções para qualquer responsabilidade espiritual, como escreveu Paulo: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (II Tm 3.16,17). Portanto, quando ler os mandamentos dados por Cristo e seus apóstolos, pergunte-se: Vivo de acordo com essas regras? Ou vivo de maneira contrária a elas?

Quando ler histórias da Bíblia sobre os pecados e sobre os culpados, faça uma auto-reflexão enquanto avança na leitura. Pergunte a si mesmo se é culpado de pecados semelhantes. Quando ler como Deus reprovou o pecado de outros e executou julgamentos por seus pecados, questione se você merece punição semelhante. Quando ler os exemplos de Cristo e dos santos, questione se você vive de maneira contrária aos seus exemplos. Quando ler sobre como Deus louvou e recompensou seu povo pelas suas virtudes e boas obras, pergunte se você merece a mesma bênção. Faça uso da Palavra como um espelho pelo qual você examina cuidadosamente a si mesmo - e seja um praticante da palavra:  "Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito" (Tg 1.23-25).

Poucos são aqueles que fazem como deveriam! Enquanto o ministro testifica contra o pecado, a maioria está ocupada pensando em como os outros falham em estar à altura. Podem ouvir centenas de coisas em sermões que se aplicam adequadamente a eles; mas nunca pensam que o que pregador está falando lhes diz respeito. A mente deles está fixa em outras pessoas para quem a mensagem parece se encaixar, mas eles nunca julgam necessitar dessa pregação.

Jonathan Edwards (1703-1758)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Monstro Chamado Incredulidade

Até quando não crerá em mim? (Nm 14:11)

Esforce-se com toda a diligência para manter fora o monstro chamado incredulidade. Isto desonra tanto a Cristo que Ele retirará Sua presença de nós se O insultarmos satisfazendo este monstro. É verdade que é uma erva daninha, sementes que jamais arrancamos totalmente do solo, mas devemos mirar em suas raízes com zelo e perseverança. Dentre todas as coisas detestáveis a incredulidade é a mais abominável.

Sua natureza prejudicial é tão venenosa que causa danos tanto naquele que a exerce quanto naquele sobre quem é exercida. No teu caso, ó crente, é a mais vil de todas as coisas, pois as misericórdias do Senhor no passado aumentam tua culpa por duvidar Dele no presente. Quando desconfias do Senhor Jesus, Ele poderia muito bem gritar "Eis que eu vos apertarei no vosso lugar como se aperta um carro cheio de feixes" (Am 2:13). Esta desconfiança coroa Sua cabeça com os espinhos mais penetrantes. É muito cruel a esposa bem-amada não acreditar no bondoso e fiel marido. O pecado é inútil, tolo e injustificado. Jesus jamais deu o menor motivo para suspeitas e é difícil não ser acreditado por aqueles que sempre tiverem uma conduta amorosa e verdadeira de nossa parte. Jesus é o Filho do Altíssimo e Suas riquezas são ilimitadas; é vergonhoso duvidar e desconfiar da auto-suficiência do Onipotente. O gado aos milhares nas colinas bastará para matar a nossa fome e os celeiros do céu provavelmente não ficarão vazios com as nossas refeições. Se Cristo fosse somente uma cisterna, em breve poderíamos esgotar Sua capacidade, mas, quem pode esvaziar uma fonte? Miríades de almas tiraram Dele o seu socorro e nenhuma delas reclamou da escassez de Seus recursos. Fora, então, com esta descrença traidora e mentirosa, pois sua missão é cortar os laços de comunhão e nos fazer lamentar a ausência do Salvador. John Bunyan nos diz que a incredulidade tem "tantas vidas quanto um gato": se é assim, vamos matar uma vida agora e continuar o trabalho até que todas as 9 tenham ido. Fora! traidora, meu coração te abomina.

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

sábado, 5 de novembro de 2011

Tempestades nos treinam

Tempestades nos treinam

A fé não provada pode ser fé verdadeira, mas certamente uma fé pequena, sendo provável que permaneça acanhada enquanto não enfrenta provações. A fé prospera muito bem quando todas as coisas são contra ela: As tempestades são suas treinadoras e os raios são seus iluminadores.

Quando reina uma calmaria sobre o mar, estendam as velas como quiserem, o navio não se move pra o seu porto; pois sobre um oceano sonolento a quilha também adormece. Deixemos que os ventos soprem uivando e que as águas se levantem, e então, embora o barco possa balançar, o convés seja levado pelas ondas, e seu mastro possa ranger pela pressão da vela distendida e expandida, ele tomará o rumo do encoradouro desejado.

As flores não ostentam azul tão encantador como aquelas que crescem ao pé de uma geleira; as estrelas que cintilam não o fazem tão brilhantemente como aquelas que faíscam no céu polar; as águas não têm sabor mais doce que as que jorram no meio da areia do deserto; e nenhuma fé é mais preciosa do que a que vive e triunfa na adversidade.

A fé provada traz-nos experiência - "O valor da vossa fé" (1Pe 1.7). Você não poderia ter acreditado em sua própria fraqueza, se não tivesse sido compelido a passar através de rios; e nunca teria conhecido a força de Deus, se não tivesse suportado as correntes de água. A fé aumenta na solidez, certeza a intensidade, quanto mais ela for exercitada com tribulação. A fé é preciosa, e seus testes são igualmente preciosos.

Não permitamos, porém, que isto desanime aqueles que são jovens na fé. Você terá suficiente provações sem precisar procurá-las: a plena porção será medida para você na devida ocasião. Enquanto isto, se você ainda não pode reivindicar o resultado de longa experiência, agradeça a Deus a graça que possui; louve-O por aquele grau de santa confiança que você já alcançou: onde de acordo com aquela regra, e terá ainda mais e mais bênçãos de Deus, até que sua fé remova montanhas e vença os impossíveis.

C. H. Spurgeon  (1834 - 1892)

domingo, 30 de outubro de 2011

Quero colocar meu passado em ordem antes que seja tarde demais

Se tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido (Salmo 130:3-4)

Quando o príncipe Charles visitou San Diego, EUA, em março de 1974, um homem de 73 anos de idade se aproximou dele e se identificou como Walter Talbot. Ele confessou ser um desertor e disse que queria se render.

A história de Talbot é a seguinte. Em 1920, o príncipe de Wales naquela época, rei Edward VIII, visitou Montreal, Canadá, com sua frota de navios. O então jovem marinheiro Talbot, de 19 anos, desertou de um navio que acompanhava o rei, o MS Calcutta, e fugiu para Nova Iorque. Entrou para a marinha norte-americana, foi dispensado, e depois se alistou novamente para lutar ao lado dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Em todos esses anos, porém, jamais esqueceu sua terra natal e ansiava pelo retorno. Quando se rendeu, ele declarou: "Quero colocar meu passado em ordem antes que seja tarde demais".

Por quase dois meses, seu caso foi investigado pelo consulado britânico. Finalmente, Walter foi informado de que ele havia sido dispensado com honra. Isso significa que Talbot fora perdoado e, após 54 anos, pôde voltar ao seu país de origem.

Muitos ouviram o Evangelho na infância e receberam o Senhor Jesus como seu Salvador e Senhor. A maioria, porém, se distanciou dEle ao crescer. Por um tempo se sentiram seguros na calorosa atmosfera da fé cristã, mas depois "desertaram". Ocasionalmente, anelam pelo lar espiritual. Tais desertores podem ficar seguros de que Deus espera por eles e está pronto a perdoá-los. Mas é preciso ter a mesma atitude de Talbot: "Quero colocar meu passado em ordem antes que seja tarde demais". Temos de remir o tempo, pois nunca saberemos quando será tarde demais!

Devocional Boa Semente

sábado, 22 de outubro de 2011

Você tenta melhorar seu pecado?

Como a vida seria diferente se realmente crêssemos nesse versículo como prática verdadeira na vida: "O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e DEIXA alcançará misericórdia" (Pv 28.13).

Neste versículo se encontra o caminho de misericórdia para o pecador culpado e arrependido. Ele tem de acabar com o hábito de encobrir o pecado. Ele tenta fazer isso por meio da mentira, que nega o pecado; por meio da hipocrisia, que o encobre; por meio do orgulho, que o justifica; e por meio de confissões altissonantes, que procuram fazer pequenas melhorias no pecado.

O dever do pecador é confessar seu pecado e abandoná-lo. Essas duas atitudes têm de andar juntas. A confissão precisa ser feita com a sinceridade ao próprio Senhor Jesus; ela tem de incluir em si mesma o reconhecimento do erro, um sentimento de sua malignidade e um ódio contra o erro.

Não podemos lançar a culpa nos outros, nem nas circunstâncias, nem nas fraquezas naturais. Precisamos confessá-lo totalmente e reconhecer-nos culpados da acusação. Não haverá misericórdia até que isso seja feito.

Além disso, temos de abandonar o pecado. Tendo reconhecido nosso erro, devemos rejeitar toda intenção presente e futura de permanecermos nele. Não podemos viver em rebeldia e, ao mesmo tempo, habitar com a Majestade Real. O hábito de pecado precisa ser abandonado, juntamente com todos os lugares, companheiros, atividades e livros que podem nos fazer voltar atrás.

Não é apenas por meio da confissão ou apenas por meio da mudança de atitude, e sim por meio de uma conexão de ambas que alcançamos o perdão pela fé no sangue de Cristo.

C. H. Spurgeon (1834 - 1892)

sábado, 15 de outubro de 2011

Você conhece Jesus Cristo como seu Salvador? Ele é o seu Redentor?

Talvez você participe dos cultos de uma boa igreja evangélica. É possível que tenha lido vários trechos da Bíblia e talvez tenha em sua biblioteca livros sobre a vida cristã. Já ouviu falar do Evangelho e da salvação. Pode até ser que você seja batizado e professe estar entre os salvos.

E mesmo assim, apesar da aparência exterior, pode ser que você ainda não siga a Cristo, pois Ele ainda não é seu Senhor. Independente da sua situação religiosa, peço que considere por um momento: você já foi perdoado por Cristo?

Onde há perdão, houve primeiramente uma ofensa. É fundamental que entendamos que nosso pecado é a nossa maior ofensa contra Deus. Recomendo a leitura do capitulo 9 de Esdras pois neste capitulo, ele confessa seu pecado junto com o pecado do povo de Israel. Lemos a partir do versículo 5: "Me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o SENHOR meu Deus; e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus. Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em grande culpa…" A atitude de Esdras demonstra que ele enxergava seus pecados como sendo ofensivos ao próprio Deus santo. Esdras não fez de conta que seus pecados eram ocultos ou discretos e nem ainda uma "escolha pessoal", mas admite que "nossa culpa tem crescido até aos céus". Nossa culpa é vista por Deus, pois vivemos todo dia perante Seus olhos. O próprio Esdras reconheceu, "Eis que estamos diante de ti, na nossa culpa" (Esdras 9.5). O Rei Davi admitiu "Fiz o que é mal à tua vista" (Salmos 51.4) e o profeta Isaias confessou, "as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós" (Is 59.12).

Essa culpa "que tem crescido até aos céus" é o efeito colateral do pecado. A culpa nos lembra a cada momento da condenação justa por causa do pecado. Carregamos o peso da punição vindoura, temendo um encontro com o Deus Justo depois da morte. "Todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão" (Hb 2.15). E com toda razão, afinal a Bíblia não poupa palavras quando descreve a punição eterna daqueles que zombam de Deus: "Este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira" (Apocalipse 14.10a).

Antes de ser salvo, é necessário que você perceba o quão perdido você é nos seus pecados. Somente o náufrago clama por socorro. Você já chegou a se ver culpado diante do seu Criador? Chegou a admitir, "Fui pesado na balança da perfeição divina e tenho sido achado em falta"? Já confessou, "estou destituído da glória de Deus"?

Se você está carregando o peso da condenação, as boas novas do Evangelho serão como água para sua alma sedenta. Aqueles que são corroídos pela podridão do pecado acharão restauração em Cristo. Ele diz: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede" (João 6.35). Este versículo diz a respeito à satisfação. Deus foi satisfeito com o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Cristo se satisfaz em remir pobres desgarrados e nós somos satisfeitos com a regeneração das nossas almas. Certamente, quem corre a Cristo, encontra satisfação eterna. Como não ser satisfeitos quando experimentamos que "se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Cor 5.17)? O Salmista escreveu, alegre e satisfeito: "Tu limpas as nossas transgressões. Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo" (Salmos 65.3,4).

Somos lavados das nossas transgressões! Cada detalhe do pecado é expurgado pelo sangue de Cristo. O sacrifico de Cristo é tão completamente imerecido e tão maravilhosamente completo. O Filho de Deus fez-se carne para resgatar-nos da nossa carnalidade. Ele deu sua vida na cruz para assim dar vida aos acusados. O Justo morreu pelos injustos. Foi paga a minha divida, pois o Filho de Deus aceitou morrer a minha morte na cruz aonde eu deveria ter sido crucificado. Claramente entendemos: "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos" (Mt 20.28). Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, tomou sobre Si a ira de Deus para que - morto e ressurreto - fosse a salvação completa dos mais indignos pecadores.

Pergunto: você está satisfeito em Cristo? A sua alma repousa nEle? Ou está ainda a procura de outro consolo além de Cristo?

Talvez você esteja confuso em como chegar a Cristo. Vejamos novamente a oração de Esdras, em Esdras capitulo 9. Perceba como ele reconheceu sua vergonha e iniquidade no versículo 6,  confessou sua culpa no versículo 7 e por fim agarra-se à graça de Deus no versículo 8: "Agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão" (Esdras 9.8). A graça de Deus tem se manifestada, permitindo que nós - presos na servidão ao pecado - possamos escapar da culpa e da condenação. É um escape imerecido, pago na integra por Cristo. Boas intenções, ofertas financeiras ou serviço dedicado não alcançarão o que a graça de Deus alcança por nós: um escape!

Como então ir a Cristo? Correndo. Como confiar nele? Inteiramente. Como rogar Sua misericórdia? Confessando seus pecados e crendo que Ele providenciou um escape. Devemos agarrar esta verdade: "Na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade…para que nos desse vida" (Esdras 9.9).

Agora não seria a hora de buscar essa benignidade de Deus? Onde quer que você esteja, não seria agora o momento de buscar um tempo à sós, e, de joelhos dobrados e coração quebrantado, rogar que Deus lave sua alma no sangue de Cristo? Estas palavras deviam ser suas: "Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto" (Salmos 51.9,10).

Nós nos preocupamos com a mensagem da salvação porque não temos outra mensagem a anunciar a não ser: "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores" (1Timóteo 1.15). É bom ler artigos, é ótimo ouvir palestras e excelente investir em bons livros. Mas nada valerá a pena se em primeiro lugar você não tem buscado o perdão de Deus aos pés da cruz.

Pergunto novamente: você conhece Cristo como seu Salvador?

Blog Fiel

domingo, 9 de outubro de 2011

Bíblias digitais poderão ser usadas por Igrejas perseguidas

Compactadas em CDs, pen drives, Micro SD e DVDs o conteúdo bíblico pode ser acessado em locais onde a Palavra de Deus é proibida sem deixar rastros

Duas empresas cristãs se juntaram para criar uma biblioteca virtual com várias versões e traduções da Bíblia livre e também com centenas de horas de materiais de áudio e vídeo disponibilizados em DVDs ou em dispositivos de armazenamento digital como cartões de memória.

O projeto é uma parceria da Bible League International com a Digital Bible Society (DBS) que querem alcançar cristãos da Igreja Perseguida em todo o mundo e também em locais onde o número de Bíblias é insuficiente diante da alta procura.

"Podemos obter estes materiais em áreas onde os crentes são perseguidos e em locais onde a demanda por Escrituras ultrapassa em muito a oferta", diz Robert T. Frank, CEO global da BLI. "Mesmo em áreas empobrecidas, estamos colocando todo esse material cristão nas mãos de pessoas comuns que não têm dinheiro para comprar sequer uma Bíblia", complementa.

A Biblioteca Digital da Bíblia utiliza tecnologia de compressão de dados para armazenamento máximo como Micro SD, pen drives, CDs e DVDs, esses dispositivos facilitam a portabilidade e duplicação desses dados, podendo ser usados em notebooks, celulares, MP3 playes, etc. Outra vantagem é que quando um desses dispositivos da biblioteca de armazenamento é removido, ele não deixa rastros no equipamento que utiliza, dando aqueles em áreas perseguidas melhor segurança.

Todo o conteúdo da biblioteca é copyright livre e pode ser reproduzido gratuitamente. "Os grupos que tem parceria com DBS para fornecer o conteúdo da biblioteca concordaram que pode ser copiado gratuitamente, quantas vezes for necessário, para que esses recursos podem ser compartilhados em países onde a aquisição de uma cópia impressa do mesmo uma tradução da Bíblia é difícil se não impossível", encerra Frank.

PILB - Leia a Bíblia

domingo, 2 de outubro de 2011

Senhora de 92 anos lê a Bíblia Pela 213ª vez

(enquanto que 50,68% dos pastores nunca leram toda a Bíblia uma vez sequer!)

Adelina Souza dos Santos, que reside em Niterói Rio de Janeiro, aos 92 anos de idade esta lendo a Bíblia pela 213ª vez. Membra da Primeira Igreja Batista, Adelina por dificuldades de locomoção e com saúde frágil, depois de resistir quatro AVCs (Acidente Vascular Cerebral) e usando aparelho auditivo, porém ainda lúcida, lê a Bíblia em casa mais de uma vez por ano de forma integral.

Segundo a rotina de Adelina, o tempo diário dela reservado à leitura das Sagradas Escrituras é de 7 a 8 horas. Adelina conta que faz 50 anos que seu coração começou a arder pela leitura da Palavra. "Foi o testemunho de fé do meu sogro que me motivou a ler a Bíblia inteira". "Cada vez que leio, sinto me aproximar mais de Deus. Tenho o conhecimento do poder divino e de sua misericórdia com as pessoas".

Enquanto muitos pastores e sites evangélicos tentam desafiar os Cristãos em um plano de leitura bíblica de um ano, Adelina costuma ler a Bíblia inteira em três meses. Apesar de muitos pensarem que Adelina tem a Bíblia inteira gravada na cabeça, ela diz que não tem, tem apenas uma porção de versículos gravados de cada um dos 66 livros da Bíblia. "É impossível gravar a Bíblia inteira. A Palavra do Senhor cada hora tem algo novo para ensinar".

Segundo uma pesquisa realizada pelo editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana, Oswaldo Paião, cerca de 50,68% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada inteira pelo menos uma vez.

Outro estudo feito pelo instituto George Barna, conforme Charles Colson e Harold Ficket: 70% dos norte-americanos não são capazes de citar cinco dos dez Mandamentos; e o mais cômico é que 50% dos jovens do último ano do ensino médio chegam a pensar que Sodoma e Gomorra eram casados.

Considerando esse contexto do meio evangélico em relação a leitura da Bíblia, Adelina é um exemplo até mesmo para líderes e pastores evangélicos. Sua dedicação à leitura bíblica já foi reconhecida por diversas vezes pela a SBB (Sociedade Bíblica Brasileira) a qual lhe agraciou com vários certificados do programa de leitura bíblica em um ano.

The Christian Post

www.leiabiblia.webnode.com.br

sábado, 24 de setembro de 2011

Ser Jovem Não é Desculpa!

Em Jeremias 1.5-7, lemos o relato de Deus chamando Jeremias para ser um profeta, e exibir um testemunho santo e claro da verdade de Deus no meio do povo.

Diante  dessa enorme responsabilidade, Jeremias respondeu com uma desculpa: "Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino". Jeremias afirma que não tem nem capacidade nem idade para cumprir o chamado de Deus. E o Senhor prontamente o repreende, como vemos no versículo 7: "Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem Eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás".

O cenário descrito acima me parece familiar. Tenho 25 anos e reconheço que há uma certa preguiça entre nós, os jovens, para obedecer a Deus. como se nós pensássemos que servir a Deus é coisa de gente grande e então damos a desculpa que somos apenas meninos. Somos a geração do "Diga Não ao Compromisso". Relaxados espiritualmente e confortáveis com o jeito do mundo, muitos jovens são como camaleões, se tornando parecidos com seu ambiente. Qual ambiente? A sociedade ao nosso redor, que não nos motiva a vivermos neste presente século de forma sóbria, justa e piedosa (Tito 2.12). E as igrejas, por sua vez, tendem mais a mimar os jovens em lugar de exortá-los a serem para Cristo um povo seu especial, zeloso de boas obras (Tito 2.14).

Em Tito 2.6-8, o apóstolo Paulo chama os jovens a serem em tudo exemplo de boas obras, na doutrina sendo criteriosos, íntegros e reverentes, e com uma linguagem saudável e irrepreensível. Uma responsabilidade clara. O apóstolo não se preocupava em sobrecarregar os jovens, mas sim em exortá-los a "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;" (1 Pedro 1.15).

A história demonstra que Deus trabalha através de jovens dedicados e fiéis. Basta ler sobre as vidas de Jonathan Edwards, Adoniram Judson, David Brainerd, Jim Elliot, Henry Martin, Robert Murray McCheynne, Charles Spurgeon, entre tantos outros e veremos vidas jovens sendo dedicadas e gastas no serviço ao Senhor, como a de Jeremias. Nós, os jovens, precisamos de líderes e pastores que digam: "Cristo vos chama para exibir um testemunho santo e claro da verdade de Deus no meio do povo". Você tem capacidade e idade sim! Sede santos e viva sua fé.
Ser jovem não uma desculpa para deixar de servir a Deus; é um motivo a mais para fazê-lo!

"Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas" (Salmos 71.17).

Daniel Gardner

domingo, 18 de setembro de 2011

À procura de um mundo melhor

Cena típica: mulher de meia idade saindo da padaria carre­gando na mão direita uma carteira e na esquerda um sorvete de palito que acabara de comprar. Ao sair do estabelecimen­to, rapidamente desembrulha o sor­vete e, sem a mínima culpa, joga o papel melado na calçada.

Infelizmente, este ato tão comum revela a pouca ou nenhuma noção de cidadania, já que ser ci­dadão é estar consciente dos próprios direi­tos e deveres. Além do mais, trata-se de ato inadmissível em plena era da infor­mação, em que todo ser humano está cansado de saber as con­sequências inevitáveis deste des­respeito. Acúmulo de sujeira nas vias públicas, entupimento das bo­cas de lobo, enchentes, perdas ma­teriais e emocionais. Há um passo adiante da verdadeira cidadania, que vai aíém da observância de leis humanas, mas sobretudo no cum­primento das leis divinas, estimu­lado há mais de dois mil anos por Jesus quando nos convida a fazer­mos ao próximo o que gostaríamos que nos fizesse.

Tentando buscar respostas, ain­da no seio familiar, vemos pais ausentes da rotina de seus filhos, mais preocupados com o seu bem estar material do que com a es­trutura moral, muitas vezes fazen­do todas suas vontades, pas­sando a mão na cabeça de filhos indiscipli­nados e incon­sequentes. Na escola então, o cenário não é muito diferente, com o enfraquecimento cada vez maior da instituição de ensino, com o governo, entre outras coisas, re­munerando e preparando mal os professores, proibindo a reprova­ção, retirando as aulas de cidada­nia, civismo e de moral cristã das escolas; e, sem o apoio do governo e dos próprios pais, a direção das escolas fica perdida e engessada, pois não tem como exigir respeito de alunos que se recusam a receber instrução, muito menos cobrar dos professores uma postura, já que quando tentam chamar a atenção do aluno de forma mais enérgica, não têm respaldo da escola, que por sua vez, não tem respaldo dos pais.

Saudades da época em que profes­sora era considerada e tratada como segunda mãe, ninguém ousava ques­tionar uma determinação sequer. Sempre às Segundas-feiras, todos enfileirados e uniformizados, canta­vam o Hino Nacional; pedia-se licença e permissão à professora quando se chegava atrasado ou precisasse sair. Não era chamada de "sora".

Ao lermos os jornais, ouvirmos as notícias mais absurdas e chocantes, nos deparamos com esta triste reali­dade; do desrespeito do ser humano com o próximo e consigo mesmo, do descaso com a natureza, enfim, de toda a violência gerada pelo egoísmo e orgulho. É comum a preocupação dos pais quanto ao futuro de seus filhos... Ao olharem para aquelas carinhas inocentes e assim pensa­rem: "que tipo de mundo deixare­mos para eles?" Mas, francamente, não seria muito mais apropriado pensar "que tipo de filhos deixare­mos para o mundo?"

(extraido - desconheço o autor)

www.pilb.t5.com.br

sábado, 10 de setembro de 2011

Sinais?

Se não virdes sinais e milagres, não crereis. (Jo 4:48)

Um sintoma do estado doentio da mente do homem nos dias do Senhor era o ardente desejo de ver prodígios. Recusavam os mantimentos sólidos e ansiavam meros portentos. O Evangelho, de que eles tanto necessitavam, não o queriam ter. Os milagres, que Jesus nem sempre queria obrar, eles avidamente os reclamavam. Muitos hoje em dia têm de ver sinais e maravilhas, ou senão não acreditam. Alguns disseram nos seus corações: "Eu tenho de sentir um profundo horror na alma, senão não acreditarei em Jesus." Mas… e se nunca chegares a sentir esse horror, como provavelmente nunca o sentirás? Queres ir para o Inferno por despeito contra Deus, porque Ele não quer tratar-te como trata os outros? Alguém disse a si mesmo: "Se eu tivesse um sonho ou se sentisse uma repentina paralisia de não sei o que, então acreditaria." Assim tu, indigno mortal, pensas que o meu Senhor será mandado por ti? Tu és um mendigo que estás à Sua porta pedindo misericórdia, e tens necessariamente de prescrever regras e regulamentos quanto a como Ele te tem de dar essa graça? Achas que Deus Se submeterá a tal coisa alguma vez? Meu Senhor é de espírito generoso, mas tem um coração muito régio e justo; por isso Ele recusa com desprezo toda a imposição e mantém a Sua soberania de ação. Se for esta a tua situação, amado leitor, por que anseias por sinais e prodígios? O Evangelho, não é em si mesmo um sinal e um prodígio? Não é um milagre de milagres que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna"? Sem dúvida, as palavras preciosas "Quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida" e esta solene promessa: "O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" são melhores do que os sinais e os prodígios. Um Salvador veraz deve ser acreditado. Ele mesmo é a verdade. Por que tens de pedir provas da veracidade de Alguém que não pode mentir? Os demónios declaram que Ele é o Filho de Deus, e tu não tens confiança nEle?

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Confia nEle Sempre

"Confiai nEle, ó povo, em todos os tempos." (Salmo 62:8)

A FÉ é a norma tanto da vida secular como da vida espiritual. Temos de ter fé em Deus tanto para os nossos assuntos terrestres como para os celestiais. É só quando aprendermos a confiar em Deus para a provisão de todas as nossas necessidades diárias que viveremos por cima do nível do mundo. Não temos de ser ociosos, o que demonstraria que não confiamos em Deus, o Qual "até agora obra", mas no demonio, que é o pai da ociosidade. Não temos de ser imprudentes ou temerários; porquanto demonstraríamos com isso confiar no ocaso, e não no Deus vivente, que é um Deus da economia e da ordem. Devemos confiar no Senhor com simplicidade e inteiramente em todo o tempo, obrando com toda a prudência e retidão.

Permite que te recomende uma vida de confiança em Deus em relação com as coisas temporárias. Se confiares em Deus não terás necessidade de te lamentar por teres usado meios pecaminosos para te enriqueceres. Serve a Deus com integridade e se não tens bom êxito nos teus empreendimentos, pelo menos, a tua consciência estará tranquila. Confiando em Deus não serás culpado de contradição. Aquele que confia na astúcia navegará hoje por este lado, amanhã por outro, como um navio à vela sacudido por um vento inconstante. Mas aquele que confia no Senhor é como um navio a vapor que atravessa as ondas, desafia o vento e vai fazendo uma íntegra e brilhante esteira argêntea até chegar ao seu porto de destino. Sê um crente com princípios vivos no íntimo, que nunca se submete aos variantes costumes da sabedoria mundana. Anda nos caminhos da integridade com passos firmes e demonstra que és invencivelmente forte, com o poder que só a confiança em Deus pode dar. Assim, confiando no Senhor, serás livrado de penosa ansiedade, não serás perturbado com más notícias e o teu coração será firme. Que agradável é flutuar nos rios da providência! Não há norma de vida mais bendita do que aquela que depende do Deus que cumpre o pacto. Não temos ansiedade porquanto Ele toma cuidado de nós; não temos preocupações, porque nós deitamos as nossas cargas sobre o Senhor.

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

domingo, 28 de agosto de 2011

Não compre bilhetes falsos

Para usar uma antiga figura: assegure-se de comprar um boleto que valha para o trajeto completo. Muitas pessoas só creram que Deus as salva temporariamente, entanto que sejam fiéis, ou quanto sejam devotadas. Amados, creiam que Deus os guarda fiéis e intrépidos toda vossa vida; comprem uma passagem para o trajeto todo. Obtenham uma salvação que cubra todos os riscos. Não existe nenhum outro bilhete emitido por parte da revenda autorizada exceto um pela rota completa. Qualquer outro bilhete é uma falsificação.

Quem não possa perduravelmente conservá-los, não pode conservá-los por um dia. Se o poder da regeneração não dura a vida toda, poderia não durar sequer uma hora. A fé no pacto eterno borbulha o sangue de meu coração, enche-me de gozo agradecido, inspira em mim confiança e me inflama de entusiasmo. Não poderia jamais renunciar a minha crença no que o Senhor disse: "farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim." (Jeremias 32:40)

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)
Trecho do sermão 2108 - Perseverança em santidade

sábado, 20 de agosto de 2011

Confiança em Deus

"E Saul e os seus homens se foram em busca dele (Davi); o que anunciaram a Davi, que desceu para aquela penha, e ficou no deserto de Maom; o que ouvindo Saul, seguiu a Davi para o deserto de Maom. E Saul ia deste lado do monte, e Davi e os seus homens do outro lado do monte; e, temeroso, Davi se apressou a escapar de Saul; Saul, porém, e os seus homens cercaram a Davi e aos seus homens, para lançar mão deles. Então veio um mensageiro a Saul, dizendo: Apressa-te, e vem, porque os filisteus com ímpeto entraram na terra. Por isso Saul voltou de perseguir a Davi, e foi ao encontro dos filisteus; por esta razão aquele lugar se chamou Rochedo das Divisões. E subiu Davi dali, e ficou nos lugares fortes de En-Gedi". (I Samuel 23:25-29)

Saul estava perseguindo Davi. Davi estava fugindo, mas Saul foi mais astuto e cercou Davi. Mas um mensageiro informa a Saul que os filisteus com ímpeto (violência) entraram na terra. Saul precisou voltar com seus soldados para combater os filisteus. E Davi foge mais uma vez. Davi sabia que Saul tornaria a persegui-lo! O que você faria se estivesse nessa situação?

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele enviará desde os céus, e me salvará do desprezo daquele que procurava devorar-me. Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade". (Salmo 57:1-3)

Davi clamou a Deus por misericórdia! (Misericórdia = Bondade, Amor e Graça para com o ser humano). Davi pediu para que Deus lhe protegesse (provavelmente Davi escreveu este Salmo quando se escondeu de Saul em uma cova - I Samuel 22-24).

"E sucedeu que, voltando Saul de perseguir os filisteus, anunciaram-lhe, dizendo: Eis que Davi está no deserto de En-Gedi. Então tomou Saul três mil homens, escolhidos dentre todo o Israel, e foi em busca de Davi e dos seus homens, até sobre os cumes das penhas das cabras montesas. E chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde estava uma caverna; e entrou nela Saul, a cobrir seus pés; e Davi e os seus homens estavam nos fundos da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia, do qual o SENHOR te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem aos teus olhos. E levantou-se Davi, e mansamente cortou a orla do manto de Saul". (I Samuel 24:1-4)

Depois de resolver o problema com os filisteus, Saul descobre onde Davi poderia estar escondido. Saul escolhe a dedo 3000 homens para encontrar e matar Davi. Davi estava com aproximadamente seiscentos homens (I Samuel 23:13). Os soldados de Saul se dividem para procurar Davi, então Saul encontra uma caverna e entra nela! (Note que Davi e seus homens estavam nos fundos da caverna). Deus entregou Saul nas mãos de Davi. Saul estava com 3000 mil homens e foi SOZINHO EXATAMENTE NO LUGAR onde Davi estava escondido!. Por que Deus deu a vitória a Davi? A resposta está no versículo 1º do Salmo 57: "[...] a minha alma confia em ti". Davi confiou em Deus! Deus é o único em Quem podemos confiar!

Por que podemos e devemos confiar em Deus?

1°- Porque Deus é justo! A justiça é de absoluta importância para Ele. Quando o mal é cometido, Deus está vivamente consciente do mesmo. Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é (Deuteronômio 32:4).

2°- Porque Deus é o vingador! A Sua Palavra promete que ele vingará o mal que foi/for feito. Ó SENHOR Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente! (Salmos 94:1). Muitas vezes nós nos preocupamos com certas situações, e queremos agir com nossas próprias mãos, e esquecemos de que Deus está no controle de tudo!

3°- Porque Deus transforma! Ele promete operar efetivamente na transformação da vida daquele que pratica o mal. Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho (Hebreus 12:6). Deus tem o poder de transformar ou mudar qualquer situação! (trabalho, saúde, família, etc.). Porque para Deus nada é impossível (Lucas 1:37).

4°- Porque Deus nos protege! Deus protege aqueles que confiam nEle. Amai ao SENHOR, vós todos os que sois seus santos; porque o SENHOR guarda os fiéis e retribui com abundância ao que usa de soberba (Salmos 31:23). Devemos estar seguros de que Deus nos protege em qualquer situação! Assim como Davi: [...] e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades (Salmo 57:1).

Podemos e devemos confiar em Deus:

a) Buscando (orando, sabendo que Deus é o único que pode nos ajudar em uma situação difícil). Mateus 6:33: Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

b) Conhecendo a Sua Palavra (lendo e estudando a Bíblia). Êxodo 20:6: E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos (Misericórdia= Bondade, Amor e Graça de Deus).

c) Praticando (entregar TUDO nas mãos de Deus e descansar) Mateus 7:24: Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha (Prudente= que tem conhecimento).

O que nos falta para entregarmos tudo a Deus? Será que hoje podemos dizer que confiamos verdadeiramente em Deus?

Jonatas Sales de Lima
(Igreja Batista da Bíblia de Jundiaí)

sábado, 13 de agosto de 2011

O pastoreio sacerdotal do pai cristão

Considero ser pai, a tarefa mais difícil da terra. O pai é diferente da mãe. A mãe sente seu filho no ventre, sente-o crescer, sente as suas pulsações, o pai não. A criança nasce e sua afeição inicial está intrinsecamente ligada a vida da mãe.

Ela é a protetora, a provedora dessa criança, ainda tão indefesa. O pai observa tudo isto, compartilha de toda essa graça, mas ainda não se sente pai, até aquele dia que ouve dos lábios do filho gerado, a palavra "pai", ser chamado de pai.

O pai cristão tem a responsabilidade de formar crianças à imagem de Cristo Jesus. O pai deve modelar para o filho o Senhor Jesus Cristo, para que o filho siga os seus caminhos.

Podemos chamar isso "o sacerdócio do pai" ou talvez "o pastoreio do pai". Todo pai é um "pastor" do rebanho que Deus lhe concedeu.

É interessante traçar os paralelos entre o papel do pastor e o papel dos pais. Vejo pelo menos três responsabilidades paralelas entre os dois:

I. O pai sacerdote devem conduzir seus filhos a Deus (Intercessão)

Segundo Atos 6:2,4, uma das primeiras grandes responsabilidades do líder espiritual é a oração. Os pais que oram por seus filhos providenciam alguma forma de proteção para eles contra as doenças do pecado. O pai intercessor ergue paredes de proteção ao redor de seu filho, preocupando-se com seu bem estar, seu relacionamento com o Senhor, pecado, etc.

O pai que ora continuamente pelos filhos certamente agirá também para protegê-los contra o pecado.

Mas como orar pelos filhos? Gostaria de sugerir um esboço muito simples que serve como guia na minha oração pelos meus seis filhos.

Os pais cristãos deve orar por pelo menos cada uma destas áreas:

a) Caráter dos filho (o fruto do Espírito, Gl 5:22 junto com a compreensão da sua identidade como filhos de Deus em Cristo, Ef 1:15-23,3:14-21)

b) Carreira (orar ao Senhor da seará que use meus filhos para expandir Seu Reino no mundo - Lc 10:2)

c) Casamento (orar que Deus direcione meu filho ao cônjuge com quem compartilhará sua chamada para o resto da vida)

O pai sacerdote intercede pelos seus filhos. Mas assim como o pastor, que se dedica à oração e ao ministério da Palavra, o pai sacerdote também se preocupa com o ensino de seus filhos.

II. O pai pastor deve apresentar Deus aos seus filhos (instrução)

O pai pastor está sempre ensinando seus filhos pelas palavras, pelas ações e pelas atitudes. É impossível escapar do olhar destas pequenas ovelhas, que admiram tanto seus "pastores". Sempre estamos transmitindo o que somos para elas. Com tempo, os filhos se tornam o que os pais são. Por isso o "pai sacerdote" tem que reconhecer que ele é um "pai professor", sempre instruindo seus filhos e vacinando-os contra a doença que chamo "amnésia espiritual".

Amnésia espiritual é a doença que aflige os filhos de crentes que não se esforçam em transmitir sua fé para a próxima geração. É a memória de Deus apagada da vida de um filho pela negligência dos pais. Em Dt 6:6-9, nos lemos: "Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas."

Conforme estes versículos, o pai pastor (instrutor) aproveita toda oportunidade para ensinar seus filhos os valores e princípios bíblicos transmitidos pelo Supremo Pastor. Ensina a Palavra formalmente e informalmente, propositalmente e espontaneamente, em todo lugar e em qualquer lugar, em todo tempo e o tempo todo. Não é um fanaticismo evangélico mas um estilo de vida que avalia toda a vida por uma perspectiva bíblia. "O pai que ama Deus de todo coração, transmite sua fé à outra geração!"

III.O pai pastor deve disciplinar os seus filhos (Intervenção)

A última responsabilidade do "pai-pastor" segue naturalmente as primeiras duas. Provérbios 22:6 chama o pai para "ensinar a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele." Junto com este texto, Efésios 6:4 chama os pais (o termo "pais" designa especificamente homens) a "não provocar seus filhos à ira, mas criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor." Assim como o pastor de rebanho vai atrás de ovelhas desgarradas e às vezes precisa discipliná-las, para que evitem perigos maiores longe do aprisco, os pais precisam intervir na vida dos seus filhos com disciplina equilibrada.

O equilíbrio entre instrução e intervenção ou seja, disciplina, pode ser entendida por meio de uma analogia. O pai vai na frente do seu filho como alguém que quer cavar uma trilha ou valeta em que o filho pode caminhar. No início, a valeta está muito rasa, e o filho pode sair dela com facilidade. Quando isso acontece, o pai coloca seu filho de volta na trilha cavada com firmeza e amor. Com o passar de tempo, a valeta fica cada vez mais funda, e o filho só poderá escapar dela com grande esforço. Quando isso acontece, o papai o coloca dentro do caminho de novo. Depois de 18 anos, a trilha deve ser tão profunda, que o filho teria que chamar o corpo de bombeiros e uma escadona para sair do caminho do Senhor. É possível, mas não muito provável.

O pai que realmente ama seu filho precisa intervir quando este deixa o caminho da instrução. Provérbios recomenda o uso da vara, uma consequência artificial mas estruturada pelos pais, para desviar os filhos do pecado. Deve ser aplicada com força suficiente para arder mas nunca ferir a criança. Assim o pai ajuda seu filho a associar o pecado com dor, assim evitando conseguências muito piores no futuro, proporcionadas pela própria vida.

Muitos anos atrás, resolvi seguir meu caminho, com 9 anos de idade, decidi não ir a Igreja, abandonar os meus padrões cristãos, e não seguir a fé e a doutrina ensina por meu pai. No domingo pela manhã preparei-me para a tão esperada pesca. De posse da minha vara de pescar, fui para o rio, naquela época com muita água, ali na cidade de Mantena-MG. Estava tranquilho pescando, quando senti a dor de uma varada nas costas, era o meu pai. Pegou-me pelo braço e me arrastou até a minha casa, fez vestir a roupa dominical e fui arrastado para igreja. Ele me falou-me as seguintes palavra: "Hoje não entendes o que faço, mas amanhã compreenderás e nunca esquecerás desse ato". Dou graças a Deus por aquele momento, pelo cuidado e pela disciplina aplicada, que com certeza fez com que permanecesse fiel nos caminhos do Senhor.

Pai, não posso pensar em presente maior que você possa dar a seu filho do que ser um exemplo de seriedade e reverência para com Deus em sua vida. Caminhando com o Senhor, será um referencial inesquecível que ajudará a construir o caráter de seu filho. Você não será perfeito, pois por definição somos imperfeitos, mas a integridade de reconhecer um erro e pedir perdão deverá ser uma marca do pai cristão.

E assim, juntos, pais e filhos procurando conhecer a vontade de Deus para nosso relacionamento, teremos muito mais chances de acertar!

Soli Deo Glória

Rev. Ashbell Simonton Rédua

domingo, 7 de agosto de 2011

A mancada de Einstein

Quando Albert Einstein propôs pela primeira vez a sua Teoria Geral da Relatividade em 1916, ele descobriu um fato de certa forma irritante. Por séculos os cientistas viam o universo como eterno e não causado, no entanto a teoria de Einstein insistia em discordar. De acordo com a sua teoria, todo o universo - incluindo todo o espaço, tempo, matéria e energia - não era eterno mas teve um início real no passado finito. Essa implicação foi um tapa na cara em sua crença em um universo estático e abalou Einstein profundamente, tanto que ele na verdade introduziu um "fator lorota" (conhecido como constante cosmológica) a sua equação para que, ao invés de implicar um universo finito, sua teoria iria mostrar um universo estático. No entanto, sua insistência em evitar um início absoluto não duraria muito tempo. Apenas alguns anos mais tarde, em 1919, foi confirmado pelo cosmologista britânico Arthur Eddington (também para seu desânimo) que a teoria de Einstein era na verdade correta, que o universo teve na verdade um início. E, adicionando injúria ao insulto, em 1922, o matemático russo Alexander Friedman oficialmente expôs o fator lorota de Einstein como um erro (bem óbvio para se dizer a verdade). Muitas e muitas evidências foram descobertas que confirmariam a teoria de Einstein pelos próximos anos, alcançando o pináculo em 1929 quando Einstein finalmente observou a verdade (em seu caso, o efeito "red shift") quando olhou com seus próprios olhos para o cosmos pelo telescópio de Edwin Hubble no observatório Mount Wilson na Califórnia. Após ver a evidência com seus próprios olhos, Einstein finalmente admitiu a verdadeira implicação de sua teoria, referindo-se à sua constante cosmológica como "a maior mancada da minha vida". Desde então, a origem do universo em um passado distante mas finito, tem sido universalmente aceito pela maioria dos cientistas e continua servindo como uma das mais poderosas evidências para um Criador pessoal do cosmos.

Thoughtful Christianity

sábado, 30 de julho de 2011

O que os outros dizem de Você?

Considere o que outros podem dizer sobre você. Embora as pessoas estejam cegas quando às suas próprias faltas, facilmente descobrem os erros dos outros - e consideram-se aptas o suficientes para falar deles. Algumas vezes, as pessoas vivem de maneiras que absolutamente não são adequadas, porém estão cegas para si mesmas. Não vêem seus próprios fracassos, embora os erros dos outros lhes sejam perfeitamente claros e evidentes. Elas mesmos não vêem suas falhas; quanto às dos outros, não podem fechar os olhos ou evitar ver em que falharam.

Alguns, por exemplo, são inconscientemente muito orgulhosos. Mas o problema aparece notório aos outros. Alguns são muito mundanos ainda que não sejam conscientes disso. Alguns são maliciosos e invejosos. Os outros vêem isso, e para eles lhes parecem verdadeiramente dignos de ódio. Porém, aqueles que têm esses problemas não refletem sobre eles. Não há verdade no seu coração e nem nos seus olhos em tais casos. Assim devemos ouvir o que os outros dizem de nós, observar sobre o que eles nos acusam, atentar para que erro encontram em nós, e com diligência verificar se há algum fundamento nisso.

Se outros nos acusam de orgulhosos, mundanos, maus ou maliciosos - ou nos acusam de qualquer outra condição ou prática maldosa - deveríamos honestamente nos questionar se isso é verdade. A acusação pode nos parecer completamente infundada, e podemos pensar que os motivos ou o espírito do acusador está errado. Porém, a pessoa perspicaz verá isso como uma ocasião para um auto-exame.

Deveríamos especialmente ouvir o que os nossos amigos dizem para nós e sobre nós. É imprudente, bem como não-cristão, tomar isso como ofensa e se ressentir quando os outros apontam nossas falhas. "Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Pv 27.6). Deveríamos nos alegrar que nossas máculas foram identificadas.

Mas, também deveríamos atentar para as coisas sobre as quais os nossos inimigos nos acusam. Se eles nos difamam e nos insultam descaradamente - até mesmo com uma atitude incorreta - deveríamos considerar isso como um motivo para uma reflexão no íntimo, e nos perguntar se há alguma verdade no que está sendo dito. Mesmo se o que for dito é revelado de modo reprovável e injurioso, ainda pode ser que haja alguma verdade nisso. Quando as pessoas criticam outras, mesmo se seus motivos forem errados, provavelmente têm como alvo verdadeiros erros. Na verdade, nossos inimigos provavelmente nos atacam onde somos mais fracos e mais defeituosos; e onde demos mais abertura para a crítica. Tendem a nos atacar onde menos podemos nos defender. Aqueles que nos insultam - embora o façam com um espírito e modos não-cristãos - geralmente identificarão as genuínas áreas onde mais podemos ser achados culpados.

Assim, quando ouvirmos outros falando de nós nas nossas costas, não importa o espírito de crítica, a resposta certa é a auto-reflexão e uma avaliação quanto à verdade da culpa em relação aos erros de que nos acusam. Com certeza essa resposta é mais piedosa do que ficar furioso, revidar ou desprezá-los por terem falado maldosamente. Desse modo talvez tiremos o bem do mal, e esta é a maneira mais certa de derrotar o plano dos nossos inimigos, que nos injuriam e caluniam. Eles fazem isso com motivação errada, querendo nos injuriar. Mas, dessa maneira converteremos isso em nosso próprio favor.

Jonathan Edwards (1703 - 1758)

domingo, 24 de julho de 2011

O Senhor livra os piedosos da tentação

"Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados." (II Pe 2:9)

Os piedosos são tentados e provados. A fé que nunca é posta à prova não é verdadeira. Mas, os piedosos são libertos (livres) das suas provas, e isso não pelo acaso, nem por agências (influência, intervenção) secundárias, mas pelo próprio Senhor. Ele encarrega-Se pessoalmente do ofício de livrar aqueles que confiam nEle. Deus ama os piedosos que O seguem, ou seja, os que são semelhantes a Ele, e tem o cuidado de (e considera como importante o) saber onde estão e como vão (passam, se encontram).

Algumas vezes o seu caminho parece ser um labirinto, e não podem imaginar como hão de escapar do perigo que os ameaça. O que eles não sabem, sabe-o o seu SENHOR. Ele sabe a quem livrar, e quando livrar, e como livrar. Ele livra da maneira que é mais proveitosa para os piedosos, mais esmagadora para o tentador e a mais glorificante para Ele mesmo. Podemos deixar o "como" com o Senhor, e ficarmos contentes a fim de nos regozijarmos no facto de que Ele, de um modo ou de outro, levará o Seu próprio povo através de todos os perigos, provas e tentações desta vida mortal até à Sua própria dextra na Glória.

Neste dia não me toca meter o nariz (esquadrinhar) nos segredos do meu Senhor, porém, devo, pacientemente, esperar o Seu tempo, sabendo isto, que ainda que eu não sei nada (coisa alguma), o meu Pai celestial sabe tudo.

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

domingo, 10 de julho de 2011

Problemas à frente

"Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra [...] o SENHOR é conosco; não os temais" (Números 14:9)

Inevitavelmente, os problemas invadirão as nossas vidas: um resultado inesperado após um exame médico, a traição de um amigo em quem confiávamos, um filho que nos rejeita ou um cônjuge que nos deixa. A lista de possibilidades é longa, só existem duas opções: avançar por nós mesmos ou recorrer a Deus.

Fazer voo solo diante de problemas não é uma boa ideia, pois tal atitude pode conduzir-nos a padrões inadequados de comportamento, a culpar Deus e, a derrotados, batermos em retirada. Como os israelitas, podemos perder o controle e entrar em desespero (Números 14:1-4).

Quando a maioria dos espias trouxe um relato de gigantes intimidadores e perigos à frente, eles usaram o pronome "nós" sete vezes, sem uma única referência ao Senhor (13:31-33). Os israelitas estavam no auge da bênção definitiva que Deus prometera a eles. Eles eram testemunhas dos milagres no Egito e seus pés haviam pisado o fundo seco do Mar Vermelho numa vitória de cair o queixo. A fidelidade de Deus fora espantosamente evidente. Que memórias curtas! Que decepcionante falta de fé! Tristemente, eles deram as costas para Deus e deixaram a bênção para trás.

Calebe e Josué, por outro lado, escolheram voltar-se ao Senhor com essa confiança: "... O SENHOR é conosco..." (14:9). Quando seus gigantes aparecerem, qual será a sua escolha?

Joseph M. Stowell

A presença de Deus é um salva-vidas que impede a alma de afundar-se num mar de problemas

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sábado, 2 de julho de 2011

Maravilhosa graça

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Ef  2.8)

Você já parou para pensar o que é graça? Graça é a mais clara demonstração de carinho que você e eu já recebemos; é o transbordar generoso do amor de Deus por meio de Jesus Cristo!

Vejo isto muito claramente na vida de três homens. O primeiro deles é o inglês William Cowper, nascido em 1731. Aos 6 anos ele perdeu sua mãe; aos 10 anos seu pai o enviou para um internato onde viveu uma vida horrível e cheia de desapontamentos. Aos 32 anos desistiu do sonho de ser um magistrado em consequência de uma profunda depressão, que o levou a tentar o suicídio muitas vezes. Tentou pular no rio Tâmisa, mas foi impedido; ingeriu veneno, porém foi encontrado a tempo por alguém que o socorreu; atirou-se sobre uma faca, mas a lâmina quebrou com o peso do seu corpo; tentou enforcar-se, contudo um vizinho o encontrou e cortou a corda antes que ele morresse; tomou muitos comprimidos antidepressivos, mas foi salvo por sua empregada. Sofrendo de depressão aguda e profunda inquietação mental, beirando a loucura, voltou-se cada vez mais para Cristo.

Um ano após suas tentativas de suicídio, lendo a Bíblia no jardim de sua casa, uma passagem o marcou: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." (Rm 3.23-26). O Espírito Santo atuou em seu coração através daquelas palavras e ali mesmo rendeu-se a Cristo, sendo salvo dos seus pecados. O próprio Cowper afirma: "Não sei como, mas num momento, recebi poder para crer e o sol da justiça brilhou em meu coração. Vi claramente a suficiência do sacrifício feito por Cristo; o perdão através do seu sangue; a completa e ampla justificação".

Aos 34 anos, restaurado da depressão, Cowper compôs 64 hinos cristãos e muitas poesias, sendo considerado um dos maiores poetas inglês. Além da música e da poesia, ele lutou pela causa dos pobres e dos escravos!

O segundo homem a receber a graça de Deus foi o inglês John Newton, nascido em 1725. Coincidentemente ele também perdeu sua mãe muito cedo, mas sempre se lembrava das orações que ela fazia por ele, ajoelhada ao lado da cama.

Quando jovem, Newton tentou desertar da marinha inglesa, porém, como punição, foi açoitado.

Aos 25 anos iniciou seu trabalho como comandante de navio negreiro. Ele transportava escravos africanos para América. Os escravos eram marcados com ferro quente e transportados no porão do navio com os pés, mãos e pescoço acorrentados, sentados lado a lado ao longo da viagem. Quando algum escravo apresentasse diarreia, algo muito comum naquela situação, eram feitos supositórios de cordas para controlar o fluxo; se morressem, eram arremessados ao mar. Estas coisas eram feitas sob a supervisão do comandante do navio, que por vezes também açoitava os escravos. E esta era a função de John Newton.

Em uma dessas viagens, o navio enfrentou uma grande tempestade e estava prestes a afundar. Temendo a morte, e ouvindo o gemido dos negros acorrentados no porão, Newton ofereceu sua vida à Cristo: "Senhor, tem misericórdia de nós". O Senhor veio em seu auxílio e acalmou as águas. Quando voltou para a cabine, Newton refletiu e entendeu que Deus falava com ele através da tempestade, e que a sua graça havia se manifestado.

Newton converteu-se, abandonou os navios negreiros e começou a estudar para ser pastor, função que exerceu nos últimos 43 anos de sua vida trabalhando em uma capela em Londres. Lá se tornou amigo do poeta William Cowper e juntos eles trabalharam nos cultos semanais e nas reuniões de oração. Também compuseram hinos, entre eles "Amazing Grace", que Newton dedica ao dia da sua salvação na tempestade, dentro do navio negreiro:

"Maravilhosa graça! Como é doce o som
que salvou um pecador como eu!
Estava perdido uma vez, mas agora fui encontrado;
era cego, mas agora posso ver.
Essa graça ensinou meu coração a temer,
é a graça que alivia meus medos;
como é preciosa a graça que apareceu
no momento em que eu acreditei nela.
Terminados muitos perigos, labutas, e armadilhas,
eu estou voltando;
essa graça trouxe-me seguro até aqui,
e a graça conduzir-me-á para casa.
O senhor prometeu-me bondade,
sua palavra me dá esperança;
meu escudo e porção será,
enquanto minha vida existir.
Sim, quando esta carne e coração falharem,
e a vida mortal cessar,
eu possuirei, atravessando o véu,
uma vida da alegria e da paz.
Quando nós estivermos lá por dez mil anos,
brilhando como o sol,
não teremos menos dias para louvar a Deus
do que quando nós começamos."

Mas o plano de Deus não se limitou apenas em juntar Willian Cowper e John Newton. Em um culto onde os amigos cantavam, um jovem chamado William Wilbeforce, recém convertido ao cristianismo, procurou o pastor Newton para ser seu conselheiro. A amizade entre eles fez brotar um anseio ardente pelo fim da escravatura, e, inspirado pelo pastor, Wilbeforce começou a levantar mais cedo para orar e ler a Bíblia. Em uma de suas devocionais, ele entendeu que sua missão era lutar pelo fim da escravatura. Então disse: "A perversidade da escravatura é tão grande, medonha e irremediável que estou completamente preparado para lutar pela abolição, seja qual forem as consequências. Nunca descansarei até conseguir a abolição da escravatura". Apesar da fragilidade de sua saúde, ele lutou diariamente contra a escravidão.

Estes três homens ilustram a graça de Deus. Suas histórias foram entrelaçadas, como um bordado; antes da graça, víamos o bordado pelo lado avesso, sem entender como um emaranhado de fios poderia resultar em alguma coisa. Mas Deus sabe o que está bordando.

Cowper morreu em 1800, com 69 anos de idade. William Wilbeforce, em 1833, e alcançou o seu objetivo: o fim da escravatura. O hino composto por seu pastor, "Amazing Grace", foi o hino de sua luta. Newton, antes de morrer em 1807, com 82 anos, disse: "Minha memória quase se foi, mas recordo duas coisas: eu sou um grande pecador e Cristo é meu grande salvador!". Ele foi enterrado no jardim da igreja que pastoreava e em sua lápide está escrito a frase que ele mesmo havia escolhido: "John Newton, pastor, uma vez um infiel e libertino, foi pela rica misericórdia do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, preservado, restaurado, perdoado e chamado para pregar a fé que eu mesmo antes tentei destruir".

Isto é a graça de Deus, e ela foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo (Ef 4.7). Se hoje você se sente escravizado, lembre-se: Cristo pode quebrar suas algemas! Fique na graça do Senhor Jesus Cristo, no amor de Deus, e na comunhão do Espírito Santo.

Márcia Heuko

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sábado, 25 de junho de 2011

Pai, começa o começo!

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: "Pai, começa o começo!"

Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

(procuro o autor)

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sábado, 18 de junho de 2011

Vigiai!

No passado havia, nas vastas campinas norte-americanas, inúmeras manadas de cavalos selvagens. Esses cavalos tinham um apurado olfato e eram capazes de sentir de longe a presença de lobos, ficando em estado de alerta. Esse estado de alerta era a salvação deles, pois, aumentando o perigo, sua imensa capacidade de correr em alta velocidade possibilitava-lhes afastarem-se rápido daqueles carnívoros.

Mas os lobos eram astutos, e tinham um plano de ataque. Eles iam se aproximando devagar, como que por acaso, como se não quisessem nada com os cavalos. Vinham saltitando, brincando, fingindo indiferença, bem devagar.

Os cavalos, então, relaxavam a guarda. Uma vez relaxada a guarda, os lobos atiravam-se impiedosamente sobre a presa indefesa, e o quadro, aparentemente pacífico, de um momento para o outro transfigurava-se em uma cena de extermínio e mortandade.

É assim que satanás age também! Ele não se lança sobre nós abruptamente. Primeiro ele nos distrai, e isso ele faz sem pressa! É uma pequena distração aqui, outra ali, e, quando nós menos esperamos, ele se lança sobre nós, e ele vem para fazer o máximo de estrago que puder. Satanás usa de todos os meios possíveis para atrair a nossa atenção, para que tiremos a nossa atenção daquilo para o que Deus quer que nós estejamos atentos, e assim ele faz grandes estragos.

O que é que tem chamado a sua atenção e feito você se desviar constantemente daquele direcionamento que você deveria dar à sua vida, daquelas atividades que você deveria realizar e que dizem respeito à sua vida espiritual ou até mesmo familiar?

Quais são as suas responsabilidades na sua Igreja? Você as tem cumprido satisfatoriamente ou tem se deixado distrair pelo inimigo a ponto de não conseguir mais cumpri-las bem?

Quais são as suas responsabilidades junto ao seu lar? Você as tem cumprido ou tem aceitado as ofertas do inimigo, ofertas essas que lhe tiram a possibilidade de cumprir suas responsabilidades junto ao seu lar?

Algumas coisas não são más em si mesmas, mas elas se tornam más quando usadas por satanás para nos distrair, para nos fazer baixar a guarda. Algumas coisas se tornam más quando não conseguimos mais administrá-las em nossa vida, e, ao contrário, somos administrados por elas. Elas se tornam uma espécie de vício!

Henry M. Stanley, um antigo explorador da África, contou que encontrou, naquele continente, inimigos perigosos, membros de uma tribo chamada Wambutti. Ele disse que esses inimigos possuíam como armas pequenos arcos e flechas e estacas que eles fincavam no chão. Cada ponta das estacas e das flechas era umedecida com uma espécie de veneno altamente mortal. A coisa mais estranha, segundo Stanley, era que esse poderoso veneno era extraído de um certo tipo de mel.

É assim também que satanás produz as suas armas contra o povo de Deus. Diante da astúcia do inimigo, é bom que estejamos sempre alertas!

"E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração." (I Pedro 4:7)

"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" (I Pedro 4:7, 5:8)

Pr. Walmir Vigo Gonçalves

A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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