sábado, 30 de julho de 2011

O que os outros dizem de Você?

Considere o que outros podem dizer sobre você. Embora as pessoas estejam cegas quando às suas próprias faltas, facilmente descobrem os erros dos outros - e consideram-se aptas o suficientes para falar deles. Algumas vezes, as pessoas vivem de maneiras que absolutamente não são adequadas, porém estão cegas para si mesmas. Não vêem seus próprios fracassos, embora os erros dos outros lhes sejam perfeitamente claros e evidentes. Elas mesmos não vêem suas falhas; quanto às dos outros, não podem fechar os olhos ou evitar ver em que falharam.

Alguns, por exemplo, são inconscientemente muito orgulhosos. Mas o problema aparece notório aos outros. Alguns são muito mundanos ainda que não sejam conscientes disso. Alguns são maliciosos e invejosos. Os outros vêem isso, e para eles lhes parecem verdadeiramente dignos de ódio. Porém, aqueles que têm esses problemas não refletem sobre eles. Não há verdade no seu coração e nem nos seus olhos em tais casos. Assim devemos ouvir o que os outros dizem de nós, observar sobre o que eles nos acusam, atentar para que erro encontram em nós, e com diligência verificar se há algum fundamento nisso.

Se outros nos acusam de orgulhosos, mundanos, maus ou maliciosos - ou nos acusam de qualquer outra condição ou prática maldosa - deveríamos honestamente nos questionar se isso é verdade. A acusação pode nos parecer completamente infundada, e podemos pensar que os motivos ou o espírito do acusador está errado. Porém, a pessoa perspicaz verá isso como uma ocasião para um auto-exame.

Deveríamos especialmente ouvir o que os nossos amigos dizem para nós e sobre nós. É imprudente, bem como não-cristão, tomar isso como ofensa e se ressentir quando os outros apontam nossas falhas. "Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Pv 27.6). Deveríamos nos alegrar que nossas máculas foram identificadas.

Mas, também deveríamos atentar para as coisas sobre as quais os nossos inimigos nos acusam. Se eles nos difamam e nos insultam descaradamente - até mesmo com uma atitude incorreta - deveríamos considerar isso como um motivo para uma reflexão no íntimo, e nos perguntar se há alguma verdade no que está sendo dito. Mesmo se o que for dito é revelado de modo reprovável e injurioso, ainda pode ser que haja alguma verdade nisso. Quando as pessoas criticam outras, mesmo se seus motivos forem errados, provavelmente têm como alvo verdadeiros erros. Na verdade, nossos inimigos provavelmente nos atacam onde somos mais fracos e mais defeituosos; e onde demos mais abertura para a crítica. Tendem a nos atacar onde menos podemos nos defender. Aqueles que nos insultam - embora o façam com um espírito e modos não-cristãos - geralmente identificarão as genuínas áreas onde mais podemos ser achados culpados.

Assim, quando ouvirmos outros falando de nós nas nossas costas, não importa o espírito de crítica, a resposta certa é a auto-reflexão e uma avaliação quanto à verdade da culpa em relação aos erros de que nos acusam. Com certeza essa resposta é mais piedosa do que ficar furioso, revidar ou desprezá-los por terem falado maldosamente. Desse modo talvez tiremos o bem do mal, e esta é a maneira mais certa de derrotar o plano dos nossos inimigos, que nos injuriam e caluniam. Eles fazem isso com motivação errada, querendo nos injuriar. Mas, dessa maneira converteremos isso em nosso próprio favor.

Jonathan Edwards (1703 - 1758)

domingo, 24 de julho de 2011

O Senhor livra os piedosos da tentação

"Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados." (II Pe 2:9)

Os piedosos são tentados e provados. A fé que nunca é posta à prova não é verdadeira. Mas, os piedosos são libertos (livres) das suas provas, e isso não pelo acaso, nem por agências (influência, intervenção) secundárias, mas pelo próprio Senhor. Ele encarrega-Se pessoalmente do ofício de livrar aqueles que confiam nEle. Deus ama os piedosos que O seguem, ou seja, os que são semelhantes a Ele, e tem o cuidado de (e considera como importante o) saber onde estão e como vão (passam, se encontram).

Algumas vezes o seu caminho parece ser um labirinto, e não podem imaginar como hão de escapar do perigo que os ameaça. O que eles não sabem, sabe-o o seu SENHOR. Ele sabe a quem livrar, e quando livrar, e como livrar. Ele livra da maneira que é mais proveitosa para os piedosos, mais esmagadora para o tentador e a mais glorificante para Ele mesmo. Podemos deixar o "como" com o Senhor, e ficarmos contentes a fim de nos regozijarmos no facto de que Ele, de um modo ou de outro, levará o Seu próprio povo através de todos os perigos, provas e tentações desta vida mortal até à Sua própria dextra na Glória.

Neste dia não me toca meter o nariz (esquadrinhar) nos segredos do meu Senhor, porém, devo, pacientemente, esperar o Seu tempo, sabendo isto, que ainda que eu não sei nada (coisa alguma), o meu Pai celestial sabe tudo.

Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

domingo, 10 de julho de 2011

Problemas à frente

"Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra [...] o SENHOR é conosco; não os temais" (Números 14:9)

Inevitavelmente, os problemas invadirão as nossas vidas: um resultado inesperado após um exame médico, a traição de um amigo em quem confiávamos, um filho que nos rejeita ou um cônjuge que nos deixa. A lista de possibilidades é longa, só existem duas opções: avançar por nós mesmos ou recorrer a Deus.

Fazer voo solo diante de problemas não é uma boa ideia, pois tal atitude pode conduzir-nos a padrões inadequados de comportamento, a culpar Deus e, a derrotados, batermos em retirada. Como os israelitas, podemos perder o controle e entrar em desespero (Números 14:1-4).

Quando a maioria dos espias trouxe um relato de gigantes intimidadores e perigos à frente, eles usaram o pronome "nós" sete vezes, sem uma única referência ao Senhor (13:31-33). Os israelitas estavam no auge da bênção definitiva que Deus prometera a eles. Eles eram testemunhas dos milagres no Egito e seus pés haviam pisado o fundo seco do Mar Vermelho numa vitória de cair o queixo. A fidelidade de Deus fora espantosamente evidente. Que memórias curtas! Que decepcionante falta de fé! Tristemente, eles deram as costas para Deus e deixaram a bênção para trás.

Calebe e Josué, por outro lado, escolheram voltar-se ao Senhor com essa confiança: "... O SENHOR é conosco..." (14:9). Quando seus gigantes aparecerem, qual será a sua escolha?

Joseph M. Stowell

A presença de Deus é um salva-vidas que impede a alma de afundar-se num mar de problemas

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sábado, 2 de julho de 2011

Maravilhosa graça

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Ef  2.8)

Você já parou para pensar o que é graça? Graça é a mais clara demonstração de carinho que você e eu já recebemos; é o transbordar generoso do amor de Deus por meio de Jesus Cristo!

Vejo isto muito claramente na vida de três homens. O primeiro deles é o inglês William Cowper, nascido em 1731. Aos 6 anos ele perdeu sua mãe; aos 10 anos seu pai o enviou para um internato onde viveu uma vida horrível e cheia de desapontamentos. Aos 32 anos desistiu do sonho de ser um magistrado em consequência de uma profunda depressão, que o levou a tentar o suicídio muitas vezes. Tentou pular no rio Tâmisa, mas foi impedido; ingeriu veneno, porém foi encontrado a tempo por alguém que o socorreu; atirou-se sobre uma faca, mas a lâmina quebrou com o peso do seu corpo; tentou enforcar-se, contudo um vizinho o encontrou e cortou a corda antes que ele morresse; tomou muitos comprimidos antidepressivos, mas foi salvo por sua empregada. Sofrendo de depressão aguda e profunda inquietação mental, beirando a loucura, voltou-se cada vez mais para Cristo.

Um ano após suas tentativas de suicídio, lendo a Bíblia no jardim de sua casa, uma passagem o marcou: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." (Rm 3.23-26). O Espírito Santo atuou em seu coração através daquelas palavras e ali mesmo rendeu-se a Cristo, sendo salvo dos seus pecados. O próprio Cowper afirma: "Não sei como, mas num momento, recebi poder para crer e o sol da justiça brilhou em meu coração. Vi claramente a suficiência do sacrifício feito por Cristo; o perdão através do seu sangue; a completa e ampla justificação".

Aos 34 anos, restaurado da depressão, Cowper compôs 64 hinos cristãos e muitas poesias, sendo considerado um dos maiores poetas inglês. Além da música e da poesia, ele lutou pela causa dos pobres e dos escravos!

O segundo homem a receber a graça de Deus foi o inglês John Newton, nascido em 1725. Coincidentemente ele também perdeu sua mãe muito cedo, mas sempre se lembrava das orações que ela fazia por ele, ajoelhada ao lado da cama.

Quando jovem, Newton tentou desertar da marinha inglesa, porém, como punição, foi açoitado.

Aos 25 anos iniciou seu trabalho como comandante de navio negreiro. Ele transportava escravos africanos para América. Os escravos eram marcados com ferro quente e transportados no porão do navio com os pés, mãos e pescoço acorrentados, sentados lado a lado ao longo da viagem. Quando algum escravo apresentasse diarreia, algo muito comum naquela situação, eram feitos supositórios de cordas para controlar o fluxo; se morressem, eram arremessados ao mar. Estas coisas eram feitas sob a supervisão do comandante do navio, que por vezes também açoitava os escravos. E esta era a função de John Newton.

Em uma dessas viagens, o navio enfrentou uma grande tempestade e estava prestes a afundar. Temendo a morte, e ouvindo o gemido dos negros acorrentados no porão, Newton ofereceu sua vida à Cristo: "Senhor, tem misericórdia de nós". O Senhor veio em seu auxílio e acalmou as águas. Quando voltou para a cabine, Newton refletiu e entendeu que Deus falava com ele através da tempestade, e que a sua graça havia se manifestado.

Newton converteu-se, abandonou os navios negreiros e começou a estudar para ser pastor, função que exerceu nos últimos 43 anos de sua vida trabalhando em uma capela em Londres. Lá se tornou amigo do poeta William Cowper e juntos eles trabalharam nos cultos semanais e nas reuniões de oração. Também compuseram hinos, entre eles "Amazing Grace", que Newton dedica ao dia da sua salvação na tempestade, dentro do navio negreiro:

"Maravilhosa graça! Como é doce o som
que salvou um pecador como eu!
Estava perdido uma vez, mas agora fui encontrado;
era cego, mas agora posso ver.
Essa graça ensinou meu coração a temer,
é a graça que alivia meus medos;
como é preciosa a graça que apareceu
no momento em que eu acreditei nela.
Terminados muitos perigos, labutas, e armadilhas,
eu estou voltando;
essa graça trouxe-me seguro até aqui,
e a graça conduzir-me-á para casa.
O senhor prometeu-me bondade,
sua palavra me dá esperança;
meu escudo e porção será,
enquanto minha vida existir.
Sim, quando esta carne e coração falharem,
e a vida mortal cessar,
eu possuirei, atravessando o véu,
uma vida da alegria e da paz.
Quando nós estivermos lá por dez mil anos,
brilhando como o sol,
não teremos menos dias para louvar a Deus
do que quando nós começamos."

Mas o plano de Deus não se limitou apenas em juntar Willian Cowper e John Newton. Em um culto onde os amigos cantavam, um jovem chamado William Wilbeforce, recém convertido ao cristianismo, procurou o pastor Newton para ser seu conselheiro. A amizade entre eles fez brotar um anseio ardente pelo fim da escravatura, e, inspirado pelo pastor, Wilbeforce começou a levantar mais cedo para orar e ler a Bíblia. Em uma de suas devocionais, ele entendeu que sua missão era lutar pelo fim da escravatura. Então disse: "A perversidade da escravatura é tão grande, medonha e irremediável que estou completamente preparado para lutar pela abolição, seja qual forem as consequências. Nunca descansarei até conseguir a abolição da escravatura". Apesar da fragilidade de sua saúde, ele lutou diariamente contra a escravidão.

Estes três homens ilustram a graça de Deus. Suas histórias foram entrelaçadas, como um bordado; antes da graça, víamos o bordado pelo lado avesso, sem entender como um emaranhado de fios poderia resultar em alguma coisa. Mas Deus sabe o que está bordando.

Cowper morreu em 1800, com 69 anos de idade. William Wilbeforce, em 1833, e alcançou o seu objetivo: o fim da escravatura. O hino composto por seu pastor, "Amazing Grace", foi o hino de sua luta. Newton, antes de morrer em 1807, com 82 anos, disse: "Minha memória quase se foi, mas recordo duas coisas: eu sou um grande pecador e Cristo é meu grande salvador!". Ele foi enterrado no jardim da igreja que pastoreava e em sua lápide está escrito a frase que ele mesmo havia escolhido: "John Newton, pastor, uma vez um infiel e libertino, foi pela rica misericórdia do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, preservado, restaurado, perdoado e chamado para pregar a fé que eu mesmo antes tentei destruir".

Isto é a graça de Deus, e ela foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo (Ef 4.7). Se hoje você se sente escravizado, lembre-se: Cristo pode quebrar suas algemas! Fique na graça do Senhor Jesus Cristo, no amor de Deus, e na comunhão do Espírito Santo.

Márcia Heuko

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A Bíblia só foi traduzida para 2.426 das 7 mil existentes línguas faladas no mundo.
Precisamos nos apaixonar novamente pelas Sagradas Escrituras!

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