domingo, 19 de fevereiro de 2012

Carnaval é alegria?

O carnaval tornou-se uma festa tão grande e tão popular, que as pessoas passaram a aceitar tudo o que se fala sobre ele como verdade indiscutível. E uma dessas afirmações é que se trata de uma manifestação de pura alegria. Porém, os que somos crentes no Senhor Jesus duvidamos dessa afirmação. Para nós, ela não resiste a três questionamentos básicos:

Pode ser verdadeira uma alegria que dura apenas quatro dias?

Esta questão é freqüentemente colocada pelos próprios compositores carnavalescos nas letras dos seus sambas, como, por exemplo, Vinicius de Morais na frase "prá tudo se acabar na quarta-feira", da famosa música "Manhã de Carnaval". Por que as pessoas têm que esperar um ano inteiro para estar alegres novamente? Ora, a verdadeira alegria dura o tempo todo.

Por que uma festa pretensamente alegre traz tanta tristeza e desgraça?

Após o carnaval os jornais publicam aquelas estatísticas horrorosas, mencionando um número enorme de pessoas mortas (quase sempre assassinadas), feridas ou desaparecidas em meio à festa. Isto sem falar nos incidentes provocados pelas bebedeiras, crimes sexuais, adultérios, separações de casais, promiscuidade sexual, drogas, etc. Há os que se aproveitam das máscaras para cometer homicídios e outros crimes. É isto alegria verdadeira? Parece mais uma festa macabra. A verdadeira alegria produz vida e não morte ou desgraça.

Para ser verdadeiramente alegres precisamos ser libertinos?

O carnaval se caracteriza pelo desregramento e pela desordem. As mulheres ficam quase, se não totalmente, nuas, os homens se vestem com roupas femininas e todos se embebedam ou se drogam. O sexo é praticado livremente e o desrespeito às mínimas regras de cidadania é geral. Em outras palavras, vale tudo, porque é carnaval. A verdadeira alegria, porém, é pacífica, ordeira e promove o bem, a paz e a harmonia, e não a libertinagem desenfreada. A verdadeira alegria é dom (presente) do Pai e está em Jesus, seu Filho, e não no deus Momo. É fruto do Espírito Santo (Gl.5:22).

É comum as pessoas pensarem que o crente em Jesus é uma pessoa sisuda, de cara fechada, sem alegria. Alguns chegam a criticar os evangélicos, afirmando que eles praticam uma religião triste. Nada, contudo, é mais enganoso que essa idéia. Os crentes em Jesus são um povo muito alegre, e a prova disso é que estão sempre cantando; cantam até nos enterros. É verdade que alguns parecem estar sempre de mau humor, pois ainda não aprenderam que a alegria deveria ser parte do fruto do Espírito Santo em suas vidas, mas estes são minoria.

Temos muitas razões para ser alegres, e a primeira, e maior delas, é sermos livres das obras da carne, como diz Gálatas 5. Há maior alegria que ter sido escravo e ter sido libertado? Entretanto, há outras razões. Uma das experiências que mais trazem alegria ao ser humano é ser perdoado sinceramente pela pessoa contra quem tenha cometido uma falha. Pois Deus nos perdoou de tudo o que nós fizemos contra a sua vontade e contra as suas leis. Outra fonte de alegria é a ausência de preocupações, ansiedade, medo e insegurança. Quando estas coisas não nos afetam temos razões para estarmos alegres. Pois o crente está livre de todas elas quando crê na misericórdia de Deus e aceita a sua vontade.

O problema é que as pessoas confundem alegria com bebida, música mundana, dança, agitação. Isto tudo há no carnaval, mas infelizmente ele não produz, como fruto, a verdadeira alegria. É uma atividade que se enquadra perfeitamente naquilo que a palavra de Deus diz: "Não participeis das obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as; pois é vergonhoso até mesmo mencionar as coisas que eles fazem às escondidas" (Ef.5:11,12).

As obras das trevas, obras satânicas, que nunca produzem bons frutos, são caracterizadas por atos praticados sob disfarce ou em segredo, tão condenáveis que dá vergonha só de falar neles. Os crentes em Cristo não devem participar delas nem envolver-se com elas de maneira que isso possa ser visto como uma aprovação ou uma concordância, por mínima que seja. Mais que isto: os filhos de Deus, sendo filhos da luz, devem condenar francamente essas obras, expressar claramente sua discordância delas.

O carnaval sempre foi uma festa de mascarados e travestidos, de gente que se disfarça para dar vazão aos seus mais baixos instintos. Eles próprios admitem, e até defendem, que se trata de uma ocasião propícia para fazer tudo aquilo que está reprimido na sua intimidade, e que normalmente seria condenável, mas nesses dias é aceito pela sociedade. O carnaval só produz frutos podres, e, portanto, nossa posição quanto a ele é não somente de não participação, mas também de franca condenação.

Pr. Sylvio Macri
Pastor da IB Central de Oswaldo Cruz-RJ

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